Fanfic: Quando o amor acontece | Tema: Johnny Depp; Alex Pettyfer
Noites de luxo, drinks, VIP’s, limusines, high heels, terno Armani, BBM (BlackBerry Messenger), dinheiro e muita arrogância, tudo que o casal mais conhecido de Nova Iorque tem. E muito mais. Alexander Richard Pettyfer é o desejo de consumo de qualquer garota, pois se encaixa em todos os requisitos citados a cima, com exceção do salto alto, é claro. Órfão de mãe desde os cinco anos de idade, vive numa linda mansão em UpperEastSide com seu pai, tendo tudo o que quer na hora que desejar, nada é impossível para o lindo Alex. Lindo, sim. Loiro queimado, bronzeado, 1,87 m de um belo corpo, olhos verdes, 23 anos...um verdadeiro desejo hollywoodiano.
Exatamente um ano atrás, no final do verão, Alex foi surpreendido na 5th avenida enquanto andava pela calçada conversando por telefone com um velho amigo, Shia LaBeouf.
- ...acabei de pegar um frappuccino, são 8h da manhã e esse calor está insuportável.
- “Estou na Coca-Cola desde as 4h da madrugada. Viu aquele arquivo que te mandei?”
- Vi sim.
- “E o que achou? Tem sucesso, não tem? Esses caras são demais!”
- Não...Sem sucesso. Sem ritmo, estilo, voz, nada que ocupe mais meu tempo.
- “Você só pode estar de brincadeira. Eles são os próximos N’Sync e garotas adoram isso”.
- (risos) Sem chance, cara! – Disse Alex com meio sorriso no canto esquerdo da boca e olhando para o outro lado da rua, fazendo com que ficasse mudo por algum tempo.
- “Tá, eu vou ensaiar uma coreografia com eles, quer dizer, pedir pra eles fazerem isso, ai eu te ligo semana que vem e marcamos um horário pra você ve-los de perto, é tanto talento! – ia dizendo todo entusiasmado Shia no telefone – “Combinado?...Alex?...Alex?!”
Era a garota que mais tinha chamado atenção de Alex até aquela manhã. A brisa bateu em seu rosto e ele fantasiava em adivinhar seu perfume, seu cheiro. Tomou um gole de seu café e atravessou a rua para segui-la.
A garota entrou na loja do famosíssimo Christian Louboutin e Alex a observava pela vitrine, do lado de fora. Toda delicada chegou cumprimentando as meninas da loja, que rapidamente já mostravam as novidades para ela. Parecia ser de casa. Um par de sapatos chamou sua atenção, de glitter dourado, high fashion, e caiu como uma luva em seus pés.
- Maravilhoso!
- Ficou perfeito em você, pra variar. – elogiou uma vendedora.
- Quanto tá esse?
- 4.600 dólares.
- Que isso?! – ria a garota ao perguntar – é muito caro, apesar de ser lindo e valer por isso. – ela se olhava no espelho e aqueles sapatos brilhavam. – Mas hoje não vai dar, Dianna. Estou guardando dinheiro pro meu apartamento.
- Sem problemas, querida. Qualquer coisa liga que eu separo ele pra você.
- Muito obrigada! – agradeceu à vendedora tirando os sapatos e calçando suas sapatilhas. – Vou indo, tenho que comprar as entradas para o evento de hoje. Beijinhos, meninas.
Ela saiu da loja e Alex disfarçou, mexendo no celular e ao mesmo tempo a acompanhava por de baixo de seu óculos de sol. Queria saber qualquer coisa sobre aquela garota, mas pela primeira vez algo o impediu de ir falar com ela e com o tempo passando ela sumia cada vez mais com a distância. Então resolveu entrar na loja.
As vendedoras o olharam entrar pela enorme porta e pelo seu “perfil”, todas correram para atende-lo: “Bom dia, Senhor”. “Bom dia, posso te ajudar?”. “Bom dia, está procurando alguma coisa? Temos muitas novidades”.
- Você! – apontou e foi em direção de Dianna, que guardava algumas caixas, deixando as três vendedoras de lado. –A garota que acabou de sair daqui, qual o nome dela?
- E por que eu diria? – encarou Dianna, que era amiga da garota dos cabelos morenos – Pra você sequestra-la?
- (risos) Na verdade... – Alex foi interrompido pelo seu próprio pensamento – é, curiosidade minha. O que ela estava vendo? Preciso de um presente.
Dianna não caiu no “conto da patotinha” que Alex contará, mas pegou a caixa e respondeu:
- Ela vai ao evento de hoje, então experimentou este sapat...
- Vou levar! – interrompeu Alex, fazendo uma ligação – Morgan, vou precisar de você, agora! – desligou.
- São 4 mil e seis...
- Débito! – Interrompeu ele novamente
Dianna pegou o cartão o olhando com uma cara de “conheço seu tipo, mauricinho arrogante” e passou, enquanto uma outra menina fazia um embrulho e colocava na grande sacola.
Ao chegar onde morava, Rayssa foi barrada na portaria, tinha um pacote para ela.
- Pra mim? – perguntou ela surpresa e contente. – Quem deixou, Rupert?
- Foi um senhor, mas não disse seu nome. – respondeu ele olhando apaixonadamente para Rayssa. Desde que começou a trabalhar no Edifício ele se encantou com ela, mesmo sabendo que não tinha chances, pois tinha apenas 18 anos. – Quer que eu leve pra você?
- Muito obrigada, mas não precisa,Rup.
Rayssa pegou o elevador, apertou o vigésimo andar e subiu, imaginando o que seria, e nunca demorou tanto para chegar em seu apartamento tanto quanto aquele momento.
“Plin!”, foi entrando, deixando a bolsa pelo chão, colocando o pacote na mesinha de centro da sala de estar e abriu.
- Por favor, eu gostaria de falar com a Dianna? Obrigada! – esperando, esperando, esperando – Di? Eu disse pra você que não ia ficar com o Louboutin.
- “Eu sei, eu deixei aqui...NÃO! Espera! Você está com o par ai?”
- Sim. Alguem deixou aqui na portaria faz pouco tempo.
- “Ai meu Deus!” – gritava Dianna do outro lado da linha toda animada – “Um cara entrou aqui na loja no mesmo instante que você saiu e disse que queria um presente pra alguém. Perguntou o que você tinha visto e levou”.
- Um cara? Que cara?
- “Lindo, perfeito, porém arrogante”.
- Deve ser um senhor bonitão então. (risos) – brincou Rayssa
- “Senhor? Só se esse for o ‘senhor’ mais novo do planeta e menos grisalho do mundo”.
Carlos Miele, foi o que Rayssa decidiu usar para o evento daquela noite. De família rica, vinda da Inglaterra, ela era uma moça cheia de expectativas, 23 anos, cabelos compridos, 1,66 m e conhecida somente por pessoas ao seu redor. Louise, sua melhor amiga desde a infância, se mudou pra Nova Iorque junto com ela há uns 3 anos, e foi pra ela que Rayssa ligou quando já estava pronta.
O evento era uma mostra dos maiores pintores da cidade, apresentação de seus novos trabalhos e um lindo coquetel, aberto para aqueles que adquiriram as entradas, que se esgotaram. Ao chegar no local, saindo do taxi, Louise disse maravilhada para a amiga:
- É este o sapato? Pouco maravilhoso, viu – falava com sarcasmo.
- É este sim.
- Tem certeza que no cartão que veio junto estava escrito “Use-os hoje a noite, será um prazer acompanha-los”? (risos)
- Com todas as letras (risos). Vamos entrar, estou ansiosíssima! – dizia ela puxando Louise pelo braço.
- Estou indo! Estou indo!
