Fanfic: S2 Os olhos da alma S2 (portinon)

Estava naquele mesmo banco de onde a vi pela primeira vez,tudo me fazia lembrar aquele dia,os pássaros cantando,as risadas,o sol batendo na minha pele,o cheiro da grama,até a nossa árvore preferida continuava ali,tudo parecia exatamente igual a não ser por um detalhe:ela.Que foi embora há um bom tempo,para ser mais exata há 8 anos.

Era o primeiro dia de aula poderia dizer que estava muito ansiosa e animada,mas essa não era a minha realidade,estava apavorada,mas nunca iria demonstrar,a não ser que eu quisesse ser alvo de implicância e brincadeiras de mau gosto das crianças mais velhas,o que sinceramente eu não queria.

Depois de muita insistência dos meus pais de que ja estava mais do que na hora de eu começar a frequentar o ensino fundamental ,eu entrei no colégio,afinal já estava bem "grandinha" com 6 anos,mas quem disse que eu queria?

Mas lá estava eu sentada naquele banco depois de ter recebido um abraço da minha mãe dizendo que tudo ia dar certo,aquela típica frase que antecede o pior dia da sua vida,mas naquele dia acho que a sorte estava ao meu lado.

Estava tudo perfeito,cheguei até a me recostar naquela árvore e fechar os olhos por um momento,foi quando ouvi um grito tão estridente que quase caio no gramado,abro os olhos e avisto uma rodinha de meninos maiores em volta de algum coitado desavisado,enquanto ficam gritando.

-Quer?vem pegar hahaha

-Você quer mesmo esse trapo né?-mais risadas.

Até que um deles levanta a boneca e empurram a criança que começa a chorar falando "para por favor" e "me devolve",pela primeira vez eu percebi que era uma menina e devia ser bem menor que eles,aquilo para mim foi a gota d`água,me levantei com muita raiva e fui até lá,não sei como consegui amedronta-los só com o olhar e eles se foram deixando para trás a boneca e uma linda menina de longos cabelos aloirados e intensos olhos azuis,com a carinha vermelha e os olhos inchados pelas lagrímas.

Me aproximei bem devagar para que ela não tivesse medo,peguei sua boneca e dei a ela e abracei,como minha mãe sempre fazia quando eu ficava triste,ficamos longos minutos abraçadas até que decidi falar com ela.

-Qual o seu nome?-perguntei sorrindo.

-Anahi-me respondeu mais calma.

-Sou Dulce-me apresentei.

-Não precisa mais chorar,porque,está tudo bem agora-falei lhe confortando.

-Eu sei-ela disse,me abrindo um lindo sorriso.

-Minha mãe disse que eu não tinha que ter medo porque minha prima dul ia me proteger.

Só então me lembrei do que minha mãe me disse no carro,para que ficasse perto da minha prima any que era muito pequena ainda e não sabia se cuidar,então lhe respondi.

-Sim aconteça o que acontecer estaremos sempre juntas,é uma promessa.

E apartir daquele dia não conseguimos ficar longe uma da outra, além de primas viramos melhores amigas,até o dia daquele maldito acidente que a levou para longe de mim.