Fanfic: Nossa rotina | Tema: Fátima e William

Numa manhã de sábado, no quarto do casal, os dois dormiam profundamente após uma noite agitada... Eles haviam ido a uma premiação de uma revista renomada e só chegaram em casa depois das três da manhã, exaustos, pois também haviam trabalhado o dia todo naquela sexta-feira. O quarto estava mais bagunçado do que de costume com as roupas e os sapatos que William usou na noite anterior espalhados pelo chão, já que ele chegou tão cansado que nem se deu o trabalho de colocar no lugar certo e muito menos se importou com as reclamações de Fátima por ter feito isso, apenas prometeu a ela que no dia seguinte pegaria tudo do chão e colocaria no cesto de roupas sujas. Ao pé da cama encontrava-se um endredom, que deveria estar cobrindo os dois, mas que provavelmente teria caído durante a noite, e também um dos travesseiros de William. Em cima dela, Fátima dormia de barriga para cima, praticamente presa em baixo do marido, que tinha um dos braços por cima da barriga dela, uma perna atravessada nas dela e respirava forte em seu pescoço. Ela acordou sentindo-se sufocada, não conseguia dormir daquela forma e William sabia disso, mas era comum ele abraçá-la durante a noite sem se dar conta e ela não podia culpá-lo por isso. Fátima então tentou empurrar o braço dele para o lado mas não teve sucesso, ele era grande e forte e então ela não teve escolha a não ser tentar acordá-lo.

- Marido... - chamou-o, mas ele sequer se mexeu, continuou feito uma pedra - William! - chamou um pouco mais alto. 

-Hum? - respondeu ele, meio dormindo, sem nem abrir os olhos.

- Encosta um pouco pra lá, eu não consigo dormir desse jeito. - disse e empurrou o moreno, que apenas rolou para o lado e voltou a dormir tranquilamente.

Fátima olhou para ele e sorriu com ternura, achando graça da facilidade com a qual ele voltou a dormir, mas sabia que era porque havia trabalhado bastante naquela semana e estava muito cansado, assim como ela mesma, que logo voltou a pegar no sono. 

William despertou aos poucos no quarto escurecido pelas cortinas, sentiu falta de um dos seus dois travesseiros e o avistou no chão perto da cama. Levantou um pouco sonolento para pegá-lo e quando voltou para a cama viu sua muher dormindo virada para o lado oposto com uma camisola fina, e a posição dela deixava o bumbum a mostra. A carioca já não tinha mais vinte anos, mas suas pernas e bumbum ainda eram torneados, devido à ginástica e às aulas de dança que fazia periodicamente, e ainda deixavam William desestruturado. Ele não conseguiu mais voltar a dormir depois daquilo, e não conteve o impulso de passear uma mão pelo bumbum dela, depois aproximou-se o máximo que pode até colar o próprio corpo ao dela e começou a lamber e beijar o pescoço dela de um jeito carinhoso e gostoso.

Fátima despertou com um sorriso no rosto ao sentir o hálito quente do marido em sua pele, deixando-a toda arrepiada. Quando William percebeu que ela havia acordado, subiu a boca até a orelha dela, chupou e mordeu o lóbulo e disse com a voz mais sedutora que conseguiu:

- Bom dia... Minha delicia.

Fátima sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo com aquela voz e aquela palavras, adorava quando ele a acordava daquela forma e portanto já sabia qual era a intenção dele ao fazer aquilo. 

- Bom dia, meu amor... - respondeu bocejando e ele sorriu. 

O paulista parou os carinhos que fazia para olhá-la, sorrindo com amor e admiração, e ela devolveu o sorriso, envolveu a nuca dele com as duas mãos e puxou-o para si para dar-lhe um beijo nos lábios. Enquanto se beijavam, William moveu-se até ficar por cima dela, desceu as mãos pelas laterais do corpo da esposa e subiu a camisola dela até deixar a barriga a mostra. Abaixou-se um pouco para beijá-la ali, enfiou a lingua no umbigo dela e lambeu a linha da barriga até os seios enquanto empurrava a roupa dela para cima. Depois voltou-se para o rosto dela, mordeu-lhe o lábio inferior e lambeu-lhe a linha do maxilar. Enquanto isso, Fátima admirou o peitoral dele e também o resto do corpo, ele usava uma boxer branca bem justa que já evidenciava sua excitação. A morena então desceu uma mão pelo peito dele até o volume de sua cueca e acariciou o membro do marido, já bastante duro, e ele dava atencão aos seios dela, chupando um e apertando o outro com uma das mãos, até que Fátima falou:

- Toma um banho comigo? 