O centro de todos os olhares eram pra ele, ainda mais com aquele terno feito sob medida e exclusivamente para ele. O perfume chamava atenção, o olhar seduzia e o sorriso matava, e olha que as vezes literalmente. Alex procurava por alguém em especial, dava pra ver por sua ansiedade e pelo copo de Scotch em sua mão. No grande salão, do outro lado, Alex avistou a garota que viu hoje de manhã e que não saiu de seus pensamentos durante todo o dia. Foi se aproximando perto da escadaria, lá estava ela.
- Belíssimo sapato! – elogiou Alex, tomando um gole do wisk e dando aquele sorriso de canto.
Rayssa ficou encantada logo no primeiro olhar que até as palavras lhe fugiram e ficaram se olhando por alguns segundos, mas que para eles parecia ter sido horas.
- É... – balançou a cabeça, voltando ao foco – muito obrigada! – agradeceu, descendo os dois últimos degraus, dando de ombros (delicadamente) deixando Alex sozinho e seu sorriso, e foi para um anexo do salão, uma área um tanto afastada, com alguns quadros e passou a observa-los.
Alex se virou para ver onde a garota ia, mas não foi ela que ocupou o vão do seu olhar e sim Cristina Ricci, uma mulher fatal, um tanto maléfica, branca como arroz e franjas negras.
- Ricci!
- Olá, Alex – cumprimentou ela – você está um gato hoje, sabia? – com voz sedutora e passando seus dedos pelo terno.
- Pare, Ricci! –friamente tirou a mão dela “de cima” dele. – Tenho que ir.
- Qual é, Alex... – puxou-o pelo braço – Sabia que nossos pais estão juntos em um projeto e agora precisamos mais do que nunca mostrar que somos iguais e closer. – contava ela passando a mão pelos ombros de Alex, abraçando-o e virando para os fotógrafos – Vamos, sorria para a foto. – sorriu ela, mas Alex não mexeu os lábios nem para um tique se quer.
Louise tomava cada taça de champagne que passava, ainda mais com morangos. Ficava sentada no chaise perto de Rayssa apenas saboreando.
- Não sei como você suporta olhar essas coisas estranhas e ainda achar um significado. Pra mim é tudo rabisco. –desabafava Loui brincando com o morango dentro da taça.
- São lindos, Loui. Venha aqui, veja este. – Loui se levantou, seu salto quicou no mármore cinco vezes e se aproximou de Ray – Olhe as cores, as curvas, veja como elas se interligam, como se completam. Este é o famoso quadro do rio Sena na noite mais iluminada da França.
- Ual! – exclamou Loui – Não to vendo nada. – comeu o morango e se virou, viu que “seu lugar” estava ocupado por um homem um tanto excêntrico, de chapéu, um bom terno e cabelo bagunçado. – Com licença, este lugar...quer dizer, eu estava sentada aqui.
- Me desculpe, senhorita. – respondeu o cavalheiro se levantando. Ia saindo quando deu meia volta e fez uma proposta – Posso lhe fazer companhia?
- Quadros?
- Não, são só rabiscos.
- É o que eu digo. – surpreendeu-se Loui – Sente-se, por favor. Louise, prazer! – esticou a mão para um aperto de mãos amigável.
- John, o prazer é todo meu – pegou na mão de Loui para um não aperto de mãos amigável e sim para um simples e honesto beijo em sua mão.
Rayssa olhando essa cena já imaginava “hoje, perdi minha amiga”. Um garçom passou, aproveitou e pegou uma taça e foi para o grande salão. De longe avistou um grande amigo que não via há anos.
- Matt Damon, - foi falando passos antes de chegar perto dele, que já a vinha olhando por todo o caminho – que saudades! – neste instante, ela estendeu as mãos, e de mãos dadas ele deu um beijo em seu rosto.
- Querida, quanto tempo! Quanto tempo que não via esse sorriso. – elogiou.
- Que isso, assim você me deixa sem graça. Como você esta?
Enquanto conversavam, Alex que estava em um grupo de empresários, junto de seu pai, não prestava atenção em nada do que eles diziam, nem seus olhos estavam presentes. Procurava a garota Louboutin. Seus olhos passavam pela multidão, Jessie J cantava e ele não ligava, ao contrario de todo o resto, até que seu sensor piscou e achou o que procurava. Não conseguia tirar os olhos dela. Assistia seus movimentos e os decorava como se o REC estivesse apertado e após três copos de wisk, ainda não estava bêbado, decidiu se aproximar novamente. Foi como se fosse em câmera lenta e a câmera estivesse nele, mostrando ele passando por todos com o olhar em foco e todos olhavam pra ele conforme ele ia passando e se aproximando da garota pelas costas e com sua mão direita, pegou na mão esquerda dela, a puxou devagar e ainda foi um tanto educado com Matt:
- Com licença!
Envolveu seu braço esquerdo em volta da cintura, acelerou o ritmo dando uma volta e ao mesmo tempo se perdendo no meio da multidão.
- Quem é você? – perguntou a garota enquanto dançavam.
- Alguém que queria ter te chamado pra dançar desde o começo do evento, ou pelo menos ter pego uma bebida. – respondeu Alex sorrindo, logo após esticando seu braço, fazendo-a dar uma voltinha e depois a trazendo pra perto. – Não sei se você percebeu, mas todas as mulheres dessa festa estão olhando pra você agora.
- Por causa de você?
- Também, - riu ele – mas creio que é por causa de todo esse glitter dourado nos pés.
- Bom, se isso foi um elogio, aceito. – sorriu ela.
- Alexander Pettyfer! – se “apresentou” ele – mas pode me chamar de Alex.
- Rayssa, mas pode me chamar de Ray. – neste instante eles pararam de dançar e lá veio ele com aquele sorriso de canto que faz com que a mente de qualquer um tire fotos sem parar.
- Ray, esta certo! – ele olhou seu celular, que tinha acabado de vibrar – Tenho que ir, a sorte é que já consegui o numero do seu celular.
- Já? Como? Como assim? – perguntava Rayssa espantada e ao mesmo tempo curiosa.
- Tenha uma boa noite! – Soltou as mãos dela e saiu por uma porta pequena, a famosa “porta dos fundos”.
Rayssa foi atrás de Louise, mas não a encontrava. Pegou seu celular dentro da sua bolsa de mão e tinha uma mensagem da amiga “Já estou em casa, Ray. Ia te avisar, mas não queria estragar o ‘momento’ hahaha! Boa noite e me liga amanhã pra conversarmos, tenho novidades para contar e acho que você também, Xoxo, L”. Depois de ler a mensagem, decidiu ir embora. Se despediu daqueles que conhecia e que ainda estavam por lá e logo foi para o lado de fora chamar um taxi.
Em casa, a primeira coisa que fez foi tirar os sapatos, o vestido e tomar uma ducha antes de ir para a cama. Quando saiu, ainda de toalha, viu que a luz do visor do seu celular estava acesa em cima de sua cama, uma mensagem de um número desconhecido: “Obrigada por usa-los esta noite. Foi um prazer acompanha-la. Alex”.
Manhattan nascia sobre a luz do sol dos últimos dias do verão com a certeza de que seria um Sábado cheio de repercussões. Os jornais já a porta e a primeira pagina não poderia ser outra, o evento da noite passada com a seguinte manchete “Pettyfer’s e Ricci’s, uma junção além do poder?”, seguida pela foto de Alex e Cristina.
- Parabéns! Esta reportagem marca sua 238ª primeira pagina seguida desde o Ano Novo. – Disse Daniel num tom desafiador jogando o jornal na mesa, na frente de Alex, que tomava seu suco de laranja e comia uma torrada com mel. Alex apenas olhou a primeira pagina e sem dizer nada, só com cara de mau humor e se levantou, enquanto seu pai se sentava a mesa –Até que ficam bem juntos, sabia? – satirizou com aquele gostinho de quem gosta da idéia, e ele gostava.
