Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Ele tornou a olhar para aquela coisa pesada e fria.

— Não para o nosso bebê — disse sem pensar nas próprias palavras.

— christopher!

— Ele vai quebrar os dentes com isto. Não é seguro.

— Bebês não nascem com dentes — disse ela, tentando tirar-lhe o objeto das mãos. — Me dê isso.

— Não. Ele vai arrancar um olho com isto — retrucou ele, erguendo o braço.

— Não seja ridículo! — respondeu, erguendo-se na ponta dos pés para alcançar o objeto. — Você não entende nada de bebês.

— Entendo mais do que você.

— Isso é um golpe baixo. Ninguém nasce sabendo essas coisas. — christopher tentou puxá-la para si, mas ela deu um passo atrás antes que ele pudesse tocá-la. — Além do mais, eu tenho feito cursos, lido livros...

— Sei disso, barrigudinha. Inexperiência não é crime. Eu só quis dizer que sendo tio várias vezes tenho experiência com crianças.

— Está bem, mas agora me dê o presente do meu pai, pois preciso voltar para casa e descansar.

— dulce... — começou ele hesitante. Afinal resolveu falar en­quanto lhe entregava o artefato. — Isso não é um presente para bebês. É um maldito peso de papéis! Qual é o problema com você?

Sem dizer uma palavra, ela cerrou os punhos e em seguida dei­xou pender os braços. Com cuidado, repôs a carta do pai dentro do envelope.

— Se você quiser um guizo, vamos sair e comprar um feito de um material seguro para que ele possa brincar sem se machucar.

Os olhos dela ficaram marejados e ela sufocou um soluço. Mau sinal em se tratando de uma mulher que nunca chorava.

— Muito obrigada pelos seus conselhos. Falo com você mais tarde — disse ela, encaminhando-se para a porta.

— Espere.

christopher não conseguia entender como de repente o que começara com alegria e entusiasmo se transformara em lágrimas e tristeza.

Com alguns passos alcançou-a e parou bem próximo a ela. O suficiente para inalar o perfume do xampu que exalava daqueles cabelos sedosos. Estendendo um braço, segurou a maçaneta da porta a fim de mantê-la fechada.

— Não entendo. O que há de tão importante com este objeto, dulce?

Ela esfregou os olhos com o dorso da mão. Em seguida, deu de ombros.

— Não consegue compreender, gênio?

A voz dela soava calma, mas havia angústia por trás. Aquelas mudanças de humor o confundia.

— Talvez sua feminilidade me deixe confuso. Por que essa súbita tristeza?

continua

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