Fanfic: Escrava ou Rainha? - Adaptada Vondy - Mini Web | Tema: Vondy
CAPÍTULO I
Dulce olhou desolada para o jovem rapaz debruçado sobre a mesa da cozinha.
— Alfonso, querido, sei que tudo parece perdido agora, mas o importante... o importante é que você esteja vivo.
Ao se lembrar do enterro do pai, duas semanas atrás, os olhos dela se encheram de lágrimas. Só Deus sabia o quanto sofrera com aquela perda, e só Deus sabia o quanto tinha vontade de se debruçar sobre a mesa, ao lado do irmão, e desatar num pranto desesperado. Mas agora ela precisava ser forte para ajudá-lo a recuperar sua razão de viver.
Olhou para o relógio e, nervosa, viu que faltavam apenas vinte minutos para o ensaio do casamento de Angel. Precisava sair logo. Mas não pôde; Alfonso levantou os grandes olhos castanhos para ela e disse:
— Claro, estou vivo... Mas podia estar morto, como papai! — Ele baixou a cabeça novamente e seu corpo foi sacudido pelos soluços.
Desde o trágico acidente, Alfonso andava pela casa como um sonâmbulo, sem comer e sem dormir. Uma tempestade violenta destruíra o barco pesqueiro da família, levando o pai deles para o fundo do mar. Alfonso escapara por milagre. Agarrara-se a um tronco de madeira e ficara boiando por mais de doze horas, até ser resgatado.
Dulce passou a mão pelos cabelos escuros do irmão.
— Não diga isso, Alfonso Saviñón! Nunca mais! Deus pode castigá-lo.
— Pois me parece que ele já nos castigou bastante! — exclamou Alfonso, com os olhos repletos de lágrimas. — Você sabe tão bem quanto eu que o dinheiro do seguro não vai dar para comprar outro barco, nem mesmo um velho pesqueiro como o nosso. Além do mais, quem é que vai emprestar uma quantia tão grande para um garoto de vinte anos como eu? — Sacudiu a cabeça, desesperado. — Terei de trabalhar sete ou oito anos no barco de alguém para conseguir juntar o dinheiro. Ou talvez eu descubra uma outra forma de...
A raiva implícita naquelas palavras fez com que Dulce sentisse o sangue gelar. Alfonso era tão jovem, tão inexperiente, e estava tão desorientado que era bem capaz de cometer uma loucura. Talvez arruinasse sua vida para sempre! Oh, Deus, se ela pudesse fazer alguma coisa para lhe restituir a confiança, qualquer coisa!
O relógio lhe avisava que faltavam apenas quinze minutos para o ensaio na igreja. Dulce mordeu os lábios. Alfonso percebeu sua aflição e falou, irônico:
— É melhor não deixar seus amigos ricaços esperando, não? Quem devia estar se casando com Christopher Uckermann era você, mana, não acha? Isso resolveria todos os nossos problemas!
— Não seja tolo — ralhou Dulce, gentilmente. — Eu jamais me adaptaria ao estilo de vida deles. Angel e Christopher foram feitos um para o outro.
— Talvez, mas Angel não se comporta como uma mulher que está prestes a se casar — prosseguiu ele, sarcástico. — Todo mundo sabe que, quando Christopher vira as costas, ela anda pra cima e pra baixo com aquele lorde inglês.
— São fofocas maldosas, só isso — Dulce defendeu a amiga imediatamente, contente por Alfonso ter desviado a mente para outro assunto. — Agora, preciso ir. Cuide-se bem, mano.
Deu um beijo rápido na testa dele e, pegando a bolsa sobre a mesa, correu para o velho Chevrolet que seu pai comprara ainda novo, há muitos anos.
Durante o trajeto, Dulce fixou-se no comentário que seu irmão fizera. Anahí estava mesmo saindo freqüentemente com Christian Chávez, um inglês sofisticado e elegante que ela conhecera numa de suas inúmeras viagens à Europa. Apesar da proximidade do casamento, Christopher Uckermann quase não aparecia em Iberville, a velha cidade de Louisiana instalada no coração da plantação açucareira. E Angel não se importava muito com a ausência do noivo naquelas semanas que antecediam o casamento.