- Agora? - perguntou ele, parando o que fazia. 

- Unhum..

William achou que fariam amor ali na cama mesmo, mas pensou: "tudo bem, se ela quer que seja no chuveiro, será no chuveiro", e não disse mais nada, apenas balançou a cabeça afirmativamente e tratou de sair de cima dela para que pudessem se levantar. Fátima observou o marido excitado de pé à sua frente, oferecendo-lhe uma mão para ajudá-la a se levantar, e sentiu um arrepiu percorrer todo o seu corpo, do couro cabeludo até a virilha, segurou a mão dele e seguiram até o banheiro do quarto. Enquanto a carioca terminava de se despir, William ligou o enorme chuveiro e testou a temperatura da água com uma mão, estava ótima. Ele tirou a própria cueca sem pressa, olhando para a linda mulher que entrava debaixo d`água com os cabelos soltos, fazendo-o sentir uma felicidade interna por ter a oportunidade de estar ali com ela. O moreno a envolveu pela cintura, sentindo a água morna cair em seus corpos... Ele assistia à mulher ensaboá-lo deslizando as mãos por seu peito de uma forma ao mesmo tempo inocente e sensual, ela sabia como ninguém ser as duas coisas ao mesmo tempo, e isso o deixava louco. Ele fez o mesmo com ela, e então, enquanto Fátima esfregava o couro cabeludo com shampoo ele se enxaguava debaixo do chuveiro. Logo depois, o moreno saiu do boxe e enrolou uma toalha em volta da cintura, sem se preocupar em enxugar o resto do corpo, e Fátima não entendeu aquilo, pois eles não haviam feito nada além de trocar beijos e carinhos, mas o que ela não sabia era que William tinha uma ideia melhor do que ela imaginava. Ele terminava de escovar os dentes quando ela terminou o banho, e antes que pudesse pegar a toalha que estava pendurada no gancho ao lado do boxe foi surpreendida com uma puxada forte pela cintura, por trás, deixando seu corpo colado ao do marido, ambos nus e ainda molhados. 

- Nossa, William, que susto!! - disse, ofegante, realmente havia levado um susto. 

- Desculpa, Vida... Te machuquei? - perguntou, virando um pouco o rosto para que pudesse olhá-la e travando os braços em volta dela, permitindo que sentisse o cheiro gostoso que emanava dele. 

- Não... Continua... - pediu quase que num sussurro. 

E foi o que ele fez. Conduziu-a até a bancada de mármore em que ficava a pia, ainda grudado nela. Os dois se olharam nos olhos através do grande espelho que havia na parede a frente. William olhava para Fátima com seus olhos semicerrados cheios de desejo e uma expressão séria que a fazia revirar-se de tesão por dentro, e ele percebia isso, sabia os efeitos que tinha sobre ela e sabia muito bem também satisfazê-la. Sem tirar os olhos dos dela, o moreno desceu uma mão pela barriga dela até chegar na virilha, e evidenciou o tanto que a conhecia bem nos movimentos precisos de seus dedos alí. Fátima retribuiu o olhar dele até o momento em que não aguentou mais tanto prazer, fechando os olhos e deitando a cabeça para trás para se apoiar no peito dele. Ela amoleceu nos braços do marido absorvendo todas aquelas sensações, inclusive a de estar no lugar que ela mais gostava no mundo: os braços dele. 

