Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Ela levantou os braços. As pontas de seus dedos traçaram a testa franzida dele, depois ela sorriu.
-- Não fique com essa cara braba. – A voz estava mais suave agora. – Eu cresci ouvindo isso. As palavras não podem me machucar mais.
Os olhos firmes estavam fixos nos dele. Ela o alfinetava com um olhar empedernido.
-- Mas a falta de confiança em mim, nas minhas capacidades, pode. Você pode.
Ele não precisava de um intérprete para entender. Tinha acabado de ser sugado pela mulher inteligente debaixo das curvas bem delineadas. Havia sido absorvido por inteiro.
Ucker balançou a cabeça. Tinha de admitir que estava impressionado. Nunca encontrara alguém que pudesse enfrentá-lo, quanto mais superá-lo sem muito esforço. Ele odiava e respeitava o envolvimento dela com a investigação, tudo ao mesmo tempo. Se continuasse a lutar contra a determinação dela, opondo-se ao seu plano, não seria melhor que a escória que veio antes dele. Homens que olhavam para o corpo e concluíam que Dulce era fácil.
Ucker era mais sensato. Dulce o desafiava. Ela o intrigava. E, embora não somente o atiçasse, mas também o seduzisse em vários níveis, Dulce Maria estava longe de ser fácil. Apanhado numa armadilha feita por ele mesmo, não tinha outra opção senão apoiá-la, ajudá-la e certificar-se de que faria seu trabalho.
Sem erros. Sem distrações.
Ao terminar de tomar banho, Dulce fazia hora no quarto. O sol já tinha se posto e apenas a pequena luz de um abajur iluminava o cômodo. Apertou os travesseiros, depois se sentou na ponta do colchão. Sozinha.
Do lado de fora da porta fechada ouviu Ucker perambulando pela cozinha. Embora morasse com sua irmã e estivesse acostumada aos sons de outra pessoa na casa, a presença de Ucker dava uma sensação diferente. Inquietante. Íntima.
Olhou para as opções de camisola espalhadas sobre a cama. De um lado, a camiseta de futebol lavada que Ucker havia escolhido para ela no outro dia. Do outro, uma camisola fina de renda, tirada da gaveta de Annie.
Escolhas. Quantas vezes, desde que conhecera Ucker, decisões fundamentais tinham terminado em duas escolhas drasticamente diferentes? Seduzir ou não seduzir. Ou ainda...
O barulho repentino da campainha a assustou. Afastou o cabelo úmido da testa, juntou as pontas do robe e dirigiu-se à porta.
Não foi muito longe até que ouviu a voz de Annie dentro da casa.
-- Sem sermão, detetive. Tenho direito a roupas limpas.
-- Já ouviu falar em máquina de lavar? – perguntou Ucker.
-- Estarei longe de vocês em menos de cinco minutos. – Passos ecoavam no corredor e se aproximavam. – Ou melhor, dez. Quero visitar a prisioneira.
Dulce deu uma gargalhada. Uma conversa com sua irmã espontânea era exatamente o que ela precisava, também. Um confinamento forçado com Ucker estava afetando a moça, fazendo com que perdesse a perspectiva. Só esperava que um diálogo com uma terceira pessoa tendenciosa não complicasse as coisas ainda mais.
Ela abriu a porta ao mesmo tempo em que Annie a empurrou, do outro lado. Sua irmã entrou tropeçando.
-- Ótimo. – Fez uma parada em frente à porta. – Pelo menos ele não mantém você trancada.
O sarcasmo era uma provocação para Ucker, Dulce sabia. Annie já tinha dado a Ucker o selo de aprovação Saviñón Portillo. Sua irmã apenas não queria que o homem ficasse confiante e esnobe demais. Nenhuma chance disso, pensou Dulce. Annie não percebia que o Sr. Uckermann não queria nem precisava fazer parte da pequena família delas.
-- Ele não poderia me deixar trancada, mesmo que quisesse. – Ela tirava os bobes do cabelo. – Contingência. – Dulce sorriu.
-- Está vendo? – Annie virou a cabeça e olhou por cima do ombro. – Eu ensinei bem a ela, Ucker. Se você a quiser, terá de lutar por isso.
Dulce agarrou o pulso da irmã e puxou-a para dentro. Batendo a porta antes que Ucker pudesse responder.
-- Está louca?
-- Apenas colocando-o no seu devido lugar – resmungou Annie. – Algo que você devia estar fazendo. Venho aqui imaginando que vou interromper uma aventura sexual selvagem e, em vez disso, encontro você no seu quarto, vestida com um robe caído, e ele do outro lado da casa, fechando os armários e resmungando para si mesmo.
-- Então foi por isso que tocou a campainha.
-- Consigo ser discreta quando tenho de ser. – Annie sentou-se na cama. – Agora me diga por que eu não tive de ser. – Pousou a mão sobre o colchão.
Dulce se sentiu desconfortável quando os dedos da irmã se enroscaram na roupa de seda e renda que ela havia pego emprestado.
