Fanfics Brasil - 26 - Seguindo a vida Nossa rotina

Fanfic: Nossa rotina | Tema: Fátima e William


Capítulo: 26 - Seguindo a vida

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Fátima chegou em casa derretendo-se em lágrimas, não conseguia parar de chorar. Sua vida tinha acabado! O que iria fazer sem uma parte de sua alma, o amor de sua vida?! Não sabia de onde tirar forças para superar aquele baque. Mas quando Subiu as escadas e deu de cara com os três filhos, que pareciam ter acabado de chegar da rua, sentiu uma pontinha de luz no meio da escuridão.


-Mãe?? - perguntaram Laura e Vinicius ao mesmo tempo, assustados.


Os três correram até a mãe e Laura a abraçou forte. Estavam preocupados.


-Mãe, o que aconteceu?? - perguntou Vinicius, mas Fátima não conseguia parar de chorar - Vem, vamos sentar ali no quarto pra a senhora se acalmar... - abraçou a mãe pela cintura e a puxou até o quarto.


-Vou pegar uma água pra a senhora! - disse Beatriz, correndo até o andar de baixo, onde ficava a cozinha.


Laura e Vinicius acompanharam Fátima até o quarto dela, sentaram-se na cama e logo Bê chegou com o copo de vidro na mão.


-Aqui, mãe... Bebe pra a senhora ficar mais calma.. - disse, entregando-lhe o copo.


Fátima bebeu toda a água do copo, entregou-o à filha e tentou respirar fundo, controlando o choro.


-Mãe, fala com a gente... Estamos preocupados... Aconteceu alguma coisa com o pai? Ou nossos avós?! - perguntou Beatriz, preocupada assim como os irmãos.


Fátima balançou a cabeça negativamente, engoliu o choro e disse sem encarar os três rostinhos preocupados em sua volta.


-Seu pai e eu nos separamos...


-Quê?? - disseram os os três em uníssono.


-Como assim, mãe? Vocês estavam só dando um tempo... - disse Laura.


-O que foi que ele fez, mãe?? - perguntou Vinicius num tom sério meio bravo.


-Eu também estou tão surpresa quanto vocês... A decisão foi dele.  Por favor, não me perguntem muita coisa porque não estou em condições de falar sobre isso agora... - pediu já derramando lágrimas novamente. - Também não quero que vocês fiquem contra ele... Ele é o pai de vocês e nada vai mudar isso.


-Mãe, como assim? Ele que quis sair de casa?? - perguntou Laura chorando.


-Ele largou a gente... - disse Beatriz, olhando para o nada - Ele tem outra, mãe? Foi isso? Foi por isso que ele quis sair de casa assim??- perguntou, fazendo a mãe chorar Ainda mais. 


Fátima não sabia o que responder, não queria proferir aquelas palavras, mas a verdade é que nem ela sabia ao certo e não queria mentir para os três.


-Não acredito que ele fez isso. - disse Vinicius, com ódio na voz - Não quero olhar na cara dele nunca mais. Ele Não é mais meu pai.


-Calma, Vini, o pai não fez isso.... Ele vai voltar pra a gente. Ele só deve estar fazendo drama... Ele é assim mesmo, sempre foi! Só deve estar tentando chamar atenção... Vocês sabem que ele é carente de atenção. - disse Laura.


-Não, filha... O pai de vocês não vai voltar, meu amor.. Dessa vez é de verdade... - disse Fátima, tentando se controlar para dar força aos filhos. Os três a olhavam desconsolados e com um misto de raiva e tristeza.


Vinicius foi o primeiro a quebrar o silêncio, como a única figura masculina da casa, sentiu que deveria proteger a família - como o pai deveria ter feito.


-Mãe, nós estamos aqui com a senhora. Meu pai pode até ter abandonado nossa família, mas a gente sempre vai estar aqui com a senhora. Nós quatro Ainda somos uma família e eu vou amar e cuidar de vocês pra sempre. - disse Vinicius.