— Não sente saudades dele? — perguntara Dulce certa vez, incrédula.
Anahí encolhera os ombros em sinal de pouco caso.
— Afinal de contas, Christopher não é um companheiro perfeito. Só se importa com seus negócios!
Dulce, que sempre alimentara alguns sonhos românticos e um pouco fora de moda sobre o casamento, ficara chocada com o desprendimento da ex-colega de ginásio. Angel cuidava dos preparativos de seu próprio casamento como se estivesse organizando qualquer outra festa importante! Nem parecia que era ela a noiva!
Dulce estacionou o velho Chevrolet ao lado da Igreja do Sagrado Coração de Iberville. Ali, juntamente com os carros-esporte das outras damas de honra, seu carrinho mais parecia uma lata velha. Deus, ela não tinha nada a ver com aquelas pessoas sofisticadas que participariam do casamento! Mas Angel era teimosa! Quando cismava com alguma coisa, não havia o que a fizesse voltar atrás. E ela insistira muito para que Nicole aceitasse o convite para ser sua dama de honra.
— Não, não, Dulce, você precisa aceitar! Você é a única pessoa no mundo que gosta de mim como eu realmente sou. Além do mais, nós duas fazemos um contraste perfeito, veja!
A amiga pegou-a pela cintura e as duas miraram-se ao espelho. Angel parecia uma princesa: os cabelos loiros, encaracolados, caíam em mechas sobre sua face delicada, os olhos eram enormes, azuis e expressivos. Dulce, em contraste, possuía cabelos pretos, longos e lisos que costumava prender num coque baixo, à altura da nuca. Seus olhos eram grandes e escuros, mas, perto da esfuziante Angel, ela se sentia comum e desinteressante.
Dulce não tinha consciência de sua beleza; não sabia que possuía um jeito muito gracioso de andar, que suas mãos e seus olhos eram expressivos, que sua voz soava melodiosa e agradável. Ficaria surpresa se um dia alguém lhe dissesse que a achava dona de uma beleza toda especial, etérea e misteriosa.
Como sempre, ela acabara cedendo aos caprichos da amiga. Conhecia Angel o suficiente para saber que, se seus desejos não fossem satisfeitos imediatamente, ela se tornava insuportável e arrogante, atormentando todos que estivessem por perto. Era mais fácil concordar com ela do que ter de suportar seu mau humor.
— Está bem, Angel, posso ser sua dama de honra, mas não farei boa figura diante de suas outras amigas — avisou, relutante. — Sei que haverá muitos ensaios para a cerimônia, e não tenho roupas adequadas nem dinheiro para acompanhá-las.
— Imagine! — Angel colocou a mão na cabeça, num gesto de enfado. — Você pode abrir meu guarda-roupa e escolher o que quiser.
— Não, obrigada, Angel, eu...
— Deixe de bobagens, Dulce! Está vendo aquelas roupas ali? — Apontou um armário repleto. — Vou dá-las todas para uma instituição de caridade. Algumas, nem cheguei a usar! Sabe como é, adoro comprar coisas novas, mas às vezes me engano na escolha e depois não as uso. Fora os vestidos que mamãe me dá, sempre tão antiquados...
— Bem, já que é assim...
Angel soltou uma risadinha marota.
— Vamos! Eu ajudo você a escolher os mais bonitos.
E assim Dulce passara mais de uma hora escolhendo vestidos longos e esportivos, enquanto Angel dava sua opinião. Apesar de sua relutância em aceitar as roupas da amiga, Dulce estava extasiada com os tecidos luxuosos e a elegância dos modelos. Era muito agradável ver-se vestida naquelas roupas caras e sofisticadas, que jamais poderia se dar ao luxo de comprar.
Agora, para o ensaio final e o jantar dançante que haveria depois, Dulce escolhera um vestido de seda, bege, de mangas bufantes e saia drapeada. Era um modelo simples, mas muito elegante, e que lhe caía muito bem.
Ela correu para o vestíbulo da igreja e encontrou todos à sua espera. Pediu desculpas pelo atraso, embaraçada por ter se convertido no centro das atenções.
