Fanfic: Os impérios: O Mundo após a queda dos Deuses. | Tema: História própria

Princesa Solfa.

Mas um dia comum começava para a princesa Solfa, penteando seus longos fios loiros, se encarando no espelho do seu quarto com seus olhos azuis brilhantes, era de causar inveja em qualquer uma, seu quarto é grande e fica dentro do castelo da Imperatriz Morgiana de Morthan, ela como prima tem sempre que se reunir para o chá da tarde, mas dessa vez.. Ela resolveu não seguir a rotina comum.

Pov: Solfa.

Penteando meus cabelos, não posso chegar feia.. abro o guarda roupa e nada.. mas acho que não preciso de muita coisa.. afinal não irei me vestir assim por muito tempo.

Alguém bate na porta.

- Pode entrar.   Disse olhando para a porta

Era uma serva.

Serva – Querida princesa, a Imperatriz lhe espera no chá.

- Obrigada, mas avise a ela, que não irei hoje.

Serva- Co-mo? Por favor Solfa.. Você sabe o que acontece com quem leva notícias ruins.

Me aproximei dela, seguro suas duas mãos e olho nos seus olhos já cheios de lágrimas.

- Minha querida serva, e por isso que você só vai quando eu chegar.  Sorri empolgada.

Serva – Como assim? Disse ela desconfiada.

- Você vai vir comigo.

Serva – Para onde minha querida? Indagou ela curiosa.

- Bem... Minha linda, iremos hoje passear pelos campos, e quero sua companhia.

Serva – Oh minha querida princesa, muito obrigado. Mas eu prefiro ir levar a notícia e correr o risco de morrer. Ela disse rapidamente e já corria para a porta.

Rapidamente entrei na frente dela, fechei a porta e abri meus braços.

Você não tem escolha minha querida. Sorri

Serva – Não me coloque nas suas armações SOLFA, servi sua mãe, o imperador Donkov e sei muito bem quando alguém está aprontando.

- OOH, o que será o que acontece com servos que sabe de armações, deixam acontecer, e não FALAM NADA?

Alisei o seu rosto.

- Pode ter certeza minha amiga, que se for comigo, eu garanto que nada irá te acontecer.

Ela abaixou a cabeça revirou os olhos.

- ESTA BEM ESTÁ BEM, mas eu vou ficar de olho em você em garota.

Coloco minha mão sobre minha boca, e mando um beijo a ela.

- Estou morrendo de medo. Dei uma gargalhada.

- Agora vá, quero terminar de arrumar. Disse mandando ela embora com as mãos.

Ela saiu do quarto, apenas escutei a porta batendo.

Pego o vestido, tiro minhas roupas, e coloco era um vestido branco, simples com bordados amarelos em baixo e nas mangas curtas.

Coloco meus longos cabelos para trás, e os deixo solto.

Saiu de fininho, e topo a minha serva na porta.

- Está pronta para uma aventura minha querida? Indaguei sorrindo.

Ela se manteve em silêncio.

- Toma leva essa bolsa, estou cansada.

Dei a ela a bolsa e segui na frente.

Descemos a escada do castelo, passei devagarinho pelo salão, e passei pelo corredor que ia até o pátio, e avistei a Imperatriz tomando chá com o Joseph um servo dela e o Hyrion meu primo, Senti pena, mas e apenas hoje.

Finalmente cheguei, aos estábulos me deparei com meu lindo cavalo, cabelos lisos brancos, seu corpo era todo domado pela cor negra escura, ele era impecável.

Cheguei perto, o alisei ele encostou sua cabeça na minha.

- Ei garanhão, está pronta para mais uma aventura?

Ele relinchou, sorri e me aproximei diante a minha serva.

- Vem vou montar, e você logo em seguida, está bem? disse já subindo

- Mas de jeito nenhum, não monto de jeito maneira, quero ver isso acontecer, AAAH MAIS NÃO VOUUU MESMO.  Disse ela desesperada e forte em sua decisão.

