Fanfics Brasil - Totalmente Pecadora: Capitulo 06 Totalmente Demais! [Terminada]

Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]


Capítulo: Totalmente Pecadora: Capitulo 06

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Com a mão nas costas dela, Ucker conduziu Dulce do parque Fenway até as ruas mal iluminadas de Boston. Os Sox tinham vencido na prorrogação e a mulher ao lado dele não havia proferido uma única reclamação por ficar sentada durante todo o jogo ou pela contínua queda de temperatura. Sob circunstâncias comuns, ele chamaria aquele encontro de um sucesso, mas Dulce não era uma mulher comum, não mais do que ela era seu encontro real, um fato que precisava lembrar o tempo todo.


-- Já lhe disse que adorei aquele restaurante? – perguntou ela.


Uma dez vezes, pensou ele, perguntando-se por que diabos essa afirmação o agradava tanto.


-- A refeição ou o ambiente? – perguntou.


Ela riu, e o som da risada o aqueceu mais do que sua pesada jaqueta de couro.


-- Ambos. Livros por todas as paredes... – Ela abriu os braços, esbarrando nas pessoas que saíam do estádio junto com eles. – Epa.


O riso dela era contagioso; seu amor por algo tão simples como livros, reconfortante.


-- Mas quem pensaria em transformar uma biblioteca num restaurante, mantendo os volumes antigos nas prateleiras? Como vivi aqui por tanto tempo e nunca soube daquele lugar? Onde o encontrou?


-- Tenho minhas fontes – disse ele, deliberadamente vago.


-- Bem, diga a elas que acertaram na mosca. – Ela riu de novo e desta vez o estômago dele revirou de pesar.


Uma pesquisa cuidadosa e perguntas discretas sobre o passado dela haviam revelado que a loira explosiva era, também, uma intelectual, uma cdf que detonava a biblioteca quase toda noite depois do trabalho. Ler era sem dúvida um hobby dela, que ele aproveitara esta noite.


Uma pontada de culpa tomou-o de surpresa. Seu emprego nunca o incomodara e não deveria incomodar agora. Como parte de sua incumbência, ele podia inocentá-la ou enquadrá-la. Grande coisa se tivesse de cavar fundo no lado pessoal para alcançar seu objetivo. Mas uma olhada naqueles olhos confiantes virou-o pelo avesso. Ela não gostaria da mentira. Se era culpada de gerenciar um serviço de prostituição, ele não devia dar a menor importância. Mas dava; e a culpa era menos por achar que ela não estava envolvida do que por se preocupar com o que ela pensava dele. Aquilo em si era inédito, e Ucker não estava gostando nem um pouco.


Depois de uma noite na companhia dela, já tinha bastante informação. Era uma mulher que se preocupava com a família, que sentia as coisas profundamente e tinha adiado sem sonhos pelo futuro da irmã e respeito à tia falecida. A inocência que projetava no olhar e nos gestos lhe diziam mais do que poderia a vigilância, e aquela inocência significava algo para ele. Aquilo o tocava de uma forma que ninguém jamais o fizera, em lugares que nunca permitira que ninguém alcançasse.


Algo em suas entranhas lhe dizia que ela não estava envolvida em nada além de gerenciar um negócio herdado. Um negócio do qual ela, às vezes, gostava, outras, se ressentia. Uma vez que o instinto profundo não era admissível num tribunal de justiça, tinha de confiar em seus próprios talentos para inocentar a Srta. Dulce Maria Portillo Saviñón. De certa forma, provar que ela era inocente tinha se tornado mais importante que abrir uma ação contra a sensual proprietária da “Charme!”.


-- Não me pergunte por quê, mas tive a impressão de que você ia gostar daquele lugar – disse a ela.


-- Tinha razão.


-- Eu sei. – Porque ele era um homem que se orgulhava de seus instintos. A pesquisa podia ter fornecido os antecedentes, mas uma hora na companhia dela e Ucker havia descoberto ainda mais. Esquecido todo o fingimento de dar lições, Dulce havia se aberto para ele. Agora sabia que o abandono do pai havia deixado a moça ferida e machucada mesmo que não o mostrasse, e a mãe que ela amava havia sido mais uma criança que uma progenitora útil e conselheira.


Dulce tinha se criado sozinha... como ele. Tinha poucos laços próximos, a não ser pela irmã... também como ele. Ao fim do jantar, ele sabia como chegar até ela. Sabia quando bajular e quando recuar. Sabia até mesmo fazê-la sentir-se bonita sem um olhar de cobiça, porque a menor manifestação de interesse masculino pela aparência dela levava a um recuo apressado. Tinha a sensação de que conhecia Dulce Maria. Tinha se conectado com ela à parte de sua incumbência, e aquele pensamento o deixava extremamente nervoso.


Quando viraram a esquina seguinte e desceram uma rua escondida entre uma fileira de prédios, uma brisa sopra pesada em volta deles e a temperatura parecia cair ainda mais.


Ele esfregou as mãos.


-- Eu daria tudo por...


-- Uma xícara de chocolate quente coberta com chantili – disse Dulce, terminando a frase, mas não da maneira como de ele pretendia. Uísque era o que ele tinha em mente. Algo que queimasse como o inferno e chocasse o corpo dele até que se lembrasse que estava com uma incumbência e não saindo com uma mulher inteligente e sexy. Uma mulher que ele queria ver novamente e não atrás das grades. E aquilo não ia acontecer.


Precisava que uma prova sólida para levar para Carlos Daniel. Hora de se mexer e sair dessa, pensou Ucker. Ambos ficariam melhor assim.


