Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Annie sentou-se no sofá, folheando uma revista. A parte de trás da saleta tinha muitas janelas, proporcionando uma visão magnífica do oceano. O som da chuva constante, junto com o das ondas quebrando na praia e voltando ao mar, fez com que os sentidos dela remexessem. Sempre gostara muito da chuva e dos sons rítmicos pesados.
Fechou os olhos e os sons ficaram ainda mais fortes, assim como a pulsação dentro dela. Seu desejo por Poncho, evidenciado pela ânsia insistente entre suas pernas, não podia ser negado. Apertou as pernas com força e ondas de prazer iam e vinham, exatamente como a água na praia. Exatamente como o prazer que encontraria ao fazer amor com Poncho, o corpo dele dentro do seu, achando o ritmo perfeito, movimentando-se juntos até que o movimento ascendente se tornasse um pico de prazer.
Forçou a abertura dos olhos e percebeu que estava tremendo de desejo. Um olhar em direção à cozinha mostrou que ela ainda estava sozinha. Considerando que podia chegar até os limites com seus devaneios com Poncho, Annie sabia que estava numa encrenca. Melhor concentra-se na sobremesa, pensou. O tipo comestível.
Poncho tinha prometido preparar sua sobremesa preferida, que era artesanal, não preparada pela cozinheira de Eleonora. Mas ele não a deixou ficar olhando. Quando terminou de ler, inteiras, todas as edições da Entertainment Weekly, a revista preferida de Eleonora, que encontrou, Annie já tinha acalmado o corpo a um nível respeitável. Mas não podia mais suportar ficar sozinha com seus pensamentos eróticos.
Entrou na cozinha na ponta dos pés e deu uma olhada furtiva. O próprio cômodo era velho, os utensílios ultrapassados, mas os armários de madeira escura tinham apelo e potencial, e tinha certeza que seriam um estouro quando fossem pintados, como Poncho planejava. Ele andava de um lado para outro na cozinha, falando consigo mesmo em voz alta. Ela não conseguiu dar uma espiada no que ele estava fazendo e, se entrasse, se arriscaria a ser apanhada.
Deu um passo silencioso para trás, quando um brilho inesperado de relâmpago bruxuleou das janelas atrás dela, seguido por uma trovoada mais alta que as anteriores.
Atônita, Annie deu um grito, e Poncho virou-se.
Ele ergueu uma sobrancelha, debochado.
-- Não me diga que está com medo da tempestade e veio buscar conforto.
Ela revirou os olhos, sabendo que tinha sido pega.
-- Desisto. Você me pegou no flagra.
-- Você é uma menina má, Annie. Agora volte e espere na saleta. Saio daqui em um segundo. Claro que você pode esperar, né? – perguntou, com um sorriso charmoso.
-- Vou dar um jeito. – Voltou para o outro cômodo. – Eu, banida da cozinha. Quem acreditaria nisso? – resmungou.
O telefone tocou e Poncho gritou da cozinha.
-- Pode atender?
Ela atendeu o telefone ao lado do sofá.
-- Chalé de Alfonso Herrera no oceano. Quem devo anunciar?
A risadinha singular de Eleonora foi sua resposta imediata.
-- Ela está em casa, sã e salva – disse Eleonora, engrossando a voz para imitar Poncho. – Ele realmente pensou que eu cairia nessa? O pai dele pode cair nessa conversa, mas a mim ele não engana. As mulheres são muito mais espertas que os homens. Lembre-se disso, querida.
-- Sim, senhora. – Annie riu e, o que era de surpreender, não estava nada constrangida de ter sido apanhada por Eleonora na casa de Poncho. – Estou em casa, sã e salva. Só que não é a minha casa.
-- Isso é o de menos. Pelo menos está seca e fora da tempestade.
-- Estou fora do armário, também, não graças à senhora.
Eleonora fez um som de tsc tsc.
-- Eles não fazem maçanetas como antigamente. A infeliz saiu bem na minha mão. Imagine.
-- Quem está no telefone? – Poncho entrou na saleta com uma bandeja nas mãos.
-- Sua avó. Estávamos falando sobre o incidente no armário.
-- Mantenha-a na linha. Também tenho algumas palavras para dizer sobre isso. – disse ele.
-- Eleonora? Poncho gostaria de falar com...
-- Meu jogo de cartas semanal me espera. Tenho de me apressar.
-- Mas...
-- Vou desligar – disse Eleonora e, em seguida, o fez.
Annie ficou olhando para o telefone em sua mão, depois olhou para Poncho.
-- Jogo de cartas semanal? – perguntou. – Na mesma noite de uma festa enorme? Não me parece plausível.
Ele pousou a bandeja próximo à lareira.
-- Jogo de paciência – explicou, e revirou os olhos, uma risada dançando no olhar.
-- Essa não.
