Fanfic: Totalmente Demais! [Terminada]
-- As queixas contra o réu foram retiradas. A sessão está encerrada. – O juiz bateu o martelo e deixou a sala.
Depois de um breve aperto de mãos com seu cliente em êxtase, Poncho soltou um suspiro de alívio. O caso infernal chegava ao fim.
Atirou o bloco de notas, a caneta e outras coisas dentro da maleta, satisfeito por ainda ser terça-feira, e aguardava ansiosamente um final de semana tranqüilo. Sem surpresa, seus pensamentos se voltaram para Annie. Não tinha conseguido nenhum contato dela. Nem uma palavra.
Poncho era compreensivo como qualquer um, mas tinha descoberto uma coisa sobre si mesmo: seu desejo de ser controlado por Annie tinha ido longe demais. Tinha se estendido tanto quanto pudera sem comprometer sua integridade.
Eu amo você não eram palavras que ele dizia sem propósito ou para qualquer mulher com quem saía. Na verdade, nunca as dissera. E não as diria novamente, a menos que Annie decidisse entrar em contato com ele.
Mas aquilo não impedia sua preocupação, e ele telefonara para Ucker ontem para saber da irmã de Annie e enviara uns balões para comemorar o nascimento do bebê.
-- Sr. Herrera.
Poncho virou-se e deu de cara com o oficial de justiça que administrava a sala de audiências.
-- Como vai, Kuno?
-- Bem. Tenho um recado para você. – O homem corpulento deu a Poncho um envelope branco selado.
Ele afrouxou a gravata e examinou o envelope comum.
-- De quem?
-- Uma moça. Loira. Um e sessenta, mais ou menos... Cheirando a Opium – descreveu ele, dando o nome de um perfume feminino conhecido.
Poncho deu um sorriso largo.
-- Já pensou em ser detetive? Você tem uma baita memória.
-- Não. Ela era demais para esquecer. Tenho de voltar para casa ou a esposa me mata. Passe bem, Sr. Herrera.
-- Você também, Kuno.
Curioso, Poncho abriu o envelope. Ao tirar a folha dobrada que estava dentro, uma borrifada de algo como confete caiu aos pés dele. Desdobrou a folha e leu em voz alta.
-- “Venha para casa.”
O coração de Poncho saltitou, batendo muito forte e muito rápido, como se tivesse ficado adormecido, esperando a volta de Annie. Deu uma olhada para a porta, mas a sala de audiências estava vazia.
Enfim, entendeu a mensagem. Annie deixara de lado suas dúvidas e medos. Estava pronta para depositar sua esperança no desconhecido. Ele sabia o que aquele ato lhe custava. E pretendia garantir que ela nunca se arrependesse disso.
Agarrou a maleta e dirigiu-se porta afora para o minguante calor do dia.
O que era mesmo que dissera da primeira vez que a levara para a casa de praia? É humilde, mas é um lar. Ela havia olhado para o chalé desgastado, que só de pensar naquilo algumas mulheres fugiam, e brindado o rapaz com um brilho de aprovação nos olhos azuis. Lar. É isso mesmo, ela havia murmurado.
Ele provavelmente tinha se apaixonado ali, naquele momento.
Poncho entrou no jipe e ligou a ignição. Pareciam horas, mas só podia ter sido 20 minutos depois, ele finalmente entrou no chalé. A van da empresa Pot Portillo estava estacionada na frente da casa.
Girou a maçaneta. Não era de surpreender que a porta estivesse aberta. Depois de dias de incerteza, o fluxo de adrenalina dava uma sensação muito boa. Saber que Annie estava lá dentro, mas não saber exatamente o que o aguardava deixava-o sem fôlego de expectativa.
Ele a queria e ela estava ali. Deu um passo para dentro e fechou a porta. Deixando a maleta no chão, olhou em volta. O clima de primavera ainda estava fresco e um fogo ardia.
-- Annie? – chamou, mas ela não respondeu, então ele foi além, parando na cozinha. Embora ela não estivesse lá dentro, havia marcado sua presença. A velha mesa tinha sido transformada.
Uma toalha bege cobria a mesa de madeira, escondendo as velhas marcas e cortes. Velas queimavam em castiçais que nunca tinha visto antes e um buquê de flores do campo estava bem no centro. Um aroma divino atingia suas narinas e ele percebeu que Annie tinha cozinhado.
Perguntando-se o que mais ela andara fazendo, saiu da cozinha com uma pouca iluminação e dirigiu-se ao quarto. Não precisava de um mapa para guiá-lo até um quarto em que estivera dezenas de vezes antes. Mas Annie tinha pensado em tudo e deixado uma trilha para seguir.
Uma trilha sexy e sedutora, pensou, ao se abaixar e pegar o primeiro artigo de vestuário no fim do corredor. As sandálias de leopardo estavam penduradas nas pontas dos dedos. O desejo começou a apertar, intenso e forte.
Deu um passo adiante e pegou uma saia preta. Mais um passo e alcançou a porta do quarto. Presa na maçaneta estava uma calcinha de renda verde-esmeralda e preta. Seu corpo enrijeceu em reação à peça de roupa sedutora.
