Fanfic: A Dama da Meia-Noite | Tema: Levyrroni

(Pov William)

-A rainha está te chamando. -Meu colega Daniel me avisou, eu suspirei pesado imaginando que tipo de intervenção que eu teria que fazer agora.
-Está bem. Se ela chama, eu tenho que atendê-la não? -Desci do cavalo no qual eu estive galopando ao redor dos jardins do castelo.
-Ela parece estar... curiosa. Mas eu não garanto que não esteja estressada.
-Obrigada por avisar, terei cuidado com o humor da rainha. E o rei?
-Na mesma. Aparentemente ele está mais ocupado em seu quarto criando rotas de guerra contra um clã da escócia. Todos sabem que é loucura, mas o rei está convencido que será o melhor.
-Enquanto ele não decretar nada, a guerra não está formada. Ânimo, ele ainda pode desistir.
-Duvido muito, mas se eu fosse você eu ia logo, a rainha pode se impacientar.
-Já estou indo. -Eu me distanciei, e logo entrei pelos portões do castelo. Chegando no salão real, os guardas abriram a porta e eu entrei, para logo me agachar enfrente a Rainha. -Saudações minha rainha.
-Hmmm... William. O mais fiel de nossos cavaleiros. Fico feliz que já esteja aqui. Levante-se.
-O que deseja vossa alteza?
-Simples. Estão rondando uns rumores sobre `A dama da meia-noite`, acho que você sabe.
-Sim... Soube por um colega meu do que dizem.
-Esses rumores não me convenceram, mas fazem alguns dias pedi para que vasculhassem às ruinas onde antes os pais da mocinha viviam, e foram encontrados artigos de bruxaria. Acho que você sabe o que eu quero dizer, não?
-Os rumores então são verdadeiros. Ela tem que ser julgada.
-Perspicaz, William. Eu acho que é mais seguro que você vá até a aldeia onde vive ela, e a traga para o julgamento.
-Está bem. A trarei para que o julgamento seja feito. -Me levantei, e me virei sem esperar mais ordens da rainha. Era só o que me faltava. Sério que eu vou ter que caçar bruxinhas? Provavelmente ela é tão feia que nem se aproximam dela, como pode ser um perigo pra alguém? Mas se a rainha decretou, está decretado. Muito provavelmente vão executa-la, como sempre.

(Pov Maite)

Eu entrei no salão, cheio de damas e cavalheiros, e no instante em que cruzei os portões todos os olhares se fixaram em mim.
Algumas pessoas viravam-se com medo, e outras sussurravam às escondidas. "Tolos" pensei eu, como se eu não soubesse o que pensavam. Já era de noite, e pra piorar minha situação, a lua cheia brilhava no céu com todo seu resplandor. Helena me levou até perto de seus `amigos` de sociedade enquanto Katarina foi encontrar suas amigas.
-Acho que vocês já devem conhecer ela, mas, essa é Maite. -As mulheres que ali estavam me olharam como se eu fosse nada, mas isso já é algo normal, apenas sorri falsamente tratando-as como tratava Katarina. Bruxas. 

-Hmm... Senh... quero dizer, Helena, eu vou andar um pouco pelo salão, sim? -Helena assentiu, antes de se virar e começar a conversar com uma das `senhoras` dali. Droga! Eu pensei que Helena não me deixaria sozinha nessa. E agora, o que eu faço?
Resolvi sair por ali mesmo, e enquanto passava entre as pessoas, escutei uma conversa entre algumas debutantes.
-Sabem por que o baile está sendo feito?
-Não... Porque?
-Aparentemente, o conde quer que o filho Max se case logo. Acho que... -Antes que ela terminasse o raciocínio, os guardas anunciaram a entrada de Maximilliano MacArthur, futuro conde. Quando o moreno entrou com sua veste elegante, várias moças suspiraram em unísono, mas eu continuei ali, parada, justo aonde estava. Ele passou entre as pessoas, e nossos olhares se cruzaram, eu abri caminho, pensando que ele passaria reto mas assim que ele ficou frente a mim e sorriu minha teoria foi-se.
-Qual é seu nome?
-M-a...Maite. -Ah, era isso mesmo. Não só ele como todo o salão está me olhando, e eu ainda fico gaguejando!
-Seus olhos são muito bonitos.
-Obrigada.
-Aceita dançar comigo a valsa? -Eu tinha estado tão ensimesmada em meus pensamentos que nem tinha notado que a suave música já tocava e se ampliava pelo salão. Como eu respondo isso? Ai, e agora? Eu sei que vou dar mancada. Pra começar eu não sei dançar. Eu devia ter aguentado as bruxas mesmo.
-Eu... sim. -Tá, o que eu podia dizer mais? "Não" e depois sair correndo? Um momento... Ele está me agarrando pela cintura? Ai não.
Quando ele me soltou, logo se pôs enfrente a mim, e me segurou fazendo com que eu fizesse o mesmo. Na verdade dançar foi incrivelmente fácil, ele me conduzia pelo salão, apesar de que eu sentia uma pequena tontura. O mais difícil foi não me encontrar com seu sorriso arrogante ou seu olhar sugestivo. Por que essa música não podia parar? Por que alguém não podia... sei lá, cair e fazer com que parassem de olhar pra minha cara? Sério, já podem parar pessoal.

Fim do capitulo 3