Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Ela devia estar louca. Esse homem que segurava sua mão com tanta firmeza, que a acalentava com o olhar, com o toque, com as palavras... ela confiava nele. E se sua mãe tinha acreditado em seu pai... bem, Pedro Saviñón não era nada parecido com Alfonso Herrera. Seu pai não era o tipo de homem trabalhador, fiel, correto. Ninguém era mais desconfiado que as irmãs Portillo Saviñón, mas até mesmo Dulce tinha finalmente confiado num homem. No amor. No futuro.
Talvez fosse hora de Annie fazer o mesmo.
Correu com Poncho pela longa extensão de praia. O vento batia em seu cabelo e ela inalava um pouco de água salgada a cada respiração. Agora que tinha aberto tanto o coração quanto a mente para as possibilidades, tudo à sua frente parecia fresco e novo.
Quando chegaram à casa, Annie estava sem fôlego e rindo muito. Seu riso morrera rapidamente quando viu o fogo que ainda ardia no olhar de Poncho. A intensidade era cativante e uma chama irrompia com força por dentro dela. Seu coração começou a pulsa firme, de forma a ecoar nos ouvidos.
-- Annie. – A voz era um ribombo profundo e rouco.
Agarrou-a pela cintura, levantando a camisa que cobria suas coxas, Rindo, ela o agarrou com uma das mãos – e um flash piscou à frente de seus olhos. Não estavam sozinhos.
-- Que droga! – Poncho reagiu primeiro e empurrou-a para trás de si, impedindo que ela ficasse À vista. Considerando sua quase nudez, ela agradeceu o cavalheirismo dele, mas a foto já havia sido tirada e seu gesto veio tarde demais.
-- Sr. Herrera, estou aqui para encontrar o senhor e seus apoiadores enquanto anunciam sua candidatura a prefeito de Hampshire. – A repórter olhou para o relógio. – Pensei que a entrevista coletiva fosse às dez, mas...
-- Entrevista coletiva? – indagou Annie, saindo de trás do escudo do corpo de Poncho.
-- Sim. O juiz Herrera disse que eras às dez, mas posso estar enganada.
-- Faria diferença? – resmungou Poncho. – Você acabou de conseguir um furo.
Annie puxou a barra da camisa de Poncho para baixo. Quase não cobria suas coxas e ela nunca havia se sentido tão vulnerável e exposta.
-- Você disse que essa entrevista coletiva foi planejada? – Enquanto fazia a pergunta, o coração de Annie gelava.
-- Desde a semana passada. E a senhora é...?
-- Descubra por conta própria – respondeu Poncho, e depois virou-se para Annie. – Vamos para dentro. Precisamos conversar.
Ela queria engolir, mas a boca estava seca.
-- Não sei se há alguma coisa a ser dita – disse a ele.
-- Podemos discutir isso em particular? – Apontou para a repórter ansiosa e seu assistente com a câmera.
Sem olhar na direção dos dois, Annie entrou antes dele e dirigiu-se à segurança da casa. Poncho mal fechou a porta segurou na mão dela.
-- Annie.
-- ´Prefiro que não faça isso.
-- Tocar em você ou explicar?
Virou-se para olhá-lo de frente.
Talvez ele tivesse lido as emoções no rosto dela, porque transformou a própria expressão em sua máscara ilegível.
-- Acho que a resposta é as duas coisas. – Dor e traição refletiam nos olhos dele, porque ela não lhe dera a oportunidade de explicar as coisas.
-- Não sei se uma explicação faria diferença – comentou ela. Ele nunca saberia que a resposta a machucava tanto quanto, visivelmente, a ele. E o coração dela, que estava quente como o sol, agora estava duro e congelado.
Esse tipo de vida era algo que ela não entendia, nem achava que poderia se acostumar a estar sob o olhar público. Assediada pela imprensa. Flagrada em diferentes estados de nudez e constrangimento.
-- Ótimo, porque você vai escutar. Depois de tudo que aconteceu entre nós, você me deve isso.
Ela concordou com a cabeça.
-- Estou escutando.
-- Da maneira como vejo as coisas, o juiz orquestrou uma reunião aqui porque sabia que eu não ia aparecer no local designado por ele. Como não sabe nada sobre você... nós... não vejo isso algo como mais que uma infeliz coincidência.
O pior pesadelo de Poncho, na verdade, mas Annie não pareceu receptiva aos sentimentos dele naquele momento. Não quando seus próprios sentimentos estavam tão nitidamente machucados e vulneráveis. Ele sentia por ela, mas também tinha um coração e, ao ignorar sua tentativa de se explicar, ela estava passando por cima dele.
Annie suspirou e pegou na barra da camisa. Ele não fazia a menor idéia de como ela estava humilhada. Por causa dele. Droga, ele usaria todo o seu fundo de família se o dinheiro pudesse impedir que aquela foto fosse publicada. Mas não podia. Uma boa notícia valia mais, para os abutres lá fora, que o dinheiro frio e insensível.
-- Posso ver a manipulação de seu pai nisso tudo e sinto muito que ele ainda esteja tentado controlá-lo. – A dor ainda bailava em seus olhos, junto com algo que parecia resignação. – Mas não sei se posso ficar aqui para servir de alimento para a imprensa. – Annie olhou para suas pernas nuas, e ele lembrou que a camisa havia se elevado sobre a calcinha na hora em que a foto foi tirada. Estremeceu com a humilhação dela.
-- Annie...
-- Também acho que posso ver o toque de sua avó. Ela nos trancou num armário e me mandou as coisas calculadas para fazer eu me ap... envolver com você.
Ele franziu o cenho com o quase lapso dela. Aquilo era algo que queria descobrir melhor. Bem como o possível papel de sua avó. O fato de que Eleonora havia sugerido exatamente essa situação não tinha sido esquecido por Poncho.
Mas ainda não estava disposto a desistir de Eleonora.
-- Reconheço que ela tem suas intenções. Até mencionei isso a você outro dia. Mas armar para você nunca foi parte do plano dela.
Com todos os defeitos, a velha senhora tinha um coração enorme e nitidamente se importava com Annie. Poncho não tinha outra alternativa a não ser dar crédito e crer na integridade de Eleonora. Caso contrário, todas as coisas boas sobre sua infância e sua vida teriam sido baseadas em mais uma ilusão.
Autor(a): narynha
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Annie envolveu a cintura com os braços.-- Se foi Eleonora ou seu pai que chamou a imprensa, não importa. Quero apenas sair daqui antes que isso se torne um circo da mídia. Ele resmungou um xingamento, incerto de quais eram os sentimentos dela por trás do muro que erguera. Não tinha tempo de descobrir, porque ela estava certa. Tinha de tir&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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