Seu coração disparou e sua virilha latejou com um desejo intenso. A expectativa tinha se tornado sua parceira enquanto girava a maçaneta e entrava no quarto. Embora Poncho estivesse certo de que encontraria Annie esperando por ele, certo de que ela voltaria para ele, recusava-se a sucumbir à sedução até que ela deixasse claro que estava comprometida para sempre.
O quarto em que entrou era a essência da fantasia. Lâmpadas, velas decorativas e incenso queimando se espalhavam pelo quarto, provocando uma atmosfera inegavelmente sensual.
Olhou através das cortinas transparentes presas no dossel da cama. Annie estava deitada, esperando por ele, coberta com um único lençol, sua pele clara reluzindo à luz da vela... Ela era a essência de suas fantasias. E tudo que tinha que fazer era atravessar o tapete de estampa de leopardo...
Annie olhou nos olhos dele. A determinação de explicar e arrumar as coisas lutava contra a necessidade de se jogar nos braços de Poncho.
Antes que pudesse decidir, Poncho chegou ao lado dela e se abaixou até a cama.
-- Eu disse a você que o tapete ficaria bem no chalé.
Brindou-a com seu sorriso mais cativante e seus olhos castanhos esverdeados olhavam firme nos dela, preenchidos com as emoções mais maravilhosas: honestidade, sinceridade e amor.
-- Quando decide mudar de opinião, você o faz com estilo. – Ele soltou um longo suspiro. – Eu já não contava com isso, Annie. Imaginei que não havia nada que a convencesse que não éramos um desastre prestes a acontecer.
Ela esticou o braço para tocar na face dele.
-- Eu cresci sozinha, Poncho. Sempre esperando que meu pai voltasse. Confiando numa mãe que nunca estava lá... emocionalmente já não estava e, depois, nem fisicamente. Eu estava sempre preparada para o pior.
-- E sempre acontecia.
Ela concordou com a cabeça.
-- Mesmo conosco – continuou ele. – A entrevista coletiva, o frenesi da mídia..
-- Foi bom ter acontecido. Isso me mostrou com o que eu poderia lidar e me forçou a ir atrás do que eu quero. – Olhou nos olhos dele. – E eu quero você.
Ele se endireitou na cama e envolveu-a com os braços. Uma combinação de calor suave e desejo sexual aquecido corria por dentro dela. Era sempre desta maneira com Poncho: a mistura intensa de desejo e conforto.
-- Você sabe que eu também quero você. Mas querer não é suficiente. Não entre nós.
-- Eu sei. – Encostou a cabeça no peito dele. A batida rápida do coração mostrava que ele não estava tão relaxado quanto parecia. O que era uma boa coisa, considerando que ela não estava nem próxima da compostura. – Primeiro, o escândalo me deu uma justificativa para fugir. O constrangimento foi a justificativa. Mais tarde, sem você, refleti e percebi que sou digna de qualquer coisa ou pessoa, incluindo Alfonso Herrera.
-- Eu sempre soube disso. – Seus dedos enrolavam os cabelos dela, pegando-os com uma insistência urgente. – E da maneira como você encarou o juiz, posso lhe garantir: ele também sabe. – Afastou a cabeça dela para fitar seus olhos. – Vou passar o resto da minha vida garantindo que você nunca se esqueça disso.
-- Eu amo você – murmurou e encontrou os lábios dele para um beijo flamejante, mais quente ainda por causa das emoções envolvidas. Para surpresa dela, seus olhos se encheram de lágrimas. Porque finalmente tinha conseguido tudo que quisera na vida... e nunca ousara sonhar. O anel de plástico lhe faria lembrar, caso se esquecesse.
Uma gota salgada de água deslizou por entre os lábios dela. Poncho levantou a cabeça.
-- Você está chorando? – Limpou a lágrima solta com a mão.
Annie deu de ombros e forçou uma risada.
-- O que posso dizer? Não resisto a um final feliz.
Segurou firme nas mãos dela, não querendo largá-la jamais.
-- Pensei que você não acreditasse em felizes para sempre.
-- Não acreditava... antes de você.
-- Isso pode ser surpresa para você, mas eu também não acreditava. – Com toda a sua postura e suas tentativas de convencer Annie que os dois tinham um futuro, Poncho não tinha certeza de que acreditava no felizes para sempre que alegara ter.
-- O que mudou sua opinião? – indagou ela.
-- Você. Você é meu final feliz, Annie. – Olhou no fundo de seus olhos azuis.
Ela voltou para cama rolando e abrindo os braços para ele, e sussurrou com sua voz mais sedutora:
-- Então venha para casa.
Autor(a): narynha
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Uma pequena banda tocava ao fundo enquanto o sol brilhou alto, banhando a praia de calor. Annie agarrou a mão de Poncho e apertou firme.-- Você se importa se pararmos de dançar? – perguntou ela.-- Está cansada? – Puxou-a para perto e pouso a mão sobre sua barriga, ainda plana. – Podemos dar uma desculpa e entrar para descan ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 22:07:01
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O FINAL PARABÉNSSSSSSSSSSSSS -
dannystar Postado em 25/10/2009 - 13:27:07
Oie!!! sou nova aki, e tô amando sua web, amo AyA...
Qro saber + dessa história q tá linda
Posta +
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+++++++++++++ AyA sempre -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:25
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:17
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 22:50:10
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:58
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:51
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 00:07:43
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:34
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 23:33:27
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