Fanfic: Universidade do Prazer | Tema: RBD

POV ANAHI

- Chegamos, senhorita - disse o motorista de táxi assim que paramos em frente ao endereço que eu tinha lhe entregado

Eu quase desacreditei por alguns momentos que ia conseguir finalmente sair debaixo da asa do meu pai.

 Até que um dia que soube pela minha tia Alexandra que alguns colegas do meu primo tinham se formado ou não podiam mais renovar o contrato e que ele estava procurando novos colegas de república. Foi praticamente um sinal divino e graças a isso papai reclamou um pouco menos sobre o fato de eu me mudar de casa, já que eu estaria perto de “família”.

Se papai soubesse o que eu e Ucker fizemos na ceia de Natal enquanto tio Bernard distraía os adultos com suas histórias chatas...

Ri de minhas lembranças pervertidas com meu primo e tirei os óculos de sol.

Sorri ao me deparar com a bela casa, ali ia seria o meu lar pelos próximos anos e eu não via a hora de começar minha jornada.

Abri a porta do carro e fiquei esperando que o taxista tirasse todas as malas lá de dentro. Fui dar um passo para trás e acabei esbarrando em uma pessoa.

- Me desculpe - eu disse imediatamente, mas logo perdi um pouco o raciocínio ao ver que ele era tão bonito e me segurava pela cintura para que eu não caísse

- Eu é que peço desculpas, eu trombei com você e... - ele sorriu - eu sou o Christian

- Anahí - sorri de volta - você ainda está me segurando - olhei para as mãos dele que ainda seguravam minha cintura

- Desculpe - ele deu risada e se afastou de mim - prometo que vou tentar manter as mãos longe – piscou

- Eu não disse que queria isso - mordi o lábio inferior‏

- Hum-hum  - o motorista do táxi forçou uma tosse atrás de nós e revirei os olhos para o velho

- Obrigada querido  - dei uma gorjeta e paguei a corrida para que ele pudesse me deixar  com o bonitão. Depois eu me virava para levar as malas para dentro.

- Então, você mora aqui perto? – Christian perguntou assim que o taxista foi embora

- Bem atrás de você – apontei para a casa atrás de nós

- Ora ora, eu também  - ele levantou a sobrancelha e só então percebi que estava carregando suas próprias malas

- Não acredito – dei risada – você também vai se mudar para essa república?

- Acho que seremos colegas de quarto – piscou

Eu contava com isso!

Christian fez questão de me ajudar com algumas malas e entramos na casa. Fiquei admirada, ela era linda, espaçosa e nada parecida com repúblicas convencionais de estudantes.

Logo, uma morena maravilhosa e toda sorridente desceu as escadas e veio de encontro a nós.

- Oh, vocês chegaram – e abraçou cada um  – eu sou Maite, muito prazer!

- Anahi – sorri

- Christian, e o prazer é todo meu – ele piscou a olhando de cima a baixo

- Meninos, desçam aqui! – ela gritou e logo outros dois garotos vinham conversando e descendo as escadas rindo.

Um deles era meu primo Ucker, gatíssimo como sempre e o outro era um belo moreno de olhos verdes.

- Priminha – Ucker me abraçou forte e me deu um beijo na bochecha – que bom que chegou

- Pois é primo – pisquei

Ele cumprimentou Christian e logo o outro garoto veio até mim e me deu um beijo.

- Eu sou Alfonso, e prazer é só na cama – dei risada

- Então muito prazer Alfonso – mordi o lábio

Nós conversamos por um tempo e Maite e Ucker me ajudaram a levar as coisas para o meu quarto enquanto Poncho ajudava Christian a se intalar no quarto dele. Agradeci  aos dois e pedi que me dessem licença por uns minutinhos para que eu pudesse me refrescar e já estaria com eles de volta.

Prendi meus longos cabelos loiros em um rabo de cavalo alto, retoquei a maquiagem e troquei o jeans por uma saia mais fresquinha já que estava bastante calor aquela tarde, mas continuei com os saltos.

Desci e logo pude ver que todos estavam rindo e conversando com uma taça de vinho cada um. Sentei ao lado de Maite e ela me ofereceu uma taça.

- Obrigada – sorri

- Imagina – ela piscou e deu um gole em sua própria taça. Maite era linda e muito simpática, a pele clara contrastava com os cabelos negros e parei para dar uma reparada discreta no decote que ela usava, ela tinha seios pequenos e discretos, parecia uma boneca.

- Então... você e Ucker se conhecem? – Alfonso perguntou para quebrar o clima

- Somos primos - respondi

- Que fique claro, minha mãe é casada com o irmão do pai da Anahi então tecnicamente não somos – Ucker brincou

- Não, não somos primos de sangue – concordei – mas mesmo que fôssemos, isso nunca te impediu de nada, não é mesmo priminho? – pisquei, me referindo a algumas escapadinhas que demos durante festas de família

Todos caíram na gargalhada.

- Você me conhece bem Anahi – ele piscou

Nós engatamos num papo super animado e começamos a conversar para nos conhecer melhor, todos eram pessoas extraordinárias e mal percebi que já tinha escurecido e caía uma chuva torrencial do lado de fora. Todos já estávamos altinhos da bebida e quando a terceira garrafa acabou, fui com Maite até a cozinha para abrir outra.

- Então, está animada? – ela perguntou girando o saca rolhas para abrir a outra garrafa

- Muito – suspirei – eu não via a hora de sair de casa

- Sei como é – ela assentiu – pais superprotetores?

- Só meu pai, mamãe morreu quando eu era pequena – respondi, olhando para minhas unhas

- Sinto muito Any – disse compreensiva

- Tudo bem, já faz muito tempo – sorri a confortando

- Bem, de qualquer forma eu te entendo... meus pais eram superprotetores, quase rolou um massacre quando eu anunciei que estava indo embora de Toronto para estudar em Harvard

- Ah, você é do Canadá? Agora, entendi o porque do seu sotaque, é lindo

- Até que perdi um pouco o sotaque – ela deu risada – mas sabe como é, não dá pra negar as origens

Pegamos a garrafa e voltamos conversando para a sala. Depois de uns 10 minutos ouvimos a porta da frente se abrir.

- Deve ser a nova moradora – Mai comentou

Logo avistamos uma bela garota adentrando a sala, os cabelos estavam molhados e a roupa encharcada, para a sorte de todos ela estava com uma blusa branca que estava totalmente transparente. A garota era um monumento e tinha um corpo escultural que destoava do rosto angelical.

- Olá! – ela sorriu – desculpem, está uma baita chuva lá fora, dá pra perceber né? – deu risada - eu sou a Dulce, muito prazer!

Todos a olhamos de cima a baixo e a garota mordeu o lábio, tão animada quanto nós por ela estar ali.

- Acho que a agora a casa está completa – Alfonso disse com um sorriso safado

 Algo me diz que faculdade vai ser demais.