-- Ela é mestre em despistar. Pronta para a sobremesa?
-- Para provar seus talentos culinários, você quer dizer? – Annie ajoelhou-se enquanto Poncho levou a bandeja até uma mesa baixa perto do sofá. Inclinou-se para a frente e deu uma olhada em duas tigelas de vidro com algo que parecia... aproximou-se mais e sentiu o cheiro. – Pudim de chocolate? – perguntou.
-- Simplesmente o melhor pudim de chocolate que você já comeu. – Meteu a colher na sobremesa cremosa e levou-a para ela experimentar.
Annie abriu bem a boca e Poncho enfiou a colher, sem tirar o olhar dos lábios dela. O corpo de Annie se aqueceu por dentro mais uma vez. Fechou os olhos e engoliu o delicioso doce de chocolate.
-- Hum. – abriu os olhos e viu que Poncho ainda estava olhando. A intensidade dele fez com que ela tremesse de desejo e expectativa mais uma vez. Ela lambeu os lábios, provando novamente o chocolate. – Marca Jell-O? – perguntou ela, buscando uma conversa trivial para acalmar o corpo.
Ele pôs a mão no coração.
-- Você acha que eu serviria uma mulher tão extraordinária com uma sobremesa tão comum? Você me feriu. Droga, você não me dá muito crédito, Annie. – Ele hesitou somente um instante antes de admitir. – É Jell-O – resmungou.
Ela deu um sorriso aberto.
-- Essa também é minha sobremesa preferida. Quando eu estava na escola de culinária, eles zombavam de mim o tempo todo, dizendo que, para alguém com habilidade para preparar as receitas mais elaboradas, eu tinha o gosto de um peão.
-- Você disse escola de culinária?
Ela deu um sorriso aberto.
-- Sim.
-- Eu fiz um pudim instantâneo Jell-O para uma especialista?
-- Sim. Mas não se preocupe. Eu sei que foi de última hora e nada é mais fácil que leite e uma mistura de caixinha. Não espero nada como um tiramisu até o segundo encontro, pelo menos – Olhou para ele. – Qual é o problema? Você ficou verde.
-- Ferido, isso sim. O ego de um homem é uma coisa frágil.
Ela riu e terminou o pudim com umas boas colheradas.
-- Este foi o melhor pudim de que já comi. Acho que nem mousse de chocolate se compara. – Com uma risadinha, Annie continuou: -- Seu talento na cozinha é insuperável. Eu...
Ele interrompeu, passando um dedo pelos lábios dela. Seu toque era elétrico e a risada dela parou subitamente.
-- Tinha pudim nos seus lábios. Está vendo? – Mostrou o dedo sujo de chocolate.
Ela concordou com a cabeça, incapaz de falar, sabendo, de certa forma, o que viria em seguida. Poncho olhou nos olhos dela. Os olhos esverdeados dele, da cor do pudim, reluziam de desejo.
-- Quer terminar com isso? – perguntou ele.
Sugada por seu olhar envolvente, ludibriada pela profundidade de sua voz e pelo desejo borbulhante que ardia entre eles, Annie se aproximou. Não desviou e não deixou seu olhar desviar do dele enquanto seus lábios se fecharam sobre o dedo dele. O chocolate se misturou com o sabor salgado da pele de Poncho quando ela lambeu e terminou o resto do pudim.
Muito depois do momento em que ele deveria ter recuado, o dedo permanecia, e ele delineou o contorno dos lábios dela.
--Melhor do que lamber a tigela, não é? – perguntou ele.
-- Muito – sussurrou ela.
Poncho havia retirado a mão, mas ela não sabia se conseguia falar mais. Seus lábios formigavam. Assim como seu corpo. Mesmo os seios dela tinham se eriçado em pontas firmes que ansiavam pelo toque de Poncho.
Ela se perguntava se ele podia ler seu pensamento. Se sabia o quanto ela o desejava. Se Poncho estendesse o braço e envolvesse os seios dela com a mão, ela não se importaria. Naquele momento, receberia bem qualquer toque que ele oferecesse, qualquer coisa para saciar a intensa necessidade que ele havia inspirado.
Ela respirou fundo.
-- Vou lavar a louça.
-- Fugindo? – perguntou ele, com a respiração tão ofegante quanto a dela.
-- Dando um tempo.
Ele se recostou, descansando sobre as mãos. Seu olhar não perdia a firmeza.
-- Não demore muito.
Autor(a): narynha
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Annie entrou na sala a tempo de ver Poncho fazendo bolas com o jornal e atirando-as na lareira. Tinha conseguido um pequeno fogo, que estava crescendo rapidamente. Alimentava as chamas da mesma forma que o desejo que se espalhava com força entre eles, implorando para ser abastecido com mais do que apenas carícias.Já que ele tinha cozinhado, o míni ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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