Fanfic: A Dama da Meia-Noite | Tema: Levyrroni
`Lá vamos nós de novo`, pensei com desespero ao ver o tamanho do vestido de Lady Katarina. Por que ela tinha que vestir coisas tão extravagantes e grandes?
Não que eu não ache bonito, mas é que quando você é uma das costureiras e se encontra com um vestido do tamanho de uma lona, você perde rápido seu interesse neles.
Enquanto eu começava a arrumar um rasgo naquele vestido, começava também a imaginar como era possível um rasgo tão grande que provavelmente teria atravessado as camadas de seu vestido e até roupa interior. Eu fiz uma expressão pouco comum, imaginando como é que aquilo tinha sido feito, e logo distanciei esses pensamentos. O dia já se fazia noite, e como sempre, meus olhos começaram a mudar de cor e enxergar mais nítido em cores diferentes o exterior que se via pela minha janela.
Ao terminar, o escuro já tinha tomado conta de todo o céu com exceção das estrelas que brilhavam. Por sorte, a lua não era visível assim que meus olhos provavelmente estão apenas de um dourado claro.
Já estava me retirando da sala de costura, quando escutei que alguém se aproximava calmamente, e me virei. Katarina.
Bom, talvez vocês não saibam quem ela é, mas eu sei, desde meus 17 anos. Sendo filha única de Helena e Patrício, donos da casa onde eu trabalho, ela é a garota mais mimada que eu já conheci. É uma debutante nova, tendo 18 anos, e já busca marido.
E pra ser sincera? Eu espero que encontre logo, assim a casa estará livre dos gritos estridentes dela. Mas enquanto isso, eu me vejo obrigada a chama-la de madame e sorrir falsamente à ela.
-Madame? -Olha eu de novo, tendo que pronunciar essas palavras odiosas tão humildemente.
-Você conseguiu me escutar de tão longe? Será que todos os rumores sobre `A Dama da Meia-Noite` são certos?
-Você sabe bem que isso são puras fofocas maldosas. -Eu disse calmamente, tentando não perder os estribos. -Até por que meu nome é Maite. Só.
-Está bem, fingirei que acredito. Se não fosse por meus pais, você provavelmente já estaria na rua, por que pra mim você é um perigo para qualquer um. -Me provocou Katarina.
-E eu poderia saber por que?
-Dizem que você é uma vampira, que pode matar qualquer um à qualquer momento.
-E todos esses rumores só pela cor de meus olhos? Acredito que seja falar demais só pela maneira em que eles brilham. -Me virei de costas à ela. -Até por que, eu saio ao sol normalmente, e vou à igreja. É algo comum. Eu nunca cheguei a queimar por isso.
-Veremos... Se você não é uma vampira, deve ser qualquer outro demônio. Não sei por que meus pais não te entregam frente à rainha.
-Eles sabem que são só rumores, histórias pra crianças voltarem cedo para casa. Eu não sou nada disso, mas também não pretendo provar. Se quiser acreditar nisso, pois acredite.
E dito isso, me virei e saí andando. Apesar de dever respeito à Katarina, não sou uma bonequinha, e não sou obrigada à escutar sobre o que ela acha de mim ou não. Mas em uma coisa ela está certa... Eu posso não ser uma vampira, mas qualquer outra coisa...
Movi minha cabeça, escutando ao longe uma exclamação de dor, não de uma pessoa, mas de um... O que poderia ser? Eu sabia que era melhor me virar, e ir dormir, por que amanhã Helena recebiria visitas e eu teria que limpar pelo menos a maior parte da casa. Mas a exclamação mais aguda me fez virar e correr pra dentro das árvores que se fechavam no jardim, buscando o local de onde vinha o ruído. Ia me aproximando, e escutando mais coisas. Uma perseguição. Ah, que ótimo! Justo o que eu precisava pra terminar o dia! Continuei então andando, até que vi um borrão correndo muito rápido ao meu lado, com a mesma exclamação. Era um coelho? Como uma coisa tão pequena fazia tanto ruído? Então escutei seu perseguidor. Um lobo? Que Ma-ra-vi-lha. Não creio que me meti nessa.
