Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Depois de seguir as instruções de Annie, Poncho parou em frente a uma casa antiga, pintada em um tom claro de cinza. O sol banhava a casa de luz, agora que a chuva e as nuvens do dia haviam se dissipado. A corrida de meia hora tinha passado rapidamente. Annie tinha conversado durante toda a viagem e Poncho agora sabia de tudo sobre sua irmã, Dulce, o marido dela e a família que em breve seria ampliada.
Era nítido que Annie amava a irmã e, apesar de reclamar, ele sentia que ela gostava do marido da irmã. Também acreditava que ela falava demais por nervosismo, porque não queria discutir a possibilidade de eles se verem novamente.
Annie não acreditava que os dois tinham algum tipo de futuro e Poncho pretendia provar que ela estava errada.
Em Annie, ele detectou um profundo senso de desejo pelo tipo de vida casa-com-familia que sua irmã agora tinha, embora nunca fosse admitir isso. Ele percebia os desejo de Annie porque eram iguais a seus próprios desejos, que nunca tinha percebido que tinha. Até Annie.
-- Bem, chegamos.
Apoiando o braço sobre o volante, ele se virou para olhar para ela.
-- Sim, chegamos. – Reparou na mão dela na maçaneta e abriu um sorriso.
-- Vai a algum lugar, Annie?
O rubor dela poderia tê-lo enfeitiçado, se já não tivesse tomado conta dele.
-- Para casa – respondeu ela.
-- Sem uma palavra?—Provocá-la era natural, mesmo que fosse apenas porque ela aceitava tão bem.
Ela abriu a boca, depois fechou-a novamente.
-- Diga até logo. – ele a instruiu.
Ela balançou a cabeça.
-- Não faço idéia por que permito que você me deixe confusa – resmungou. – Ninguém me deixa assim. Nem mesmo Chris.
-- Quem é Chris? – inquiriu ele, odiando o som do nome de outro homem nos lábios dela.
-- Meu cozinheiro. E amigo próximo. Fizemos escola de culinária juntos. Ele me provoca desde que era menor que eu e depois que lhe dei um chute na canela pela primeira vez...
- Ele nunca tentou novamente?
Annie riu.
-- Claro que tentou.
-- E esse Chris. Ele é...
-- Um amigo – disse ela, com suavidade. Séria, como se percebesse o tom na voz dele. – Um amigo comprometido. Nunca mais tentou nada desde que éramos crianças.
Olhou nos olhos firmes dela e percebeu que tinha razão. Ela entendeu e procurou reconfortá-lo. Ele agradecia a ela por isso. Nunca tinha sucumbido ao ciúme antes, mas não estava surpreso que a primeira vez envolvesse Anahí Portillo, porque nenhuma mulher o atingira da mesma forma que ela.
Ela descruzou as pernas.
-- Adeus, Poncho. – Ela desviou o olhar e, antes que ele percebesse a sua intenção, já tinha puxado a maçaneta da porta.
-- Annie, espere.
Ela soltou a porta e se virou. Seus olhos azuis estavam embaçados, de forma suspeita.
-- O que foi?
-- Adeus traz a idéia de fim. – Uma infinidade de palavras estavam na ponta da língua dele, mas adeus não era uma delas. Os dois se veriam novamente, quer ela acreditasse nisso ou não.
Ela respirou fundo.
-- Foi bom, mas...
-- Foi mais que isso.
Ela balançou a cabeça.
-- Não pode ser.
-- Por quê? Por que meu nome é Herrera?
-- Esta é uma razão. – Annie não se atrevia a citar mais nenhuma. Caso contrário, correria o risco de admitir seus verdadeiros sentimentos e o fato de que estava perigosamente perto de se apaixonar por um homem que acabara de conhecer.
Amor à primeira vista não existia. Quando saísse daquele carro, ela saberia disso.
-- Este é o mundo moderno, Annie. Diferença de classes não existem.
Diga isso ao juiz, pensou ela, mas se recusou a pronunciar as palavras em voz alta. Poncho tinha feito tanto para se afastar da família e do modo de vida deles que Annie sabia que ele acreditava no que dizia. Ele apenas não percebia o que aconteceria quando dois mundos como os deles se chocassem.
Além do mais, não tinha duvida de que, assim que ele chegasse em casa, ela seria não mais que uma lembrança distante.
-- Não podemos simplesmente dizer que foi legal...
-- E que nos vemos por aí? – cortou ele, terminando por ela.
-- Algo assim.
Ele abriu um sorriso e ela sabia que tinha se entregado ainda mais.
-- Por mim está bem. Pego você na sexta-feira. Jantamos em Boston antes de voltar para a praia. Talvez o tempo esteja bom dessa vez e eu consiga lhe mostrar alguns dos lugares especiais escondidos dos olhos curiosos.
Ele havia vencido a moça, e sabia disso.
-- Você é muito literal – comentou ela.
-- Sou sincero – ele disparou de volta. – E você me levou a acreditar que valorizava essa qualidade.
-- E valorizo – sussurrou ela.
Nada como as próprias palavras dela para balançar um coração cauteloso, pensou Annie. Sem saber o que mais dizer, agarrou o puxador da porta com mais firmeza.
-- Então acredite quando digo que quero vê-la novamente. Existe algo forte demais entre nós para simplesmente deixar passar.
O coração dela começou uma batida rápida e forte. Ele era bom com as palavras: as dele, as delas, não importava, porque era ainda melhor em passar por cima das defesas dela e fazê-la acreditar no impossível.
Ela deu uma olhada para fora e viu o marido da irmã, Ucker, sair pela porta da frente. Provavelmente, fazendo uma verificação de rotina num carro suspeito em frente à casa, pensou Annie, irônica.
Não desejava apresentar os dois homens e depois enfrentar as perguntas inquisitivas de Ucker, o detetive.
-- Tenho de ir.
-- Sexta-feira? – perguntou ele. – Você me deve um café-da-manhã – completou, quando ela permaneceu calada.
Olhou nos fundos dos olhos de Poncho. Olhos sinceros. Tinha feito amor com ele, se aberto com ele e confiava nele. A única pessoa com quem estava brigando aqui era consigo mesma.
Um sorriso surgiu nos lábios dela.
-- Você está usando meu moletom preferido e eu gostaria de buscá-lo pessoalmente. – Ele era persistente, tinha de admitir. Não tinha como saber se ela já havia tomado uma decisão.
-- Ligue para mim – disse ela, e antes que ele pudesse responder, abriu a porta e desceu do carro, batendo a porta.
-- A bola está no seu campo – murmurou em voz alta.
Ele não sabia onde ela morava nem tinha o telefone dela. Claro que, graças à Pot Portillo e a Eleonora, era fácil encontrá-la. Mas, se realmente tivesse interessado, teria de fazer um esforço. Ela não era recatada nem estava se fazendo de difícil. Apenas queria saber se ele estava falando serio antes de se permitir ir mais fundo.
O problema era queAnnie já estava muito envolvida.
Autor(a): narynha
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-- Alfonso Herrera? Você dormiu com Alfonso Herrera? – A voz de Dulce parecia mais alta que o normal no quarto pequeno.Annie se encolheu.-- Pode parar de falar desse jeito? E o que quer dizer com o Alfonso Herrera?Sua irmã alcançou a pilha de jornais que estavam numa mesa ao lado da cama.-- Está aqui em algum lugar. Na coluna “Vivendo e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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