Fanfic: Os impérios: O Mundo após a queda dos Deuses. | Tema: História própria

O enterro do Imperador Fuslan.

Pov Sereia Mália

- Mãeeee?

Grito ao me levantar da cama esperando que alguém ainda esteja em casa.

- Paaai?

Ninguém novamente, sempre assim todos saíram sem sequer despedir, meu coração fica tão apertado em pensar que eles não podem voltar, sempre me alertam dessa possibilidade.

Dessa vez não deixaram café da manhã e hoje não tem escola, dia perfeito. Mas eu já vi meu pai e minha mãe caçarem acho que posso tentar conseguir algum peixe por perto.

Vou para fora, saiu da casa e topo um alvoroço de sereias e tritões, são inúmeros subindo rumo ao palácio real, será que aconteceu alguma coisa? Ou tem festa e não pode crianças.. Não importa eu vou assim mesmo.

Chego e me deparo, com inúmeros joias e pedras, e peixes sendo jogados a um buraco no meio do pátio, vejo a Imperatriz com alguns curativos em seu corpo, e aquele garoto, e aquele isso mesmo, eu não esqueceria aquele rosto, então ele é da família real, talvez o filho da Imperatriz, que emocionante, conheci alguém da realeza, bem quase.

Começo a chegar perto adentrando a multidão, ser pequena as vezes tem suas vantagens, ai meu deus, me escondo atrás de um tritão bem gordo, acabo de ver meus país, o que será que está acontecendo, por que tanta gente com as caras tristes.

Olho devagar para eles não me ver, e me deparo com alguém cheio de joias em seu pescoço, se aproximando com um tridente em suas mãos, rumo ao buraco no chão do pátio, será que e o que estou pensando? Será que alguém morreu? A única pessoa da família real que não está aqui é o, Anfla Seira que me segure.

- O IMPERADOR MORREU? gritei

Coloco as mãos na minha boca, quando notei todos me olhavam as palavras saíram sem minha permissão, e para ficar ainda melhor meus pais começam a se aproximar de mim. OTIMO além de não conseguir controlar o que falo, vou apanhar em público.

- Garota pelo amor da Anfla Seira o que você faz aqui? NÃO VIU NOSSO BILHETE NO BÁU?

olho para baixo com arrependimento.

Apenas sinto um tapa na cara, nunca tinha apanhado no rosto antes e tão vergonhoso, olho para os lados e todos me encarando, não há sensação pior.

Para acabar alguém sinto alguém se aproximando de nós, hesito em olhar mas resolvo.

Principe Isarion – Curvem-se.

Minha mãe e meu pai ficaram em posições engraçada, ela me olhou como se fosse me matar, então resolvi fazer também.

Escuto minha mãe  se desculpando com o tal garoto.

- Por favor, perdoe nossa filha.

Um silêncio domina tudo, até que ele se aproxima de mim, e estende sua mão.

Principe Isarion – Venha, enquanto estiver ao meu lado nada irá te acontecer.

Eu olho para os lados, e vejo todos de boca aberta, e olho para ele com seus olhos verdes brilhantes, e pego em suas mãos.

Começamos a nadar em sincronia, eu olho para trás e me deparo com minha mãe me olhando com aquele olhar, estou ferrada.

Ele me posiciona ao lado da Imperatriz fico no meio dos dois.

Depois de algumas palavras ditas pelo o homem cheio de joias o tridente e jogado dentro do buraco, e enfim se a terra começa a se mover e a fecha-lo.

Isso tudo e fascinante.

Ele pega nas minhas mãos.

Principe Isarion – Venha vamos.

Caminho devagar ao lado da Imperatriz e do príncipe de Waverland, será que minhas amigas estão me vendo? Elas precisam ver isso.

Enquanto nadamos, até uma entrada com duas portas, ela era dourada e com uma esmeralda verde na forma de um triângulo bem no meio, fascinante, e tão diferente das profundezas onde vivo.

Logo a porta se abre, eu olho para tudo que e lugar, me deparo com um enorme salão, e existem muitos mais muitos tritões com armas brilhantes, era tudo enorme, acho que era mais de 500 tritões, havia algumas sacerdotisas também, todos vestindo armaduras do peitoral e não sei por que, eles tinham algo estranho nas mãos. Um tecido parecia uma vestimenta mas tinha dois buracos. Que estranho.

Nadamos até o fim do salão, isso realmente me cansou, ele se aproxima de mim.

- Fique aqui eu já volto, disse ele sorrindo.

Eu retribuiu o sorriso, e vi ele e a Imperatriz subindo ao alto do salão lá em cima tinha um palanque dourado e um homem com um medalhão de triângulo, se não me engano estudei isso, deve ser o conselheiro do Imperador, ou agora da Imperatriz.

- VINGANÇA E VERGONHA, e isso que sinto, você foram destinados a proteger o palácio real, e falharam, poderia matar todos, mas os deixarei vivos para viverem com essa decepções, todos tem culpa pela morte do Imperador Fuslan se envergonhem.

