Fanfics Brasil - CAPÍTULO II Escrava ou Rainha? - Adaptada Vondy - Mini Web

Fanfic: Escrava ou Rainha? - Adaptada Vondy - Mini Web | Tema: Vondy


Capítulo: CAPÍTULO II

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CAPÍTULO II


 No dia seguinte, Dulce acordou bem cedo. Foi dar uma olhada no quarto de Alfonso e encontrou-o intacto: a cama arrumada, tudo em seu lugar. Onde ele teria passado a noite? Alfonso era muito jovem, vulnerável, e ela temia que ele fizesse alguma bobagem. Dirigiu-se para a cozinha, preparou um café bem forte e foi sentar-se na varanda dos fundos, que dava para a horta.


Aproveitando os primeiros raios de sol da manhã, notou que os pimentões estavam quase no ponto de serem colhidos. Soltou um gemido abafado ao pensar que nunca mais veria o pai chegando em casa, à noite, cansado, abrindo as panelas no fogão e aspirando aquele guisado de carne com pimentão de que ele tanto gostava. Eram pequenos detalhes do dia-a-dia de que ela sentiria muita falta.


As lágrimas turvaram-lhe a vista, resplandecendo contra os raios de sol. Os pássaros cantavam alegremente, saudando a gloriosa manhã, alheios ao seu sofrimento.Dulce estava muito triste, e a harmonia da natureza era quase que uma afronta ao seu estado de espírito.


O toque do telefone a assustou. Alfonso! Alguma coisa devia ter-lhe acontecido. Correu para a cozinha e tirou o fone do gancho com as mãos trêmulas.


— Alô?


— Dulce, querida, desculpe se a acordei — disse a voz melodiosa da mãe de Angel.


— Oh, sra. Boyer! — constatou Dulce, aliviada. — Não me acordou, não.


— Sinto muito por chamá-la tão cedo, querida, mas será que poderia vir até aqui imediatamente?


— Claro! Alguma coisa errada? — Agora que estava mais calma, Dulce detectava aflição na voz da sra. Boyer. — Angel está doente?


— Explicarei tudo quando você chegar. Venha imediatamente, por favor.


— Pois não.


Mais que depressa, Dulce separou um conjunto de calça e blusa, estilo marinheiro, com a gola riscadinha de vermelho e branco. Seu pai odiava luto, e, em memória dele, Dulce fazia questão de escolher roupas leves e joviais.


Meia hora mais tarde, estava na biblioteca da mansão dos Boyer, com os olhos arregalados pelo choque.


— Angel foi embora? — repetiu, atordoada. — Mas ela vai se casar à uma hora da tarde!


Mary Boyer encontrava-se sentada numa poltrona, com o rosto muito pálido. Seus cabelos e sua roupa, como de costume, estavam impecáveis. Segurava uma folha de papel nas mãos.


— Tenho a impressão de que eu e meu marido tivemos muita culpa nessa história — constatou Mary, solenemente. — Sempre mimamos Angel.


Dulce olhou para o sr. Boyer, penalizada. Ele, um homem sempre tão sisudo, estava envergonhado e desiludido. Como Angel tivera coragem de fazer aquilo com os pais, que a amavam tanto? De acordo com o bilhete que deixara, ela descobrira, durante a festa, que não estava preparada para se casar. Seria um erro muito grande, e ela não pretendia cometê-lo. Por isso, decidira passar alguns meses fora, para pensar. Dizia que logo entraria em contato com eles, e que não era para se preocuparem, pois Chris Chávez cuidaria bem dela. Assinado: "Com amor, de sua Angel".


Pela primeira vez desde que entrara na mansão dos Boyer, Dulce dirigiu o olhar para Christopher Uckermann, que estava olhando através da janela. Pelo pouco que podia observar, seu rosto parecia talhado em pedra. Ainda não dissera uma palavra e seus ombros estavam tensos e rígidos.


De repente, Dulce se deu conta de que apenas ela, e nenhuma outra dama de honra, fora chamada. Como é que eles teriam tempo de avisar a todos os convidados que o casamento fora cancelado? O que esperavam dela, afinal?


— Posso ajudá-los a desmarcar a cerimônia, se quiserem — ofereceu. — É só me darem a lista dos convidados e começo agora mesmo.


Mary Boyer olhou nervosamente para o ex futuro genro. Como se tivesse escutado o mudo apelo, Christopher virou-se, com as mãos nos bolsos da calça. Dulce sentiu a fúria contida nos olhos escuros, e encolheu-se, automaticamente.


— O casamento não será cancelado — anunciou friamente, fixando-a bem dentro dos olhos.


Um silêncio terrível tomou conta da sala. Dulce não sabia o que dizer. A sra. Boyer torcia a ponta da saia, com nervosismo incomum. O sr. Boyer olhou para a esposa, depois se levantou com determinação.