- Sério? Poxa.. O que é melhor cavalgar em um cavalo real, ou ter sua cabeça arrancada e mostrada para todos seu entes queridos como vergonha a família? indaguei

Tenho que ser forte, mesmo sabendo que nunca faria isso.

- Que horror minha princesa, você dizendo assim, até parece a.. a.. imperatriz.

- Monte logo, e larga de frescura. Disse séria.

Ergui minha mão até ela, e ela montou e se agarrou em minha cintura.

- Mas vá devagar em? disse ela com medo.

Apenas respirei fundo, e comecei a sair aos poucos do estábulos.

Cavalgamos bastante, estamos já fora do alcance do reino, a floresta e perigosa, avisto ela a alguns metros de distância, ao chegar paro, olho para a floresta e para o cavalo, fico em silêncio alguns segundos.

Aciono Lurnin um escudo azul quase transparente se forma sobre o cavalo.

Agora estamos protegidas.

Você tem certeza? Indagou a serva.

- Não duvide da minha capacidade, fui treinada junto com a Imperatriz.

E assim entramos na floresta, íamos devagar tem muitas árvores e galhos que viam em nossa direção, sons de animais eram constante, macacos, corujas, muitos assassinos andam por aqui, capturando os viajantes ou roubando, então qualquer precaução e bem vinda.

A noite caiu sobre nós, estávamos perto de um riacho pequeno, não muito fundo, dava para acendermos uma fogueira ao lado, trouxe em minha bolsa um casaco.

- Ei serva. Me dê minha bolsa.

Ela estava ajoelhada, rezando para a Anfla Velda.

Esperei alguns instantes, ela se levantou , tirou a bolsa do seu ombro e me entregou.

Tirei o casaco, e vi que ela estava sem nada, e sentindo muito frio.

Mesmo que duplica-se ela e bem gordinha para ele, então resolvi usar mais um pouco de energia e criei um adequado ao seu corpo.

- Flanzal, disse mirando para ela  com meus braços erguidos, e enfim um casaco bem grande apareceu cobrindo ela.

Serva – Oh minha querida não gaste magia comigo.

Aproximei dela coloquei minha mão em suas costas.

- Ei.. Se depender de mim, iremos voltar sem grandes preocupações. Disse sorrindo

Ela fechou seus olhos e disse.

- Se Anfla Velda quiser tudo irá ocorrer bem. Disse ela

- Pare por favor, não pronuncie o nome dela, você sabe o que ela já significou para mim.

Serva – Vocês eram felizes, as primas mais belas do reino, a Imperatriz se contorcia com a beleza de vocês. Ela caiu em gargalhadas.

- Lembro perfeitamente mas por favor não toque nesse assunto, ela se foi tão cruelmente, era para mim ter lutado ao seu lado, mas fui fraca..  relutei e fiquei ao lado da Imperatriz.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

Serva – Sei minha querida, já vivi muito, são quase oitenta anos, sei que pareço ter uns 50  mas.. Já vivi muito. As vezes fazemos coisas que não queremos, mas saiba não existe coincidências. Se foi para isso acontecer foi para algum motivo maior.

Vamos dormir? Indaguei já abalada e querendo mudar de assunto.

Tirei da minha bols-a uma barraca e joguei no alto, ela se armou sozinha.

Venha vamos entrar.

Adentrei a barraca, e ela veio logo atrás e aos poucos, já deitadas meu sono foi vindo, e meus olhos fechando.

Acordei com o sol iluminando meu rosto atravessando o pano, abri a barraca, e vi aquele lindo lugar, o rio estava lindo e transparente, dava para ver os peixes, era tão perfeito. Os passarinhos voaram em bando, passando em rumo ao sol, aquela paisagem queria tê-la todos os dias da minha vida.

Me deparei com a serva fritando um peixe para tomarmos um café da manhã.

Achei que você apenas arrumava os quartos. Disse sorrindo e indo até ela.

