Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Quando ela havia caído no sono? Annie piscou com o sol entrando pelas persianas abertas. Espreguiçou e sentiu o protesto dos músculos que tinha usado além da conta na noite anterior. Era uma sensação de decadência acordar na cama de Poncho depois das incontáveis horas que haviam passado ali. Uma sensação ainda melhor era estar emaranhada nos braços dele. Poncho arremessara uma perna sobre a dela, como se quisesse prendê-la no lugar. Ela riu. Não queria ir a lugar nenhum, pensou; Não antes do meio-dia, quando tinha de ir para casa e se preparar para a festa do dia seguinte, para a qual a Pot Portillo estava fornecendo as decorações. Do jeito que andavam as festas, essa era simples porque só precisava de arrumação.
-- Qual é a graça? – perguntou Poncho.
-- Você está acordado.
Agarrou a mão dela e conduziu-a até embaixo.
-- De várias maneiras.
Sua voz profunda a envolveu.
-- Você é mau – murmurou ela.
-- E você adora isso. – Com um movimento suave, rolou por cima dela, apoiando o peso nas duas mãos.
Ela adorava... Ah, não. De jeito nenhum. Não tão cedo. Não agora. Não esse homem. Tentou fugir, mas a parte de baixo do corpo dele a prendeu. E quanto mais ela se revirava, mais seus corpos se juntavam. Mais a sua ereção sólida pressionava firme contra ela. Um calor quente, pulsante, líquido se espalhou por dentro dela.
-- Pare de se revirar, Annie. – A voz assumiu uma seriedade fatal. – Agora, antes que aconteça alguma coisa que você nitidamente não quer, por que não me diz o que a deixou tão assustada?
Ela parou, depois balançou a cabeça. Podia ter despido o corpo para esse homem, mas de forma alguma ia despir a alma. Não podia dar a ele esse tipo de poder sobre ela.
-- Tudo bem, que tal se eu lhe contar o que me deixou assustado? Você pode continuar depois.
-- Parece justo. – E daria tempo a ela para recuperar o equilíbrio e encontrar alguma outra coisa para dizer a ele. Qualquer coisa era melhor que a verdade.
Que piada. Anahí Portillo Saviñón, filha de uma caixa de supermercado e um homem de quem ela nem se lembrava, apaixonada por Alfonso Herrera, filho do juiz e da família mais poderosa do estado. Se não tomasse cuidado, o riso histérico que sentia borbulhar até a superfície se transformaria em baldes de lágrimas. E Annie nunca chorava. Desde o Natal em que se deu conta que Papai Noel era uma enganação e que seu pai nunca voltaria.
-- Olhe para mim.
Ela se forçou a encarar seu belo rosto. A única maneira de conquistar os medos dela era superá-los. Já havia feito isso antes; podia fazer isso agora. O sorriso que fingiu foi mais difícil.
-- Tudo bem. Você primeiro.
-- Você está se afastando de mim. Não importa quão fundo eu cave, não importa o quanto sou sincero ou quanto de mim eu revelo, você foge para o lado contrário.
Ela não podia negar. Não somente ele havia se aberto verbalmente, mas também não ficava se contendo quando faziam amor. Annie tinha uma experiência limitada. Mas, mesmo que seu passado sexual tivesse sido pouco movimentado, era esperta o suficiente para não achar que uma experiência de tremer a terra entre os lençóis tivesse algum significado fora do quarto. Sua mãe havia feito isso. Caído de quatro de amor por um homem que a queria na cama e em nenhum outro lugar.
Ela balançou a cabeça. Aquele não seria seu destino.
-- Não estou fugindo de você, Poncho. Estou... – Pensou em tudo que poderia dizer e optou pela verdade. – Estou fugindo das conseqüências.
Ele se deitou de lado.
-- Vamos voltar a esse assunto? As diferenças? A idéia de que não vamos durar?
Também não podia negar aquilo.
-- Sim.
-- Está bem, vamos brincar do seu jeito Um dia de cada vez. Se funcionar, funcionou. Se não. Isso faz você se sentir melhor?
Seus olhos envolventes penetravam nos dela.
-- Não – admitiu Annie.
-- Ótimo. – Ele a brindou com um sorriso de parar o coração. – Isso me mostra que você se importa.
-- Eu me importo – confirmou ela, com suavidade.
O olhar dele suavizou.
-- Essa sua sinceridade é muito boa.
-- Qualquer homem que me mande os presentes que você mandou merece pelo menos isso em troca. Você se importa com meus sonhos, Poncho. – E isso pode não durar para sempre, mas certamente tocou meu coração, pensou Annie.
Seu olhar desviou-se do dela. Annie não conseguia ler a expressão dele, mas Poncho estava desconfortável, o que não combinava com ele.
-- O que foi?
-- Eu me importo com seus sonhos. Nunca pense que não. Mas...
-- Mas?
Ele passou a mão pelo cabelo já desgrenhado.
-- Diabos, você acha que um homem mandaria pó de fada? – murmurou.
-- Você não mandou?
Ele balançou a cabeça e ela sentiu o coração se apertar.
-- O globo... a neve no verão? – perguntou ela.
-- Isso fui eu. A música também. E os bilhetes que foram com os dois.
A dor de tensão no peito dela se aliviou.
-- Mas e o pó de fada?
Ele revirou os olhos, depois cobriu-os com um braço.
-- Eleonora – sussurrou. – E se você tem alguma piedade de mim, não vai me perguntar como ela nos conhecia tão bem.
Annie fez que sim. Não tinha certeza se queria saber isso.
-- Então ela nos quer juntos? – indagou.
-- Parece que sim.
Autor(a): narynha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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