Em seu quarto, pegou o celular pela centésima vez desde que tinha levantado, esperando uma mensagem que não iria chegar, não tão cedo. Pegou seu lap top, sentando em sua cama, e a primeira pagina (sua home Page) era o NY Times e não era o único site, revista ou jornal que teve a idéia de postar uma outra foto, contrariando o grande peso da foto de Alex e Cristina, sendo assim, uma de Alex e uma garota que não se sabem o nome, dançando juntos, diferenciando a companhia e a expressão de Alex de uma foto para a outra, “Fim de festa, bebida ou companhia muda o humor de Alexander Pettyfer?”. Alex “acordou” depois de ver a foto e seu mau humor foi vencido por uma mordida de lábios que veio junto de um sorriso. Não era fácil de vê-lo assim, mesmo porque seu jeito arrogante de ser não permitia, seu domínio sobre tudo e todos, vindo pela convivência com o pai. Se ao menos a mãe estivesse ali, poderia ser diferente, mas Alex não tocava nesse assunto, não guardava nenhuma foto, tinha um rancor. Daniel contava a história de que ela os havia abandonado no dia em que Alex fizera seus cinco aninhos, e que por vontade própria saiu naquela tarde chuvosa e um acidente que a envolvia aconteceu. Mas tudo isso era insignificante para Alex, pelo menos era o que ele dizia.
Rayssa ainda dormia por volta das 8:30h e seu desejo mas profundo era não ser acordada. Sonhava com algo que lhe fazia feliz, pois mesmo dormindo ela sorria, varias e varias vezes, mas como todos tem aquela pessoa que é considerada “melhor amigo(a)”, ela foi acordada pelo toque do interfone. Louise a esperava lá embaixo, enquanto Ray se arrumava, ela conversava com o porteiro, Rupert.
- Ela desce em 5 minutos, Louise.
- Obrigada Rupert. – agradeceu Louise se debruçando no balcão – Mas e ai, me conta...quando vai chamar a Ray pra sair? – ria Louise, pois ela sabia da paixonite dele pela amiga e sempre brincava com ele sobre isso.
- A gente saiu uma vez, é...quer dizer, demos uma volta – gaguejou Rupert que estava nervoso, deixava Louise brincar, mas mesmo sendo uma brincadeira, era uma verdade.
- Jura? – excitou Louise – Aquela magrela nem me contou, eu não acredito. Me conta, onde vocês foram? – Perguntou ela levantando as duas sobrancelhas repetidas vezes – Hein, hein, hein?
- É... a gente foi...demos uma volta por ai.
- Fala logo, Rupert!
- Na verdade eu a acompanhei até a calçada e ajudei a chamar um taxi pra ela. – contou ele com voz desapontada, mas rindo logo em seguida
- Rupert, você é um bobo, sabia? – ria Louise
“Plin”, o elevador chegou e junto dele, Rayssa estava radiante. Cabelos soltos, uma saia cintura alta de alta costura azul Royal, uma blusinha regata tom arroz claro por dentro, junto com um cinto fino caramelo, um terninho ¾ dourado nada chamativo para combinar com sua sapatilha e é claro, que uma bolsa grande acompanhava.
- Buenos dias! – brincou Rayssa
- Bom dia, amiga. –cumprimentou-a Louise com um beijo nas bochechas rosadas de blush.
- Bom dia, Rayssa. – disse Rupert entusiasmado até demais. – Aqui! Suas correspondências que chegaram essa manhã.
- Obrigada, Rup. – pegou as duas cartas que tinha e colocou-as dentro da bolsa. – Vamos Loui?
- Vamos! Até mais, Rupert – acenou com a mão dando um tchauzinho e já saindo para o lado de fora do Edificio, acompanhando Rayssa. – Onde que ir tomar café?
- Pode ser naquela confeitaria no Parque Industrial?
- Nossa, perfeito! Adoro os bolinhos de chocolate de lá. – respondeu Louise com um sorriso que ia de uma orelha a outra. – Taxi! Hey! – o taxi parou e as duas seguiram para seu destino engordativo, que não fazia efeito em nenhuma das duas, uma vez se quer.
Olhando pela janela de sua sala do prédio Tyfer’s, sentado em sua cadeira levemente reclinável, parecia estar bem confortável, mas o olhar era perdido. De repente o telefone toca, era sua secretaria anunciando que Cristina Ricci estava na recepção do loft o esperando.
- hunf... – colocou a mão direita no rosto, esfregando os olhos, não gostando da noticia – Diga pra ela que estou descendo! – desligou sem ao menos dizer obrigada ou esperar que a secretaria dissesse algo a mais. Se levantou, colocando as mãos no bolso do lindo terno e foi seguindo em direção das grandes janelas, elas iam do chão ao teto em uma única parede inteira. Bufou uma vez e respirou fundo, ficando ali por algum tempo, até que resolveu descer.
Cristina já estava olhando em seu relógio quando Alex apareceu, que sabia onde ela estava pela ampla visão ao sair do elevador, mas olhava para os lados ao invés de encarar aquelas franjas negras. Ela o viu e se levantou, deixando na mesinha ao lado sua xícara de chá que tomavam.
- Bom di... – ia dizendo Cristina quando foi interrompida.
- O que você quer? – perguntou grosseiramente.
- Vim lhe mostrar isto. – Tirou o jornal da bolsa e estendeu o braço para lhe dar.
- Eu já vi! – retrucou Alex mordendo forte, realçando suas mandíbulas.
- E o que achou? – perguntou ela, nunca demonstrando constrangimento algo, afinal, ela era bem o tipo dele, só que do sexo oposto, e isso que dizer “fragilidade”.
- Não achei nada. Não tinha nada pra achar nisso.
- Na verdade, eu achei que ficamos uma gracinha. – ia dizendo ela num tom quase sedutor, se juntando ao lado dele e colocando a foto do jornal a frente, na visão deles. – Não ficamos?
- Já chega! – exclamou Alex derrubando o jornal das mãos de Cristina com uma só batida de mão. – Tenho mais o que fazer. – disse já caminhando para a porta de entrada, que agora seria a porta de saída, de escape. Precisava de ar fresco e ao colocar os pés do lado de fora, fechou os olhos e respirou fundo uma, duas, até três vezes, parecia que ia flutuar de tão certo que funcionou.Abriu os olhos e via a realidade, aquela imensa fonte à frente jorrando água, pessoas passando por aquele imenso espaço, entrando e saindo do prédio, pombas no chão e voando ao redor, então ele decidiu seguir em frente.
A cada passo que ele dava seu rosto ia melhorando, ficando mais relaxado, menos estressado, sua autoestima atingiu o céu. Os homens invejavam todo o cenário que ele embarcava, as mulheres cobiçavam aquele pedaço de homem mau, teve uma que o encarou até ele passar por ela, que virou aplaudindo todo o charme que exalava de Alex, e isso fez com que ela ganhasse uma risada simples e gostosa em troca. Ao passar perto de algumas mesas que ficavam na calçada, que pertenciam a um restaurante, viu uma garota deixar seu celular cair, o que resultou num “piti”. Foi começar a resmungar abaixando no chão para pegar o celular que Alex passou. Ela só viu aquele par de sapatos elegantes se aproximando e não conseguiu não subir os olhos, parecia saborear cada pedaço do qual ia vendo, se levantou para continuar olhar dos quadris em diante, fazendo sentir o perfume de Alex, ela nunca respirou tão fundo quanto naquele momento, até esqueceu de pegar o celular e se sentou sem desgrudar os olhos dele.
E foi descendo até a praça cimentada com a maior fonte de Manhattan e turistas que viu Rayssa andando com sua amiga, rindo graciosamente jogando a cabeça pra trás e segurando um café na mão. Ela estava vindo na direção de Alex, mas ainda tinha espaço suficiente para ele decidir se ficava ali a esperando ou pegasse outra direção. Chegou até a virar-se um pouco pra trás para pensar, colocando uma das mãos na cabeça, enquanto a outra ficava devidamente no bolso. E a decisão foi a melhor escolha da sua vida, olhou para frente novamente, fazendo com que Rayssa trombasse nele, que gentilmente caiu em seus braços. O café foi ao chão e o mundo girava, mas para os dois parecia que tudo estava parado e que aquele momento parecia ser inventado. Um pouco foi, mas o melhor não.
