Fanfics Brasil - Totalmente Escandalosa: Capitulo 02 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Escandalosa: Capitulo 02

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Ela havia saído do bar e agora caminhava com um passo suave, deslizando entre os convidados, conversando tranqüila com o auxiliar que servia canapés. O ar de superioridade dela distinguia-a dos outros auxiliares contratados. Assim como a minissaia que usava, em vez das calças pretas preferidas pelas outras garçonetes. Uma grava-borboleta preta aninhada sob o queixo acentuava seu rosto em forma de coração. Como ele havia perdido aquilo antes?


-- Ela é a dona do Pot Portillo, o bufê. Não está presente a todos os eventos da empresa, mas insisti que ela administrasse este.


-- Claro – resmungou ele.


-- Essa mulher tem muita coisa em comum comigo. Você se lembra da escola de boas maneiras que os policiais fecharam no ano passado?


-- Vagamente. Eu estava fora do estado. —Tinha se formado na Faculdade de Direito de Colúmbia e logo arrumou um emprego no escritório do promotor em Manhattan, trabalhando lá até que um infarto brando de Eleonora o trouxe para casa. Queria mais tempo com a família. Além de sua irmã, Mayte, com quem ele se hospedava em Manhattan, Eleonora era a única família que importava.


-- Bem, ela e a irmã – disse Eleonora, apontando para a dona do bufê. – herdaram o negócio. Acontece que o dono anterior, tio dela, estava operando um serviço de acompanhantes disfarçado.


-- Mas ela não estava envolvida.


-- Bem, não, mas é um escândalo familiar. E, para melhorar ainda mais as coisas, ela trabalhava para eles quando estava na faculdade. – A avó batia palmas, com uma excitação crescente.


-- Ela era uma prostituta?


-- Morda sua língua difamadora. Ela dava aulas para os deficientes de testosterona. Tudo com muita honestidade. Mas pense na reação de seus pais se você trouxesse para casa uma mulher cuja a família tivesse metido o dedo na prostituição. Uma mulher que instruísse os homens solteiros sobre como dar umazinha.


Certo de que ela não havia feito tal coisa, Poncho se recusou a tocar naquele comentário ofensivo.


-- Eu não levo mulheres para casa – limitou-se a dizer.


Por que deveria? Seus pais tomariam aquilo como um sinal de que o filho pródigo estava pronto para criar juízo. Poncho não podia dizer que não estava louco por uma companhia firme. Estava. Não podia dizer que não ansiava por alguém para quem voltar para casa ao final do dia. Também queria isso. Mas ainda tinha de conhecer uma mulher que o interessasse o suficiente para fazê-lo esquecer todas as outras, que dirá uma que pudesse imaginar ver do outro lado da mesa todas as noites para o resto de sua vida.


-- Levaria, se encontrasse a mulher certa – disse a avó, com um brilho nos olhos que o alarmou.


A velha dama tinha uma intenção. Poncho apenas desejava saber mais. O simples fato de Eleonora estar admitindo seu esquema em voz alta não significava que estava revelando tudo.


Ele a conhecia bem demais para estar perto de ser complacente, mas decidiu agradá-la por enquanto.


-- Minha vida social é bastante cheia, vovó. Cheia demais para me firmar com somente uma mulher dentre tantas.


A vida social dele realmente era cheia. Cheia de renovação e restauração. Poncho era ocupado, mas não porque saía pegando todas. Mas uma mentirinha não ofendia ninguém, muito menos Eleonora, que precisava acreditar que Poncho era feliz e estava em busca da Sra. Herrera.


Embora conhecesse, namorasse e apreciasse mulheres tanto quanto outros homens, não via um relacionamento de longo prazo m seu futuro. As mulheres que conhecia no escritório do defensor público e o conselho de inimigos que enfrentava no tribunal se preocupava mais com o que o nome Herrera poderia fazer por elas do que com o próprio Poncho. O mesmo acontecia com as mulheres no ilustre círculo social dos pais. Buscavam apenas se casar e manter sua renda estável fluindo. Todas ficavam decepcionadas e desinteressadas quando descobriam que Poncho vivia de seu salário e se mantinha isolado do legado da família.


