Fanfic: AHS e a Batalha Final | Tema: American Horror Story

   Tate Langdon observava calmo sua antiga paixão. Não poderia se aproximar, mas poderia observar à distância. Não a culpava... Ele também não se perdoaria. Não sentia mais raiva, nem tristeza. Apenas saudade. O que era até engraçado, já que ela estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe... Já faziam trinta anos. Trinta anos e ela continuava com aquele rosto de adolescente. Talvez esse fosse o lado bom da morte, afinal. Porém só a aparência de Violet continuava de um adolescente. Ela havia amadurecido demais e Tate podia sentir isso em sua aura. As conversas com Moira estavam fazendo bem para ela. A casa nunca mais ganhou um morador. O que era tedioso. Todos os moradores não-oficiais não tinham com o que se divertir... Uma sensação ruim e confortável tomou conta de Tate.

-Papai? O senhor está aqui? Apareça!

-Oh, meu filho, como você está? - Apesar de eu não estar nem um pouco interessado, criatura demoníaca. Demônio que detém o meu amor.

-Muito bem, pai. Ah! Tenho novidades! Consegui mudar meu nome para Salatiel. Enfim... E estou tão ansioso com essas eleições... Finalmente terei a chance de vencer.

-Você tem certeza de que é isso o que quer, meu filho?

-Esse é o meu destino. Desde o início de tudo eu fui planejado para isso. Não tente me convencer do contrário.

   Uma aura de força e ira tomou conta do recinto. Tate percebeu que os outros iam cada vez mais longe. Não gostavam muito da presença de seu filho, agora chamado Salatiel. Cabelos loiros, pele boa, olhos claros... E uma alma horrível.

-Tudo bem, meu filho. Eu nunca tentaria te convencer do contrário. Eu sempre te apoiarei, saiba disso.

A energia má que dominava o local foi dissipando-se aos poucos. Pode sentir os outros ficarem mais calmos.

-Tudo bem pai, agora tenho que ir. Tenho muito o que fazer se quiser me tornar o presidente dos Estados Unidos.

-Sim, meu filho. Que Deus te abençoe.

Um fogo ascendeu-se atrás dos olhos de Salatiel.

-Papai, aprenda algo: não há Deus - E foi embora tão depressa quanto chegou.

-Nosso menino... Que orgulho! Pelo menos alguém além de mim irá honrar o nome dos Langdon.

-Ah... Constance. Você ficou tão mais chata depois que morreu...

-Me respeita porra! Eu sou tua mãe, caralho.

-Não Constance. Você me pariu, apenas... Mas se há algo que você nunca foi, foi ser mãe.

-Querido, já se passou tanto tempo... Não acha que trinta anos é mais do que suficiente para esquecer?

-Tenho coisas mais importantes para fazer.

-Como o quê? Bater punheta para aquela menina que nem lembra de você? Comer aquela puta que foi enterrada no quintal?

-Diferente se você, Constance, eu realmente me preocupo com... Salatiel. Ele é mal. Muito mal. E quando o mal assume o poder, coisas ruins acontecem... 

-Talvez você devesse parar de ser tão inútil e ser grato por seu filho ser melhor que você.

-Melhor que eu? Sabe quantas pessoas ele fez se tornarem eternos habitantes desta casa? Ah, vai tomar no cu...

-Vou deixar você com seus pensamentos...Aliás, o Halloween está chegando e minha torta de cereja está implorando por uma... Bem, uma banana split.

-Você me enoja.

Sempre detestava as conversas com sua mãe. Mas já tinha amadurecido, se é que isso fosse possível. Tudo que precisava agora era de Hayden, aquela vadia. Não entendia como ela conseguia ser usada de boa vontade, mas sempre que Tate a desejava, ela estava pronta. Então não reclamava. