Fanfics Brasil - Totalmente Pecadora: Capitulo 02 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Pecadora: Capitulo 02

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Queria se refrescar? Nem mesmo a brisa primaveril atrás dele faria com que o sangue dela esfriasse. Dando uma olhadela profissional, ele parecia em cada centímetro o executivo que ela queria alcançar com o seu novo perfil comercial. Do ponto de vista pessoal, ele fez o corpo dela tremer com uma longa olhada.


-- Posso ajudá-lo? – perguntou.


Ele fez que sim com a cabeça e ofereceu um sorriso desajeitado.


-- Muito prazer. – Ucker estendeu a mão, depois pareceu reconsiderar, mas mudou de idéia novamente e esticou a mão quase atingindo-a no peito.


Dulce inclinou a cabeça para o lado, abismada com a maneira desajeitada dele.


-- É um prazer conhecê-lo, também.


Ucker deu uma risada alta, um som estridente que vibrava dentro dela. Um som confiante que não condizia com o aperto de mãos desajeitado que ele oferecera.


-- Suponho que estou no lugar certo. – A voz era tão sexy quanto o homem.


Um novo lapso de calor fluía por suas veias, de modo vagaroso e suave como melaço quente. Ela gostou da sensação.


-- Está sim. Sou Dulce Maria Portillo Saviñón a proprietária. – Apertou a mão que ele estendera.


O toque dele era forte e autoconfiante, tão diferente do aperto fraco dos homens que ela conhecera no escritório de contabilidade em que tinha trabalhado.


-- Prazer em conhecê-la, Srta. Saviñón. – De repente, ele começou a apertar a mão dela com muita avidez. – Ou seria senhora? – Parou um instante. – Eu realmente devia ter perguntado, quero dizer, não tenho o direito de tirar conclusões precipitadas e insultar uma dama...


Sem conseguir compreender a súbita divagação, ela o interrompeu.


-- Senhora ou senhorita. A escolha é sua. – Soltou a mão antes que ele arrancasse seu braço. As pontas ásperas da pele dele se esfregaram contra a dela. Apesar de não haver lógica, nisso, ela gostou da carícia prolongada.


-- Nada de senhora – refletiu ele. – Deve ser meu dia de sorte. – Balançou a cabeça e riu. – Essa foi patética. A senhora deve ouvir piadas como essa o tempo todo.


-- Ouço demais. O que eu posso... – Dulce percebeu o deslize. – Quero dizer, o que “Charme!” Pode fazer por você, senhor...


-- Uckermann. Christopher Uckermann.


-- Veio para a aula de degustação de vinhos, Sr. Uckermann? Ela foi cancelada.


Ele limpou a testa com a costa da mão.


-- Posso imaginar por quê. Está uma fornalha aqui dentro.


-- Na verdade é a fornalha.


-- Isso explica por que a senhora se despiu para o verão antes do início da estação. – Perdidos todos os rastros da falta de jeito, seu olhar esfumaçado caiu sobre a roupa de seda que grudava à pele dela.


Dulce quase sufocou de constrangimento. Começou a cruzar os braços e parou, percebendo que tinha piorado uma situação ruim. Percebeu a admiração ousada em suas feições acinzentadas, a franca admiração comum à maioria dos homens com quem havia tido contato. Ao longo de seus 25 anos, tinha aprendido não somente a conhecer, mas a odiar aquele olhar decidido e perscrutador. No entanto, de alguma forma, com seu olhar aveludado penetrando no dela, não se sentia ofendida.


Mesmo assim, não podia estar interessada em um estranho com tantas inconsistências de caráter. Desajeitado num minuto, autoconfiante no outro; Dulce não podia deixar de se perguntar quem ele era.


E o que queria.


Ela atravessou o cômodo com o olhar. Ele devia estar preparado para entrar numa sessão de fotografia, e não no local de trabalho dela. Seu cabelo, com fios castanhos claros, tinha sido penteado para trás, enroscando-se embaixo, em volta do colarinho, como se brigasse com a pose rígida que ele tentava manter. O corte era mais longo que o preferido pela maioria dos executivos e acrescentava um toque perigoso a sua aparência. O olhar rígido em seus olhos parecia confirmar aquela impressão. As feições perfeitamente esculpidas não condiziam com o homem por dentro. O Sr. Uckermann aprendera bastante nas muitas esquinas da vida.


Não era o tipo comum que freqüentava o estabelecimento de sua tia e de seu tio. O estabelecimento dela lembrou a si mesma. O homem era um cliente pagante, e isso significava que tinha de parar de dissecá-lo e ir direto aos negócios.


-- Gostaria de uma bebida gelada? – perguntou ela.


Ele se encostou à parede, um ombro tocando o painel de madeira manchada. Seu olhar forte nunca se desviara do dela.


-- E se eu lhe pagasse uma bebida? – perguntou com voz sedutora. – Quero dizer... droga. Não consigo fazer isso.


-- Fazer o quê? O que está acontecendo?


-- Não consigo fingir que sou um idiota precisando de treinamento.


Ela ergueu uma sobrancelha.


-- O senhor acha que esse é o serviço que oferecemos?


-- Ter charme?! –perguntou, repetindo o slogan da empresa da tia dela. – Estava no panfleto que meu amigo me deu.