Um casamento só de aparências, como o de seus pais, não interessava a ele. Ninguém se beneficiava de uma união sem amor, especialmente o número esperado de filhos, nascidos apenas em nome de aparências. Filhos criados por serviçais e ignorados pelos pais.


-- Abra os olhos, filho. Nunca se sabe o que está à sua frente. Agora, como eu ia dizendo sobre seu pai e suas idéias de prefeitura. Se mostrar seu ponto de vista não funcionar, podemos sempre apelar para as manchetes. Filho do juiz Herrera namorando ex-protistuta. Agora que estou a favor dessa abordagem... Anahí merece coisa melhor. – Apontou para a mulher no canto.


Pelo menos agora a moça tinha um nome. Ele precisaria um se quisesse conhecê-la melhor.


-- Sabe como os jornais exageram sobre sexo – disse Eleonora. – Você será um candidato eliminado antes de se dar conta disso.


Ele soltou um gemido. Agradá-la estava ficando mais difícil.


-- Odeio discordar de você, vovó, mas escândalos sexuais não afetam mais as taxas de aprovação.


Eleonora deu de ombros.


-- Talvez não, mas posso ver que está interessado. Então invista em Annie e seja pego. Meu dinheiro diz que o constrangimento será suficiente. Seu pai cancelará a campanha.


Poncho balançou a cabeça.


-- Você realmente tem uma imaginação hiperativa. Não há motivo para ir tão longe. Uma entrevista coletiva sem o candidato cuidará de todas as expectativas.


-- E como isso afetaria seu emprego na defensoria pública? Por acaso eu sei que isso é o primeiro passo para abrir seu próprio escritório de advocacia.


-- Ambos são assunto meu e, embora agradeça sua preocupação, posso cuidar da minha vida sem ajuda.


Como se estivesse esperando o momento certo, uma grande mão bateu no ombro de Poncho.


-- Que bom vê-lo, filho. Sabia que não ia perder a chance de estar junto de seus apoiadores.


Num movimento que aperfeiçoara ao longo dos anos, a avó ergueu uma sobrancelha e inclinou a cabeça, como se dissesse: Eu avisei.


Ele olhou nos olhos do pai.


-- Claro que não. Essas pessoas são muito importantes. – Para Eleonora, Poncho acrescentou, em silêncio, que era o único motivo pelo qual decidiu estar presente.


O pai soltou o ar do peito com força e abriu um sorriso reluzente, evidentemente interpretando mal a concordância de Poncho. O filho não se deu ao trabalho de explicar. O juiz nunca escutaria.


-- Estou feliz que você concorde. Agora tem de aprender a arte de fazer seu lobby – disse Henrique.


-- Que lobby? – perguntou Poncho, fazendo-se de tonto deliberadamente. Olhou para o céu e as nuvens haviam se firmado. – Pensei que isso fosse uma festa de jardim ao ar livre, não para angariar fundos políticos.


-- Eu gosto do seu senso de humor, filho.


Pelas costas do juiz, Eleonora chamou a atenção de Poncho com um aceno. Revolveu os olhos e eles compartilharam uma risada silenciosa pela obstinação do juiz.


--Que bom que está se divertindo – resmungou Poncho.


-- Sim, mas você sabe tão bem quanto eu que por trás de todo evento existe um propósito – disse o mais velho. – O fato de você ter aparecido neste diz muito. – Ajustou as lapelas do paletó.


Poncho esperou um breve instante antes de dar uma volta e pousar um braço em volta do ombro da avó.


-- A única coisa que minha aparição deveria dizer a você é que eu não perderia uma das extravagâncias de Eleonora. Além disso, não tenho nenhum propósito ou uma intenção secreta.


Deu um abraço apertado e carinhoso na velha senhora. A fragilidade dela o assustou por um momento antes que se reconfortasse. Por trás do corpo que envelhecia havia uma mente ágil e um espírito generoso.


--Prometi que ele se divertiria, algo que você nunca aprendeu a fazer. – Um brilho irreverente faiscou no olhar da senhora.