Logo, os olhos vermelhos do lobo apareceram na escuridão, e eu fiquei entre correr, ou ficar. De todas as formas eu teria que machucar o lobo, e pensando nisso notei que minhas garras já tinham crescido. Droga! Como iria voltar assim pra casa? Eu realmente sei me meter em furadas.
Não queria mata-lo, assim que esperei que ele avançasse em mim e o ferí nas patas rapidamente, antes de que eu caísse com um estrondo vazio na escuridão. Me levantei como pude, e comecei a correr, sabendo que a ferida nas patas da frente dele não o parariam por muito tempo. No meio do caminho escutei novamente a exclamação, e parei rapidamente pra pega-lo. Pelo visto uma de suas orelhas estava ferida, e o apertei contra mim. Ao chegar no final da mata, minhas garras já estavam normais pelo cuidado que eu tive que ter com o coelho. Infelizmente, logo um caçador qualquer conseguiria encontrar o lobo e o mataria, mas isso já não era assunto meu.
Duvido que Helena ou Patrício negariam que eu cuidasse do coelho se ele ficasse no meu quarto. Agora, por que eu queria cuidar desse coelho? Por que eu sequer eu o salvei? Nem sentimentos eu tenho. Mas agora eu não podiam mais voltar atrás. Entrei dentro da casa, de ponta de pé para não fazer muito ruído, e então encontrei Helena com uma vela na mão me esperando.
Helena: -Onde estava?
Maite: -Perdão senhora. Eu... Eu encontrei esse coelho perto da floresta aqui de perto. Ele está com a orelha machucada.
Helena: -Você é muito boa, mas vai ter que deixar ele longe da vista de Katarina.
Maite: -Eu sei -Falei com um suspiro longo. -Mas ele vai ficar só no meu quarto. Vou dar um pouco de cenouras pra ele por dia, dar banho, e cuidar um pouco da ferida.
Helena: -Está bem. Por mim sem problemas. -Então ela se aproximou a mim. -Sabe, você não precisa ligar para o que falam sobre você. Eu vou sempre estar ao seu lado. Apesar de tudo, você já é como uma filha pra mim, e eu não acho que seja um monstro. -Ela deixou a vela encima da mesa. -Seus olhos são diferentes, mas tudo isso que falam é por inveja.
Maite: -Obrigada senhora.
Helena: -Já faz mais de um ano que eu pedi pra você deixar de me chamar de senhora.
Maite: -Mas...
Helena: -Está bem. Pode continuar me chamando de senhora se quiser, mas saiba que eu sempre estarei ao seu lado. Pode ir dormir agora. Ah, e amanhã a senhora Montgomery não virá, por que teve alguns contratempos com sua filha menor.
Maite: -Tudo bem. De todas as formas estarei desperta ao amanhecer. Boa noite.
Helena: -Boa noite.
Fim do capitulo 1
Autor(a): camila_perroni_b
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 15
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nessak. Postado em 22/02/2016 - 18:06:20
continua...
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adoidaqueescreve_ Postado em 01/05/2015 - 14:53:26
Divulga minha fanfic http://fanfics.com.br/?q=capitulo&fanfic=45152&capitulo=1 por favor
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natyy271298 Postado em 21/04/2015 - 18:22:30
Continua com a historia e muito interessante !!!
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natyy271298 Postado em 24/02/2015 - 15:51:54
Continua a postar os capitulos please !!!
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mirelly_perroni Postado em 19/02/2015 - 09:17:01
Continuaaa
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jaquelinerbdsempre Postado em 01/02/2015 - 10:04:32
eu quero hoooot desses dois pra ontem, necessito disso, posta ai
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lara_fics Postado em 28/01/2015 - 19:59:01
Posta mais. E posta também a fic "Atras de mim", por favor *_*
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natalia_thaiahotmail.com Postado em 16/01/2015 - 10:28:48
Ainda bem que vc voltou pois eu estava com saudade de poder ler a sua fic. Agora eu estou mais curiosa ainda pra saber o que vai acontecer nos próximos capítulos, por fvaor tente postar uns 4 hj pois creio que não sou só eu que está curiosa.Continua.
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karol.vondy Postado em 13/01/2015 - 20:04:34
cotinuaaa
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natyy271298 Postado em 29/12/2014 - 09:36:30
Coitadinha da mai espero que ela escape da guilhotina,mas o que a mai é ?