- Oi... – Cumprimentou Rayssa, um tanto desajeitada, ainda nos braços de Alex.
- Olá! – Respondeu Alex olhando desesperadamente em seus olhos.
- É...me desculpe, – ia rindo Rayssa e se “levantando” – eu não te vi.
- Desculpe pelo café –retrucou ele olhando para o copo aberto no chão.
- Esta é Louise, minha amiga.
- Alexander Pettyfer! – se apresentou ele com um aperto de mãos.
- Bom, eu tenho que ir na Armani pegar um terno pro meu pai, então... A gente se vê depois, Ray. – se despediu Louise com um beijinho – Te ligo mais tarde.
Louise saiu com o passo acelerado e já com seu BlackBerry em mãos: “Quem é esse gato? OMG! Você vai ter que me contar tudo depois, detalhe por detalhe. Xoxo, L.”. Ela realmente tinha que pegar o terno, poderia ser uma outra hora, mas já que mencionou, foi pega-lo.
Ao entrar na Armani pediu para um dos vendedores pegar o terno que estava em nome de Louise Recco e se sentou nos sofás em frente aos espelhos dos provadores para aguardar. E foi surpreendida por um rosto familiar que saiu de um dos provadores vestindo um terno maravilhoso, era John. Na hora ela ficou pasma, dura, não mexia um músculo se quer, até que ele a viu.
- Louise! – exclamou ele todo contente, subindo em uma plataforma diante dos espelhos. – Então, como fiquei?
- Perfeito, John! – elogiou Louise – É alguma ocasião especial?
- Sim, casamento. – respondeu ele com um sorrisão no rosto.
- Ah... – saiu essa silaba da boca de Louise, desapontada, porém curiosa – E quem é a felizarda?
- Katherine. – respondeu ele arrumando a gravata –Louise, eu sei que já disse isso, mas eu queria agradecer novamente pela noite de ontem, você é uma ótima companhia e eu me diverti muito.
- Que isso, John! Eu é que agradeço. – retrucou ela se levantando, pois o vendedor estava vindo com seu terno. – Bom, tenho que ir agora...a gente se fala?
- Com certeza!
Louise pegou o terno e saiu da loja com ele em seus ombros. Já pegou o celular e mandou uma sms para Rayssa “SOS, precisamos conversar amiga”.
Rayssa e Alex estavam no Starbucks. Alex se sentiu na obrigação de lhe comprar um cappuccino novo, já que por causa dele Rayssa perdeu o que estava tomando.
- Aqui esta! Dois cappuccinos com creme. – disse a moça do atendimento.
- Obrigada. – pegou Rayssa – Eu quero um protetor para o copo, esta quente.
- Dois. – quis Alex.
Os dois se sentaram em uma mesinha bem no canto perto da janela, onde podiam ver a grande fonte jorrar água.
- Alexander, eu queria...
- Eu já sei o que você vai dizer e não precisa.
- Mas...
- Rayssa, foi um presente. – cortou ele dando um gole em seu cappuccino
- Eu não posso aceitar, você nem me conhece direito, eu não te conheço, isso é...
- Exatamente! – interrompeu ele, mais uma vez. – Eu queria te conhecer e...
- E comprando um par sapatos foi o jeito de me conhecer? – ela riu.
- É que foi a primeira vez em que eu não soube o que fazer. – ele riu também – Me desculpe. – disse ele olhando nos olhos dela. – Mas por favor, fique com eles, ficou perfeito e você estava linda.
- Tudo bem, mas...com uma condição.
- E qual seria?
- As vezes de domingo vou num lugar – explicava Rayssa olhando e girando seu copo – e só fico com eles se você for comigo hoje.
Alex ficou surpreso com o convite. Na verdade surpreso até demais, contente até demais, pois não era do seu feitio aceitar um convite, ele os fazia.
Figand Olive, o preferido de Rayssa e Louise. Todos os Domingos era obrigatório as duas almoçarem e colocarem os assuntos da semana em dia. A mesa delas sempre estava pronta para 12:30h e sempre no mesmo lugar, ao lado de uma janela que dava para a rua, adoravam ver o movimento.
-...e então ficamos conversando o evento todo, bebemos, trocamos os nossos números e hoje quando eu vou pegar o terno do meu pai encontro ele lá, experimentando um terno para o casamento. – contava Louise bebendo seu Martini de maça. – E sabe, não que eu queira algo a mais ou coisa assim, - fingia e relutava Louise dizendo essas palavras olhando a reação de Rayssa, que não acreditou em nenhuma dessas palavras. – mas é que nos sintonizamos tanto, temos muito em comum E ELE TOCA GUITARRA! – empolgou Louise nas últimas palavras fazendo com que as pessoas ao redor olhassem para ela.
- Desculpem, ela bebeu um pouquinho demais. – disfarçou Rayssa olhando para aquelas pessoas e tirando o copo de Martini da frente de Louise.
- Ta, mas agora me responde uma coisa. Você sentiu algum interesse dele em você ontem?
- Claro que sim, a não ser que ele jogue pro outro time, sabe como é, tratam a gente da mesma maneira.
- Loui! – repreendeu Rayssa a amiga.
- Você sabe que é. – confirmou Louise até que recebeu uma sms pelo BBM e leu em voz alta – “Louise, adorei te ver pela manhã, fez meu dia, pelo menos até agora, mais feliz. Gostaria de lhe perguntar se gostaria de ir ao casamento? Vai ser bem legal, espero que possa ir. Aguardo sua resposta. Um beijo, John”. E então? – perguntou ela.
- Mas vocês podem ser amigos, Loui.
- Sabe, você tem razão. Acho que me empolguei, fantasiei demais.
- Então você vai aceitar o convite?
- Não sei ainda, até a noite eu dou uma resposta pra ele. – respondeu ela dando uma fina garfada em seu peixe. – Agora você, desabafa!
Rayssa riu, meio que sem jeito, não sabia exatamente como contar a noite passada, sendo que ela foi sem tantos diálogos.
- ...e foi quando eu estava indo deitar que recebi uma sms dele, e por falar nisso eu não sei como ele conseguiu meu numero...bom, resumindo, ele que comprou o Louboutin.
- Não brinca! – disse Louise de boca cheia. - E esse encontro de vocês hoje cedo ao acaso, o café...que lindo! – se entusiasmou.
- Loui, não é nada disso. – tentava disfarçar Raissa com um sorriso bobo no rosto. – E eu disse que aceitaria o “presente” se ele fosse num lugar hoje à noite comigo.
- Você vai...você vai levar ele lá? – riu Louise – Você sabe quem ele é?
- E daí? – riu Rayssa
- E daí? E daí que é o cara mais rico dos Estados Unidos com 23 anos que o mundo conhece.
- Tá, mas eu nunca tinha visto ele, nem foto, nem nada. E outra, pra mim ele é normal e pronto! Não vou negar que quando soube o nome dele e depois da mensagem eu fui procurá-lo no Google...
- Viu! Quando fez o convite já sabia quem ele era. Tudo bem, mas pode ter certeza que ele não costuma fazer esse tipo de coisa, pode apostar.
- Loui, para de ser cricri – riu Rayssa dando um tapinha no braço da amiga –E se ele não for, não tem problema. Só vai confirmar tudo que li e vi sobre ele na internet, o que me parece ser ao contrario.
- Eu não duvidaria dos tablóides, eles aumentam, mas nunca inventam!
- Você já ouviu alguma coisa sobre ele?
- Bom, que ele é um metido, arrogante, que ele e o pai só se suportam por causa dos negócios, os amigos deles são por interesse, a não ser um que uma vez saiu numa matéria com ele sobre a infância, esse deve ter criado anti-corpos contra os Pettyfers. E tem mais uma coisa, não podemos deixar em branco a foto que saiu esta manhã no jornal.
