Fanfics Brasil - Totalmente Pecadora: Capitulo 13 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Pecadora: Capitulo 13

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-- Não houve aperto de mãos com dinheiro ontem à noite. A menos que você reivindique sucesso, Ucker, eu diria que o caso está encerrado. – Carlos Daniel se aproximava de Ucker por trás.


Ucker se recostou na cadeira e forçou-se a virar-se e olhar nos olhos de seu superior.


-- Ela está limpa, chefe.


-- Droga. – O capitão Carlos Daniel amassou uma folha de papel e jogou-a no lixo, com força. – Desperdício de equipe – resmungou.


-- Parece que sim – concordou Ucker.


-- Nosso informante podia estar blefando, jogando nos dois times por dinheiro... mas as dicas que nos deu pareciam legítimas. Eu realmente acreditei que alguns de nossos políticos estivessem freqüentando aquele lugar às escondidas. – O capitão andou de um lado para outro à volta da curta mesa de Ucker e voltou antes de parar. – Alguma chance de que as coisas acontecessem antes do reinado da Srta. Dulce?


Ucker balançou a cabeça.


-- Não parece possível. Não sem ela saber. Ela estava por perto na época da tia e do tio, volta e meia os ajudava com as aulas e lidava com a contabilidade. Agora ela mesma está administrando o lugar. Se estivesse acontecendo alguma coisa na época, ou agora, ela saberia.


-- Alguma chance de alguém ter dado a dica e ela ter conseguido despistar você com seu charme adorável? Alguma chance de ela ter enganado você ontem à noite?


-- Enganado a mim? Nenhuma chance. A moça é inocente. Aposto meu distintivo.


-- Realmente. – O capitão ergueu uma sobrancelha, intrigado, antes de instalar-se na ponta da mesa de metal. – Essa é nova.


-- O quê? Eu sempre confio nos meus instintos.


-- Mas nunca pôs tanta fé em outro ser humano, especialmente uma moça. – Lançou um olhar contundente a Ucker. – Até este momento. – Levantou-se e foi para seu escritório.


Tiro certeiro, pensou Ucker. Ele não podia mais evitar a verdade. Tampouco podia evitar pensar, embora fosse isso que vinha tentando fazer desde a partida brusca de Dulce naquela manhã.


O capitão tinha razão. Ele havia posto fé na moça e baixado a guarda. Por um momento ridículo, tivera um lampejo de uma vida diferente daquela, solitária, que levava. Tinha estado sozinho por tanto tempo sem uma ligação verdadeira com outra pessoa. Mas Dulce havia lhe mostrado que existia algo além de comer, dormir e trabalhar. Fizera-o sentir-se vivo e, idiotamente, ele desejava mais. Não que pudesse ter aceitado, considerando que era incapaz de oferecer qualquer coisa substancial em troca.


Dinheiro em troca de sexo. Que baita oferta ele tinha feito. Ucker bufou de desgosto. Dispusera-se a provar que ela não era uma garota de programa e, em vez disso, não a tratara melhor que uma prostituta. O olhar ferido nos olhos dela atingira com mais dureza do que quando levara uma coronhada na cabeça. A culpa e o pesar contorciam-lhe as entranhas.


Um detetive com anos de experiência em interrogar suspeitos, no entanto, tinha estragado a única chance que teria com Dulce. No final, tinha feito um favor a ambos. Habilidades interpessoais não eram sua praia, e agora ela também sabia disso.


Além disso, a moça era muito boa em derrubar as defesas dele, algo que ele e seu trabalho não podiam suportar. Deixá-la ir embora não tinha sido fácil, mas fora necessário.


-- Uckermann.


Ucker ergueu o olhar em direção ao escritório de Carlos Daniel.


-- Pois não, chefe?


O mais velho sacudiu uma paste de papéis no ar.


-- Relatório na minha mesa até o final do dia. Tudo confere, caso encerrado.


-- Certo.


-- E sua aparência está horrível, então apronte os papéis e lembre-se do que eu lhe disse: Não quero ver seu traseiro até o meio da semana que vem.


Ucker optou por não discutir. Seus olhos ardentes lhe diziam que precisava dormir.


Primeiro o que é prioridade. Enfiou uma folha de papel em branco na máquina de escrever ao lado de sua mesa. O relatório o forçaria a reviver a noite anterior em todos os detalhes, menos os íntimos.


Soltou um gemido. Aqueles detalhes íntimos podiam não ser passados para o papel, mas estavam cravados para sempre em seu cérebro. Ele e Dulce tinham aquecido um ao outro, e chocolate quente não tinha nada a ver com o calor no quarto do hotel. Todo o corpo dela se encaixava perfeitamente no dele, a umidade suave dela fazia com que Ucker penetrasse com facilidade no lar.


Lar? Bateu com os punhos no teclado. Que diabos estava pensando? A moça tinha sido apenas uma aventura de uma noite e devia estar feliz por ela ter ido embora antes; satisfeito por ter eliminado qualquer pensamento suave que pudesse ter elaborado sobre sua noite com Christopher Uckermann, vendedor de New Hampshire.


Arrancando a folha de papel arruinada, amassou-a com as mãos e atirou-a no lixo. Ela saíra de sua vida havia algumas horas e ele não conseguia se concentrar.


Toda a confusão poderia ter sido evitada se ele tivesse ouvido seus instintos. Tinha visto tantos companheiros policiais, companheiros de solidão, fracassarem com as mulheres. E Ucker tinha mais um obstáculo contra ele. Não sabia como lidar com nada além de seu emprego.


Seu pai havia sumido quando Ucker tinha cinco anos. Sua mãe morrera seis anos depois, ao atravessar na frente de um ônibus da cidade sem pensar no filho que deixava para trás. Annie Uckermann tinha um irmão que detestava crianças tanto quanto gostava de beber, mas Ucker, com 11 anos de idade, tinha convencido o velho homem a fazer um acordo. Um lugar para morar, que lhe desse a chance de evitar o orfanato, em troca da promessa de Ucker de criar-se sozinho e não atrapalhar a vida do beberrão. O tio aumentou o valor do acordo, apoderando-se da pensão da mãe, que ele recebia do governo. Ucker considerava isso um preço pequeno a pagar pela independência.


Já estava sozinho há mais tempo do que podia se lembrar e gostava de estar assim. Por alguma razão, as palavras não lhe deram o conforto de antes.



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Autor(a): narynha

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Dulce não queria ir para casa para enfrentar o interrogatório da irmã. Depois de tomar o primeiro táxi do lado de fora do hotel, parou numa cafeteria perto da “Charme!” antes de tomar a decisão de mergulhar no trabalho. Alguma coisa para se manter ocupada e não pensar. Ainda havia caixas das coisas pessoais da tia e do ti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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