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Fanfic: ►A Patricinha e o Badboy◄


Capítulo: 3? Capítulo

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— Você sabe quem era? — A cabeça da irmã desponta inesperada entre os dois assentos. — Chamam ele de Nota Dez.


— Para mim, não passa de um idiota.


Ela abre então o livro de latim e concentra-se no ablativo absoluto. De repente, pára de ler e olha para longe. Será que é realmente aquele o seu único problema? É claro que a insinuação daquele cara não tinha nada a ver. De qualquer maneira, nunca mais irá vê-lo. Recomeça a ler decidida. O carro vira à esquerda, para a *Falconieri.


— Pois é, não tenho nenhum tipo de problema e nunca mais vou me encontrar com ele.


Na verdade, nem desconfia como está errada. A respeito de ambas as coisas.


A lua aparece alta e pálida entre os galhos mais altos de uma árvore frondosa. Os ruídos chegam aos ouvidos estranhamente amortecidos. De uma janela, ouvem-se as notas de uma música lenta e agradável. Logo abaixo, as linhas brancas da quadra de tênis relu-zem retas na alvura do luar enquanto o fundo da piscina vazia espera tristonho a chegada do verão. No primeiro andar de um palacete do condomínio fechado uma jovem loira, não muito alta, de olhos azuis e pele aveludada, olha indecisa para a própria imagem no espelho.


— Vai querer o tomara-que-caia com stretch da Onix?


— Não sei.


— E a calça preta? — Anahi grita mais alto do seu quarto.


— Não sei.


— E ojuseau, pode ser?


Parada no batente da porta, Daniela está agora olhando para Anahi diante das gavetas abertas e as roupas espalhadas pelo quarto numa verdadeira bagunça.


— Acho que vou ficar com isso...


Daniela avança entre vários pares de tênis Superga de cores diferentes, mas todos trinta e sete.


— Não, esse não. Faço questão.


— Vou pegar assim mesmo.


Anahi levanta-se num pulo, apoiando as mãos nos quadris.


— Desculpe, mas ainda nem experimentei...


— Deveria ter pensado nisso antes. E, além do mais, vai alargar todo. — Daniela olha irônica para a irmã.


— Como é que é? Você só pode estar brincando! Lembre-se de que foi você, outro dia, que vestiu a minha saia azul e agora nem alguém com visão de raios X consegue perceber as minhas curvas maravilhosas...


— Não tem nada a ver! Quem deixou a saia desse jeito foi o Chicco Brandelli.


— O quê? O Chicco tentou alguma coisa e você não me contou nada?


— Não tem muito o que contar.


— Eu não diria isso, pelo jeito que esta saia...


— É só aparência. O que acha deste casaquinho azul, com a camiseta pêssego por baixo?


— Não mude de assunto. Conte o que aconteceu.


-Ah, você sabe como é.


— Não sei não.


Anahi olha para a irmã menor. Não pode ainda sabê-lo. É verdade, ela não sabe. Ela não tem nada bonito o suficiente para fazer com que alguém amassasse sua saia.


— Nada demais. Está lembrada que outro dia disse para a mamãe que ia estudar na casa da Pallina?


— Lembro, e daí?


— E daí que eu fui ao cinema com o Chicco Brandelli.


— E o que rolou?


— O filme não era nada demais e, pensando bem, ele também não.


— Tudo bem, mas vamos ao que interessa. Como foi que a saia ficou toda descosturada?


— Bom, o filme já tinha começado havia uns dez minutos e ele não parava quieto. Cheguei até a pensar: "É verdade que esse cinema não é lá muito confortável, mas acho que o Chicco está mesmo a fim de alguma coisa." E não deu outra. Só levou mais alguns segundos para ele se virar levemente de lado e passar o braço por cima do meu encosto. Que tal esse aqui? O que acha do conjuntinho verde com os botões na frente?


— Continue.


— Resumindo, logo a mão dele começou a descer do encosto e foi parar nos meus ombros.


— E você?


