Fanfic: A Dama da Meia-Noite | Tema: Levyrroni

Quando a valsa finalmente parou, Maximilliano fez questão de me acompanhar até o outro lado do grande salão junto com Helena.
-Bem, aqui te deixo. Mas você tem que me dizer se nos veremos de novo.
-Isso não depende de mim. -Falei com toda a sinceridade, mas não é que me encantasse a ideia de que ele me visitasse na verdade.
-Então, sim nos veremos logo. -Ele sorriu e abriu passo entre as pessoas do salão me deixando ali, desconcertada por um momento, até sentir que alguém puxava meu braço.
-O que você fez, bruxinha? -Ok, agora me ofendeu. Katarina me olhava de uma maneira assassina, acho que ela esperava que Maximilliano à convidasse pra dançar. E na verdade deveria, eu teria ficado muito bem vendo como eles dançavam enquanto tomava qualquer coisa e desviava meu olhar da aristocracia. Provavelmente ficaria olhando pro chão, mas teria valido a pena. Agora no entanto, estou me enfrentando sem querer à essa mimada, e ainda aguentando os olhares reprovatórios como se fosse eu a culpada por Katarina estar assim...

-Nada! O que foi? 

-Como, o que foi? Você deve ter enfeitiçado ele ou algo assim pra ele sequer te notar! Além do mais, você é uma bruxa burrinha, por que muitas de nós daríamos tudo por essa dança e você lá, evitando os olhares de Maximilliano! Você é mesmo uma vergonha, não sei nem porque minha mãe te trouxe.
-Eu a trouxe por que ela merece. -Helena apareceu logo atrás de mim. Oh, graças a Deus! -Bem diferente de você, que eu deveria ter evitado trazer. Agora por favor, abaixe o tom de voz, e deixe Maite fora disso. Katarina se afastou com um suspiro de ódio, e eu me relaxei, mas o salão começou a parecer pequeno e fechado fazendo com que eu tivesse falta de ar.
-Você palideceu minha querida. O que acha de ir até o jardim? O ar fresco fará bem pra você.
Eu me dirigi então até as portas de vidro que levavam até o jardim, e ao sair, respirei fundo. A lua brilhava mais ainda, e eu não pude evitar perguntar em minha mente: "Por que? O que eu fiz pra isso? Por que eu não pude ter uma vida normal? Por que tinha que nascer com essa maldição?" e nesse instante como se alguém tivesse se revoltado com minha pergunta, minha vontade por sangue multiplicou e eu soube que não poderia voltar aquele salão. Se eu fosse normal, provavelmente já teria aproveitado a chance que Maximilliano havia oferecido, mas não. E já estava feito, eu seria assim até o fim da minha vida.

(Pov William)
A viagem começou logo no começo da noite, provavelmente demoraríamos duas semanas até chegar no lugar onde a "Dama da Meia-Noite" vivia.
-O que você acha dela? Me disseram que ela tem uma beleza encantadora, mas que pode matar tão rápido quanto pode seduzir. -Disse Leon, conselheiro, o único que pensava direito sobre estratégias de guerra entre nós todos.
-Mas você está isento dessa sedução certo? Por que sinceramente, eu não acho que Nilce acharia legal você sendo seduzido pela Dama da Meia-Noite.
-O que? Se ela sequer pensar nisso eu estou perdido. Mas você sabe que eu amo minha esposa.
-Sim... sei.
Eu gostaria de ter um amor como o de Leon e Nilce, mas nós guerreiros não temos tempo pra pensar nisso. Leon teve uma sorte incrível, assim como Daniel que estava apaixonado por Clarissa Bullevar, filha de um comerciante muito conhecido. Mas eu acho que nunca sentirei esse sentimento que eles dizem com tanto orgulho sentir. Até porque, o amor deixa um homem vulnerável e é algo que eu não pensaria em mim.

Fim do capitulo 4

Oie! Bom, vocês já notaram que essa é uma Fic histórica, mas que as descrições são um pouco mais... Modernas, diria eu.
Por exemplo, quando eu coloco "Ok" ou algumas maneiras de falar de hoje em dia e isso não condiz com essa época. Mas eu peço para que vocês levem na esportiva, é só pra ser um pouco mais divertido :)