Fanfics Brasil - Totalmente Pecadora: Capitulo 19 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Pecadora: Capitulo 19

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Dulce suspeitava que ele lutaria contra ela erguendo barreiras tão altas que teria de escalar montanhas para atingir seu objetivo.


-- Ucker? – Ele se virou ao ouvir seu nome, as mãos enfiadas nos bolsos da frente de sua calça jeans.


-- Obrigada.


-- Por quê?


-- Se você viesse aqui, eu lhe diria. – Não tinha condições de se levantar e não podia falar com ele àquela distância. Havia mais do que barreiras físicas para derrubar. Apenas não tinha descoberto ainda quais eram as outras.


Ele foi em direção a ela e abaixou-se até sentar na cama, fazendo com que o colchão afundasse sob seu peso. Dulce fez algum esforço para encolher as pernas e se aproximar da ponta da cama. Para se aproximar dele.


Pôs a mão no braço dele. Os músculos se retesaram sob as pontas dos dedos dela. Ela não afrouxou a pegada.


-- Agradeço a você por estar aqui.


-- Por quê? Eu menti para você desde o segundo em que nos conhecemos.


Ela estava esperando ter de forçar que as verdades viessem dele. Em vez disso, ele lhe dera a abertura que ela buscava.


-- Porque você estava fazendo seu trabalho. Agora percebo isso.


-- Se eu tivesse fazendo meu trabalho, você teria sido protegida antes de ter sido machucada.


Ela riu, mas foi esperta e não sacudiu a cabeça. Comer tinha ajudado, mas ainda sentia batidas de tambor quando se mexia muito depressa.


-- Às vezes confundimos quais são nossos trabalhos. Eu me lembro de uma noite, quando era mais jovem, Annie queria sair com os amigos. Eu sabia que esses amigos eram um problema, que ela estava sendo levada na direção errada. Então, entrei escondida no quarto dela e roubei sua carteira e o pouco dinheiro que havia nela. Ela foi, de qualquer jeito, e foi pega fugindo de um restaurante sem pagar a conta astronômica. – Dulce roeu a bochecha por dentro, lembrando-se da noite em que o policial trouxera sua irmã para casa.


A mão forte dele tocou sua bochecha.


-- Aonde quer chegar? – perguntou, meio impaciente.


-- Nós nos criamos. Meu trabalho era tomar conta dela, e eu falhei.


-- Ela foi presa?


-- Não. O dono se recusou a registrar queixa. Em vez disso, deu emprego a ela, lavando pratos. A questão é: não fiz meu trabalho, mas, olhando para trás, o trabalho não era meu. Assim como, no minuto em que saí daquele quarto de hotel, não era mais seu trabalho cuidar de mim.


-- Concordo com você quanto a Annie. Quanto a mim, eu ainda estava fazendo uma investigação.


Ela ergueu uma sobrancelha.


-- Dormir comigo estava relacionado ao trabalho?


-- Não distorça minhas palavras.


-- Então, esqueça o sentimento de culpa. – Dulce não conseguiria alcançá-lo se ele se escondesse atrás do trabalho e do senso de dever. – Veja bem, quando você era adolescente, alguma vez teve uma discussão com sua mãe e depois saiu esbravejando pela rua?



Ele encarou a questão com um olhar vago.


Curiosa, ela continuou:


-- Naquele momento, não havia nada que ela pudesse fazer para impedir que você corresse perigo.


-- Não havia porcaria nenhuma que ela pudesse ter feito sobre nada. Ela estava morta.


A boca de Dulce abriu e fechou novamente com a mesma rapidez.


-- Sinto muito.


-- Não perca seu tempo sentindo algo por ela. Ela se matou. Saiu do jogo por conta própria.


Deixando um filho para trás. Dulce achou sensato não expressar pena pela criança que ele havia sido. Estava agradecida demais pelas revelações. Não tinha intenção de desmotivá-las, sufocando-o em emoção.


-- E seu pai? – perguntou ela.


-- Ele se mandou quando eu tinha cinco anos. Há algum sentido nisso tudo?