— Eu... nada. Não estava dando a mínima para ele. Assistia ao filme com a maior atenção. Aí, ele me puxou e me lascou um beijo.


— Um beijo, o Chicco Brandelli? Uau!


— E precisa ficar tão animada?


— Como assim? Ele é o maior gato.


— É verdade, mas ele só pensa em como é bonito... Passa o tempo todo olhando para si mesmo, procurando algum espelho... Resumindo, não demorou muito para ele se empolgar de novo. Até me comprou um Cornetto(sorvete). O filme tinha ficado visivelmente melhor, talvez também por causa da parte de cima do Cornetto, aquela com a cobertura de amendoim. Estava uma delícia. Por isso, acabei baixando a guarda e ele se aproveitou para botar as mãos em lugares íntimos demais para o meu gosto. Tentei afastar aquela mão boba e ele nada, se agarrava mais ainda na sua saia azul. E foi aí que ela descosturou.


— Que nojento!


— Pois é, ele não queria me largar de jeito nenhum. E sabe então o que aquele ridículo fez?


— O quê?


— Abriu a calça, segurou a minha mão e empurrou para baixo, bem para o pinto dele...


— Fala sério! Esse cara é mesmo um porco! E aí?


— Então, para acalmá-lo, tive de sacrificar o meu Cornetto. Enfiei o sorvete com toda a força bem no meio da calça aberta dele. Nem imagina o pulo que ele deu!


— É isso aí, maninha! É isso o que eu chamo de coração de baunilha e chocolate...


As duas caem na gargalhada. Então, Daniela, aproveitando o clima de alegria que se criou, afasta-se com o conjunto verde da irmã.






Perto dali, sentado no confortável sofá de estampa cachemir, no escritório, Cláudio está preparando o cachimbo. Acha todo aquele ritual bastante divertido, mas, na verdade, trata-se apenas de um compromisso. Já não deixam que em casa fume os seus Marlboros. A mulher, fanática jogadora de tênis, e as filhas típicas representantes da geração-saúde, começam a gritar toda vez que acende um cigarro, de forma que achou melhor passar para o cachimbo. "Dá um toque de classe, faz com que você fique com um ar mais pensativo!" dissera Raffaella. Isso acabou fazendo com que ele pensasse no assunto. Melhor ficar com aquele pedacinho de pau entre os lábios e guardar o maço de Marlboro escondido no bolso do que brigar com ela.


Solta uma baforada enquanto zapeia os canais da tevê. Já sabe onde parar. Algumas garotas descem por uma escada lateral cantarolando uma musiquinha idiota e balançando as tetas empinadas.


— Cláudio, você já está pronto? Ele muda imediatamente de canal.


— Claro, meu amor.


Raffaella olha para ele. Cláudio continua sentado no sofá, já não tão seguro como antes.


— Toma, acho melhor você trocar a gravata. Use essa aqui. Raffaella sai do aposento sem dar qualquer possibilidade de resposta. Cláudio desata o nó de sua gravata preferida. Depois, aperta o botão número cinco do controle remoto. Mas, no lugar daquelas garotas, tem de se contentar com uma pobre dona de casa que, emoldurada dentro de um alfabeto, tenta ficar rica. Cláudio levanta o colarinho e dedica ao novo nó toda a sua atenção.


No pequeno banheiro que separa os quartos das duas irmãs, Daniela está exagerando com o delineador.


Anahi chega perto dela.


— O que acha?


Está usando um vestido florido, leve e rosado. Aperta delicadamente a sua cintura, deixando o resto livre e solto para acariciar o seu quadril macio do jeito que quiser.


— E então, como estou?


---Bem.


— Mas não muito bem.


— Muito bem.


— Tudo bem, já entendi. Mas por que esse desânimo? Daniela continua tentando traçar sem tremores a linha que deveria tornar seus olhos mais longos.


— É que não gosto da cor.


— Tudo bem, mas tirando a cor...


— Também não morro de amores por essas alças tão largas.


