Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
Annie envolveu a cintura com os braços.
-- Se foi Eleonora ou seu pai que chamou a imprensa, não importa. Quero apenas sair daqui antes que isso se torne um circo da mídia.
Ele resmungou um xingamento, incerto de quais eram os sentimentos dela por trás do muro que erguera. Não tinha tempo de descobrir, porque ela estava certa. Tinha de tirá-la dali, e rápido.
Uma olhada pela janela revelou um carro sedã preto entrando pelo caminho de cascalho não pavimentado em frente a sua casa. Como de costume, a aparição do velho tanto era pontual quanto não era bem-vinda. Poncho esfregou os olhos e gemeu.
Esperava que essa visão da realidade desse ao juiz uma abertura de olhos muito necessária. Ele certamente tinha tido uma. Com toda a conversa de ser dono do próprio nariz, ainda tinha suas cordas puxadas como uma marionete.
Mas isso ia acabar. Hoje.
Raiva e frustração pulsavam dentro de Poncho, com a mesma força do desejo que vinha sentindo minutos antes. Mas devia isso a ela. Se quisesse ter uma chance de conquistar de volta o coração que trabalhara com tanto afinco para alcançar, tinha de deixá-la ir agora.
Agarrou as chaves da caminhonete que deixara pendurada num gancho do hall da frente.
-- Estou estacionado bem do outro lado da porta. Saia e não fale com ninguém. Não responda a nenhuma pergunta. Apenas entre no carro, dê uma volta por quem quer que esteja chegando e continue dirigindo.
Seus olhos tristes encontraram os dele.
-- Obrigada.
Por que esta palavra soava tanto como um adeus? Olhou para os lábios separados dela e a necessidade de uma ultima provada o comprimiu por dentro.
Ele se esticou, pegou seus antebraços e puxou-a para perto. Ela não recuou, mas não havia mais empolgação. Nem o olhar desprotegido. Em vez de ter o coração nos olhos, ela agora o tinha firmemente guardado a sete chaves.
Ouviu-se uma batida forte na porta. Poncho baixou a cabeça e passou levemente a boca nos lábios dela. Tinha um sabor doce, e um desejo renovado de recuperar a própria vida, e a ela, surgiu dentro de Poncho. Ela deu um suspiro e ele aprofundou o beijo, enfiando a língua lá dentro. A batida veio novamente, desta vez mais alto.
Ela deu um pulo para trás. Ele não a culpou, mas ainda segurava firme a moça.
-- Eu abro a porta, você passa por ele e vai em frente. Entendeu?
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
-- Não terminou, Annie. Nós não terminamos
-- Você é idealista demais – murmurou ela, tocado a face dele.
Poncho balançou a cabeça, alcançando a porta ao mesmo tempo.
- Sou realista e, quando isso acabar, você será parte da minha realidade. – Girou a maçaneta. – Agora vá.
Ele abriu a porta, esperando que ela passasse pelo juiz sem dizer uma palavra. Em vez disso, Annie parou em frente a ele.
-- Olá, juiz Herrera.
O pai pareceu perturbado por um momento, enquanto seu olhar alternava de Annie para os repórteres que esperavam.
-- Senhorita...
-- Portillo. Anahí Portillo.
Poncho não ficou preocupado por ela ter dado o nome ao juiz. Os jornais iriam publicá-lo de qualquer forma. Mas fez uma careta de raiva com a esnobação do pai. Ela havia servido uma festa em sua casa e o juiz, mestre em fazer uma social, não conseguia se esforçar para lembrar o nome dela. Agora ele lembraria. Poncho tinha um palpite de que, depois de hoje, Anahí Portillo era um nome que o juiz Henrique Herreranunca mais esqueceria.
Ela estendeu a mão, e depois de uma breve hesitação, o juiz aceitou cumprimentá-la.
-- Eu a conheço?
-- Eu servi sua festa na semana passada – lembrou ela.
Poncho viu a curiosidade nos olhos do pai se transformarem em flagrante reprovação.
-- Eleeonora contratou você – disse ele. – Mas me lembro de ter tido uma conversa com você sobre socializar com os convidados.
-- Sim, tivemos.
-- Não preciso perguntar o que está fazendo aqui agora – escarneceu ele.
Poncho ficou tentado a interferir para protegê-la, mas sentiu que, se violasse o senso de confiança de Annie, ela nunca o perdoaria. Droga, teria sorte se ela falasse com ele novamente, de qualquer maneira.
O olhar dela não desviara dos olhos do pai dele. Para credito de Annie, considerando que não estava usando nada além da camisa de Poncho, ela se mantinha firme com o homem que intimidava mesmo aqueles que o conheciam bem.
-- Não precisa mesmo. Mas, já que não estou mais no seu rol de pagamento, não há nada que o senhor possa dizer. Mas eu gostaria de lhe dizer uma coisa antes de ir.
-- Annie, você não precisa passar por isso na minha casa.
-- Não, preciso. – Sorriu para Poncho, mas não havia alegria no gesto. – Chame isso de meu presente de despedida. – Virou-se de volta para o juiz. – Quanto mais você tentar controlar as pessoas que ama, mais para longe elas vão correr. – Annie limpou a garganta. Senhor.
Antes que o pai pudesse registrar as palavras dela, Annie passou por ele e saiu. Quando ele começou a reagir, Annie já havia apertado o botão de abrir do controle remoto e entrado com segurança no jipe.
Autor(a): narynha
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Orgulho e arrependimento cresciam dentro de Poncho enquanto assistia ao frenesi da mídia que se seguiu à partida dela. Controlar a raiva que tinha do pai não foi fácil e ele levou um minuto para se centrar.-- Portillo – resmungou o juiz. – Eu me lembro desse nome. Grandes notícias em volta de todo tribunal do estado. Ela tem det ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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