Enquanto ela se recuperava do primeiro orgasmo, o moreno distribuiu beijos molhados pelo pescoço e rosto dela, até chegar aos lábios. Beijaram-se longamente colocando todo o amor e o desejo que sentiam naquele ato. Logo após, William deu um solavanco nela, fazendo-a inclinar-se um pouco sobre a bancada fria e, ainda olhando nos olhos dela, penetrou-a firme e forte, pegando-a de surpresa. Fátima teve que prender a respiração para não gritar de tanto prazer, afinal, não queria que os filhos escutassem os gemidos dela. O moreno se deliciou com a cena, não havia nada que lhe desse mais prazer do que vê-la entregue a ele daquele jeito. Ele dava estocadas firmes, observando-a a cada vez que fazia... Faziam amor olhando-se nos olhos pelo espelho, aumentando a carga de erotismo e sensualidade daquele momento. Ele segurava forte na cintura dela, o que provavelmente a deixaria com pequenos hematomas depois, mas Fátima não se importou, não estava sentindo dor alguma, muito pelo contrário! Ela chegou ao ápice de seu prazer um tempo depois, e assistiu ao marido ficar aos poucos cada vez mais ofegante e, finalmente, gemer numa voz grave ao se derramar dentro dela. Ele fechou os olhos, abraçou-a forte e enterrou a cabeça no pescoço dela. O cabelo de Fátima pigava, ainda encharcado, molhando o peito de William e o chão no local em que estavam. Ela saiu do abraço dele, virou de frente e deslizou as mãos pelo abdômen dele, e então salpicou beijos pelo pescoço e pela clavícula com as mãos em volta da nuca do moreno. William a observava com amor enquanto ela lhe dava carinho após o sexo, segurou o rosto dela entre as mãos e disse:

- Por mim nós passaríamos o resto do dia na cama hoje, abraçados, conversando ou fazendo amor... Qualquer coisa, desde que fosse com você. 

Ela sorriu para ele apaixonada e disse:

- Como fazíamos quando as crianças ainda não tinham nascido, passávamos a maior parte dos fins de semana namorando, lembra? 

- Lembro, claro! Bons tempos... - disse saudoso e mudou de assunto - Qual a sua programação para hoje? 

- Ah, vou almoçar com as meninas do grupo de Jazz, depois precisamos ensaiar... Provavelmente será a tarde toda de ensaio. - disse, dando-se conta de que havia se esquecido de falar com ele sobre isso.  

- A tarde toda?! Mas por que você não me disse nada?

- Acabei me esquecendo, amor, desculpa.. - disse com expressão de culpa - Você tinha alguma coisa em mente? 

- Na verdade eu tinha planejado te levar naquela praia meio deserta que fica aqui perto.. Aquela que os meninos vão sempre com uns amigos deles. Mas tô vendo que vou ficar abandonado aqui hoje, né... - fez drama, torcendo a boca e olhando para baixo. 

- Não fala assim, marido... Olha só, por que a gente não faz alguma coisa juntos hoje a noite?! 

- É o jeito, né?! Já que essa minha mulher é ocupada demais... brincou e sorriu ternamente para ela.

- Bobo! Eu não sou tão ocupada assim. Tudo bem que depois que eu deixei o JN passamos a ter menos tempo juntos, mas você sabe que sempre damos um jeito de dar uma escapada dessa rotina! 

- Eu sei sim. - disse e piscou para ela - Eu tô morrendo de fome... Já deve estar passando da hora de tomar café!

- Nossa, é verdade! Preciso me arrumar! Você ficou aqui me distraindo e eu me esqueci do tempo!

- A culpa é minha agora? Você que me provocou!

- Eu?! - perguntou sem entender.

- Sim, você. Dá próxima vez durma de calça, porque de vestidinho assim eu não me controlo.

- Besta! - disse e virou-se para ir até o quarto, mas foi surpreendida por pelas mãos de William, puxando-a num rompante para si novamente e a beijou longa e apaixonadamente.

- Eu te amo, minha delícia! - disse ele com um soriso brincando nos lábios, após o beijo. 

- Amo você também, muito! Mas me solta senão vou me atrasar! - disse e desvencilhou-se dele para se arrumar. Ele sorriu da objetividade dela e a observou andar nua até o quarto.

Era comum esquecerem-se que o tempo passava quando estavam juntos naqueles momentos íntimos, longe do trabalho, das responsabilidades que a vida lhes impunha, sem se importarem com câmeras, críticas, enfim, no mundo particular só deles.