Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
-- Ela não está atendendo o telefone, mas aposto que está lá – resmungou Poncho, xingando de frustração.
-- Eu não gosto disso. – Eleonora andava pelo chão de linóleo do escritório. Tinha chegado depois de Poncho, tomado café com ele e se solidarizado pela notícia que o envolvia. Com seus amigos e colegas fazendo brincadeiras, Poncho era grato pelo apoio de Eleonora.
O sol reluziu, brilhante, através das persianas gastas, mas Poncho quase não sentiu o calor.
-- Eu também não gosto – resmungou.
-- Ligue de novo.
-- Estou ligando de hora em hora desde ontem à noite.
Annie não atendera o telefone. Não retornara suas ligações. E ele não achava que ela estava, por coincidência, ocupada ou fora de alcance.
Sua vida, antes solitária, tinha se tornado uma receita para desastres. Annie, a única mulher por quem tinha caído de quatro, era a única mulher que não deveria ficar sujeita às indignidades da imprensa. A foto de Poncho e Annie na praia havia passado de jornal para jornal, tablóide para tablóide, e do noticiário local para os programas locais de fofoca... tudo em tempo recorde. Poncho não tinha se dado conta de que o público tinha um interesse tão desesperado por sua vida sexual. Seria quase engraçado se as conseqüências não fossem tão graves.
Pegou o telefone e discou o numero mais uma vez.
-- Ela está em trabalho de parto? – Para seu choque, a voz preocupada de Annie atendeu depois do primeiro toque.
-- Annie?
-- Poncho.
-- Você estava esperando Ucker ligar – adivinhou. Não foi difícil.
-- Sim.
Ele esperava que um silêncio tenso se seguisse, mas ela continuou a falar.
-- Para ser sincera, agora não é uma boa hora.
Não que ele gostasse do que ela teria a dizer.
-- As fofocas são nojentas, Annie, mas não têm nada a ver conosco.
Ouviu um bipe peculiar e sabia que ela estava recebendo outra ligação. Resmungou um xingamento.
-- O que ela disse? – indagou Eleonora, aproximando-se muito do telefone.
Poncho pediu silêncio e ela obedeceu, graciosa, sentando-se na cadeira velha do outro lado da mesa. Uma boa coisa que surgira desse fiasco é que Eleonora encontrara uma nova graça, dignidade e respeito pela vida particular dele.
-- Tenho de ir – disse Annie.
-- Atenda a ligação e volte para mim. Eu espero. – Poncho sabia o quanto a irmã era importante na vida dela. Embora não quisesse ignorar o visível medo e a preocupação dela, também não podia perdê-la sem brigar.
-- Não posso pensar em mim agora.
A pergunta era: Annie pensaria neles depois ou usaria esse tempo para se afastar? Ele respirou fundo duas vezes, ignorando a avó que o rondava.
Não tinha outra escolha senão agarrar a oportunidade quando tinha a chance.
-- Então pense nisto. Eu amo você.
O suave arquejo de choque foi interrompido pela insistente chamada em espera.
-- Não posso fazer isso agora. Sinto muito. Adeus, Poncho.
-- Apenas pense nisso, Annie.
--Não posso. – O telefone invadiu novamente. – Vou desligar agora – disse ela, antes de cortar a ligação.
Ele de uma fungada de frustração, quando ela usou a tática de Eleonora e desligou o telefone, e seu estômago se retorceu em nós.
-- Você vai atrás dela, não vai? Porque tenho uma idéia, podemos...
-- Esqueça, vovó. Deixe que eu cuido disso.
-- Ótimo, deixe uma velha senhora fora da diversão Negue-me minha alegria na vida. – Soltou um suspiro longo e sofrido.
Ele revirou os olhos.
-- Você sobreviverá.
-- Bem, então, tem um carro me esperando lá fora.
-- Eu a levo até o elevador – disse Poncho.
-- Não precisa. Vou fazer hora um pouquinho perto do bebedouro.
Poncho deu um sorriso largo.
-- Eu amo você, vovó.
Eleonora sorriu.
-- Eu também amo você. E Anahí também. – A avó beijou-lhe a face. – Mesmo que não tenha dito isso.
Ele balançou a cabeça.
-- Você é perceptiva, esperta e enxerida demais para meu gosto.
-- Ah, mas dou tempero à sua vida.
-- Isso é verdade.
Ele observou a retirada nobre da avó e ouviu a voz dela ao se misturar com a equipe do escritório. Saber que ela estava ocupada não interferindo em sua vida deu a ele mais tempo de pensar em Annie.
Então pense nisto. Eu amo você, tinha dito a ela. Poncho não se incomodava de dar a ela seu coração, mas se quisesse aceitá-lo, teria de vir até ele.
Autor(a): narynha
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Dul e Ucker tiveram um menino. Annie esticou os pés para a frente no sofá que parecia de plástico da sala de espera do hospital. Inclinou a cabeça para trás, respirando profundamente pela primeira vez num período que pareciam horas.A irmã tinha sua própria família agora. Que não a incluía. Ah, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++
+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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