- Como você sabe de tudo isso? E que foto?
- Aqui! – tirou o jornal da bolsa que tinha comprado pela manhã – E tem uma conhecida da minha mãe que a filha dela idolatra o Alexander e sabe tudo sobre a vida dele, e quando elas vão em casa eu escuto as vezes o que elas falam.
- Quem é essa Ricci?
- É a futura prometida para os bens dos negócios. Pelo menos é o que diz na matéria. – respondeu Loui dando a ultima garfada no delicioso peixe. – Garçom, um profiteroles, por favor!
- Dois, amiga. Eu também quero! – disse Rayssa folhando o jornal e de repente se depara com a sua foto dançando com Alex. – E você tinha visto isso aqui? – perguntou ela mostrando a pagina para Louise.
- Não, deixe-me ver. – olhou ela a foto da sua amiga – Meu Deus! Você esta no jornal, Ray. Com o Alexander ainda. Você sabe o que isso faz de você?
- Não...O que isso faz de mim? – perguntou curiosa Rayssa
- Famosa! – exclamou Louise excitada. – Amiga, deve ter muita gente querendo saber quem é essa garota da foto.
- Exatamente! Não sabem quem é, então não sabem que sou, portanto continuo na mesma e assim quero ficar, obrigada. – disse ela num tom de satisfação.
Aquele banheiro quente, vapor e o som do chuveiro caindo sobre as costas de Alex. Relaxando, pelo menos ele tentava. O que o atormentava era todo esse circo em torno dele e de Cristina, queria mesmo que acabasse.
Desligou o chuveiro, enrolou a toalha em volta do quadril e foi para o quarto, batendo a mão em seus cabelos dourados para tirar a água. Um assovio veio de sua poltrona a frente de sua cama e ele somente olhou.
- Puxa, fazia tempo que não o via assim. – disse Cristina o olhando de cima a baixo.
- Quem deixou você entrar? – perguntou ele indo para o closet.
- Whoopi! Ela é adorável. – entusiasmou-se Cristina com tom de dominação.
- Estou de saída, então você também.
- Mas você ainda nem colocou uma roupa, Alex. – disse Cristina na porta do closet o olhando nu.
- Saia daqui, garota! – gritou Alex assustado, pegando a primeira peça de roupa que viu para cobrir sua parte mais intima, e bateu a porta na cara dela. – Garota infernal, credo! – pensou Alex consigo mesmo.
- Tudo bem, eu vou embora. Vou deixar algo em cima da sua cama, um presentinho.
Tudo o que Alex não queria era alguma coisa vindo de Cristina. Desde a infância eles se conhecem, eram vizinhos quando seus pais moraram em Los Angeles. Eram amigos, sempre brincavam, mas o tempo foi passando, as atitudes formando, o desejo de Cristina por Alex despertou e foi em uma noite de ano novo, já vivendo em NY, que os dois beberam mais do que agüentavam e tiveram a primeira e única noite deles. Alex nunca teve algum sentimento além da amizade que tinham, ao contrario de Cristina, porem seus sentimentos eram apenas desejos. Desejo pela fama, pela rotina de vida dos Pettyfer, do dinheiro e o desejo mais tentador era cada parte do corpo de Alex, pois Cristina não suportava sua arrogância e desdenho.
Alex rapidamente se arrumou. Colocou um jeans skinny escuro, uma camiseta azul marinho de gola “v” e uma jaqueta fina de couro preta por cima. Entrou em seu Audi (http://migre.me/7tHVw), pegou seu celular e ligou para Rayssa.
- Posso saber pra onde você vai me raptar hoje? – sorriu ele
- Primeiro, quero saber como conseguiu meu numero ontem a noite.
- Consigo tudo o que eu quero, memorize isso. – riu ele (o que estava ficando esquisito, Alex estava feliz demais e parecia ser outra pessoa quanto estava com Rayssa)
- Certo! Vou me lembrar disso. – riu ela também. – Bom, a gente pode se encontrar no New York Aquarium?
- Ham, claro, estou indo pra lá agora mesmo. – Alex ficou cismado com o local, mas estava curioso, então acelerou.
Nove e trinca e sete, era o horário que marcava no relógio quando Alex chegou. O local estava vazio e pouco iluminado por dois holofotes que clareavam o nome do lugar. Estava tudo fechado, menos uma portinha logo a esquerda que estava semi-aberta, então resolveu entrar.
- Rayssa? – gritou Alex, que estava em um corredor abafado, estreito, molhado e pouco iluminado.
- Aqui! – Respondeu Rayssa – Estou aqui nos fundos!
Alex seguiu em frente, até outra porta no final do corredor, ao abrir se deparou com o lado de dentro do mundo do maior Aquário da cidade, na ala dos Pingüins.
- Oi! Que bom que você veio. – Disse Rayssa ao lado de algumas pedras, onde os pingüins tinham passagem para entrar e sair da água. – Coloque estas galochas que estão ao lado da porta.
- É... – Alex olhou para as galochas e não gostou muito da idéia. – Acho melhor eu ficar como estou.
- Você pode escorregar. Vamos, vem logo! – disse ela dando um peixinho para um dos pingüins que estava ao lado dela.
Alex olhou novamente para as galochas pretas e resolveu colocá-las. Logo seguiu para perto de Rayssa, que se sentou em uma das pedras.
- Posso? – pediu Alex permissão para sentar ao lado dela.
- Claro! – respondeu Rayssa com um sorriso em seu rosto. O silencio tomou conta por alguns segundos, mas Rayssa o quebrou. – Então, o que achou?
- É...um tanto interessante. – respondeu Alex rindo e observando os pingüins que nadavam. – Você vem todo Domingo aqui?
- Venho sim, eu adoro esse lugar. Meu tio trabalhava aqui desde que eu era pequena e sempre que eu vinha visitá-lo ele me trazia aqui para alimentá-los.
- E cadê seu tio?
- Ele morreu faz uns cinco anos.
- Me desculpa, eu...eu sinto muito.
- Que isso, já faz algum tempo...tudo bem! – e um sorriso disfarçando as memórias saiu. – Quer alimentá-los?
- Não...não, obrigado. Estou bem assim (risos). – respondeu Alex com uma expressão enojada e ao mesmo tempo brincando. – Quem é aquele menorzinho ali no canto? – apontou Alex para a beira da “prancha” onde a água mal conseguia bater.
- Aquele é o Pingo. – sorriu Rayssa ao olhá-lo. –Ele não vai crescer mais que isso e tem dificuldades para nadar. – respondeu ela num sentimento de pena.
Naquele instante Alex se levantou, pegou Pingo e foi entrando na água, como se fosse o mar, até a água bater em seu joelho.
- Você não vem? – Alex perguntou convidativamente Rayssa.
- Mas é claro! – se espantou Rayssa ao ver essa cena e foi radiante ajudar.
- Pronto, Pingo... – Ia dizendo Alex o segurando na água – agora é só nadar. Vamos!
- Ele não vai vir. – disse Rayssa desapontada esticando os braços. Ela estava de frente para Alex e apenas dois passos largos os separavam. O pinguim se debatia todo, parecia que tinha medo da água.
- É melhor tira-lo daqui, - disse Alex tirando-o da água – antes que ele se afogue, ou sei la (risos). É muito fundo aqui?
- Deve ter uns 3m de profundidade na parte que é mostrada para aas pessoas, no aquário mesmo. Logo mais atrás tem uns 10m de profundidade e é mais gelado, eles gostam bastante. Quer ir ver?
- Não, não, obrigado! Estou confortável aqui... – ia dizendo Alex até que Rayssa o molhou. – Você não fez isso... – disse ele pegando Rayssa no colo e a jogando na água, celebrou sua “vitória”.
