Fanfic: A Dama da Meia-Noite | Tema: Levyrroni

(Pov William)

Já era noite quando resolvi sair do acampamento para me refrescar num rio que havia logo ao lado.
Nessa época do ano, o calor era insuportável, e ficar dentro de uma tenda por uma noite já era o suficiente para você se sentir como se estivesse cozinhando.
Dessa vez, Maite tinha ido ficar na tenda de um dos cavaleiros ao invéz de ficar na minha. Isso me deixava irritado, afinal, o que eu tinha feito pra ela? Pelo que eu me lembrava nada.
Aliás, tinha feito tudo pra que ela se sentisse melhor, inclusive antes mesmo de que a conhecesse. Por que os prisioneiros geralmente acabavam numa carroça, amarrados. E eu tinha convencido os homens que não seria bom que ela ficasse ali, já que não era um homem, e caso atacasse alguém sempre restava a opção de amarrá-la, apesar de que em todo esse tempo ela não tivera demonstrado nenhum sinal de loucura, bruxaria, ou qualquer coisa dessas.
Daniel parecia não ter se dado conta, mas eu percebi que enquanto eles estavam no cavalo, ele acariciava Maite de uma maneira quase inocente. Quase. E por isso eu evitei olhar para Maite todo o tempo, e talvez não só por isso, mas também por raiva de que ela tivesse preferido estar com outro cavaleiro ao invéz de mim.
Decidi esquecer tudo isso, e me aproximei ao rio, mas me escondi no meio das árvores ao notar que havia mais alguém ali.
Maite?
Sim, só podia ser ela. Como ela tinha saído sem que ninguém percebesse?
Essa foi uma pergunta que só durou alguns instantes, pois então eu percebi que ela não tinha a intenção de fugir. Pelo visto, tinha tido a mesma ideia que eu.
Eu sabia que tinha que me retirar dalí, e não espiar ela como se fosse um garoto de 14 anos. Mas não conseguia me mover, só olhar pra ela enquanto se despia. A luz da lua era a única iluminação, e tocava suavemente o corpo de Maite.
Droga! Se eu tinha ido lá para me refrescar, o efeito estava sendo completamente contrário.
Logo Maite apenas entrou o suficiente para cobrir seus seios, e ficou ali, por um momento. Depois deu um mergulho que a fez ir um pouco mais pra longe. Resolvi que não podia continuar ali. Ou eu voltava pra tenda, ou entrava na água também.
Mas eu não podia deixar Maite sozinha. Metade por desconfiança, e metade por se algum animal se aproximava. De todas as formas teria que aparecer.
Respirei fundo, e me aproximei do rio. Ela estava de olhos fechados, assim que resolvi fazê-la notar minha presença. Tossi levemente, e ela se sobressaltou, abrindo seu olhos e se cobrindo com os braços, mesmo estando de baixo d`água.
-O que... O que faz aqui? -Perguntou ela, olhando para baixo.
-Não sou eu que deveria fazer essa pergunta?
-Eu... estava com calor e...
-Eu também estou. Acho que posso entrar também, certo? -Ela não disse nada, mas arregalou seus olhos e se virou. Notei que ela estava entre sair de dentro d`água, ou ficar junto comigo, mas ela sabia que se saísse eu a veria sem nada. Mal sabia ela que eu já tinha visto seu corpo, apesar de que parte dele tinha ficado em sombras. Me livrei de minhas roupas, e entrei no rio, me aproximando dela.
Quando ela me olhou, seus olhos brilharam naquele dourado que só ela tinha. Meu desejo aumentou mais do que antes, e em poucos passos, eu estava junto dela.
Por um momento sua respiração se cortou, olhando pra minha boca e logo para meus olhos.
Eu toquei sua bochecha, e logo segurei sua nuca, beijando-a. Por um momento, senti que ela não soube o que fazer e resolvi ir pouco a pouco. Ensinando-a. Acariciei seus lábios com minha língua, até que ela os abriu, e eu comecei a explorar sua boca.
Timidamente, ela copiou meus movimentos com a língua. Seu sabor era doce.
E então com minha outra mão, segurei sua cintura, colando-a a mim. Quando fiz isso, Maite se assustou e se separou de mim rapidamente.
-O que foi? -Ela não respondeu, foi rapidamente até a margem e vestiu suas roupas, indo para o acampamento. Eu continuei ali, olhando-a, e me perguntando o que tinha dado nela. Eu só a tinha beijado.
Mesmo assim, eu fiquei no rio. Por que também, água gelada agora não me faria mal.

Fim do capitulo 11