Como disse já vivi muito. Disse ela mexendo no peixe que estava enfiada em um galho.

Por que não me esperou?  Eu podia usar magia e pegar o maior peixe desse rio.

Ela sorriu olhou para cima.

- Nem tudo se faz com magia minha querida.

Sentei no chão em frente a ela, vendo ela grelhar o peixe em minha frente, era tão diferente, tão emocionante aquela simplicidade com que ela fazia as coisas.

- Está pronto. Disse ela.

Eu peguei uma faca que tinha dentro da minha bolsa.

Corte ao meio, disse sorrindo.

Ela pegou de minhas mãos e cortou o peixe ao meio, assim degustei aquele delicioso peixe.

Nos levantamos e lavamos nossas mãos e bocas no rio.

- Olha.. Quero que você fique minha serva. Disse olhando em seus olhos já em pé

- Mas.. mas vim até aqui com você.  Disse ela olhando em meus olhos sem intender.

- Não discuta, não irei voltar mais ao castelo.

- Você me trouxe por que então? Disse ela seria olhando para mim.

Pois queria estar ao lado de alguém que esteve comigo em todos os momentos, desde que minha mãe se foi, você e a minha única companheira, e nem sequer perguntei seu nome.

Me chamo, Amalia e apenas quero que você seja feliz minha querida.

Não se importe se irá acontecer algo comigo, já estou velha, seja feliz.

Sorri, e não me contive as lágrimas desceram de meu rosto, a abracei forte.

Ela retribuiu e vi lágrimas descerem de seus olhos.

Coloquei minhas mãos sobre seu rosto, e beijei sua testa e murmurei.

‘’ Bizaen’’ Volte..

Uma fumaça envolveu ela debaixo para cima, e enfim ela sumiu diante meus olhos, ela já deve estar perto do castelo.

Peguei minha bolsa, coloquei no ombro, subi no meu cavalo e cavalguei pela beira do rio, e enfim avistei uma carroça cheia de feno, perto de uma ponte, ele estava ao lado dela..

Assim desci do cavalo e cheguei perto dele, ele com seus olhos escuros e a pele branca se aproximou de mim.

Coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço, e nossos lábios se encontraram, nos beijamos loucamente, até que ele olhou nos meus olhos.

- Eu senti saudades minha querida, vamos meu vilarejo quer conhecer vocês.

Ele colocou a mão na minha barriga. E sorriu

- Eles não tem preconceito com bruxa não e mesmo? Disse aflita

Mesmo nos sendo humanos, não somos tão irracionais como dizem, sabemos respeitar quem merece.

Ele desviou o olhar e depois olhou diretamente para mim colocou as mãos sobre minha cintura e me girou no ar, um vento veio até nos, e meus cabelos se envolveram em seus ombros, e ainda no ar ele colocou seu rosto colado no meu, nariz com nariz, ele sorriu.

Ele me colocou no chão se abaixou e beijou minha barriga.

Se levantou, olhou em meus olhos e disse.

Vamos o vilarejo não fica muito longe daqui.

Peguei meu cavalo coloquei junto da carroça com seu outro cavalo, e enfim amarrei as cordas.

Ele já em cima levantou as mãos e subi em cima da carroça, ao subir escorrei e caí em seu colo.

Me segurou em seus braços, olhei em seus lábios alisei o seu rosto e aos poucos me aproximei e nossos lábios se encontraram novamente.

A carroça começou a se locomover, atravessando a ponte bem no meio, avistei a fogueira ainda meio acesa, estendi minha mão direita e a terra em volta da fogueira se levantou a cobrindo e escondendo qualquer vestígio.

Entramos em uma trilha cheio de árvores que nos cobriam de cada lado, eram lindas, tinha de diversas cor, amarelas, vermelhas. Me levantei de seu colo e sentei ao seu lado, escorei minha cabeça em seu ombro, e assim seguimos viagem.