Fanfics Brasil - Totalmente Pecadora: Capitulo 15 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Pecadora: Capitulo 15

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-- Já disse que entrei pela porta da frente e ele pulou sobre mim pelas costas. – Levantar a voz causou um bater de tambores na cabeça de Dulce. Encostou na cabeça a próxima tentativa de primeiros socorros de Annie: um plano molhado, mas, felizmente, torcido. Ela exalou com firmeza o ar, lutando contar a náusea.


-- Os paramédicos chegarão a qualquer momento. – Dulce olhava, com os olhos contraídos, para o jovem policial que estava falando.—Agora vamos voltar ao que aconteceu. Ele estava procurando dinheiro e você diz que não há.


Annie deu um passo à frente para ficar no campo de visão do homem.


-- É seu primeiro dia no emprego? É por isso que não consegue ver que ela é a vítima? É assim que eles treinam vocês hoje em dia, para atacar os indefesos? Veja bem, cara, policial ou não, quero o número do seu distintivo e depois quero seu distintivo.


Dulce engoliu um gemido pela atitude da irmã; no entanto, também não conseguia entender o tratamento do policial. Sirenes insistentes começaram a tocar a distância. Pelo menos receberia uma bolsa de gelo em vez de uma saraivada de perguntas que estava fraca e nauseada demais para responder.


O policial pegou um pouco mais leve, mas não completamente. Abaixou-se até o nível do olhar de Dulce.


-- Veja bem, o cara fez uma bagunça no quarto dos fundos e veio em cima de você. É evidente que estava procurando dinheiro. Por quê? Uma pequena ajuda sua vai tornar as coisas muito mais fáceis.


-- Para quem? – interveio Annie. – Ela não vai fazer seu trabalho para você e eu quero saber por que está questionando a moça como uma criminosa em vez de ajudar a vítima.


-- Eu também quero saber.


-- Ucker. – Dulce reconheceria aquela voz em qualquer lugar.


Ele tinha voltado. Um surto de emoções poderosas a atingiu tão depressa que seu corpo machucado e sua mente nebulosa não conseguiram decifrá-las. Deu um impulso para levantar-se e virar-se tão depressa quanto a dor na cabeça permitia.


-- Que diabos está fazendo aqui? – perguntou Annie.


Dulce estremeceu com o tom ríspido da irmã. Nunca deveria ter contado a Annie nem mesmo informações vagas sobre a noite passada com Ucker.


Dulce deu uma olhadela nele. Estava parado no corredor para o quarto dos fundos com uma olhar furioso e perigoso, mostrando o lado do qual ela só tinha tido uma pequena amostra mais cedo. Ele ignorou Annie, mas quando seu olhar cruzou com o de Dulce, sua expressão se suavizou;


Deu um passo em direção a ela e estendeu os braços. Dulce se acomodou no abraço. Um abraço confortante envolveu a cintura dela enquanto a parede sustentava suas costas.


-- Então, policial? Desde quando a polícia de Boston interroga vítimas machucadas – perguntou ele ao novato.


O jovem policial enrubesceu.


-- Sinto muito, detetive, mas...


-- Detetive?


O corpo de Dulce ficou rígido e Ucker estremeceu. Não era dessa forma que queria que ela descobrisse. Não tinha sequer planejado que ela descobrisse. Mas nada tinha sido conforme o planejado desde que batera os olhos em Dulce Maria.


Estava quase saindo da delegacia quando chegou a ligação de emergência e o capitão o abordou no corredor. A preocupação com Dulce bloqueou o bom senso, então ali estava ele, com um trabalho a cumprir.


Observou a pele alva, os olhos vidrados e a mancha roxa na testa dela. Tinha arruinado sua “investigação”, mas não ligava mais para isso. Tomou o braço dela, apesar da determinada resistência da moça.


-- Para onde vai levá-la?


Ucker olhou para a loira que conhecera rapidamente na noite anterior, aquela com olhos Azuis brilhantes que acabara de soltar o verbo com o jovem policial.


-- Para a cadeira mais próxima. Você é o quê, irmã dela ou cão de guarda?


Ela abriu a boca, mas Dulce interrompeu primeiro.


-- Não, Annie. Ele tem razão. Se eu não me sentar, vou vomitar.


Ele resmungou um palavrão e conduziu-a à sala da frente.


Quando ela encostou-se nele para apoio, Ucker lembrou-se da noite anterior. Seu corpo reagiu com um desejo instantâneo e urgente. Ignorá-la não era uma opção, reconhecer o sentimento e distanciar-se era.