— Está bem, mas fora as alças...


— Já sabe, não gosto de flores.


— Sei, mas esqueça as flores.


— Agora sim, você está maravilhosa.


Nada satisfeita e sem ela mesmo saber o que teria gostado de ouvir como resposta, Anahi pega o vidro de Caronne que os pais compraram numa loja àofree shop quando voltaram das Maldivas. Ao sair, esbarra em Daniela.


— Cuidado, sua desajeitada!


— Cuidado você! Não preciso de tanto tempo assim para deixar seu olho roxo. Veja só que porcaria ficou essa maquiagem!


— É por causa de André.


— André quem?


— Palombi. Um carinha que conheci na saída do colégio. Ele estava conversando com a Mara e a Francesca, do quarto ano. Quando elas foram embora, contei que também estudava na mesma turma que elas. Que idade você me daria, maquiada desse jeito?


— Bom, parece mais velha. Pelo menos quinze anos.


— Mas eu tenho quinze anos!


— Diminua um tiquinho aqui... — Babi molha a ponta do indicador na boca e o massageia nas pálpebras da irmã. — Prontinho!


— E agora?


Babi olha a irmã franzindo a sobrancelha.


— Está quase com dezesseis.


— Muito pouco, ainda.


— Estão prontas, meninas?


Já perto da entrada, Raffaella liga o alarme. Cláudio e Daniela passam rápidos diante dela, a última a chegar é Anahi. Entram todos no elevador. A noite está a ponto de começar. Cláudio procura ajeitar melhor o nó da gravata. Raffaella apressa-se a passar várias vezes a mão direita por baixo do penteado. Anahi arruma o casaco escuro com ombreiras vistosas. Daniela limita-se a dar uma olhada no espelho, já sabendo que vai encontrar os olhos da mãe.


— Não acha que está maquiada demais? Daniela ensaia uma resposta.


— Deixa para lá, já estamos atrasados, para variar. — E, dessa vez, o olhar de Raffaella cruza no espelho com o de Cláudio.


— Fiquei esperando por vocês, ora essa! Estava pronto desde as oito!


Passam em silêncio pelos últimos andares. O cheiro do guisado da mulher do porteiro invade o elevador. Aquele sabor da Sicília mistura-se por um momento com a turma francesa de Caronne, Drakkar e Opium. Cláudio sorri.


— É a senhora Terranova. O ensopado dela é uma coisa.


— Leva cebola demais — sentencia com segurança Raffaella, que de alguns tempos para cá optou pela cozinha francesa, provocando a sincera preocupação de todos e o desespero da empregada da Sardenha.


O Mercedes pára diante da entrada do prédio.







Comente plix *---*



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Autor(a): leeh

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Raffaella, com o ruído dourado das jóias que lembram datas e natais mais ou menos felizes, quase sempre bastante caros, senta na frente, e as filhas atrás. — Posso saber por que não deixam a Vespa(moto só que menor) mais encostada na parede? — Ainda mais grudada do que isso? Ora papai, você é um barbeiro... &md ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • kikaherrera Postado em 09/05/2010 - 01:06:58

    Posta por favor fico muito triste quando gosto muito de uma web e a autora abandona.

  • crisfairy Postado em 21/04/2010 - 18:36:40

    postaaaaaaaaa

  • rss Postado em 26/02/2010 - 14:44:53

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    vondy e ponnei e outros traumas.
    sorry a propaganda mais ela é a alma dos negócios.
    besosssssssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 27/01/2010 - 01:13:20

    POR FAVOR POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • saaarah Postado em 09/12/2009 - 10:59:39

    to amando!!!!!

  • kikaherrera Postado em 03/12/2009 - 01:43:25

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • rss Postado em 02/12/2009 - 19:24:06

    essa irmã da any é louca msm.
    posta ++++++++++++
    binha tou curiosa.
    besitosssssss

  • kikaherrera Postado em 02/12/2009 - 00:59:44

    ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    ESSA WEB.
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AA


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