- Esta muito fria, me tire daqui, rápido, rápido! – pediu Rayssa estendendo a mão pedindo ajuda, e foi quando Alex lhe deu a mão, ela apoiou seus pés em uma pedra e o puxou para dentro.
- Deus, esta mesmo muito fria (risos).
Os dois começaram a ter um daqueles ataques de riso que ninguém sabe como, porque e da onde surgiu, então curtiram aquela massagem facial e a “dor” na barriga.
Fora do aquário, cada um com uma toalha em mãos e roupas molhadas, iam em direção de seus carros, que estavam um ao lado do outro no estacionamento.
- Eu não queria dizer isto e não é o meu forte, não mesmo, mas...eu me diverti muito esta noite.
- De nada! – disse Rayssa reverenciando com a cabeça. – Bom, então eu acho que é isso...
- É...eu quero dizer, nunca pensei que pinguins fossem tão...legais?! (risos)
- Eles são – disse Rayssa com um sorriso no rosto.
- Bom...boa noite então. – disse Alex abrindo a porta de seu carro e vendo Rayssa fazer o mesmo.
- Boa noite!
- Quer saber?! – Saltou no momento Alex com um convite – Acho que precisamos de chocolate quente e marshmallows.
- Tenho muito marshmallow em casa. – riu Rayssa aceitando o convite.
Os dois seguiram para o apartamento de Rayssa. O vento já mudava a estação e outono chegava naquela noite, fazendo com que aquele momento fosse...perfeito?
- Olá, Rup, boa noite. – entrou Rayssa cumprimentando o porteiro mais novo de Manhattan.
- O..l...á! – respondeu Rupert de boca aberta, lentamente, ao ver que Rayssa chegava acompanhada por uma pessoa que ele conhecia...e não gostava. Olhou para Alex, que nem se quer o cumprimentou, apenas passou olhando a frente. Ficou a ver os dois enxugando os cabelos com toalhas e rindo, esperando o elevador e disse para si mesmo com toda inocência - Isso não desceu, não engoli – e continuou a olhar com aquela cara engraçada, coberto por cabelos ruivos, que só ele tinha.
- Entre, fique a vontade, por favor. – Convidou Rayssa - Vou pegar toalhas secas e roupas limpas. – ia dizendo ela entrando em seu quarto (http://migre.me/7xd74 )
- Que roupas? Não vou usar nenhum vestido seu (risos). – disse Alex tirando a camiseta e ficando descalço, apenas com os jeans pesados da água.
- Relaxa (risos)! Meu primo morou um tempo aqui comigo e acabou esquecendo algumas peças de roupa.
- Se você quiser tomar um banho quente...eu vou fazendo o melhor chocolate quente que você já tomou na sua vida.
- Você? Na cozinha? (risos). Essa eu quero ver. – disse alto Rayssa ligando o chuveiro.
- É serio (risos).
- Ok, me de 10 minutinhos.
- Tudo bem. – Disse Alex na cozinha (http://migre.me/7xcXB ), que era um ambiente só com a sala (http://migre.me/7xcT8 ). Começou a preparar o chocolate quente, pegando leite, creme de leite, achocolatado, canela e os marshmallows. Lógico que ele não sabia onde estavam as coisas, mas foi procurando.
Quando Rayssa saiu do banho, aquele cheiro de chocolate com canela predominava seu quarto e foi seguindo aquele cheiro maravilho até a sala, onde se deparou com duas canecas cheias de chocolate quente na mesa de entro, uma vasilha de vidro com marshmallows e Alex de costas, usando apenas seu jeans. Ela ficou sem reação por um instante, mas conseguiu voltar a si.
- É... – ao ouvir a voz de Rayssa, Alex se virou – creio que estas roupas lhe sirvam. – esticou o braço com uma camiseta branca e um shorts xadrez claro bem discreto.
- Obrigado! – agradeceu Alex pegando a roupa.
- Eu coloquei uma toalha no banheiro, se quiser tomar um banho quente, vai lhe fazer bem. – disse ela com a voz um tanto quanto mole. – O banheiro fica no final do corredor.
Alex foi para o banheiro e nesse tempo em que tomava um banho e colocava roupas secas, foi o tempo perfeito para os marshmallows derreterem. Rayssa usava um shorts curto azul marinho que era quase todo coberto por um moletom canguru com capuz num tom acinzentado, que quase ficou sujo ao tentar experimentar o chocolate, que estava muito quente. Resolveu colocar um filme e jogou algumas almofadas entre um sofá e a mesa de centro e ali sentou, encostada no sofá, com as pernas flexionadas, apoiando sua caneca em seu joelho e assoprando para esfriar.
- É, parece que serviu. – veio Alex e se sentou ao lado de Rayssa
- Parece que sim (risos).
- Ainda está quente? – perguntou Alex pegando sua caneca.
- Muito! – respondeu ela assoprando mais um pouco. – quero experimentar logo, esse cheiro esta me matando desde que sai do banho (risos).
- Não crie muita expectativa. – sorriu ele.
- Gosta do Tarantino? – perguntou Rayssa olhando para a televisão.
- Kill Bill? Por acaso você esta violenta hoje? – perguntou Alex se afastando de brincadeira.
- É bom tomar cuidado... – sorriu Rayssa, fazendo com que ele voltasse, só que um pouco mais perto dessa vez.
Rayssa bateu duas vezes a palma e as luzes da sala ficaram mais baixas, tornando o ambiente mais agradável. O filme acontecia e em cenas muito fortes, Rayssa tampava os olhos com uma almofada, Alex as tirava e a fazia assistir “Colocou agora vai assistir (risos)” e foi assim que o momento adolescente voltou a surgir na vida de Alex, e foi no momento em que os dois começaram uma pequena guerra de almofadas e ele a “agarrou” no chão para que não pudesse se mexer, que ele percebeu.
Na manhã seguinte Rayssa acordava ao cheiro de panquecas e no meio da sala coberta por uma manta branca, essa que ficava em cima de sua cama. Se levantou e olhou para a cozinha, de costas não reconheceu a pessoa que estava ali.
- Oi! Com licença... – falou Rayssa sem jeito até que um homem de mais ou menos uns 37 anos se virou, usava uma roupa esquisita. – Oi...
- Bom dia! – disse o homem todo animado.
- Quem é você? O que esta...
- Sou Tom, Tom Cruise, é um prazer em conhecê-la.
- Eu sou Rayssa... – se apresentou ela também indo até a cozinha para ver o que ele fazia. Sim, as melhores panquecas de Nova Iorque, ela lembrou pelo uniforme que ele usava. – O que faz aqui?
Sem responder, Tom apenas entregou um pequeno envelope para Rayssa e continuou a fazer as panquecas com direito a todas as coberturas que ela poderia imaginar. “Querida Rayssa, não pude ficar e quis lhe fazer uma surpresa, sei que gosta das panquecas do Cruise’s, aproveite. Tenha um bom dia. Alex!”. Rayssa imediatamente pegou o celular e mandou uma sms para Louise dizendo: “Café da manhã aqui em casa? Ray.”
- Eu só quero entender por que cargas d’água você não dormiu em casa? – Perguntou Daniel furioso, jogando mais uma vez, um jornal na frente de Alex. – Agora isso é brecha pra falarem e acharem o que bem entenderem, Alexander. Eu não vou mais tolerar suas atitudes infantis, esta claro?
-...
- Esta claro, Alexander? – perguntou em alto e bom tom. Alex apenas olhava fixamente para a mesa e batia o dedão direito sobre a mesa, sua expressão não era das mais amigáveis.
- Sim, senhor! – disse Alex não querendo concordar.
- E você vai me falar onde estava?
- Isso não é da sua conta! – disse Alex se levantando bruscamente da cadeira, ficando frente a frente com seu pai. Nos seus olhos havia apenas uma coisa, raiva.