-- Hum. Agora as coisas estão ficando interessantes. Acho que tirei conclusões precipitadas. Você não precisa do meu conselho, afinal.
-- Errado. – disse Dulce. – Levante-se.
Annie franziu a testa.
-- Por quê? Estou confortável.
-- Levante-se.
Annie levantou-se e olhou para baixo; em seguida, pegou a camiseta grande na qual havia sentado segundo antes. Seus olhos se arregalaram e ela soltou um gemido.
-- Meu bem, você tem esse trapo desde que éramos adolescentes. Está ótimo para sair por aí com sua irmã, mas não vai dar para seduzir um homem.
Uma visão inundava a mente de Dulce... de usar a mesma camiseta de quando Ucker a beijara, movera-se sobre ela, depois chegara o mais perto possível de se enterrar dentro dela, considerando a barreira física que a roupa deles proporcionava. Um calor úmido surgiu por entre suas coxas com a recordação. Então veio outra visão: a de Ucker saindo de cima dela quando se lembrou que ela estava machucada e não estava preparada, e abraçando-a noite adentro para confortá-la. Esse era um homem que podia fazer com que ela, nos braços dele, tanto se contorcesse de prazer como relaxasse de contentamento. Uma combinação poderosa.
-- Terra chamando Dul. – Annie acenou com a mão em frente aos olhos dela. – Não sei onde você estava, mas está claro que fez a escolha certa. – Pegou a roupa de estampa de leopardo e renda preta, pendurando-a nas pontas dos dedos.
O estilo de Annie, pensou Dulce. Não o dela. Um sorriso se formou nos lábios dela. Sentiu isso. Gostou disso. As coisas entre ela e Ucker eram sensuais, quentes... e honestas. Não precisava de roupas sexy para atrair a atenção dele. Se não tivesse aprendido nada mais nos últimos dias, tinha aprendido pelo menos a aceitar a si mesma: seu coração, sua mente e seu corpo.
Tinha de agradecer a Ucker por abrir-lhe os olhos, por lhe dar força de maneira inédita para ela. Se quisesse, era perfeitamente capaz de atiçá-lo sozinha... sem o brinquedo. Se ela quisesse.
O problema em questão não era o que deveria usar para dormir... mas se deveria ou não convidar Ucker para lhe fazer companhia. Em virtude do silêncio dele, Ucker havia cedido sua ponta da luta pelo poder no que dizia respeito à investigação. Sustentaria a decisão dela de participar no desvendamento da investigação da “Charme!”. Ele concordou contra seu próprio julgamento porque acreditava nela. Mas não gostava disso e estava preocupado em protegê-la, em manter a postura que o tornava eficiente como policial.
Ela o amava muito para prejudicar a carreira dele... o futuro deles. Ela o amava. Que os céus a ajudassem.
Apesar de todo o planejamento e esforço para permanecer em controle no tocante a Ucker, ela havia falhado miseravelmente. Tinha se apaixonado pelo detetive solitário, o que significava que agora ela estava sem uma rede de segurança.
Todo o futuro dela dependia completamente do passado de Ucker. E se as coisas não dessem certo quando ela se encontrasse com o homem que a atacara, Ucker assumiria a responsabilidade para si mesmo, da mesma forma que fizera com sua mãe. Nesse caso, não tinha nenhuma dúvida de que ele partiria sem olhar para trás.
Ela não se iludia. Podia perdê-lo de qualquer forma. Mas acreditava no que era provável, e pretendia dar as cartas a seu favor. Recuperar o controle de qualquer maneira que pudesse. Agarrou a lingerie da mão da irmã.
Annie deu um sorriso largo.
-- Uau. Eu me sinto melhor. – Olhou para o relógio. – Cinco minutos já foram. O sentinela vai chegar batendo a qualquer minuto. – Inclinando-se, deu um rápido abraço em Dulce. – Vou só pegar uma muda de roupas e parar de atrapalhar vocês.
-- Cuide-se, Annie. A confusão ainda não terminou.
-- Vou me cuidar. Você sabe disso. E faça o mesmo. – Foi até a porta, fazendo uma pausa para olhar por sobre o ombro. – Deixe a sedução começar – disse ela, com um sorriso.
-- Tchau – murmurou Dulce.
A irmã saiu e a porta se fechou. Dulce olhou para a roupa em suas mãos, passando os dedos na seda luxuosa antes de enterrá-la no fundo da gaveta da cômoda.
Não precisava de roupas para seduzir o homem, mas pretendia fazer tudo que estivesse em seu poder para fazê-lo perceber do que estaria desistindo se decidisse ir embora.
Autor(a): narynha
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Ele não podia ficar de bobeira na cozinha pelo resto da noite. Além disso, aquilo não estava fazendo nenhum bem a ele. Ucker tinha ficado sentado enquanto Dulce tomava banho. Escutado o ritmo pulsante das batidas da água enquanto seu corpo pulsava na mesma batida. Visualizara a corrente de água escorrendo pelas curvas dela, as gotas d&rsqu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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