Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

— dulce, espere... Nós precisamos conversar e...

— Está tarde e eu preciso descansar e... por favor tente esquecer o que aconteceu esta noite. Isso não é justo para com Bruno, o homem que eu amo de verdade.

— Oh, querido... — gracejou christopher, andando pela sala de estar de dulce quase um mês depois — Não posso viver sem você. Desde que partiu, não consigo pensar em mais nada que não seja você. Noite e dia, dia e noite...

— Horário oriental, horário do Pacífico, horário padrão! — dulce acrescentou num tom dramático. — Esta carta está enchendo a minha paciência. — Suspirando, largou o lápis sobre o bloco de papel e cruzou os braços sobre o tórax. O apontador rolou, indo parar no braço oposto do sofá vermelho xadrez. O lápis golpeou a parede atrás de christopher e caiu sobre o tapete colorido. — Não vou escrever algo tão estúpido. Essa não sou eu.

— Tem razão. Você é muito inteligente.

— Ah! Ah!

— Tão inteligente a ponto de deixar o pai do seu filho escapar. Agora concentre-se — ordenou-lhe, entregando-lhe o lápis.

Um sorriso malicioso curvou os lábios cheios e num gesto de­bochado dulce fez uma continência. Droga, odiava quando ela se tornava impertinente. Decerto, porque o fazia lembrar do tapinha fraterno que lhe dera no ombro na varanda naquela noite.

Aquele sutiã laranja sensual e as curvas sinuosas dos seios vi­nham assombrando seus sonhos desde aquele dia. Não importava que tivesse outras coisas importantes para se concentrar como, por exemplo, o acelerador de crescimento. Não importava que o fato de se tornarem amantes pudesse arruinar a amizade que cultivavam há anos e provavelmente as chances dela com Bruno. A verdade, por mais perturbadora que fosse, era que não conseguia parar de pensar nela.

De alguma maneira, o perfume de dulce se fixara a pele dele naquela noite e nunca mais o deixara. As recordações ocupavam-lhe a mente, inundando-a de lembranças e sensações. Relembrava cada detalhe: o calor do corpo macio de encontro ao seu... os sus­surros ofegantes... o toque das mãos... o hálito morno dos lábios que se abriram para beijá-lo... o gemido de prazer que emitira ao ser tocada nos seios... e a expressão de surpresa na face delicada quando lhe dissera que a achava linda.

Sim... linda. Uma linda mulher que não lhe pertencia.

Pertencia a Bruno.

Maldição!

Aquela situação o estava deixando maluco.

continua

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