Essas palavras foram ditas pela Imperatriz do alto do palanque dourado, ela respirou fundo e os tritões baixaram suas cabeças.

- Mas eu darei a oportunidade para se redimirem perante ao Imperador e a todo reino, subam lá em cima e me tragam a cabeça da Imperatriz Morgiana, a maior responsável pela morte do meu marido, do seu rei, e do pai do meu filho, os que aceitam ir lá e lutarem pelo imperador, gritem comigo.

- MORTE A IMPERATRIZ.

Todos os soldados começaram a gritar repetidamente essa palavra, isso me dá medo, eu quero minha mãe.

Buracos começaram a se abrir nas paredes e uma nevoa azul clara começou a sair, estou com medo, nado para atrás de um pilar, e apenas olho por estreito, a fumaça começou a rodear todos os soldados tritões, eles foram sumindo no meio daquele névoa azul, Olho para a imperatriz e ela levanta seu braço e uma luz branca saí de sua mão rumo ao meio do salão, as portas se abriram novamente e a nevoa começou a ir em direção a porta, sinto alguém tocar meu braço, é o príncipe.

- Venha vamos.

Ele segurou meu braço e nadamos até a porta, ele me puxou por todo o salão a frente estava a Imperatriz, paramos no meio da porta e me deparei com uma enorme multidão de sereia e tritões, gritando euforicamente.

- MORTE A IMPERATRIZ.

Se eu não tivesse sabendo, acharia que seria a nossa Imperatriz.

A Névoa foi em rumo a superfície, e foi sumindo das nossas vistas aos poucos, acho que haverá uma guerra lá.

Aos poucos as portas começou a se fechar, e vi minha mãe no meio da multidão, minha vontade era de sair correndo e enfrentar a bronca.

Enfim fiquei parada olhando as portas e olhei para o príncipe e a Imperatriz, estavam de cabeças erguidas, até que me olhou.

- Qual o seu nome?

- Me chamo Mália e você?

Imperatriz Zahara – Você não sabe o nome do futuro Imperador? INACEITAVEL.

Me senti tão burra, e com medo do que ela poderia fazer comigo.

Isarion – Calma mãe, eu sou o futuro Imperador e não sei o nome de uma de minhas cidadãs, isso que é Inaceitável.

A Imperatriz se manteve em silêncio virou as costas e seguiu até uma porta no canto do salão.

Isarion – Venha Mália, vou te mostrar o Castelo.

Comecei a seguir eles, assim que passei da porta me deparo com um corredor, era largo e alto, havia detalhes em vermelho, nos cantos do teto, o restante era branco, nos encontramos com uma entrada sem portas nem vidros, passo por ela e me deparo com uma enorme mesa, estavam preparando para o almoço, vi um dos servos, acho que é um servo pelas vestimentas simples, carregando um tubarão.

Começo a ir rapidamente e fico ao lado de Isarion, mas diminuo novamente, não consigo ficar perto dele me dá um frio na barriga, mesmo ele ser quase da minha idade, vejo uma maturidade enorme em relação a minha.

Paro não consigo mais nadar, esse castelo e grande demais.

Isarion – O que aconteceu Malia?

Ele nada rapidamente até mim.

Eu não comi nada hoje, esse castelo e grande demais, me desculpa.

Olho para baixo, ele sorri.

- Vem vamos, já vão servir o almoço.

Voltamos devagar até a sala com a mesa, ele se sentou rapidamente. Normalmente demoro concentrar minha energia.

Me concentro, e consigo sentar.

Conversamos sobre tudo, era como se a conversa fluísse a cada assunto, riamos sem parar. Até que a Imperatriz adentrou a sala, se sentou a mesa rapidamente, olhei para baixo.

Imperatriz – Ela irá se sentar então, junto conosco?

Isarion – Sim mamãe, ela e minha amiga.

Amiga? Sou amiga do futuro imperador, isso e tão fantástico, mas acho que ela não está gostando muito disto.

Servos chegam até a mesa trazendo enormes pedaços de carne de tubarão, estavam com uma cara tão deliciosa, eu nunca comi carne de tubarão, estou louca de fome acho que consigo comer um tubarão sozinha.

Os servos começaram a cortar a carne e colocar nos pratos e a nos servir, e tão chique. Essas coisas em cima da mesa, são talheres, não sei usar, sempre me alimento com as mãos.

Eles começam a comer, e estou parada olhando esse belo pedaço de carne, isso e tortura, acho que uma bofetada da minha mãe não iria doer tanto igual essa situação.

Isarion – Algum problema?

Não, nenhum estou apenas me deliciando com a situação.

Isarion – Que tal se deliciar com a comida.

Ele riu para mim e voltou a comer, começo a observar o jeito que ele segura o garfo e a faca, e aos poucos vou tentar mexer com esses troços, tento cortar a carne, e não consigo.

Isarion – Servo se aproxime por favor.

Um tritão com um colar de triângulo de cabeça para baixo se aproximou. Se não me engano o triângulo de cabeça para baixo, significa que ele foi aprisionado por algum crime, e agora serve o reino.

Isarion – Ajude a minha convidada a se servir.

O tritão, é jovem deve ter uns vinte anos.

Servo Tritão – Senhorita, em que eu poderia lhe ajudar?

Fiquei com vergonha de responder, mas a fome fala mais alto.

Mália – Pelo amor de Anfla Seira, me ajuda a usar os talheres, pois eu estou morrendo de fome.

A Imperatriz começou a rir e quase se engasgou com a comida, o Isarion também caiu na gargalhada, senti que o servo se segurou para rir.

Ele pegou nas minhas mãos e começou a me ensinar a manusear os talheres, mas no fundo eu queria era cair de boca naquele bife.

Finalmente consegui cortar a carne, e quando coloco ela na boca, que delicia e um deleite dos Deuses, quando notei eu já tinha devorado todo o bife. Eles estavam ainda no primeiro.

Imperatriz – Você aceita mais?

Sério? Eu posso?

Ela chamou os servos que me serviram mais e mais bifes, e enfim me senti saciada.

Isarion – Tem certeza que não aceita mais?

Imperatriz – E verdade temos outro tubarão qualquer coisa.

- Olhem para mim, eu entrei aqui como sereia vou sair igual uma baleia e olha lá se vou passar na porta.

Ambos caíram em gargalhadas.

Eles se levantaram, acompanhei Isarion até o pátio, aquele onde nos conhecemos, nos deitamos no chão e ficamos olhando para cima.

Isarion – E lindo não é mesmo?

- Sim é perfeito, nas profundezas quase não vai luz, então e maravilhosa essa sensação.

Senti ele me olhando.

Isarion - Aquela vez, quando você estava nas algas, o que fazia ali?

- Eu estava perdida, me desculpa por ter fugido, mas não queria ficar em apuros.

Ficamos ali conversando, ele falou de como era ser um futuro Imperador, e falei de como era ser eu, e indaguei.

- Você como príncipe deve ter inúmeros amigos, não é?

Ele se virou para meu lado.

Isarion - Você e minha única amiga.

- A luz do céu começou a sumir está ficando tarde. Disse olhando naqueles enormes olhos verdes.

Isarion - Vamos, para dentro.

Ele começou a ir no rumo da enorme porta, eu fiquei parada.

Isarion – O que aconteceu?

Ele veio rapidamente até mim, e segurou minhas duas mãos.

Isarion – Vamos.

- Eu não posso, tenho que ir embora, minha mãe deve estar preocupada.

Ele apontou para uma placa que tem no meio do pátio, ela tinha uma seta que estava se movendo para a cor vermelha.

Isarion - Sempre que a seta chega na cor vermelha, o mar fica agitado, minha mãe diz que a Lua da superfície fica cheia, se você ir agora poderá ser pegar por uma correnteza, ou pior.

- Por favor, eu tenho que ir.

Eu me virei e nadei rapidamente para o fim do pátio onde estava as algas.

Ele segurou meu braço.

Isarion – Você nunca vai aprender? Não tem como fugir de mim.

-  Eu lhe imploro, me deixe ir.

Isarion – Você vai, mas irá comigo, venha.

Ele pegou algo que tinha no seu colar e assoprou, um som estranho saiu de lá, não era muito alto.

Uma enorme baleia, coberta por tecido enorme era branco e tinha insígnia do reino, e em cima havia um lugar para se sentar, cabia até cinco pessoas ali. Havia algo em sua testa acho que era uma lampa, e algo que erradia luz.

Ele subiu lá em cima e se sentou, e estendeu a mão para mim. Subi naquela enorme baleia, e me sentei ao seu lado.

Isarion – Diga a ela para onde quer ir.

Olhei firme e gritei.

ME LEVE PARA AS PROFUNDEZAS DE FUSLAN.

Ele sorriu..

Isarion – Não precisa gritar, ela irá te escutar mesmo que sussurre.

- Me desculpa, eu não sabia.

Disse envergonhada.

Ela se moveu e descemos até as profundezas demorou um pouco, encontramos uma forte correnteza e nós seguramos forte para não sermos levados, e enfim cheguei em casa.

Desci da Baleia e ele veio junto.

Isarion – Aqui então é as profundezas, e tão simples, e algo tão diferente.

- E essa e minha casa.

Nadei até a porta dela, ele veio junto.

Isarion – Mas e tão pequena, como você vive ai?

Apenas sorri e lhe agradeci

- Obrigada Isarion, por esse dia.

Dei tchau com a mão e adentrei para dentro de casa, esperando enfrentar a dona correnteza senhora mãe.

Quando entrei ela me recebeu com alegria me abraçou meu pai o mesmo, me encheram de perguntas de como foi, eu os respondi com muita alegria, o que eu comi, o que eu fiz e, como era lindo.

E enfim se deliciaram com minhas palavras, eu estava feliz por não ter levado uma bronca, mas senti minha mãe orgulhosa, era como se ela sonha-se com isso a vida toda.

A noite caiu e enfim fui para meu quarto sonhar com esse dia inesquecível.