- O futuro da minha empresa depende disso, Alexander, e você sabe. O pai de Cristina já me ligou hoje cedo e...
- Qual é pai? – perguntou Alex indignado – Você esta fechando o melhor e maior negocio da sua vida me dando como moeda?
- Não, Alexander, não! Cristina e o pai são a moeda, você é apenas parte do negocio, aquela clausula que ninguém lê, mas é importante. – respondeu o pai num tom de soberba e grosseria saindo da sala de Alex.
Alex ficou parado, estático, não se mexia. Seus olhos começaram a ficar molhados de raiva, o que resultou num vaso caríssimo de porcelana ao chão.
Sentou em sua cadeira, logo atrás de sua mesa e precisava desabafar, gritar com alguém, e esse ágüem, esse único alguém que suportava isso, era seu grande amigo. “...sim, meu pai esta pra fechar aquele negocio bilionário que te falei, mas isso vai custar a minha união com a Cristina, não consigo suportar essa garota e...e tem algo a mais que... esquece! E se eu não fizer isso? Se eu não fizer, Shia, estamos falidos”. Naquele mesmo instante em que desligou o celular, abriu a caixa de texto e escreveu uma sms para Rayssa.
- Tom, foram as melhores panquecas que eu já comi em toda minha vida. – disse Rayssa lambendo o garfo que ainda restava um pouco de mel.
- Vou ao Cruise’s desde pequena, meu pai sempre me levava. Quando a Ray se mudou pra cá, foi lá que nos conhecemos. – Contou Louise.
- Fico feliz em saber que o Cruise’s faz parte da historia de vocês. – Agradeceu Tom enxugando suas frigideiras especiais.
- E você, já decidiu se vai ao casamento? - perguntou Rayssa
- Vou sim! - respondeu Louise confiante
- Essa é minha garota – disse Rayssa dando um tapinha nas costas da amiga. - Quando é?
- Sexta-feira agora, 20h no MagicHall.
- MagicHall? Ual! - entusiasmou-se Rayssa – Vai ser uma super festa então.
- É, pensei por esse lado, quero me divertir e quem sabe ele não tem um amigo pra me apresentar (risos).
- Ai, Loui...só você mesmo (risos).
- Você podia ir né? Chama o AlexANDER! - disse Louise agravando a voz no final do nome.
- Não, não...
- Ele ta caidinho na sua, vai por mim. - confirmou Louise dando um gole no iogurte.
- Para, que isso. E outra, pelo jeito que você fala, não faz meu tipo, embora eu só tenha visto o contrario.
- Querida, é assim que as coisas funcionam. No começo tudo é legal, bonito, divertido...mas depois é um saco!
- Por isso mesmo que devemos aprender a não passar do começo. - deu um sorriso convincente para Louise e se levantou. - Bom, acho que como se tem um casamento daqui alguns dias, precisamos de um vestido, certo?
- Já estou adorando, continue... - disse Louise sorrindo e dando pulinhos, como uma criança.
- Às compras?! - Levantou a mão direita para um “hi five”.
- Às compras! - concordou Louise dando um “hi five”.
Era oito e meia da noite, Alex estava na biblioteca procurando alguns arquivos da empresa que precisava, quando seu pai entrou e anunciou que tinham um jantar importante com os sócios da empresa no restaurante do Hotel Affinia Manhattan. Nada que ele dissesse iria faze-lo não ir a esse jantar, mas ele pensou que poderia ser uma oportunidade de ver uma fresta como uma segunda opção para os planos de Daniel e Rocco Ricci fazerem uma sólida união.
Na frente do Hotel esperava os Ricci`s chegarem junto de seu pai, que recebia os sócios que chegavam sem parar. Uma limusine branca parou e seu conformamento tinha caído na real “eles chegaram”. Alex nem se quer se importou de abrir a porta, mas Cristina desceu e logo grudou no braço direito de Alex. Os fotografoss não cansavam de lançar flashs que ele odiava, que Ricci adorava e que eles também gostavam, mas Alex abaixou a cabeça e entrou acompanhado de Cristina.
Na mesa haviam 12 pessoas e Daniel juntamente de Rocco colocavam em pauta o que tinham em mente para salvar a empresa, estavam num local reservado. Alex não conseguia ver onde entraria no assunto, na verdade seu pai queria apenas que escutasse, mas após duas taças de champagne ele se levantou, iria para a varanda tomar um ar fresco quando lhe chamou atenção o que seu pai dizia:
- ...e é com orgulho, que além dos papéis de um grande acordo, lhes dou a novidade de que meu filho Alexander e Cristina... - Daniel olhou para Alexe continuou – vão se casar! - terminou ele erguendo sua taça, fazendo com que todos fizessem o mesmo. - Um brinde ao mais novo e maior casal que Manhattan, Nova Iorque, que os Estados Unidos da América já tiveram.
Todos naquele instante aplaudiram e ficaram de pé para ver Cristina se levantar e ficar ao lado de Alex, que demonstrava expressão sim, porém nada boa.
E foi aquele falatório na manhã seguinte por toda Nova Iorque. Fotos nos jornais, o pedido, cadê o anel? Ela esta gravida? O amor acontece em Nova Iorque? Cristina Pettyfer? O melhor negocio de todos os tempos? Era só isso, em todos os lugares.
Rayssa saia do prédio cedo, tinha prometido a Louise que pegaria seu vestido na Versace e levaria até sua casa e deixaria lá, já que ela tinha ido a Los Angeles resolver alguns problemas. Passou em frente de uma banca e as fotos de Alex com Cristina lhe chamaram atenção. Comprou um jornal e apenas leu o titulo e parecia que um filme passava em sua cabeça desses ultimos dias com Alex. Jogou o jornal na primeira lixeira que viu e seguiu em frente. Um quarteirão depois, olhou para o outro lado e viu Alex entrando na Tiffany`s e pensou “Louise tinha razão”.
A semana passou, sexta-feira chegou e caixa de mensagem de Rayssa estava lotada, todas elas de Alex, que tentava falar com ela desesperadamente. Sabia o que acontecia, todos sabiam, mas do que havia entre eles somente os dois sabiam, quer dizer, naquele momento apenas Alex sabia.
Na casa de Louise, Rayssa a ajudava se arrumar para o casamento.
- Ray, eu odeio te falar, mas eu te avisei, não avisei?
- É...eu que sou tonta e cai no falso conto, - dizia Rayssa fechando o vestido de Louise – mas sabe, foi legal esses dias com ele, me diverti e...
- “me apaixonei”? - terminou a frase para ela Louise.
- Não, simplesmente... Eu não sei. - suspirou ela. - Pronto! Deixe-me ver como ficou. - Louise se virou e estava linda com aquele lindo vestido rosê (http://migre.me/7yTt1 ).
- Bom, eu tenho que ir, não quero me atrasar. - dizia ela pegando sua bolsa de mão – Fica aqui mais esta noite, amanhã farei torradas pra você. - disse Louise se despedindo com um beijo na testa da amiga.
- Se divirta!
- “Eu vou!” - gritou Louise, que descia as escadas.
Rayssa se sentia sozinha, pegou seu celular e começou a olhar sua agenda telefonica, caindo na letra “M” discou para Matt.
- Matt, é a Ray, tudo bem?
- Oi, Ray. Tudo bem e com você?
- Na verdade não muito, preciso de um amigo. - o que Matt realmente era, apenas grandes amigos. - Esta em NY?
- Estou sim, cheguei ontem novamente. Onde você esta?
- Na casa da Loui, mas acho que vou pra casa.
- Daqui quanto tempo?
- Quinze minutos.
- Estarei lá.
Alex estava estacionado do outro lado da rua, em frente do apartamento de Rayssa. Olhava pela janela fechada, com o celular na mão, não sabia se ligava ou não. Viu Rayssa chegar e seu coração acelerou, fazia alguns dias que não a via. Ela não entrou, estava com as mãos no bolso do se casaco leve de couro, o tempo era agradável, mas sempre batia um ventinho gelado. Parecia estar esperando alguém e foi quando decidiu descer do carro e ir até lá, que viu um homem chegando e a abraçando apertado por um bom tempo. Alex era do tipo possuidor e não aguentou ver essa cena, desceu do carro e foi até eles.