Um sorriso surgiu nas pontas da boca de Dulce.


-- Havia, mas você acabou com cada um deles.


Ucker relaxou os ombros. Ela não o tratava com o olhar triste e a expressão de pena que seus amigos, professores e as autoridades demonstravam quando ele era jovem. Não tinha contado sua história novamente até agora, mas não estava surpreso por ter se aberto com Dulce.


Conhecera muitas mulheres. Nenhuma delas o afetara em qualquer nível além do físico. Nenhuma tentara desafiá-lo. Encontrara afinidade em Dulce e a respeitava por isso. Respeitava-a muito mais do que as mulheres que bancavam as heroínas para chamar a atenção dele e levá-lo para a cama.


Ucker começara a fazer sexo no começo da adolescência; com freqüência, se dava conta disso. Mais tarde se tornara mais esperto, mais seletivo. Apenas uma coisa permanecia constante: ele ia e vinha sem pensar nem um pouco em olhar para trás ou revelar verdades interiores. Não foi assim com Dulce. Depois de tudo que ela havia passado – graças a ele --, merecia um pouco de sinceridade.


Mas aquela não era a única razão para suas confidências. Ele não queria pensar sobre a razão por que queria compartilhar as partes mais dolorosas de sua vida com essa mulher.


Ela trocou de posição, e o movimento revelou a pele muito clara e um pedaço de coxa que o excitou de forma instantânea.


-- A questão é que você não é responsável por mim – disse ela, olhando nos olhos dele.


Um sentimento primitivo de posso inundou-o por dentro.


-- Evidente que não.


Diante daquele rosnado, ela nem piscou.


Ele admirava a determinação dela.


-- Você é minha responsabilidade pelo menos até esse caso estar encerrado, então vamos parar com essa parte da conversa agora.


-- Está bem.


Ele não achava que ela cederia sem argumentar.


-- Então você não está zangada?


-- Não por causa da investigação inicial.


-- E o que veio depois?


-- Feromônios. – explicou ela.


-- O quê?


-- Duas pessoas atraídas uma pela outra por estímulos que não podem controlar. – Tinha esquecido o lado intelectual dessa bela mulher. – Uma reação química. –continuou. – Então, se ainda está se culpando por perder o foco, não faça isso. Tenho tanta culpa quanto você.


-- E isso significa o quê?


-- Que também desejei você. – Ela corria os dedos pelos detalhes da camiseta, sem olhar nos olhos dele.


Essa era a Dulce que conhecera logo no início. A inocente que ameaçava despedaçar o coração dele se deixasse.


Não deixaria. Mas não podia deixar de desafiar a última declaração dela. Precisava saber.


-- “Desejou”, no tempo passado? – perguntou.


Ela deu de ombros e se recostou nos travesseiros.


-- Por que perguntar? Você é um homem de palavra. Disse que não ia acontecer de novo. O que eu quero realmente importa?


Ele poderia se afogar na emoção; nela.


-- Tudo que você quer importa.


A expressão dela ficou constrangida, então uma lágrima caiu pelo canto de um olho.


-- Ninguém nunca disse isso para mim. Agradeço muito a você, Ucker.


Um rosnado baixo saiu da garganta dele.


-- Não quero sua gratidão.


-- Então, o que você quer?


-- Esta é uma pergunta tendenciosa.


-- Eu sei. Foi por isso que a fiz. – Um sorriso debochado brincava em sua boca, mesmo ao enxugar uma lágrima.


Ucker sabia o que ele queria. Dulce, macia e generosa, debaixo dele. Mas ela estava certa: ele tinha imposto as regras. Não aconteceria novamente. Mas sabia do que Ucker precisava: receber a garantia de que ela era importante. Era a única coisa que podia lhe oferecer.


Olhou no fundo dos olhos dela; olhos que mostravam a alma dela e espelhavam o desejo dele. Pegou o rosto dela com as duas mãos. Acariciou-lhe a face, com o cuidado de manter a cabeça dela equilibrada.


-- Tem certeza que quer saber o que eu quero?


