Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

— Sim e daí? — perguntou ela, fitando a missiva. — Estamos no século vinte e um, christopher. As secretárias não usam mais máqui­nas de escrever.

— Secretárias?

Ela deu de ombros.

— Meu pai pediu que eu endereçasse as cartas para ele por meio de sua secretária. Dessa forma, a comunicação ficaria mais rápida.

O queixo de christopher caiu.

— Está certo. Você deve estar pensando que meu pai é um desses viciados em trabalho que tem uma dezena de secretarias onde quer que vá, mas...

— Não! — exclamou ele. — Não era exatamente isso que eu estava pensando.

— Na verdade, ele só tem três secretárias e...

— Três secretárias e não consegue encontrar tempo para es­crever uma carta à filha de próprio punho um mês antes de ela dar à luz?

— Meu pai é muito ocupado. Continue a ler, por favor.

christopher olhou para a carta em suas mãos e considerou seriamente a possibilidade de rasgá-la. Afinal aquele era o tratamento que merecia. Entretanto, dulce parecia tão feliz de tê-la recebido, que a única coisa que lhe restou foi continuar a ler.

Tabitha e eu ficamos eufóricos com a notícia. Pensaremos em você durante o cruzeiro que faremos nos feriados de Natal no próximo mês. Dê um beijo do vovô ao mais novo membro do clã saviñon e não hesite em contatar-me se precisar de alguma coisa. Com amor seu pai. Fernando saviñon.

Pelo menos a assinatura estava manuscrita!

A seu lado, dulce suspirava.

— Não foi delicado da parte dele? Viu como ele escreveu vovô de forma tão carinhosa? Viu que ele disse que eu podia contatá-lo se precisasse de alguma coisa? — Abraçou a si mesma e encarou-o enlevada.

Como ele não notara o quanto ausente o pai de dulce sempre fora? Que falta de amor paternal!

— Acho que esse pode ser o início de um novo começo para nós?

— Para nós? — perguntou ele confuso,

— É. Para mim e meu pai, seu bobo.

Não havia nada que christopher pudesse fazer. Fitou a expressão de alegria naquele rosto lindo e notou que não poderia contrariá-la. Não poderia dizer-lhe uma verdade que ela insistia em não ver.

— Tem razão, barrigudinha. Foi muito atencioso da parte dele — assentiu christopher. E você é um grande mentiroso uckermann, pensou com seus botões. — Vamos abrir o outro envelope?

christopher retirou o plástico-bolha e retirou um objeto cinza com um monograma: saviñon.

— Oh, que delicadeza! O que você acha, christopher?

Ele encarou o objeto não identificado e sorriu.

— Bem, eu consigo ver meus dentes no reflexo. Que é isto, dulce?

— Um guizo de bebê, seu cabeça-oca!

continua

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