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Fanfic: ►A Patricinha e o Badboy◄


Capítulo: 5? Capítulo

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— E então, caras, quais são as novidades?


Glória pode finalmente voltar a respirar. O Siciliano continua a fitar Dario com ar desafiador.


A sombra de um sorriso adia para outra hora a questão.


— Tudo na mesma, Poncho. Muita conversa e pouca ação.


— Está a fim de desenferrujar os ossos?


A barra de apoio se solta com o estalo de uma mola e segura a moto, fincando-a no chão. Poncho desmonta e tira o casaco de couro.


— Algum desafiante?


Ele se aproxima de Schello e, o abraçando, tira-lhe das mãos a Heineken que o outro acaba de abrir.


— Oi, Sche.


— Oi.


Schello sorri feliz diante daquela prova de amizade, mas o sorriso morre quando lembra da cerveja perdida.


Quando o rosto de Poncho baixa novamente após um longo trago, os seus olhos encontram Madalena.


— Oi.


Os lábios macios dela, um tanto rosados e pálidos, mal chegam a se mexer enquanto formulam o quase inaudível cumprimento. Os pequenos dentes, brancos e bem nivelados, iluminam-se enquanto os olhos verdes, maravilhosos, tentam inutilmente transmitir todo o seu amor. Madalena o encara, incapaz de desviar o olhar, de se mexer, de fazer qualquer coisa, de deter seu pequeno coração que, como um louco, enfrenta um solo digno da guitarra de Clapton.


— Segura.


Poncho tira do pulso o Daytona de pulseira metálica e o entrega nas mãos dela. Madalena fica olhando enquanto ele se afasta e então aperta o relógio com força, levando-o ao ouvido. Escuta o leve zumbido, o mesmo que alguns dias antes ouviu embaixo do travesseiro quando ele ainda dormia e ela vivia alguns minutos da sua existência somente para observá-lo. Naquela ocasião, no entanto, o tempo parecia ter parado.


Poncho sobe com agilidade na marquise da rua Lazzareschi, apoi-ando-se na grade do cinema Odeon.


— E então, quem está comigo? Será que vou precisar mandar um convite impresso?


O Siciliano, Lucone e Pollo não fazem cerimônia. Um depois do outro, como macacos com casacos Avirex no lugar da pele cabeluda, galgam a grade sem maiores problemas. Alcançam a marquise com Schello fechando o grupo e arfando para recuperar o fôlego.


— Chega, para mim. Prefiro ser o juiz. — E dá um gole na Heineken que conseguiu milagrosamente não derramar durante a trabalhosa escalada, apenas uma brincadeira de criança para os demais, mas um verdadeiro Everest para ele.


As figuras destacam-se na penumbra da noite.


— Estão prontos? — grita Schello levantando o braço com um movimento repentino. Um esguicho de cerveja respinga logo abaixo em Valentina, uma graciosa morena que algum tempo está ficando com Gianluca, o atarracado filho do dono de uma fábrica de gravatas.


— Merda! — desabafa, criando um inesperado contraste com o seu rosto delicado. — Preste atenção, droga!


As amigas riem enquanto enxugam os respingos de cerveja.


Quase em conjunto, uns dez corpos musculosos e bem treinados aprontam-se em cima da marquise com os braços esticados e paralelos, rostos retesados, peitos estufados.



— Vamos lá! Um! — grita Schello, e todos os braços flexionam-se sem esforço. Silenciosos e em plena forma, baixam até o mármore frio para logo subir de novo. Nem têm tempo para se recuperar.


— Dois! — E lá descem eles de novo, cada vez mais rápidos e decididos.


-Três! — Mais uma vez como antes. Mais depressa e com mais vontade do que antes.


— Quatro! — Os rostos que mais parecem caretas surrealistas, os narizes que descem todos juntos, marcados por pequenas e espasmódicas rugas. Descem com rapidez e facilidade, quase alcançam o chão para logo voltarem novamente para cima.