-- Se não quisesse, não teria perguntado. – Tocou na barba por fazer e deslizou dois dedos delicados pela face dele. – Você também é importante, Ucker. Eu me pergunto se alguém já lhe disse isso antes.


Ninguém tinha dito. Ninguém diria novamente. Ele se inclinou e cobriu a boca de Dulce com a sua. Para bloquear a verdade... e aceitá-la ao mesmo tempo. Os lábios dela se abriam e sua língua buscou a dele, não hesitante, mas ávida. Lambeu os lábios dele, passou a língua pelos dentes, explorando e ficando mais ousada a cada provada.


Ele a desejava. Era uma droga da qual ele não se saciava. Enfiou os dedos pelos cabelos dela, ainda úmidos, e colocou a parte de baixo de seu corpo suavemente sobre a dela. Os braços dele tremiam pelo esforço, pela necessidade de manter uma distância segura entre eles, caso contrário perderia o controle e poderia machucá-la mais.


A cintura dela se curvou para cima sem dar sinais de alerta. Ela encostou na ereção dele com nada mais que o algodão fino que ele encontrara na gaveta dela. Ele exalou um gemido ríspido e soltou o corpo em cima dela, instalando-se entre suas coxas.


Não era suficiente. Estava excitado demais. Queria arrancar aquelas calcinhas e... Um gemido suave penetrou na névoa de desejo. Ele saiu de cima dela, ligeiro. Que droga, tinha cometido um erro.


Não aconteceria novamente. Até parece. Uma batalha perdida, pensou Kane, mas a guerra maior estava sendo travada. Rolou para o lado e deu uma olhada para ela.


-- Você está bem?


-- Muita coisa, cedo demais. – ela sussurrou, repetindo as palavras dele.


Ele envolveu a cintura dela com o braço e puxou-a contra ele. Mais uma vez, o desejo dele ia de encontro ao bom senso.


-- Descanse um pouco – disse ele, com a voz rouca de desejo insaciado e com raiva de si mesmo.


-- Sinto muito. – Os ombros dela permaneciam rígidos.


-- Por quê? – Ele apertava os músculos sob os dedos, massageando a pele macia dela. Como distração, não funcionava. Tinha uma mulher sexy nos braços e seu corpo sabia disso.


-- Sou muitas coisas, Ucker. Mas não sou dessas que provocam e depois recuam.


-- E eu disse que era?


-- Não. Mas tenho certeza que está pensando isso.


Sentiu que a fonte da preocupação estava baseada no passado dela e entendeu.


-- Para dizer a verdade, não estou.


-- O que está pensando? – perguntou ela.


Que ela não precisava tirar suas velhas inseguranças do fundo do baú. Não com ele. Respeitava tudo que dizia respeito a ela.


-- Que forcei a barra com uma mulher sofrida, frágil, machucada – disse ele, com um sorriso torto.


Ela riu. Sua tentativa de amenizar o clima tinha visivelmente funcionado.


-- Não, de verdade.


-- Que eu não estava mesmo com vontade.


Desta vez, ela o brindou com um suspiro incrédulo.


-- Sério.


-- Eu estava pensando... – disse ele, fazendo uma pausa para alisar o cabelo dela e sentir o aroma fragrante que era Dulce. – O que acabou de acontecer...


-- Sim?


-- Foi o melhor quase sexo que já tive. – Só de estar com ela já era mais que bom. Ucker aceitou o quanto precisava dela, mesmo sabendo que ia acabar deixando-a.


Não importa quanta emoção e suavidade ela lhe oferecesse, ele não as receberia. Mas, enquanto durasse a investigação, ele a protegeria com sua vida.


 



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Autor(a): narynha

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Refrescada por uma ducha sem acontecimentos, Dulce se dirigiu ao quarto da família. Ucker estava sentado, olhando para as caixas que ela reconhecia que continham as coisas de sua tia. -- Não ouvi a campainha. Ele deu uma olhada por sobre o ombro. -- Você devia estar dormindo. Ela fez uma careta. -- Dormi metade do dia ontem e a noite inteira. Estou b ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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