-Meu menino.... - disse Fátima, acarinhando o rosto dele, com amor e admiração pelo filho responsável que havia criado.


Vinicius a abraçou e Fátima chorou Ainda mais porque ele era a cópia do pai, lembrava muito William, e Ainda por cima tinha um humor e uma simpatia muito parecidos com os de William. Ia ser impossível olhar não só para ele, mas para os três em geral, e não lembrar de tudo que havia vivido com o ex para conseguirem tê-los. Foram tão desejados pelos dois... Eram o fruto daquele amor que ela achou que seria para sempre.


O resto do dia foi péssimo! O clima naquela casa estava horrível. Fátima estava inconsolável e os trigêmeos sentiam, ao mesmo tempo, raiva e saudade do pai. Sabiam que precisavam se unir naquele momento, tinham que dar força um ao outro e, principalmente, à mãe.
A tarde se arrastou e a noite mais Ainda. William não havia dado notícia e eles também não queriam procurá-lo. Não queriam olhar na cara do pai.
Fátima adormeceu na enorme cama de casal de seu quarto com os filhos, que insistiram em ficar ali com ela. Dormiram as três mulheres na cama e Vinicius passou a noite praticamente em claro no sofá que havia ali no quarto dos pais.


No apartamento de William o clima não era muito diferente. O jornalista pareciam ter parado no tempo, no mesmo lugar que estava quando Fátima saiu ele permaneceu e não sentia vontade de sair dali. Seu pensamento estava lento, as lembranças de 26 anos rodavam sua mente e ele passou a tarde assim. Quem olhasse para William veria que sua expressão facial era inexistente, como se não existisse alma naquele corpo mais, estava momentaneamente morto.
Não comeu nada pelo resto do dia, não fez nada, apenas existiu.
À noite decidiu que precisava reagir, foi quando se deu conta de que precisava falar com os filhos. Eles Ainda eram sua maior riqueza e prioridade. O jornalista tentou ligar para cada um dos três, primeiro para Bê, depois para Lau e então para Vini - na ordem alfabética - mas nenhum dos três o atendeu.
William se sentiu sozinho no mundo. Não se lembrava de já ter sentido um vazio tão intenso quanto aquele antes em sua vida. Recorreu então a quem sempre estaria ali para quando ele precisasse, os pais.
William ligou no celular da mãe, Dona Maria Luíza, mas ela não ajudou muito. Brigou com o filho pelo que ele havia feito e o chamou de inconsequente e burro por ter jogado fora o bem mais preciso que tinha. "Ela não entende..." pensou.
Quando falou com o pai sentiu uma pontada de esperança, ele sim o compreendia, ofereceu um aconchego e chamou o filho para passar uns dias em São Paulo, mas William tinha que trabalhar e prometeu que iria assim que tivesse uma folga. Sobre os neto, Seu William disse ao filho para dar-lhes um tempo, eles precisariam se acostumar com a ideia primeiro, esfriar a cabeça antes de discutir sobre o assunto. Assim que desligou, já mais calmo, mandou uma mensagem no grupo do WhatsApp que tinha com os três filhos:


"Meus filhos, sei que as coisas não estão nada fáceis e que vocês provavelmente estão muito chateados comigo, já que não me atendem. Peço paciência e compreensão, porque se fiz o que fiz, tive meus motivos. Entendo que não queiram conversar agora, mas estarei aqui esperando. Não se esqueçam de que o pai ama vocês demais. Beijo em cada um."


 


Passados alguns poucos dias, Fátima e William Ainda não tinham anunciado a separação e portanto Ainda continuavam usando suas alianças em público.
William não sabia como falar com ela, pensou então em contratar um acessor para cuidar, juntamente com o advogado de confianças dos dois, de toda aquela situação. Antes de tomar aquela decisão precisava perguntar a Fátima se ela concordava e para isso teria que falar com ela. Não se falavam desde a decisão traumática do divórcio.
William pegou o Celular para digitar uma mensagem mas escreveu e apagou várias vezes, indeciso sobre como deveria se dirigir a ela. Estava com medo de como ela iria lhe responder e até de que ela não o respondesse. Por fim, apertou "enviar" e rezou para que desse tudo certo.