O juiz lançou a mãe um olhar de alerta, depois encarou Poncho mais uma vez.


-- Precisamos conversar.


Poncho examinou o pai. Com o terno escuro de forro duplo e ar de autoridade, o juiz Herrera parecia totalmente o homem no controle de seu domínio. Que péssimo para ele que Poncho não vivia mais naquele âmbito nem podia ser manipulado.


-- Não há nada a debater.


O juiz balançou a cabeça.


--Eu quero o melhor para você, filho, e isso significa colocá-lo num cargo público.


-- Colocar-me num cargo público é o melhor para você. Você quer que eu dê continuidade à tradição política. Eu quero viver minha própria vida.


-- Você é jovem. – Deu um tapinha no ombro de Poncho, -- Vai acabar concordando.


Poncho ergueu uma sobrancelha.


-- É provável que você tenha razão. Afinal, eu comprei minha casa mesmo depois de você dar entrada numa cobertura em Boston. Eu entrei para a defensoria pública mesmo depois de você mexer seus pauzinhos na Fitc & Fitzwater, a empresa líder no centro da cidade. – Deu de ombros. – Suponho que se você se esperar um bom tempo, vou acabar concordando mesmo.


Henrique estreitou os olhos.


-- Isso é influência sua – disse o juiz à mãe.


-- Se for, estou orgulhosa dele. E você também deveria estar – disse Eleonora – Que vergonha, Henrique. Eu o criei melhor que isso.


-- Poncho, leve sua avó para descansar um pouco. Ela está mal-humorada. Conversaremos mais tarde. – Deu os comandos e, sem espera uma resposta, virou de costas e foi em direção aos convidados.


-- Ele é determinado –disse Eleonora.


-- Eu sou mais determinado. – Mas Poncho também estava cansado da batalha. Uma parte dele desejava não ter de brigar com o pai pelo passos que dava em sua própria vida.


-- Ainda acha que não precisa de minha ajuda? –perguntou Eleonora.


-- Adoro sua preocupação, mas posso lidar com o juiz sozinho.


-- Mas o tipo de ajuda dela seria muito mais divertido – disse a avó, desviando o olhar do rapaz.


Poncho seguiu o olhar dela até a mulher de pé numa cadeira, ajustando um alto-falante, e teve de concordar. Ainda assim, por mais tentador que fosse, não usaria uma mulher inocente como um peão no jogo da família.


Mas isso não significava que não podia perseguir essa atração e tentar conhecê-la por suas próprias razões. Como Eleonora provavelmente tinha previsto, ela o fascinava de uma forma que poucas mulheres conseguiam, e ele queria saber por quê. Pousou a taça de champanhe na bandeja de um garçom que passava.


-- Estou aqui, se precisar de reforço – disse Eleonora.


Ele beijou a face bronzeada da senhora.


-- Tenho certeza que sei lidar com isso – disse, com ironia.


Deu uma olhada até o outro lado do gramado, onde Anahí havia voltado à função de bartender.


Ela manejava as garrafas e os copos com habilidade. Poncho sorriu ao ver aquilo. Uma das garçonetes do coquetel deu uma parada e cochichou algo no ouvido dela. Anahí saiu de trás do bar, num sobressalto, e dirigiu-se à casa. Sem a presença dela, o bar parecia tão vazio e tedioso quanto a festa minutos antes.


Poncho suspirou, vendo a oportunidade desaparecer, pelo menos por enquanto.


-- Ela está com a parte boa – disse Eleonora. – Vai voltar.


-- Acredito que drinques ou bebidas seja o termo politicamente correto hoje em dia. – Não podia deixar de implicar com a avó.


O olhar dele seguiu o corpo de Anahí, que se retirava. O traseiro bem torneado e a cintura firme eram uma visão para se manter antes de desaparecer por dentro das portas duplas abertas.


Eleonora limpou a garganta.


-- Da sua perspectiva, eu diria que ela está com a parte boa – disse, com uma risada.


Poncho deu uma risadinha.


-- Eu diria que você tem razão.



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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