Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

— Não, o filme. No final é claro que o clímax é rápido. — Com as mãos ainda sobre os ombros dela, acariciou-lhe a região da clavícula, espalhando faíscas por todo o seu corpo, — Mas o resto não tem pressa.

dulce sentiu-se afundar, penetrando cada vez mais naquele mundo quente e excitante. christopher era sua única âncora. A pele sen­sível de seu pescoço ardia ao contato dos dedos longos, envian­do-lhe calafrios que a faziam estremecer dos pés à cabeça. Aquela conversa sobre clímax, tempo e mais o toque daquelas mãos era demais.

Era tudo que ela queria.

Suas mãos moveram-se, pousando sobre o tórax musculoso. Disfarçando, alisou as rugas imaginárias na camiseta dele como pretexto para acariciá-lo. Em seguida, deixou os braços cair ao longo do corpo novamente, curvou os lábios e sorriu.

— Mas isso pode ser muito bom, às vezes. — Ele arqueou as sobrancelhas. — Não ter pressa, quero dizer.

Os lábios bem-feitos se abriram num sorriso. Um sorriso torturante. Da mesma forma era a rigidez dos quadris estreitos contra os seus. Não havia espaço para muitas palavras. O contato quente e eletrizante de seus corpos era suficiente para esquecerem o mundo ao redor. dulce podia ouvir as batidas do próprio coração tor­nando-se cada vez mais aceleradas, acompanhando o mesmo ritmo louco da respiração dele.

— Hum, não ter pressa... — murmurou, deslizando os dedos pela fileira de botões da blusa dela, como se considerasse a idéia de abri-los. — Quer dizer, em uma conversa?

dulce limitou-se a menear a cabeça num gesto negativo. Em poucos segundos, os primeiros quatro botões de sua blusa se abri­ram sob as pontas dos dedos ágeis,

— Em um filme, então?

A proximidade daquela voz a fez perceber o quanto aquela brin­cadeira estava indo longe demais. Mordendo o lábio inferior, con­teve a resposta que ele ansiava ouvir.

— Hum. Não vai falar? Então, terei de adivinhar... — Traçando uma linha com o indicador, desde o pescoço delicado até a curva generosa dos seios, abriu o próximo botão... e o próximo. Seus dedos deslizaram por entre a abertura para acariciar a pele nua e arrepiada. — Talvez não goste de fazer nada com pressa?

— Não — sussurrou ela, enquanto a mão dele desceu para os seus quadris, explorando, provocando-a, numa tortura sem fim. O resto da resposta emergiu num suspiro abafado. — Aprecio essa qualidade em um homem.

— Hum. Eu imaginei...

Pare de falar e me beije, dulce ordenou-lhe em pensamento. Mas ao invés disso, christopher ergueu a cabeça e a fitou. Por um breve momento, pensou que ele fosse mudar de idéia.

Os olhos escuros sustentaram os dela por mais algum tempo, estudando-a de um modo como nunca fizeram antes.

Como um amante.

continua

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