Fanfic: Precocemente mãe - aya (Terminada) | Tema: Anahi &Alfonso

Depois de tratarem os tramites da autopsia, liberação do corpo e afins, todos se retiram do hospital. Afinal não tinha nada mais o que fazer naquele lugar. Poncho não falava nada, estava alheio a tudo. Em pensar que viu seu avô morrer, ali na sua frente e não pode fazer nada para ajuda-lo lhe deixava arrasado. Não soltava Annie em nenhum momento, ele não estava com segundas intenções com ela, estava apenas querendo carinho e ela estava fazendo isso muito bem.

O funeral e o enterro de Alex foi um dos momentos mais difíceis e tristes que Annie já viu, Poncho estava desolado estava pior que Alexandra, que era filha do morto. Mas ninguém estava estranhando a reação dele, não podiam esperara menos. À noite ele preferiu voltar para a faculdade com Annie e os amigos, que também estavam ao seu lado desde o funeral. Ele e Annie estavam chegando à faculdade, ela decidiu quebrar o silencio.

Anahi: Poncho ? – ele a encarou sem entonação. – Me promete que vai dormir? – sorriu de leve. – Ontem no velório você passou a noite e o dia em claro, fora anteontem.

Poncho : Tudo bem... – disse apenas para não deixa-la preocupada. – Não se preocupa. – sorriu de canto.

Anahi: Olha lá. – disse o repreendendo. – Não vai me passar a perna. – disse enquanto paravam de andar.

Poncho : Eu não vou. – abaixou a cabeça. – Você também precisa descansar, tem que cuidar do bebê... – disse acariciando a barbicha. – Deixa-me ver a sua barriga? – pediu.

Ela assentiu. Talvez olhando a barriga dela ele se sentisse melhor. Levantou a blusa e deixou à mostra a barriga redondinha.

Ele abriu um sorriso bobo ao ver que seu filho estava crescendo, levou a mão ali e a apalpou delicadamente, a barriguinha dela cabia na palma da mão dele. Ela fechou os olhos ao sentir o toque, ele acariciou com um sorriso.

Anahi: Jura por ela que você vai fazer o que eu digo? – disse com uma carinha repreensiva.

Poncho : Juro Annie... – assentiu e depois se deu conta do que ela tinha dito. – Por ela? – a encarou, confuso. – É uma menina?

Anahi sorriu e assentiu com a cabeça. Ele abriu um sorriso, um sorriso mesmo, de pura felicidade. Talvez o primeiro sorriso desde que seu Alex se foi.

Poncho : Minha nossa! – abaixou os olhos para a barriga dela sem deixar de acariciar. – Ela está bem?

Anahi engoliu o seco... Não podia contar que a neném poderia estar com problemas, ele ainda estava muito abalado com a morte do avô e isso só pioraria a situação dele.

Anahi: Claro, está sim. – disse olhando pra baixo. Merda! Ela era péssima em mentiras. E Poncho sabia disso muito bem.

Poncho : Tem certeza? – perguntou a encarando meio desconfiado.

Anahi: Tenho. – balançando a cabeça olhando para outro lado.

Poncho : Annie... O que você está escondendo de mim? – ele perguntou serio.

Anahi: Na-nada. – gaguejou sorrindo amarelo. – Eu não estou escondendo nada.

Poncho : Fala logo Anahi! – disse sem paciência e ela abaixou a cabeça.

Anahi: Você não precisa se preocupar com isso Poncho . – coçando o olho.

Poncho : O que ela tem? – ignorou a afirmação dela. Já estava começando a se preocupar.

Anahi: É que... – suspirou sentindo um nó na garganta. – Ela nunca mexeu.

Poncho : Como assim nunca mexeu? – perguntou incrédulo. – Você está com quanto tempo?

Anahi: Vou fazer cinco. – disse com vontade de chorar. Ele percebeu que ela tinha ficado mal e pôs a mão no rosto.

Poncho : E o que a doutora falou? – preocupado. – O que pode ser isso? É grave?

Anahi: Eu não sei... – segurando o choro. – A doutora falou que vão ter que retirar um pouquinho do meu liquido amniótico.

Poncho : Ai meu Deus... – encostou-se à parede e suspirou tristemente. – Quer dizer que ela pode ter síndrome de down?

Anahi apenas assentiu com a cabeça, depois começou a chorar.