— Estamos com você, Christopher, em qualquer circunstância. É você quem decide. Não preciso lhe dizer como estou me sentindo pelo comportamento abominável de Angel. Seus pais e nós sempre ansiamos pelo dia em que nossos filhos se uniriam... — dito isto, ele segurou a esposa pelo braço e saiu da biblioteca, deixando Dulce a sós com Christopher.


Dulce sentia-se completamente perdida. Não compreendia o que estava acontecendo, nem por que razão fora chamada ali. Qual seria a parte dela nisso tudo?


— O que você... como você...


— Está me perguntando como poderá haver um casamento sem uma noiva, Dulce?


— É — balbuciou ela, confusa.


— Só pude encontrar uma solução — disse ele, observando-a atentamente. — Você tomará o lugar de Angel.


— O quê?! — Dulce pôs-se de pé num salto. — Está louco! Não posso me casar com você!


— Por que não? Tenho certeza de que, se você se tornar minha esposa, terá muitas vantagens. Pelo menos ficará melhor comigo do que escondida em algum convento por aí. Essa vida pode ser boa para algumas mulheres, mas não para você. — Ele fez uma pausa. — Por sorte, você tem o mesmo manequim que Angel, e poderá usar seu vestido de casamento.


— Ora, francamente!


Dulce estava atônita, vermelha de indignação. Aquela proposta, feita, com tanta frieza, não passava de um insulto! Era como se ela, uma pobre-coitada, não tivesse coração e, num momento conveniente, pudesse ser usada para evitar um escândalo maior!


— Antes que você saia daqui, tremendo de indignação, Dulce, sugiro que considere as vantagens de minha proposta. Ontem à noite, você me disse que era capaz de fazer tudo para ajudar seu irmão. Estou disposto a lhe adiantar a quantia necessária para a compra de um novo barco, um barco moderno, com equipamentos mais sofisticados. Seu irmão poderá me reembolsar a longo prazo.


Dulce sacudia a cabeça, atônita, sem conseguir pronunciar uma palavra. Tudo aquilo parecia um pesadelo, um sonho maluco e diabólico que se apossara de sua mente para confundi-la... Arregalou os olhos. Não, a figura de Christopher Uckermann era bem real à sua frente.


— Em troca, tudo o que lhe peço, além, é claro, da supervisão da Casa Mimosa, é que você tome conta de Elaine. Ela está com doze anos agora e precisa da companhia de uma mulher. Eu esperava que...


Dulce completou a frase em pensamento. Christopher esperava que Angel se interessasse por sua irmã mais nova. Ergueu os grandes olhos castanhos para ele, aflita. Christopher aguardava uma resposta. Sentiu-se em pânico pelas responsabilidades que teria de enfrentar. Não fora educada para ser a dona de uma das mais luxuosas mansões de Louisiana, muito menos para cuidar de uma menina de doze anos.


— Está se esquecendo de uma peça importante nesse plano bem feito — protestou, histérica. — Alfonso ganharia seu barco, você se salvaria do escândalo frente aos seus conhecidos e arranjaria uma companheira para sua irmã. Mas... e eu? Onde fico nessa história toda?


— Você? — Christopher encolheu os ombros. — Quais são suas alternativas? O tédio de um emprego mal pago, com a vaga possibilidade de casamento com algum colega do escritório. Estou lhe oferecendo todas as vantagens de ser a sra. Christopher Uckermann, inclusive uma bela casa, uma mesada generosa, e a oportunidade de dar um futuro para o seu irmão. Francamente, não consigo enxergar desvantagens para você nessa proposta.


Dulce respirou fundo. Pensou em Alfonso, nas possibilidades que ele teria com um barco novo. Christopher estava sendo muito esperto em colocar seu irmão naquela conversa. Ela não teria coragem de negar a Alfonso aquela oportunidade. Não se achava nem no direito de fazer isso! Por outro lado, tinha de admitir que ele acertara quanto às perspectivas de seu futuro.


Christopher a observava atentamente, notando sua luta interior.


— Então, já se decidiu?


Dulce endireitou os ombros, respirou fundo e disse:


— Aceito sua proposta.


Ele relaxou, visivelmente.


— Ótimo! Então está tudo arranjado. Fique tranquila, eu cuidarei de tudo enquanto você arruma suas malas para se mudar para a Casa Mimosa.


Nervosa, Dulce mordeu os lábios, mal ousando pôr em palavras uma idéia que de repente lhe viera à cabeça. Como poderia lhe impor sua única condição?


— Eu... gostaria de... apenas uma condição. É... bem, sob essas circunstâncias...


Imediatamente Christopher Uckermann compreendeu sua agitação.


— Entendo. Não se preocupe, não pretendo gozar dos meus direitos de marido. A maioria das mulheres não me considera repulsivo, mas asseguro-lhe que não entrarei em seu quarto à força!




 


Respondendo:


bebitamorg: Continuei linda. Obg pleo elogio ^_^ 


 



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Autor(a): gabys_vondys2

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • bebitamorg Postado em 08/12/2014 - 20:10:25

    continua ta perfeita


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