Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

A amiga deu alguns passos e parou em frente à lareira, quando dulce a alcançou e segurou-a por um braço.

— Não. Espere. Não me sinto pronta ainda. Não até terminar isto — informou ela, mostrando um caderno com uma capa de couro. — Por favor?

— Oh!... — exclamou Red. — Está bem, querida. Mas não garanto nada se essas contrações começarem a se intensificar.

— Combinado — respondeu ela.

Quase uma hora mais tarde, dulce tinha os dez dedos do pé impecavelmente pintados e seu diário concluído.

— Eu sou sua consultora em assuntos de maternidade, portanto tem de me obedecer — disse Red, enquanto seguia a amiga até o quarto para pegar um casaco de inverno e dar uma última olhada no ambiente para ver se estava tudo em ordem. — Não posso me atrasar.

— Você não pode se atrasar? — gemeu dulce entre uma con­tração e outra. — E quanto a mim que sou a mãe?

Red pegou a mala de cima da cômoda e arrastou a amiga para fora da casa.

Já na varanda, dulce trancou a porta com cuidado, sentindo uma calma estranha agora que a hora estava chegando. Abraçou seu diário e lançou um olhar em direção à casa de christopher.

O diário relatava com detalhes seus pensamentos e sonhos para o filho e descrevia os sintomas que sentira, desde o dia em que fizera o teste de gravidez até o momento em que tivera a primeira contração naquela manhã. Era a forma que encontrara para dividir com alguém a falta que sentia de christopher. O que ele diria quando o lesse?

Red parou no meio da escada e olhou para a amiga lá no alto.

— O que você está esperando? — perguntou, balançando as chaves do carro. — Esse bebê não vai esperar para sempre.

Nesse momento viu o olhar desesperado que dulce lançava ao diário e ao mesmo tempo à janela da casa de christopher e sua expressão se suavizou. Ela subiu outra vez as escadas.

— Dar esse diário a ele é a melhor idéia que teve, querida. Tenho certeza disso — incentivou-a, apertando-lhe o braço com carinho. — christopher só está furioso com você por ter-lhe escondido o fato de que ia ser pai, mas quando souber o que sente por ele mudará de atitude. Portanto, vou me certificar pessoalmente de que ele receba esse seu diário.

— Não posso — disse dulce, apertando o caderno contra o peito. — Oh, Red, e se eu estiver cometendo um grande erro?

— Você só está confusa. Mas isso é natural em seu estado. — Assim dizendo, a amiga gentilmente tirou-lhe o diário das mãos.

O medo contraiu o abdome de dulce. Ou seria apenas outra contração? De qualquer forma, aquilo doía demais. Bem, chegara a hora de tomar uma decisão. Afinal, esconder a verdade de christopher, inventando aquela história ridícula de Bruno não surtira o efeito desejado. E enganar a si própria para sempre era impossível. Precisava dar a christopher a chance de amar a ela e ao filho que teriam. Já não suportava a possibilidade de serem apenas bons amigos. Queria mais. Queria tudo.

continua

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