Fanfic: O Errado que deu Certo. | Tema: Felicidade

- Capitulo 5 –

Leticia: - pulava em cima de mim – ACORDA BITCH! Está na hora.

Fernanda: Vai chegar a sua hora de ir pro céu se não sair de cima de mim – ela saiu de cima de mim, eu sentei na cama e olhei pra ela – você já está pronta?

Leticia: Sim, vai se arrumar só temos mais meia hora, sua mãe já levou tudo pro carro.

Fernanda: Ok, vou me arrumar! – sai da cama, fui pro banheiro, tomei um banho rápido e coloquei a roupa que tinha separado. Fiz uma make rápida e básica, peguei meu celular e minha bolsa, arrumei meu cabelo e desci.

Dona Luiza: Oi filha, bom dia, está preparada? – me abraçou forte, retribui o abraço.

Fernanda: Sim mãe, nunca estive tão pronta – sorri e beijei o rosto dela.

Entramos no carro, e fomos todos em silencio, minha mãe chorava baixinho, Leticia ia observando tudo lá fora pela janela, creio eu que estava se despedindo, e eu fui fazendo o mesmo. Cada luz que brilhava, esquina que passava, rua que andávamos, cada loja que eu via me fazia sorrir, eu estava indo embora dali, do lugar onde nasci e onde vivi durando 17 anos, onde cresci, onde aprendi a andar, a falar, onde fui pra escola a primeira vez, onde cai meu primeiro tombo, tudo tinha sido ali naquele lugar, e agora eu estava me despedindo dele.

Chegamos no aeroporto, embarcamos as nossas malas, e fomos fazer o check-in das nossas passagens. Tudo pronto, estávamos quase embarcando, faltava pouco, minha mãe já chorava muito, ela estava desesperada, mas ela que quis assim, ela quem disse que seria melhor.

Dona Luiza: Minha filha, vai com Deus, a mãe te amo muito, vê se me liga de lá por favor! – me abraçou forte e beijava minha testa e minha cabeça.

Fernanda: Calma mãe vou ficar bem, relaxa – beijei a mãe dela – te amo, agora precisamos ir, beijos.

Ela abraçou e beijou Leticia, e depois fomos embarcar, ficamos nos últimos lugares, como o avião tem 3 lugares alguém sentaria do nosso lado. Entramos e sentamos nos nossos lugares, Leticia na janela e eu no meio.

Fernanda: Você me paga, a janela era minha – bati nela – espero que seja um menino lindo e gostoso que venha do meu lado só para te fazer calar a boca! – começamos a rir.

Não era um menino lindo, era uma mulher gravida que levantava de meia em meia hora para ir no banheiro. Fomos torcendo a viagem toda pra ela não entrar em trabalho de parto. Lembrei do presente de minha mãe, peguei ele na bolsa e abri, era um pingente de coração, que abria e tinha uma foto minha e dela, coloquei no pescoço e mandei uma mensagem agradecendo o presente. Até que enfim chegamos, o aeroporto era enorme, não tinha ideia de como achar meu pai, eu nem me lembrava dele. Até eu vi uma plaquinha escrita meu nome, era um motorista creio eu, estava de terno e um quepe na cabeça. Fomos até ele.

Gideon: Olá, sou o motorista da família Ferraz, você deve ser a filha do Sr. Marcos, me acompanhe.

Sério, não acredito que meu pai não foi me buscar no aeroporto, seguimos ele até o carro, e entramos.

Fernanda: Não dá para acreditar que ele não veio me buscar! – disse sussurrando.

Leticia: Da um desconto, ele deve estar trabalhando – disse, mas nem prestava atenção em mim – você já viu o tamanho dessa cidade, estou apaixonada.

Fernanda: Obrigada viu amiga pela atenção – dei um tapa nela.

Leticia: Fer aqui não é São Paulo, as coisas são diferentes, seu pai deve estar trabalhando, para de agir como uma menina mimada porque sua mãe não está aqui – virou as costas para mim e continuo olhando pro lado de fora.

Ela tinha razão até certo pronto, mas cara ele não me vê a anos, devia pelo menos ter vindo me buscar, me dar um beijo e um abraço, sei lá, pelo menos dizer bem-vinda. Demoramos uma hora para chegar até a casa de meu pai, e que casa ele tinha. Dois andares, ocupava quase uma quadra toda, era simplesmente perfeita a casa.

O motorista entrou na garagem e já estávamos dentro da casa, pegamos nossas malas, e tinha uma velha esperando pro nós na porta da casa.

Mariliza: Oi meninas, me chamo Mariliza, trabalho pro seu pai, venham, vou levar vocês até o quarto. – virou as costas e saiu, e nós a seguimos.

Fernanda: Onde meu pai está? – ela chegou nas escadas, isso quer dizer que nosso quarto é lá em cima, meu pai estava ganhando pontos comigo.

Mariliza: Seu pai está viajando, volta amanhã à noite, teve que ir resolver uns assuntos. – parou na frente de uma porta e abriu – aqui é o quarto de vocês, as coisas de vocês já estão todas arrumadas.

Leticia: Meu Deus que quarto é esse Fernanda?

O quarto era lindo, tinha duas camas um de cada lado do quarto, dois guarda roupas e duas escrivaninhas com um notebook cada um, o quarto era todo enfeitado, de uma cor lilás e as paredes todas trabalhadas, com direito a janelas com vista pra cidade e uma varandinha. Tinha um closet enorme todo espelhado com várias roupas novas que meu pai deveria ter comprado, e sapatos de grife que eram também muito lindos. Em cima da cama tinha um bilhete;

Querida filha, desculpa não ir no aeroporto te buscar, infelizmente tive um imprevisto e tive que vir em uma viagem de negócios, mas já já estarei ai com você. Espero que você e sua amiga tenham gostado do quarto, aproveitem esse tempo para conhecer a casa.

Beijos papai.

Leticia: Pode deixar papai – começamos a rir e fomos desarrumando nossas malas.