 


Fátima estava fazendo seus exercícios matinais na academia da própria casa com acompanhamento de sua personal, quando ouviu o celular vibrar em cima de uma bancada que havia ali, mas nem deu atenção pois achou que seria uma mensagem qualquer, sem nenhuma urgência, responderia depois.
Assim que terminou sua série de exercício, pegou o celular e apertou o botão para conferir as horas no visor e sentiu o coração parar ao ver a notificação da mensagem com o nome dele. Fátima ficou tão desestabilizada que até sua Personal percebeu. Pediu-lhe licença, disse que não estava se sentindo muito bem e quis parar o treino daquele dia. Acompanhou a profissional até o portão e tentou Ahid naturalmente, sem muito sucesso, depois subiu até seu quarto, deitou na cama com o coração a mil e abriu a mensagem:


"Oi. Não vou me delongar porque sei que não é plausível fazer isso nas nossas atuais circunstâncias, portanto vou direto ao ponto. Precisamos resolver nossa situação e eu gostaria de marcar uma reunião para discutirmos, em presença de nosso advogado, o quanto antes. Pensei em contratar um acessor para nos orientar em relação às nossas imagens públicas, e gostaria de saber se você se opõe a isso para que eu possa providenciar que ele também esteja presente.
Tenha um bom dia!"


Fátima não conseguiu segurar as lágrimas mas chorou em silêncio, já havia chorado demais nos últimos dias... Não podia mentir pra si mesma, no fundo estava decepcionada, sua cabeça louca tinha fantasiado uma mensagem de William falando que sentia saudades e queria voltar, por mais que seu orgulho não fosse deixá-la aceitá-lo de volta.
Ela releu a mensagem algumas vezes, analisou a frieza das palavras dele e rolou a conversa para cima parando num trecho que lhe fez sentir uma saudade esmagadora:


"Bom dia, amor!! Nem nos falamos hoje de manhã, você saiu cedo... Senti falta do seu beijo de bom dia!
Estou te assistindo aqui da minha sala e vc tá tão linda que não vou conseguir esperar até a noite pra te ver... Almoça comigo hoje? Te pego ai no Projac! 


Obs.: Te pego lá em casa também... Aliás, te pego a noite inteira se você quiser 😏😉😘"


Fátima fechou os olhos e se permitiu reviver a lembrança daquele dia, que havia acontecido há uns três meses, mas que naquele momento lhe pareceu muito mais distante.


Ela era uma mulher forte, criou coragem e respondeu à mensagem dele, curta e direta:


"Ok. Pode marcar."



William pegou o celular assim que o ouviu vibrar, estava ansioso. Sentiu uma pontinha de decepção pela curta resposta dela, mas não podia esperar outra coisa. Tratou logo de afastar aqueles sentimentos de sua mente, não podia ser fraco, já havia decidido fazer aquilo e sabia que seria melhor assim.
Naquele mesmo dia entrou em contato com o advogado e com um acessor de sua confiança e marcou uma reunião com eles para o dia seguinte. Mandou uma mensagem para Fátima assim que recebeu confirmação dos dois, durante o horário de almoço.



"Marquei a reunião para amanhã à noite, logo após o JN. Tudo bem pra você?"


Fátima estava almoçando com os produtores de seu programa quando respondeu o ex marido:



"Tudo bem. Pode ser lá em casa?"



Pediu para que se encontrassem na casa deles -sim, a casa Ainda era deles dois - por ser um lugar mais reservado e William concordou. Não se falaram mais ao longo do dia.