- É por isso que você não retorna minhas ligações? - chegou Alex falando num tom dominador.
- Como é que é? - perguntou Rayssa rindo, sem saber o que fazer ou o que pensar sobre o que Alex fazia ali.
- Quem é esse cara? - perguntou Alex olhando nos olhos de Matt.
- Matt, Matt Damon! - se apresentou Matt estendendo a mão – Eu lembro de você...do evento...
- O que esta fazendo com esse cara, Rayssa? - perguntou Alex, dessa vez olhando diretamente para ela.
- Calma ai! O que você esta fazendo aqui? Que jeito é esse de falar? - perguntou ela indignada.
- É...Me desculpe! - falou Alex num to arrependido. - Eu...eu não quis...- Alex no mesmo instante deu as costas para Rayssa, atravessou a rua e entrou em seu carro.
- Alex! Espera! - gritou Rayssa, mas ele ligou o carro e saiu furiosamente rapido.
- Você quer me explicar o que foi isso? - perguntou Matt rindo.
- Vamos subir, vai! - disse raissa sorrindo
Pelo menos para alguém a noite seria boa, Louise. Não podia imaginar um lugar mais lindo do que aquele para o dia mais especial de toda mulher, realmente a noiva estaria nas alturas.
- Louise, que bom que veio! - Disse John a recebendo na grande escadaria frontal.
- Estou muito atrasada? - perguntou ela segurando o vestido para não pisar nele.
- Magina, chegou bem na hora.
- Você, não era pra estar la dentro?
- Claro, claro...é, venha comigo, por favor. - disse John a pegando pela mão e seguindo para dentro.
Louise não conseguia tirar os olhos das decorações, dos desenhos, das estatuas graciosamente delicadas, das flores que perfumavam o local, tudo parecia perfeito.
- Você vai ficar bem aqui? - perguntou John mostrando um lugar para Louise se sentar.
- Claro que vou, não se preocupe comigo.
- Bom, eu tenho que ir que já vai começar. - disse ele saindo.
A musica tocava ao vivo, aquele som do violino que entrava suavemente nos ouvidos, a luz baixou um pouco e todos ficaram de pé. E lá estava ela, a noiva, maravilhosamente linda e deslumbrante, acompanhada por...John? Louise ficou sem entender absolutamente nada. A primeira coisa que pensou foi “Não era pra ele estar lá na frente esperando por ela?”. Imediatamente olhou para o “altar” e viu o noivo, loiro, de olhos claros, alto, bem alto e com um sorriso lindo no rosto, aquele de satisfação.
Após a cerimônia a festa começou e John conseguiu dar uma escapadinha das fotos.
- E então, o que está achando? - perguntou ele se sentando na mesa ao lado de Louise.
- Na verdade, eu achei que você era o noivo – riu Louise
- Eu? Noivo? Casando com minha própria irmã? - riu John – Não, não. Isso seria contra a lei. - riu ele novamente. - Quer dançar?
Claro!
Os dois foram para o centro do salão e o embalo de seus corpos parecia ser automático, não tiravam o olhar um do outro por nada. A noite ia seguindo bem, a comida estava ótima, as bebidas das melhores, as pessoas estavam animadas, ali a festa ia longe, mas Louise tinha que ir.
- Johnny, eu queria... - antes que ela pudesse terminar de falar, ele a beijou sob a noite de outono que caia lá fora, tirando completamente seu fôlego.
- Obrigado, a noite foi ótima, na sua companhia foi melhor ainda, Loui. - disse Johnny beijando sua mão e logo em seguida a colocando dentro do taxi. - Tenha uma boa noite!
- Igualmente! - disse Louise paralisada, como se ainda estivesse sendo beijada.
O tom de mensagem no celular de Rayssa tocou ás 4:21 da madrugada, acordando-a. Levantou da cama e foi até o pequeno sofá e pegou o celular, sms de Alex. Estava morrendo de sono, cansada, esfregou seus olhos várias vezes e abriu a mensagem, que dizia “Não sei como consegui ser completamente idiota com você, preciso que você esqueça isso, por favor. Não consigo dormir pensando nisso tudo, nisso tudo mesmo que esta acontecendo. Preciso conversar com você, eu não quero me casar. Isso tudo é coisa do meu pai e eu preciso que você entenda, por favor. Amanhã ás 9am no Central Park ao lado da fonte? Alex.”.
“She`s got a smile that it seems to me reminds me of childhood memories where everything was as fresh as the bright...” e ela bateu a mão no celular fazendo o despertador parar de tocar. Abriu os olhos sentando-se na cama e sentiu a friagem nos seus pés chegando pela ponta da cama. Correu para o banheiro, ligou o chuveiro no mais quente possível e só tirou a roupa quando estava completamente coberto pela fumaça, parecendo uma sauna.
O dia era frio lá fora, então Rayssa adorou abrir o lado do closet onde tinham suas roupas de frio e sua coleção de botas. Colocou uma calça preta bem justa, um chemise azul claro, seu casaco preto de couro leve preferido, botas altas e um cachecol caramelo para combinar com a bolsa.
( poe isso e aperta play pra continuar a ler, espera começar a musica ;) http://www.youtube.com/watch?v=ejgPZpOk1dE )
Ao entrar no Central Park olhou no relógio em seu pulso e viu que eram 9:47, não tinha dado conta do tempo que perdeu no banho e já imaginava que Alex teria ido embora, mas conforme ela foi chegando na fonte, as pessoas passavam e viu Alex segurando uma rosa branca em uma das mãos, a outra encontrava-se em seu bolso. E ele estava lindo, sempre com o melhor terno escolhido, mas o que chamou atenção de Rayssa dessa vez foi que ele estava com uma camisa cor azul petróleo com dois botões abertos, sem gravata, pois ele só usava em reuniões ou eventos importantes, e isso fez com que ela se lembrasse de seu irmão, que se foi quando ela tinha 16 anos.
- É pra você. - disse Alex entregando a rosa para Rayssa.
- Obrigada, - cheirou ela a rosa – é linda. - e deu um sorriso.
- Ray, eu sinto muito pelo o que aconteceu...
- Alex, - interrompeu Rayssa – eu é que sinto muito. Não tinha o direito de não te atender, de não retornar suas ligações. Eu que fui uma idiota, me desculpe.
- Você não tem que pedir desculpas de nada. - disse ele se aproximando de Rayssa e acariciando seu rosto com a mão direita, a outra ainda permanecia no bolso. - Eu que não me perdoo por não conseguir te dizer a bagunça que você fez na minha cabeça desde a primeira vez em que te vi. Ao seu lado eu sou completamente outra pessoa, você consegue extrair o melhor de mim sem que eu perceba. E eu não me perdoo por ainda não ter te dado isso... - e devagarinho ele aproximou o seu rosto ao de Rayssa encostando seu nariz no dela, fazendo com que os dois fechassem os olhos, foi nesse instante que ele a beijou e tudo ao redor parecia estar em câmera lenta, até mesmo a brisa gelada que batia neles, fazendo o cabelo de Rayssa voar. O beijo foi lento, carinhoso, como se Alex tivesse tomando o maior cuidado possível para não quebrar um vaso raro. - Eu devia ter feito isso quando nos esbarramos aquele dia... - dizia ele segurando o rosto de Rayssa com as duas mãos e sorrindo.
- Não... - sorriu ela – se tivesse feito aquele dia eu não ia sentir o que senti agora. - disse Rayssa tirando o sorriso mais lindo de Alex, que passava os dedos em seu cabelo, dando-lhe mais um beijo.
Autor(a): luizarecco
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).