Fanfic: O Errado que deu Certo. | Tema: Felicidade

- Capitulo 2 –

Cheguei em casa chorando, entrei rápido para que minha mãe não me visse, fui direto pro meu quarto. Se hoje cedo eu estava fazendo um plano para ficar, agora queria fazer um plano para ir logo. Não sabia como reagir, dois anos de namoro pra absolutamente nada, dois anos jogados fora, já não sei se o que sentia era amor ou ódio, o que importava era que agora eu queria mais que nunca ir para Vancouver. Tudo que eu não queria ter que deixar para traz era a Leticia, com quem eu ia conversar? Fui pro banheiro e tomei um banho demorado, queria me afogar naquela banheira.

Dona Luiza: Fernanda?

Fernanda: Que que é mãe?

Dona Luiza: Sai desse banheiro que a Bruna está aqui.

Sai do banho, me sequei e coloquei a primeira roupa que estava na minha frente, desci e ela estava no sofá vendo televisão, me sentei ao lado dela.

Fernanda: Oi Brubs!

Bruna: Oi Fer, acabou o brigadeiro de novo?

Fernanda: Sua interesseira, só veio por causa do brigadeiro né?

Bruna: - começou a rir – Também, mas vim te contar que eu vi seu namorado indo buscar a Ynarai de carro hoje, e como não vou com a cara daquela lá, achei melhor te contar.

Fernanda: Ok mas contém dois erros na sua fala, primeiro, não estou mais namorando, segundo, ela é minha prima não fala assim com dela.

Bruna: - me olhou – Tu é burra ou faz Senai? – me deu um muro no braço, ela era pequena mais muito forte.

Fernanda: - coloco a mão no meu braço – Se ficou maluca, isso dói menina!

Bruna: O que deveria doer é esse chifre que você leva ai dos dois, aliás, levava né. Ou você acha que ele estava super triste com a sua ida embora?

Fernanda: Como assim? – senti um aperto enorme no meu coração-.

Bruna: Olha, não queria ser a te contar isso, mas ele te trai com ela a dois meses. Todos os amigos dele sabem, porque ele faz questão de falar. Desculpa te contar isso assim, mas você tinha que saber disso antes de viajar.

Tudo aquilo entrava em meus ouvidos como um grito, e despedaçava meu coração. Meu namorado e minha prima, como eu pude ser tão idiota, a dois meses sendo uma idiota. Levantei do sofá com os olhos fervendo de ódio, fui até a garagem e pedi pro motorista me levar até a casa de minha prima, precisava esclarecer essa história.  A cada minuto que passava meu ódio aumentava, eu comecei a imaginar os dois rindo da minha cara de idiota. Chegamos em menos de dez minutos, pedi pro motorista me esperar e entrei na casa dela. Bati na porta mas como ninguém atendeu eu a abri já que estava encostada.

Fernanda: Ynarai? – chamei, mas sem resposta, deve estar no banho.

Subi as escadas em direção ao seu quarto, preparava todo meu discurso na cabeça para dizer pra ela quando eu chegasse lá, queria que ela me desse uma boa explicação por essas acusações, eu tenho certeza de que ela não faria isso comigo. Abri a porta de seu quarto, e lá estava os dois na cama, não conseguia acreditar no que meus olhos viam.

Ynarai: Prima não é nada disso que você está pensando, eu juro. – veio em minha direção, enquanto Jean vestia sua roupa.

Fernanda: Não me venha com frases clichês – fechei minha mão e por impulso dei um murro no meio do rosto dela, nunca tinha batido em alguém mas devia fazer isso mais vezes. Ela caiu no chão e começou a chorar com a mão no rosto.

Jean: Você ficou maluca? – se ajoelhou na frente dela – você quebrou o nariz dela!

Fernanda: Eu não terminei ainda – comecei a quebrar tudo que eu vi pela frente, vasos, porta-retratos, perfumes.

Jean: - se protegeu com os braços – Fernanda para com isso.

Ynarai: Prima não faz isso por favor – continuou deitada e chorando.

Fernanda: Prima? Não suje o nome da minha família – cuspi em cima deles – eu tenho nojo de vocês – virei as costas e sai deixando os dois, entrei no carro e pedi pro motorista fica dando voltas até que eu me recuperasse.

A cada vez que fechava os olhos eu via a cena dos dois na cama, se beijando, e sentia nojo, nojo dele, nojo dela, nojo de mim do sentimento que eu sentia por ele, do amor que eu o dava sem saber que ele me traia. Ficamos umas duas horas rodando a cidade, até que pedi pra ele me deixar na praia, onde depois daria pra eu ir a pé. Sentei na areia da praia, e comecei a lembrar de tudo que tínhamos vivido até lá, ele trocou dois anos de namoro pra ficar com alguém que o pai dele nunca irá aceitar, e mesmo assim ele trocou.

Deitei na areia da praia e comecei a chorar, não sei quanto tempo fiquei ali chorando até apagar.