 



O dia seguinte na visão de William:


"Tínhamos combinado de nos encontrar naquela noite com nosso advogado e nosso acessor para decidir como tornaríamos público nosso divórcio, portanto, assim que acabou o jornal segui para minha quase antiga casa. Nunca gostei de expor detalhes de minha vida particular, me sentia desconfortável em ter que anunciar a todos o meu sofrimento, já não bastasse tudo pelo que estávamos passando, ainda teríamos que lidar com piadinhas alheias sobre nossa situação. Mas em respeito à carreira que escolhemos e ao público que nos fez chegar aonde estamos, entendo que somos figuras públicas e devemos satisfações sobre essa parte de nossa intimidade.
Mandei uma mensagem para Fátima avisando que estava indo e ela respondeu apenas um "Ok", seca e fria, mas eu não podia exigir nada de minha ex mulher, ela provavelmente me odiava e eu estava com medo de enfrentá-la... Em todos os sentidos).


Estacionei o carro no quintal mesmo,não havia necessidade de entrar na garagem já que não ficaria ali por muito tempo, minhas mãos suavam e aquela roupa me fazia sentir ainda mais calor. Nem passei em casa, então estava usando as mesmas roupas com as quais apresentei o JN. Cruzei a porta da frente como havia feito várias vezes durante anos e fui direto ao escritório, onde Fátima, Dr. João Henrique, nosso advogado, e Otávio, nosso acessor, me esperavam. A casa estava igual e eu me sentia à vontade ali, aquele Ainda era meu lar e eu sentia muita falta. Estava sendo difícil.


A porta do escritório estava aberta e assim que dobrei o corredor pude vê-la. Senti as artérias do meu corpo pulsarem forte, o coração bater louco no peito, a boca secar e as mãos ficarem feito gelo. Era a adrenalina... Maldita descarga adrenérgica. Maldito instinto de luta e fuga! Meu corpo covarde mandava eu fugir, correr pra bem longe dali, mas minha mente sabia que, mais cedo ou mais tarde, eu teria que enfrentá-la. Meu coração? Bom, não sei como eu Ainda o sentia bater no peito, se eu o havia deixado com Fatima no dia em que ela saiu do meu apartamento aos prantos após ouvir de minha boca que estava tudo acabado entre nós. Sim, eu estaba sobrevivendo pela metade porque a outra metade de mim era ela, e eu a deixei. 


Enfim, que seja luta então. Segui em frente. 



Fátima estava linda, como sempre, havia emagrecido um pouco - assim como eu- e usava o cabelo preso da forma que eu sempre disse a ela que gostava. Será que havia feito aquilo de propósito? Talvez... Meu coração teimoso, desobedecendo meu cérebro, se deliciou com aquela possível informação. Assim que cheguei até a porta nosso olhares se cruzaram e pude ver que seus olhos estavam tristes, não tinham aquele brilho que eu tanto amava e a culpa era minha. Aquilo abriu um pequeno buraco em meu peito. Doía saber que eu era o motivo da tristeza dela.


-Boa noite. - eu disse.


-Boa noite. Vamos começar? - disse Fátima, já se sentando numa das cadeiras da mesa de reunião que havia ali. Ela estava ansiosa assim como eu. Eu e os outros dois homens que se encontravam ali naquela sala a acompanhamos e nos sentamos também.
Discutimos sobre como poderíamos publicar uma nota sem que déssemos margem a interpretações além do que queríamos comunicar. Sugeri que publicássemos pelo Twitter e postamos os dois em nossas paginas, no fim da noite, o seguinte comunicado:


"Em respeito aos amigos e fãs que conquistamos nos últimos 26 anos, decidimos comunicar que estamos nos separando.


Continuamos amigos, admiradores do trabalho um do outro e pais orgulhosos de três jovens incríveis.


É tudo que temos a declarar sobre o assunto. Agradecemos a compreensão, o carinho e o respeito de sempre."


A única diferença foi a ordem de nossos nomes em nossas assinaturas após a mensagem, em sinal de respeito colocamos os nomes um do outro em primeiro lugar. Após minha mensagem coloquei "Fátima e William" e após a dela "William e Fátima."