— Cinco! — berra Schello, dando um último gole na latinha e soltando-a no ar.


— Seis! — Com um chute sem pulo acerta-a com precisão.


— Sete! — A latinha voa para longe e acaba caindo como uma pedra bem em cima da Vespa de Valentina.


— Você é um babaca mesmo, seu idiota! Não vou ficar aqui nem mais um minuto. — As amigas caem na gargalhada.


Gianluca, o namorado dela, pára a malhação e pula da marquise.


— O que é isso, Vale. Deixa de ser chata. — Ele a segura pelos braços e tenta detê-la. Finalmente consegue pará-la com um beijo, que acaba com a conversa.


— Tá bom, tá bom, mas você tem de fazer com que aquele sujeito se manque.


— Oito! — Schello continua a saltitar alegre em cima da marquise agitando os braços. — Ei, turma, com a desculpa de a garota ter ficado brava um cara já desistiu, mas a competição continua.


— Nove! — Todos riem e, um tanto mais acalorados, os corpos voltam a descer. Gianluca olha para Valentina.


— Acha mesmo que vale a pena dizer alguma coisa para um sujeito desses? — Ele segura o rosto dela entre as mãos. — Tenta entender, amorzinho. Ele não sabe o que faz. — Gianluca demonstra um razoável conhecimento da teoria, mas nenhum da prática, já que logo começa a dar uns amassos em Valentina apoiando-se na Vespa dela, bem na frente das outras garotas.


O vozeirão do Siciliano, com o sotaque particular daquela sua terra que além da pele morena também lhe deu o apelido, ecoa na praça.


— Ânimo, Schello, já estou ficando com sono!


— Dez!



Poncho baixa com facilidade. A curta camiseta azul deixa à mostra os seus braços. Os músculos estão inchados. O coração pulsa, poderoso, nas veias, mas com batimento ainda lento e tranqüilo. Bem diferente daquela outra vez. Naquele dia o seu jovem coração começara a bater rápido, como enlouquecido.



***********************Flash Back*****************************



Dois anos antes. Bairro Fleming.




Uma tarde como qualquer outra, a não ser pela Vespa novinha, ainda amaciando antes de ser envenenada. Poncho está dando uma volta para testá-la. Passa diante do Bar Fleming quando alguém o chama.


— Oi, Alfonso, o que está fazendo por aqui?


Annalisa, uma gracinha loira que conheceu no Piper, aproxima-se. Alfonso pára.


— E aí, o que está rolando?


— Nada de mais, fui estudar na casa de um amigo e já estou voltando para casa.


Tudo acontece num piscar de olhos. Alguém chega por trás e tira o boné dele.


— Você só tem dez segundos para sumir daqui.


Um tal de Poppy, um sujeito bem mais pesado do que ele, o está agora encarando, ameaçador. Segura o boné de Alfonso, um boné que está na moda. Uma espécie de touca de abas frouxas que todos estão usando na Villa Flamínia. Colorido, feito à mão, tricotado por alguma garota. Esse foi um presente da mãe que assumiu o papel da namorada que ele ainda não tem.


— Está me entendendo? Suma daqui.


Annalisa olha ao redor e, percebendo a situação, decide se afastar. Alfonso desmonta da Vespa. A turma do cara chega perto. Jogam o boné uns para os outros, rindo, até ele voltar às mãos de Poppy.


— Devolva!


— Ouviram isso? O cara está todo nervosinho. Ele deve ser da pesada. "Devolva!" — macaqueia provocando uma gargalhada geral. — E o que você vai fazer se eu não te devolver? Vai me dar um soco? Então tente, vamos lá, me esmurre.


Poppy se aproxima com os braços baixos e a cabeça levantada. Com a mão livre aponta para o queixo.


— Vamos, acerte aqui.