Dulce aceitou a ajuda dele apenas até alcançar a cadeira, depois de soltou da pegada e se jogou na cadeira acolchoada de espaldar alto.


Ele se ajoelhou ao lado dela.


-- Dul...


-- O que foi, detetive? – Cuspiu a palavra como se fosse um palavrão. Seus olhos permaneciam fechados, uma barreira física eficaz. Ele, nitidamente, piorava o dano que já havia causado. A muralha emocional dela estava erguida, tanto quanto a dele.


Os paramédicos entraram pela porta às pressas, poupando-o de ter de responder. Enquanto eles a examinavam, ele teve tempo de refletir. Não gostou do que concluiu.


Tinha deixado as emoções falarem mais alto que a investigação. E, pior, pôs uma mulher em risco. Olhou para Dulce de soslaio. Já era ruim ter dormido com ela, mas acreditar, por um instante, que podia ter mais que uma noite era insano. Havia quebrado sua regra de ouro: tinha se envolvido.


Se tivesse mantido distância, teria pensado com mais clareza. Jamais teria deixado que ela saísse por afora naquela manhã. A ignorância de Dulce sobre atividades ilegais na “Charme!” não significava que as atividades não existissem. O capitão tinha razão. Dulce havia fisgado Ucker e, no processo, ele colocara em risco não somente a investigação, mas também a segurança dela.


-- Tudo bem. – O paramédico de jaqueta azul levantou-se. – Parece uma concussão e uma contusão na área do pescoço.


Uma rápida olhada revelou que Dulce ainda estava recostada com os olhos fechados na cadeira grande do escritório. Impressões de digitais vermelhas marcavam a pele branca na garganta dela e as vísceras de Ucker se contraíram de raiva com uma força que o cegou. Ninguém tinha o direito de tocá-la. Forçando a mente a clarear, baixou o olhar. Ela não havia trocado as roupas da noite anterior. Ainda não tinha estado em casa.


Atrás dela, Ucker viu o capitão Carlos Daniel entrar pela frente da casa. Ucker virou-se primeiro para o paramédico.


-- Internação? – perguntou.


-- Ela recusou, o que não tem problema desde que haja alguém por perto para tomar conta e levá-la para o hospital, se necessário.


-- Tem sim – interrompeu a irmã.


Por enquanto, Ucker decidiu ignorá-la.


-- Restrições? – perguntou ao jovem.


-- Repouso total na cama, acordá-la a cada duas horas, verificar a coerência, a compreensão, a dilatação da pupila... você conhece o procedimento.


-- Entendi.


-- Sem problema – disse a irmã, com um olhar de reprimenda para Ucker.


Depois que o paramédico saiu e enquanto o capitão recebia o relatório do policial que chegara primeiro à casa, Ucker virou o foco para Annie.


-- Você é Anahí, certo?


-- E você é o verme que usou minha irmã.


Ele não viu o menor sentido em mencionar que o ato de usar havia sido mútuo. Dulce já estava vestida e pronta para dispensá-lo antes de qualquer coisa.


-- Você não sabe nada sobre isso.


-- Sei o suficiente e duvido que aquele cara de terno que parece um oficial ficaria contente de você dormir com uma... o que era Dulce, aliás? Uma suspeita?


-- O que a faz pensar isso?


-- A forma de o novato interrogá-la. – E aponto com o polegar para o policial de uniforme.


-- Deixe para lá, Anahí.


-- Só porque você diz?


-- Porque prometo a você que ela não será machucada novamente. – Ele garantiria aquilo.


Ela estreitou os olhos  que lembravam os da irmã.


-- Prove, e então veremos.


Ele não precisava piorar a situação por causa de uma irmã superprotetora nesse estágio da investigação, que de forma alguma estava concluída. No entanto, não pôde deixar de admirar o senso de proteção acirrado e uma ponta de pesar o atingiu por dentro. Nunca tinha tido ninguém para cuidar dele.


-- Vá cuidar de Dulce – resmungou ele.


-- Estou de olho em você, Uckermann, se é que este é seu nome verdadeiro. – Annie voltou para o lado da irmã e Ucker foi até Carlos Daniel.


-- Parece que as coisas estão esquentando – disse Ucker.


-- Parece uma tentativa frustrada de assalto – argumentou o capitão. – Ela entrou cedo demais.