Otávio foi embora e continuamos ali com o Dr. João Henrique para Discutirmos sobre o processo inicial do divórcio, mas não seria possível fazer muita coisa naquela única reunião, então teríamos que marcar outro momento, até porque já era madrugada.
Nosso advogado saiu, deixando-nos a sós e eu aproveitei para perguntar a Fátima sobre nossos filhos, estava morrendo de saudades e até então eles não haviam me atendido, apenas me respondiam secamente as mensagens que eu lhes enviava.


-As crianças estão aqui?


-Não... Foram para a casa de meus pais, não quiseram ficar em casa.


-Eles Ainda não querem me ver, né... - comentei em voz alta e Fátima nem respondeu. Estava concentrada em algo e quando a olhei vi que estava retirando a aliança, com a qual lhe presenteei há poucos anos, de seu dedo anular esquerdo. Sem olhar para mim, entregou-me o anel e disse:


-Toma. Leva com você.


-Ela não é minha, é sua... Independente do que aconteceu conosco, sempre será sua. - recusei. Será que ela havia perdido a consideração por tudo o que vivemos? 


-Você quem me deu e eu a estou devolvendo pra você.


-Quer dizer então que vai devolver todos os presentes que já lhe dei?


-Não. - disse e me olhou com desdém e ironia - Estou devolvendo a aliança porque não quero isso aqui comigo.


-Por que não? Eu não vou aceitar. - recusei novamente, estava me sentindo desonrado.


-Uma aliança deveria significar compromisso e já que você não respeitou o significado dela, não quero mais essa coisa sem valor aqui na minha casa. Se você não pegar vou jogar no lixo. - ela explicou e suas palavras foram como um tapa na minha cara.


-Tudo bem... - respirei fundo, não queria brigar, peguei a aliança entre os dedos indicador e polegar e a guardei no bolso interno de meu paletó. Como as palavras dela machucam!


Ela estava com uma expressão triste, não tinha aquele brilho no olhar que eu tanto amava, Parecia que uma parte dela havia morrido... Mas eu não devia estar nada diferente. Senti uma vontade enorme de abraçá-la e consolá-la, mas não podia fazer isso. Precisava sair dali antes que eu não conseguisse mais me controlar e estragasse tudo.


-Eu vou indo... - disse e caminhei de cabeça baixa em direção à porta, senti que ela veio atrás.
chegamos à sala principal - que dava para a porta de entrada - e continuei andando, mas parei quando não ouvi mais o barulho de seus saltos contra o piso de madeira, me virei para trás e a vi parada de braços cruzados à beira da escada. A sala estava com meia-luz e quando ela virou o rosto para não me olhar nos olhos pude ver o reflexo do feixe de luz em seu rosto molhado. Ela estava chorando. Devia ter tentando disfarçar, mas o reflexo da luz em seu rosto a denunciou. Senti-me impotente.


-Boa noite... - desejei de coração, mas ela não respondeu."


 


Quando William saiu pela porta encontrou Vinicius estacionando o carro na garagem, viu então uma chance de rever os três filhos, caso as meninas estivessem com ele. Esperou o menino sair do carro, viu que ele estava sem as irmãs, e assim que se aproximou, retorceu a cara ao ver o pai.


Filho... - disse William, cumprimentando o filho. Queria abraçá-lo mas não teve certeza se Vinicius aceitaria seu abraço, então manteve certa distância.


-Pensei que já tivesse ido embora. -respondeu sério e rude.


-Demorou um pouco... Como você está? - perguntou, realmente queria saber como o filho estava.


-Acho que o senhor já sabe a resposta. - disse, fazendo William ficar sem jeito.


-É, eu sei... - admitiu - E preciso conversar com você sobre isso... Sei que vocês não querem falar comigo, mas Talvez você me entenda melhor do que suas irmãs...