Alfonso o encara fixamente. A raiva faz com que já não veja mais coisa alguma. Ensaia um golpe mas mal consegue se mexer já que alguém segura o seu braço por trás. Poppy joga displicentemente o chapéu para alguém ao lado e desfecha um murro no seu olho direito. O sangue jorra da sobrancelha de Alfonso. Depois, o bastardo que o segura por trás o empurra para frente até encostá-lo na porta do Bar Fleming que, quando os funcionários se deram conta do que estava acontecendo, fechou antes da hora. Alfonso choca-se ruidosamente contra a grade de metal. Logo em seguida recebe uma saraivada de murros nas costas até alguém forçá-lo a virar-se. Acaba ficando achatado contra a porta do bar, já bastante machucado. Tenta se defender, mas não consegue. Apoiando as mãos na grade, Poppy segura firme a nuca de Stefano, imobilizan-do-a num aperto de aço. Passa a golpeá-lo com violentas cabeçadas.



— Chega, parem com isso! Vão acabar matando o garoto!


Deve ser Annalisa, fica pensando. Alfonso tenta dar uns pontapés, mas não consegue mexer as pernas. Só fica percebendo o barulho dos golpes. Quase não doem mais. Foi aí que apareceram algumas pessoas mais velhas, alguns passantes, a dona do bar. "Vamos, sumam daqui." Afastam os garotos aos empurrões, puxando-os pelas camisetas, pelas jaquetas, arrancando-as deles. Stefano agacha-se devagar, deixando escorregar as costas na porta da loja até acabar sentado no degrau. A sua Vespa está logo ali, deitada no chão como ele. Talvez tenha ficado amassada. Que pena! Logo ele que costuma tomar todo o cuidado ao sair do portão do prédio.


— Está muito machucado, garoto? — Uma moça bonita se aproxima do rosto dele. Alfonso acena que não com a cabeça. O boné feito pela mãe jaz esquecido no chão. Annalisa foi embora com o resto da turma. Mas ainda estou com o seu boné, mamãe.


— Tome isso, beba. — Alguém chega com um copo de água. -Tente engolir devagar. Bando de vigaristas, escória das ruas, mas eu sei quem eles são, a turma de sempre. Os pilantras que vivem zanzando por aqui, em volta do bar.


Alfonso dá mais um gole. Agradece sorrindo para um cavalheiro que fica com o copo vazio. Desconhecidos. Tenta se levantar, mas, por alguns instantes, as pernas não parecem agüentar o seu peso. Alguém percebe e logo chega perto para ajudar.


— Você tem certeza de que está tudo bem?


— Tudo bem, eu juro.







Cometem plix *---*






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Autor(a): leeh

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Não muito tempo depois, ao chegar em casa, Alfonso abre a porta devagar e tenta chegar ao seu quarto passando pela sala sem chamar a atenção. Mas o assoalho é traiçoeiro e acaba rangendo. — É você, Alfonso? A figura da mãe aparece na soleira da porta do escritório. — Sou eu, mãe. Vou direto ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • kikaherrera Postado em 09/05/2010 - 01:06:58

    Posta por favor fico muito triste quando gosto muito de uma web e a autora abandona.

  • crisfairy Postado em 21/04/2010 - 18:36:40

    postaaaaaaaaa

  • rss Postado em 26/02/2010 - 14:44:53

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    vondy e ponnei e outros traumas.
    sorry a propaganda mais ela é a alma dos negócios.
    besosssssssssssssss

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  • kikaherrera Postado em 27/01/2010 - 01:13:20

    POR FAVOR POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • saaarah Postado em 09/12/2009 - 10:59:39

    to amando!!!!!

  • kikaherrera Postado em 03/12/2009 - 01:43:25

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • rss Postado em 02/12/2009 - 19:24:06

    essa irmã da any é louca msm.
    posta ++++++++++++
    binha tou curiosa.
    besitosssssss

  • kikaherrera Postado em 02/12/2009 - 00:59:44

    ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    ESSA WEB.
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AA


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