-- Entendo. Bem, nós evoluímos e ultrapassamos essa fase. Não que não possamos oferecer lições básicas de etiqueta se o senhor precisar, mas... o que quer dizer com não pode fazer isso? Que não consegue fingir que é um idiota precisando de treinamento? – perguntou, cautelosa, direcionando a conversa de volta para a questão principal. Não era de seu feitio ficar desorientada por um homem bonito, o que fazia com que este fosse ainda mais perigoso.


-- Um amigo meu me mandou até aqui. Ele freqüentou uma de suas aulas de dança no passado. Seu nome é muito diferente para que eu tivesse me enganado.


Ela contraiu os olhos.


-- Qual o nome de seu amigo? – perguntou Dulce.


-- Derrick James. Disse que quase foi reprovado na aula de dança de salão.


Ela revolveu os olhos, lembrando-se das lições que sua tia insistira que “Charme!” oferecesse. Dulce nunca entendeu como eles formavam uma turma.


-- Ele era muito desastrado e estava preocupado em arrumar um encontro para o Ano-novo.


Ela não conseguia entender como o homem gentil, porém tímido, era amigo de Christopher, mas parecia que as aparências estavam enganando. Se Derrick e Christopher eram amigos, Derrick acabava de dar uma referência em que ela podia confiar.


-- Como ele está? – perguntou.


-- A empresa dele o enviou para o exterior. Ele mandou pedir a sua tia algumas dicas para sair com mulheres francesas – disse Ucker, com um sorriso largo. – Para a próxima vez que ele telefonar.


Dulce sentiu uma pontada de arrependimento.


-- Ela teria ficado feliz em dar-lhe conselhos. Também gostava de Derrick.


-- O que aconteceu? – perguntou Ucker;


-- Ela e meu tio foram mortos alguns meses atrás.


-- Juntos?


-- Sim. – Lágrimas surgiam no fundo dos olhos dela, como acontecia cada vez que pensava no acidente e na tia com quem tinha tanto em comum. Elas compartilhavam um QI acima da média, bem como uma relação especial devido, em grande parte, ao fato de que sua tia entendia como era estranho ser inteligente demais.


Afastou as recordações e concentrou-se no visitante.


-- A polícia disse que eles derraparam por causa da chuva e bateram numa árvore.


-- Sinto muito, deve ter sido duro... perder os dois ao mesmo tempo.


-- Eu não conhecia meu tio muito bem. Estavam casados há um pouco mais de um ano, mas pelo menos ele a fez feliz antes de... – Dulce parou, percebendo que estava se abrindo com um estranho.


-- Sinto muito. - Fez uma pausa. – Derrick também sentiria muito.


-- Obrigada. – Abaixou o olhar antes de encará-lo mais uma vez. – Mas o fato de minha tia ter morrido não altera o ocorrido.


-- Qual?


-- O senhor veio aqui fingindo ser algo que não é.


Ele vacilou.


-- E isso foi um erro. Mas Derrick... ele achou que fôssemos nos entender bem. – Olhou para as próprias mãos.


-- Por que o senhor não disse isso quando entrou?


-- Porque não se pode confiar na opinião de outra pessoa. Droga, é como aceitar um encontro às cegas. Então eu... vim aqui para verificar – admitiu, envergonhado.


-- Derrick deve ter falado de mim há muito tempo – disse ela.


-- Por quê?


-- Porque “Charme!” raramente oferece aulas para quem tem dificuldade de relacionamento hoje em dia, e isso não está no folheto. Agora nos concentramos mais na área dos negócios internacionais.


Ele fez de conta que estava constrangido.


-- Eu sou no momento em que entrei aqui que não conseguiria fingir. – resmungou.


-- Isso o senhor já disse. – Dulce estreitou os olhos. – Por quê? – perguntou ela, na esperança de que o tamanho de seu sutiã tivesse menos a ver com a resposta dele do que a química. Estava atraída pela aparência dele, mas existiam muitos homens bonitos no mundo. Este homem a afetava num nível mais profundo.


-- A senhora é ainda mais bonita do que eu esperava.


Um tanto sem graça, pensou ela, com dissabor. Adeus à esperança prematura de que ele era especial.


-- Mas, além disso, se a senhora realmente ensina todas essas coisas, tem uma riqueza de conhecimento por dentro, e não tenho vergonha de admitir que mulheres inteligentes me excitam – disse, com um sorriso de garoto.


Ela deu uma risada involuntária com a evidente tentativa dele de fazer humor.


-- Isso quer dizer que vai sair comigo? – perguntou ele.


Ai, como ela queria, mas sair com um estranho era burrice. Deu uma olhada para os olhos dele, que a encaravam com determinação, e duvidou que ele fosse aceitar um não direto como resposta.


-- Gostaria de poder, mas tenho de ficar aqui para esperar pelo encanador. – Forçou um sorriso triste e enterrou seu lado feminino, que queria aceitar o convite dele.


Ele desabotoou o terno e deixou escorregar o paletó pelos ombros largos antes de atirá-lo sobre a cadeira mais próxima.


-- Era isso ou ser assado vivo. – Virou-se de volta para ela. – Então, onde estávamos? Ah, sim... você sair comigo.



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Autor(a): narynha

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Ela abriu a boca para insistir que sua decisão era definitiva quando o telefone tocou. Atendeu e ficou radiante quando, do outro lado da linha, o encanador retornava sua ligação. O entusiasmo rapidamente se desmanchou. Pôs o telefone de volta no gancho. Ucker ergueu as sobrancelhas escuras. -- Problemas? Ela concordou com a cabeça. -- O ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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