-Pai, eu sei que sou seu único filho homem e que as meninas não querem nem olhar na sua cara, mas antes de ser homem eu sou filho, então isso não muda nada. Não procure em mim um apoio pra isso porque eu não posso te apoiar. - disse já impaciente, não queria continuar ali.


-Vini, espera... Tudo bem, eu entendo que vocês três estejam chateados comigo... Eu queria muito que vocês entendessem que eu tive meus motivos... Também não está sendo fácil pra mim!


-Sinceramente? Não me importa. - foi grosso.


-Tudo bem, não vamos falar sobre isso agora então... Como seu pai eu quero te pedir que cuide de suas irmãs e de sua mãe, elas precisam de você. Principalmente sua mãe.


-Minha mãe não precisa de ninguém pra cuidar dela, ela sabe se cuidar sozinha. - negou, ríspido. - E outra, pra que cê tá me pedindo isso? Se você se importasse de verdade teria feito você mesmo porque quem quer faz! E já que o senhor não vai fazer, não reclame se daqui um tempo aparecer outra pessoa que faça. - cuspiu na cara de William, despejando toda a raiva que sentia - Desculpa, pai, mas o senhor fez uma coisa que sempre nos ensinou a não fazer: desistiu. - dizendo isso, entrou em casa e bateu a porta na cara do pai, deixando William sozinho ali e sem reação. O menino estava certo.


Pela primeira desde a sua decisão, William sentiu uma pontada de arrependimento. Será que realmente havia tomado a decisão correta? Só o tempo iria dizer. 


 


 



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Autor(a): jurb

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • bianca_sousa Postado em 11/05/2017 - 20:21:47

    Continuaaaa

  • neucj Postado em 05/05/2017 - 00:50:24

    Volta a postar.....

  • Uma_fã Postado em 28/04/2017 - 22:36:03

    Parou de novo?

  • Uma_fã Postado em 14/04/2017 - 22:00:18

    Q louco isso,depois de tanto tempo vc voltar a postar. Mas q bom,por acaso estava lendo a fanfic (de novo kkkk) e percebi q tinha mais coisas,aí fui ver as datas e vi q realmente era novo. Eu já havia comentado antes e repito q vc escreve mt bem,do q eu gosto,c coerência.E q capítulos bombásticos hein? Quer nos matar,ou foi só impressão minha? Hahahahaha Eu concordo c a parte q william foi cansando de tanta exposição dá parte dela.Sinceramente no meu interior,acredito q isso tenha sido o Pricila motivo,pq não acredito q o amor tenha acabado realmente. Quanto a traição,especularam mt sobre isso né,mas vamos ficar na dúvida...😩 Espero q tanto na fanfic e na vida real as coisas melhorem prós dois.... Espero q poste logo, agora fiquei anciosa...hahaha

  • bia_jaco Postado em 09/04/2017 - 00:37:48

    Que triste :( continuaaaaa

  • bianca_sousa Postado em 07/04/2017 - 22:11:30

    Tô chorando e não é pouco :'( Continuaa por favor

  • neucj Postado em 01/04/2017 - 20:30:11

    Aí meu coração esta na mão com esse capítulo, já curiosa pro próximo. E vc como sempre escrevendo divinamente.

  • bonemer Postado em 25/03/2017 - 18:39:26

    Fanfic maravilhoso 😍 Grazadeus você voltou postar, parabéns bunita, você escreve maravilhosamente bem.. Já quero o próximo capítulo..

    • jurb Postado em 27/03/2017 - 08:25:52

      Muito obrigada! :) N sei qdo poderei escrever outro, mas assim que puder farei.

  • Postado em 25/03/2017 - 14:06:22

    Q maravilha vc ter voltado a postar, espero q continue. Como sempre perfeito os capítulos.

    • jurb Postado em 25/03/2017 - 17:20:32

      Obrigada! (:

  • bia_jaco Postado em 13/03/2017 - 22:07:23

    Que bom que você voltou a postar (:

    • jurb Postado em 15/03/2017 - 19:49:38

      :)


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