— Dulce, querida, esse vestido em estilo clássico combina perfeitamente com você. Sempre ficou horrível em mim! — exclamou Angel.
Dulce enrubesceu. Agora todos sabiam que ela estava usando uma roupa que fora da amiga! E não seria difícil adivinhar que os outros vestidos que ela tinha usado no ensaio também o eram... Naquele instante Dulce notou a presença de Christopher Uckermann num canto da sala, analisando-a de cima a baixo. Ela se sentiu perturbada diante daqueles olhos azuis e, ao mesmo tempo, humilhada e ressentida. Teve vontade de sair correndo dali. O que ele estaria pensando? Talvez a considerasse uma intrusa, uma oportunista que se aproveitara dos favores de sua bela e rica noiva.
Ficou com um nó na garganta, mas logo sacudiu a cabeça, determinada a afastar aqueles pensamentos sombrios. Já sofrerá demais nas últimas semanas. Voltou sua atenção para Angel. Sua amiga estava com um vestido verde, colante, decotadíssimo, que proporcionava uma visão generosa de seus seios redondos e bem feitos. Dulce baixou os olhos para o próprio vestido, lembrando-se do que Angel dissera sobre as roupas que sua mãe lhe comprava, Aquele vestido bege era, sem dúvida, um tanto antiquado para o gosto extravagante e moderno da amiga.
Dulce estava se sentindo mais deslocada do que nunca. Recriminou-se por ter cedido a mais um capricho da amiga dos tempos de colégio. Não fazia parte daquele círculo social e não se sentia à vontade junto com as outras damas de honra, todas ricas e jovens, pertencentes à alta sociedade local.
— Dulce, querida, tome o meu lugar, sim?
— Mas eu...
— Não me diga que ainda não aprendeu, depois de todos esses ensaios! — exclamou Angel, vermelha. — Quero observar o efeito do conjunto.
Dulce preferiu não protestar. Pelo jeito, Angel estava nervosa e não admitiria ser contestada. E, como de costume, acabou conseguindo o que queria.
Angel virou-se para o inglês que a tudo assistia.
— Chris, querido, você será o noivo — ordenou, sorrindo provocativamente para o amigo.
— Com prazer — respondeu ele, oferecendo o braço a Dulce. — Você é uma noiva adorável, minha querida — comentou com um sorriso.
— Não se entusiasme muito com Dulce — avisou Angel com frieza. — Seu desejo secreto é ser freira!
Dulce corou novamente, sentindo-se o alvo das chacotas das outras. Como Angel ousava revelar aquela confidencia dos tempos de colégio com tanto pouco-caso? Nicole tinha sido uma das únicas alunas do Santa Teresa que não pertencia a uma família abastada. Devido às boas notas na escola paroquial, obtivera uma bolsa de estudos naquele ginásio com as freiras, e como ficara muito grata pela oportunidade de freqüentar aquela escola católica de primeira categoria, tivera ímpetos de retribuir, de alguma forma, para demonstrar sua gratidão. Fora com esse espírito que, um dia, confidenciara a Angel sua admiração pelo trabalho das freiras e sua disposição em seguir-lhes o exemplo. Foi um sonho de adolescente, fugaz, mas muito importante para ela. Orgulhava-se por ter a bela e sofisticada Angel Boyer como amiga, e por isso lhe revelara seu desejo mais secreto. Ficara muito desapontada quando a amiga caçoou de sua confissão e nunca mais voltaram a tocar no assunto.
Christian Chávez afastou a tensão do ar, dizendo:
— Ora, há muitas garotas feias no mundo. Dulce é bonita demais para fazer voto de castidade!
Todos riram, e ela se sentiu mais aliviada. Logo começaram a ensaiar: a música, a entrada, a postura de todos...
Dulce notou quando Christopher disse algumas palavras em voz baixa para Angel, e viu a amiga apertar os lábios teimosamente, com uma ruga na testa. Teve um vago pressentimento de que as coisas não iam bem entre os dois. Nem parecia que eles estavam prestes a se casar! Angel respondeu a ele, também em voz baixa, com os olhos pregados em Christian Chávez. Talvez Christopher Uckermann tivesse ouvido os rumores sobre sua noiva e o inglês, e a estivesse censurando pelo mau comportamento.
