Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Será que deveria ir até lá? Afinal, fora dulce quem saíra do chá-de-bebê que havia organizado para ela. Resolvera dar-lhe al­gum tempo para cair em si e ver que estava errada. Na ocasião parecera a melhor atitude a tomar. Mas já havia se passado dois dias e ela permanecia em profundo silêncio. Então teria de ser ele a dar o primeiro passo.

Esperou alguns minutos e olhou outra vez pela janela. Iria até lá.

Abriu a porta da frente e dirigiu-se à varanda, quase tropeçando em uma caixa embrulhada para presente que fora deixada ali. O nome em tinta verde confirmava que era para ele, o que quer que fosse. Olhando mais de perto, reconheceu a elegante caligrafia de dulce. Pegando o embrulho rasgou o papel sem conseguir esperar nem mais um minuto.

Bem devagar abriu o caderno com capa de couro, sentou-se no degrau superior da escada da varanda e começou a ler.

Ficou estarrecido desde o começo, mas foi a última página, com data daquele dia, que o fez enfiar o caderno no bolso do casaco e sair em disparada em direção à sua motocicleta. Esperava apenas que não fosse tarde demais.

— Tente descansar um pouco — disse a enfermeira a dulce, ajeitando o travesseiro embaixo dela. Cobriu-a com o lençol e sorriu. Em seguida dirigiu-se até a porta — Vamos avisá-la assim que o bebê acordar.

— Obrigada. — dulce observou a enfermeira fechar a pesada porta atrás de si e disse a si mesma — Vou tentar.

Nunca se sentira tão cansada, tão aliviada, nem tão orgulhosa de si mesma como naquele momento. Olhando em volta do quarto particular que o pai, através da secretária Lucinda, tinha arrumado para ela, dulce percebeu que jamais se sentira tão solitária.

christopher não viria.

Seu bebê era a miniatura dele, apenas um pouco menor, mais rosado e mais adorável. Mas era exatamente como o pai.

Suspirando, dulce fitou a noite aveludada através da janela, até que a visão se embaçou devido às pesadas lágrimas que lhe escor­riam pelas faces.

Ela soluçou e assuou o nariz. Detestava chorar. O quarto de hospital voltou a entrar em foco. Parecia uma cabine anti-séptica e imaculadamente branca. Fechou os olhos e concentrou a mente no filho que acabara de nascer. Pensou que jamais na história da humanidade alguém concebera uma criança tão perfeita.

A sombra de um sorriso esboçou-se em seus lábios. Se ao menos christopher estivesse ali, tudo seria perfeito. Talvez tivesse sido um erro não tê-lo chamado. Estendeu o braço e tocou o aparelho de tele­fone. Antes que conseguisse discar, alguém bateu na porta.

— Sra. saviñon?

Aleluia! O bebê deve ter acordado, e a enfermeira o estava trazendo para mamar, pensou.

— Entre — respondeu ela, ajeitando os travesseiros e sentan­do-se na cama de modo a poder segurá-lo em seus braços.

continua

comentemm

ta acabando

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muitooooooooooo

plix