Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Poncho atirou as chaves na mesinha de metal, chutou a lixeira para o lado e derrubou um monte de pastas no chão. Sua escrivaninha tinha uma pilha alta de arquivos e papeis que deveriam mantê-lo ocupado direto até o ano seguinte. Resmungou um xingamento. Além daquele compromisso de terça-feira à noite, em que ele representava qualquer caso que estivesse pendente, o resultado era tempo nenhum para si mesmo.
Tempo zero para dormir... ou para entrar em contanto com Annie, embora tivesse continuado a tentar. Depois de pegar o número com Eleonora, telefonara para ela durante os intervalos no tribunal, mas a secretária eletrônica atendia todas as vezes. Depois da proximidade que haviam compartilhado, o que ele tinha a dizer não podia ser resumido em 60 segundos, e esse era todo o tempo que tinha, considerando que havia recebido aquele caso fresquinho na manhã de segunda-feira.
O desejo ardente de vê-la novamente estava tomando conta de tudo. Tudo que dizia respeito a Poncho interessava a ele. Sua fascinação... sua incerteza.
Tinha prometido ligar para ela “em breve”. Isso foi no sábado. Ele a deixara em casa no domingo. E agora era terça-feira à noite. Esfregou a mão nos olhos que ardiam e pegou o telefone. Discou, o telefone tocou e a secretária eletrônica atendeu novamente.
Ele desligou o telefone.
-- Filho-da...
E levou um tapa na cabeça.
-- Eu não lhe eduquei para não xingar desse jeito? – perguntou a avó.
Ele olhou para a porta aberta, por onde ela entrara sem avisar.
-- E Emily não lhe ensinou a bater à porta?
-- Por que deveria? A porta está aberta.
Levantou-se e deu a volta na mesa.
-- Que bom vê-la, vovó. Você é sempre bem-vinda. Você sabe disso. – Beijou sua face envelhecida, sem saber por que ela aparecera em seu escritório àquela hora da noite.
-- Claro que sei. Mas não importaria se não fosse. Precisamos conversar. – O brilho nos olhos dela o intrigou tanto quanto perturbou. Ela estava planejando alguma coisa novamente.
-- Como chegou aqui? – indagou ele.
Ela soltou um suspiro longo e sofrido.
-- Pedi para Ralph me deixar aqui. Embora eu ainda ache que o Departamento de Trânsito estava errado e que não sou um perigo na estrada. – Deu uma fungada.
Jamais a deixar saber que, depois que ela havia atropelado suas rosas premiadas em frente de casa, ele tinha usado de sua influência para garantir que ela fizesse um exame de vista e não conseguisse renovar a carteira. Queria que ela tivesse uma vida tão longa quanto possível.
-- Bem, estou feliz que tenha sido prudente, em todo caso – disse ele, sabendo que ela ainda dava uma ou outra volta quando conseguia.
-- Como se eu tivesse escolha. Seu pai mandaria a polícia atrás de mim. A própria mãe. Imagine.
-- Imagine. – Ele abriu um sorriso. – Tenho que ligar para Annie primeiro e depois conversamos.
Ela olhou preocupada para o telefone.
-- Conversar primeiro. Telefonar depois – exortou ela, com um tom de pânico. – Ainda não comi. Vamos àquele lugar elegante no andar de baixo.
-- Aquele lugar elegante é um bar.
-- Parece ótimo. Vamos lá. – Agarrou o braço dele. Para uma mulher de aparência frágil, tinha uma força quase super-humana. Embora pudesse discutir com ela, não tinha desejo de fazer sua primeira ligação para Annie com uma platéia presente e sabia muito bem que nunca conseguiria que Eleonora esperasse lá fora. Melhor alimenta-la e dispensá-la. Depois ele ligaria para Annie e deixaria uma mensagem se tivesse de deixar.
Conseguiu apanhar as pastas e colocá-las dentro da maleta antes que ela o empurrasse porta afora. Cinco minutos depois, ele e a avó estavam sentados num bar informal no prédio do escritório dele.
-- Quer ver o cardápio? – perguntou ele, chamando a garçonete ao mesmo tempo.
Ela balançou a cabeça. Nem um fio de cabelo branco caía do coque perfeito. Não tinha mudado desde que ele era criança. E ele a amava por isso, mesmo que houvesse vezes, como agora, em que ela o confundia.
-- O que você pedir está bom para mim.
Ele revirou os olhos.
-- Cerveja, e achei que você não tivesse comido.
Ela se remexeu na cadeira.
-- Perdi o apetite.
-- Duas cervejas – pediu à garçonete,
-- Volto já.
Poncho ajeitou-se na cadeira e olhou em volta do bar lotado.
-- Tudo bem, estamos num lugar público onde não posso fazer uma cena. O que está acontecendo?
-- Você sabe tudo.
A garçonete voltou e colocou duas garrafas e os copos sobre a mesa.
-- Vou tomar a minha de uma vez – disse Eleonora.
Ele engoliu uma risada.
- Talvez você queira fazer o mesmo.
Autor(a): narynha
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A vontade de rir parou quando ele digeriu o aviso dela. Deu a ela uma garrafa, pegou a outra para si e tomou um grande gole, recusando-se a comentar quando ela fez o mesmo. Ver aquilo era absurdo, mas sem dúvida era essa a intenção dela. Levá-lo a um lugar público, deixá-lo sem defesa e acionar a bomba, o que quer que fosse.A cerveja ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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