Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Um funcionário do hospital entrou carregando alguma coisa... que decididamente não era um bebê... parecia...

Um pedaço de cerca branca, alto e comprido o bastante para circundar toda a cama de hospital.

Ela piscou várias vezes e fechou os olhos. Ao abri-los constatou que o estranho objeto continuava ali, bem do lado da cama.

— O que significa isso? — perguntou espantada.

— Não sei — disse o rapaz, dando de ombros. — Acho que algumas pessoas não gostam de enviar flores às mamães. Mas a senhora já tem muitas flores aqui no quarto.

Era verdade. Graças ao pai e Tabitha, à mãe e seu mais recente namorado. Todos haviam enviando grandes buquês coloridos. A mãe até chegara a telefonar duas vezes, dando-lhe conselhos. Mas com certeza o fato de ser avó não havia resultado em mudanças drásticas em seu comportamento. Pelo menos por enquanto.

Confusa, passou a mão pelos cabelos. Que tipo de louco enviaria um presente como aquele ao quarto de um hospital? Seria christopher?

Não era possível. Ele por certo estaria na Califórnia em seu en­contro com os investidores. Talvez Red...

— Sra. saviñon?

— Sim?

Um homem alto e magro entrou carregando uma caixa preta de veludo em uma bandeja de prata. Sem dizer uma palavra, mas com um sorriso de orelha a orelha, ele posicionou-se ao lado da cama.

— dulce? — Uma figura conhecida surgiu logo atrás.

— Red? Você sabe o que significa...

— Fique quieta que você logo descobrirá — interrompeu a amiga, falando alto para ser ouvida, apesar do burburinho de vozes vindas do corredor.

Visitantes? dulce puxou os lençóis até a altura do pescoço e ajeitou os cabelos.

Red aproximou-se da cama.

— Não me mate por ter entregado o diário a christopher antes do tempo.

dulce mal a ouviu, tão ocupada estava em ler o cartaz que dois rapazes carregavam para dentro do quarto: Aqui está o homem que a ama.

dulce prendeu a respiração. Seria possível...

— Olá, ruiva.

Christopher.

Ele entrou no quarto carregando um embrulho de lã e dentro estava o bebê. O rosto másculo irradiava alegria. A medida que ele se aproximava da cama e passava para dentro da cerca branca, dulce sentia que sua fisionomia deveria estar da mesma maneira. A alegria que sentia era tão grande que a deixava trêmula.

— Cheguei aqui o mais rápido que pude — informou ele. — Tinha algumas coisas para fazer antes.

Um riso nervoso aflorou nos lábios dela ao fitar a cerca, o ho­mem com a bandeja e o cartaz.

CONTINUA

COMENTEMM