Não tinha chegado a lugar algum com seu questionamento sutil mais cedo, o que significava que teria de ter uma abordagem mais direta, mais sedutora. Ele temia aquela idéia tanto quanto seu corpo superaquecido ansiava por ela. Nem mesmo o vento cortante em seu rosto, alcançando seus ossos, aliviava o calor que subia por dentro dele.


-- Eu estava pensando um pouco além da idéia de café – murmurou ele. – Mas pode ser qualquer coisa quente.


-- Está brincando. – Ela balançou a cabeça, concordando, e esfregou os antebraços com as mãos. Estava nitidamente com frio, mas não tinha intenção de fazer uma reclamação. Definitivamente, uma mulher em busca do coração dele. Não, argumentava consigo mesmo, não o seu coração. Aquilo estava cercado de muro há anos. Aprendera muito cedo que, se tomasse como prioridade algo que não fosse seu emprego, corria o risco de perder a postura.


Por ter sido uma criança independente, desenvolvera os instintos que o mantinham vivo. Seu tio concordara que morasse com ele sob a condição de que passasse o dia inteiro fora. Ucker engolira seu orgulho e pedira um lugar para pousar para evitar o serviço social e uma adoção. A sobrevivência básica era algo que Ucker conhecia bem. O sexo se encaixava nesse conceito, o carinho, não.


Mas tinha um trabalho a cumprir. Hora de parar de fazer rodeios e descobrir, pensou ele. Ela estava com frio? O mínimo que podia fazer era aquecer a moça. Olhou para ela e seus olhos se conectaram. Olhos grandes o fitaram de volta e fios avermelhados de cabelo jogado ao vento tocavam as bochechas avermelhadas. Uma necessidade intensa o invadiu. Precisava experimentá-la. Vencer ou perder o caso não tinha nada a ver com a fome cruel que o chicoteava por dentro. Pegou as mãos dela, sentindo o gelo da pele, e a conduziu a uma alameda escondida.


A multidão passava por eles correndo, sem se preocupar com qualquer coisa a não ser encontrar calor. Ucker entendia aquela necessidade. Passava as mãos nos braços dela, subindo e descendo. Um arrepio a sacudiu e instintivamente ele soube que não tinha nada a ver com a temperatura externa e tudo a ver com o calor do corpo. Dos dois.


Um passo e ele a encostou em um prédio de tijolos escuro. Um desejo tomou Ucker no momento em que seu corpo tocou o dela. Camadas de roupas não importavam, nada importava.


-- Christopher?


- Me chame de Ucker.


- Ucker?


Olhou nos olhos inquisitivos dela e não tinha respostas. Nenhuma que pudesse revelar a ela e, pior, nenhuma que ele mesmo entendesse. O que lhe caía muito bem. Não precisava entender; precisava sentis. Os lábios úmidos, o corpo dela, macio e úmido, encaixando-se no dele, produzindo um atrito tão intenso, insuportável. Não que ele fosse arriscar seu emprego. Não deixaria as coisas irem tão longe, ou, se o informante estava certo, Dulce tampouco, sem pagamento.


Olhando no fundo daqueles olhos que confiavam nele, sabia muito bem que, se ela interrompesse essa noite, não tinha nada a ver com dinheiro. Essa mulher não era uma prostituta, mas ele precisava de uma prova e, para consegui-la, tinha de levar as coisas adiante. Uma amostra daqueles lábios cheios e ele podia tentar fechar o acordo. Se ela recuasse, ele daria alguma desculpa e a levaria para casa. Uma ducha fria esperava por ele. Então, arquivaria o relatório e esqueceria tudo sobre a Srta. Dulce Maria.


Definido o plano, concentrou a atenção no suposto encontro, em uma mulher que o intrigava mais a cada segundo que passava. Apertou mais a pegada nos braços dela. Dulce não protestou, não quando ele a puxou para mais perto, e não quando os lábios dele vieram direto contra os dela. Naquele momento, Ucker soube que havia cometido um erro. A boca de Dulce era quente e receptiva e um toque de vinho doce ainda era perceptível. Um sabor que o fez sentir sede de mais do que um beijo roubado numa alameda escondida. Uma amostra ateou fogo a seu sangue e ele sabia que não ia embora tão cedo.


A parede de tijolos os ancorava e ele aproveitou para apertar firme seu corpo contra do dela. Dulce produziu um som, meio gemido, meio súplica. Ucker não teve certeza. Apenas sabia que o fazia querê-la mais. As ondas pulsantes e golpeantes não seriam ignoradas.


Dulce encostou a cabeça contra parede, respirando de maneira profunda e instável. Ele pegou o queixo dela com a mão e olhou no fundo dos olhos dela. Queria aquela mulher. Ali estava. A verdade crua, pensou. Sem mentiras, sem fraude, sem uma investigação pendendo entre eles... a não ser que ela fizesse algo que o levasse a parar por ali. Ele havia avançado demais e não tinha como voltar.



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Autor(a): narynha

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Nunca teria acreditado que estaria tão tentado a arriscar seus princípios por uma mulher, nunca teria acreditado que precisaria tanto de uma noite. Ela o excitava além da sanidade, além da razão, e ele precisava possuí-la completamente. Traçou com os dedos a linha do rosto dela, segurando-o entre as palmas. -- Eu quero voc&ec ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
    O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS

  • dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07

    Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
    Qro saber + dessa história q tá linda
    Posta +
    +++++++
    ++++++++
    +++++++++
    +++++++++++
    +++++++++++++ AyA sempre

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS SSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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