Ucker balançou a cabeça, com os instintos gritando em protesto.


-- Nada levado, nada faltando – disse o policial novato. Olhou para o bloco de notas. – Mas a moça diz que o agressor estava procurando um dinheiro que ela não tem.


-- A féria da noite? – perguntou Carlos Daniel.


O policial deu de ombros.


-- Não fui tão longe no meu interrogatório.


Ucker cravou-lhe um olhar de acusação.


-- Porque precisa corrigir sua técnica. Interrogar vítimas como se fossem suspeitas não é cumprir seu trabalho.


Carlos Daniel olhou alternadamente para os dois homens, parando com o olho no policial de uniforme.


-- Volte para o trabalho. Conversaremos mais tarde. – O mais velho entendeu a pista e dirigiu-se ao quarto que tinha sido vasculhado. – Pode ser coincidência – disse Carlos Daniel.


Ucker balançou a cabeça.


-- Ela lhe deu alguma ajuda? – Aponto para Dulce.


-- Ela ainda não sabe o que aconteceu na noite passada. – Não tinha vontade de contar a ela.


-- Tem certeza que ela não recebeu uma pista sobre nós e cancelou as atividades ontem à noite?


-- Convença a si mesmo. Converse com a moça.


Carlos Daniel concordou com a cabeça e foi até Dulce e a irmã. Ucker manteve distância e caminhou pelo perímetro da pequena sala da frente. Até o momento em que o capitão retornou, Ucker havia se dado conta de que Dulce tornara aquele lugar um reflexo de si mesma. Livros se enfileiravam nas prateleiras de metal da parede dos fundos, dos mais variados assuntos.


-- Você tem razão.


Enfiando as mãos nos bolsos, Ucker virou-se para seu superior.


-- Ela sabe tanto quanto nós – disse.


-- É o que parece. Ela é inteligente e pode se controlar numa conversa, mas se estiver mentindo sobre seu conhecimento, eu como meu distintivo, como você disse. Nenhum dos sinais estava ali. Quanto à irmã, eu não gostaria de dar de cara com ela de novo, mas duvido que tampouco saiba de alguma coisa.


-- Dulce está correndo perigo. – Saber disso injetava um fluxo de emoção em suas veias. Ele recebia bem a carga de adrenalina, mas não profundidade de carinho que ela provocava nele. Mas estava resolvido a manter sua promessa a Annie. Estava decido a mantê-la segura.


-- Isso é discutível. Não estou convencido de que isso foi mais que um trabalho desastrado. Um drogado querendo dinheiro, com esperança de escapar rapidamente, e saindo de mãos vazias, talvez.


Ucker balançou a cabeça.


-- Ponha alguém para protegê-la.


-- Não posso gastar mais homens com um palpite, Ucker, nem mesmo seu. O máximo que posso lhe dar é a vigilância, uma ronda de hora em hora.


Ucker enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans.


-- Não é suficiente.


-- Vai ter de ser assim.


-- Para você talvez. Mas vou tirar aquele descanso que você acha que eu preciso.


Carlos Daniel ergueu uma sobrancelha.


-- Para fazer o quê?


-- Dar uma de babá para ela se for necessário. Meus instintos me mantiveram vivo e não vou ignorá-los agora.


-- Também está pessoalmente envolvido com essa?


As palavras atingiram o alvo desejado, mas Ucker se recusou a se entregar.


-- Não.


-- Seja lá o que for, você tem uma semana, mas isso é estritamente fora de serviço. E quanto à irmã?


-- Não preciso de dois alvos e, considerando que ela não está envolvida na administração do negócio, não corre perigo imediato.


-- Concordo.


-- Então a quero fora da jogada.


Carlos Daniel deu uma olhada para as duas irmãs com as cabeças juntas e sua risada encheu o pequeno quarto.


-- Boa sorte – disse, e deu outra risada.


Ucker não sabia se o capitão se referia à capacidade de Ucker de se livrar de Annie ou à auto-imposta semana sozinho com Dulce. De qualquer forma, precisava de toda a sorte que pudesse ter.


 


 



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Autor(a): narynha

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O gelo começava a ajudar a cabeça dela. Nem mesmo a náusea estava mais tão ruim. Então, Ucker falou: -- Vou levá-la para casa. A voz profunda dela, ainda sexy para os ouvidos dela, penetrou na confusão que ainda permanecia no cérebro dela. O estômago de Dulce se revolveu com o pensamento. -- Acho que vou vomita ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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