Naquela noite, na grande festa de despedida de Angel, Dulce teve oportunidade de observar melhor o futuro marido de sua amiga. Alto e elegante, Christopher era bem moreno, possuía os cabelos grossos e negros, e olhos azuis, perspicazes. Em seus prováveis trinta e cinco anos, aparentava ter ao menos doze a mais que Angel e ela própria.
Christopher Uckermann assumira o controle dos negócios da família cinco anos atrás, quando seus pais faleceram num desastre aéreo. Seus bens compreendiam algumas fazendas de cana-de-açúcar e duas usinas, além de outros investimentos. Era por isso que viajava constantemente. Dulce sabia também que ele possuía uma mansão maravilhosa, construída nos fins do século passado, chamada Casa Mimosa, onde vivia com a irmã mais nova, Elaine, que tinha apenas sete anos quando os pais morreram.
— Me concede o prazer desta dança antes de tomar alguma decisão precipitada e entrar para um convento?
Chrisitan Chávez sorriu para Dulce, despertando-a das divagações. Conduziu-a até a pista de dança.
— Estes aristocratas do sul dos Estados Unidos sabem como gastar dinheiro — comentou ele, olhando para os enormes lustres de cristal que pendiam do teto.
Dulce teve que admitir que Christian Chávez era um homem bastante charmoso e espirituoso, que a fazia rir com seus comentários picantes sobre os freqüentadores da festa. Agora compreendia por que Angel se encantara com ele. Só que, em sua opinião, Christian desaparecia perto de Christopher uckermann. Era como comparar uma esponja leve a um granito.
Quando a música terminou, Dulce viu-se ao lado de Angel e do homem que comparara a uma rocha momentos atrás. Angel fez um beicinho caprichoso e disse, petulante:
— Chris, querido, você esteve com minha dama de honra a noite inteira e se esqueceu da noiva. Vamos dançar?
No mesmo instante, Dulce e Christopher ficaram a sós, observando Chris e Angel deslizarem alegremente ao som da orquestra. Olhando-o furtivamente, Dulce notou que as feições de Christopher estavam crispadas. Sem dúvida ele devia ter ouvido alguma fofoca sobre Angel e Christian Chávez. Seria possível que estivesse mudando de idéia sobre o casamento que se efetuaria em menos de vinte e quatro horas?
Como se tivesse acordado de repente, Christopher inclinou-se cortesmente para Dulce, com um sorriso no rosto.
— Vamos dançar?
Nervosa, e com o coração disparado, Dulce caminhou até o salão. Christopher a segurou com delicadeza alguns segundos, depois puxou-a para mais perto de si e ordenou:
— Relaxe.
Para sua própria surpresa, Dulce relaxou, seu corpo foi gradualmente se ajustando ao dele, até que os dois se movessem num mesmo compasso. Fechando os olhos, Dulce viu-se transportada para um mundo onde nada mais existia, além daquele corpo forte e esguio que a conduzia.
Jamais dançara daquela maneira. Estava fascinada por estar ali, nos braços de Christopher, o homem que dentro em pouco seria o marido de Angel. Desejou que aquele momento mágico nunca mais terminasse.
— Obrigado — sussurrou ele ao seu ouvido. — Foi maravilhoso.
Dulce abriu os olhos de repente, enrubescendo ao perceber que a música já havia terminado e que ainda se encontrava envolta pelos braços dele, longe da realidade.
— Vamos tomar um pouco de ar? — perguntou Louis, conduzindo-a gentilmente através da multidão que conversava animadamente. — Aqui está muito abafado.
Chegaram à varanda que circundava toda a casa. Aspirando o ar morno da noite. Nicole inclinou-se sobre a balaustrada, sentindo na pele a umidade do sereno. Ainda flutuava, fora da realidade.
Depois de pedir permissão, Christopher acendeu seu cachimbo, deixando que uma nuvem aromática se dissolvesse no ar. Nicole reconheceu o perfume do tabaco, o mesmo que sentira durante a dança, enquanto seu rosto se reclinara sobre os ombros largos. No instante em que o isqueiro funcionou, seus olhares se encontraram, e foi como se ela tivesse recebido uma descarga elétrica pelo corpo.
Ela se aventurou a quebrar o silêncio.
— Angel deve estar à sua procura, Louis.
— Duvido muito.
— Vocês continuarão morando em Iberville depois de se casarem?
— Talvez. — Ele a fitou. — Sinto muito o que aconteceu com seu pai, Dulce. Foi muito gentil de sua parte continuar a ensaiar para o casamento depois de tudo o que houve.
Dulce não soube o que dizer. Christopher lhe fez então mais algumas perguntas sobre a trágica morte de seu pai e demonstrou grande interesse por sua situação financeira. Influenciada pela noite maravilhosa e pela atmosfera aconchegante e íntima da varanda, ela abriu seu coração, revelando tudo o que sentia àquele estranho, inclusive suas preocupações em relação a Alfonso.
— Ele é tão jovem... Daria tudo para poder ajudá-lo!
Naquele instante a porta dupla do salão se abriu para a varanda, trazendo consigo a luz e o burburinho animado da festa. Algumas pessoas brincaram:
— Então foi aqui que vocês dois se esconderam?
Dulce sentiu um misto de tristeza e alívio pela interrupção. Afinal, por que abrira seu coração a Christopher Uckermann, um estranho que sairia para sempre de sua vida naquela mesma noite? Ele e Angel iriam para o Havaí em lua-de-mel, e ela teria de procurar um emprego de período integral, agora que já não podia mais contar com o trabalho de seu pai.
Terminado o colégio, Dulce arrumara um emprego de meio período numa biblioteca, para ganhar algum dinheiro. O resto do dia cuidava da casa e cozinhava para o pai e o irmão mais novo. Lutara bastante para transformar sua casa num verdadeiro lar, e conseguira. Sua recompensa era o brilho de emoção e carinho que brotava nos olhos do pai, todas as noites, quando vinha para jantar.
— Sua mãe ficaria tão orgulhosa se visse você agora...
O rosto do velho adquiria uma expressão doce, distante, e Dulce sabia que ele estava pensando na mulher que tanto amara, e de quem tinha apenas uma vaga lembrança, pois sua mãe morrera de pneumonia quando ela ainda era muito pequena.
Ao voltarem para o salão, Dulce procurou instintivamente por Angel, esperando encontrá-la dançando com Christian Chávez, mas não viu sinal dos dois. Oh, Deus, será que a amiga ficara zangada pelo súbito desaparecimento do noivo? Não, não era possível! Provavelmente ela estava flertando com Chris do outro lado do salão. Imagine, Angel ter ciúmes dela!
De repente, sentiu-se cansada, muito cansada. O esforço que despendera nas últimas semanas fora demais. Tivera de lidar com o desespero de Alfonso e fingir uma segurança que não sentia. Agora, tudo o que desejava era dormir e descansar um pouco.
Depois de dar algumas voltas pelo salão, Dulce finalmente avistou os pais de Angel. Eles conversavam, sérios, tão absortos que nem perceberam quando ela se aproximou.
— Mas não é justo! Ela não pode ter ido embora assim, sem mais nem menos! — dizia a sra. Boyer para o marido, quando de repente percebeu Dulce ao lado deles. O rosto da mulher se transformou imediatamente. — Oh, querida, já vai? É bom dormir bastante esta noite, para estar bem bonita amanhã, não é mesmo?
Dulce despediu-se do casal com a estranha sensação de que a sra. Boyer estava muito nervosa. O que teria acontecido para deixar os pais de Angel tão perturbados?
O que acham do primeiro cap????
Continuo???
Autor(a): gabys_vondys2
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CAPÍTULO II No dia seguinte, Dulce acordou bem cedo. Foi dar uma olhada no quarto de Alfonso e encontrou-o intacto: a cama arrumada, tudo em seu lugar. Onde ele teria passado a noite? Alfonso era muito jovem, vulnerável, e ela temia que ele fizesse alguma bobagem. Dirigiu-se para a cozinha, preparou um café bem forte e foi sentar-se na varanda dos ...
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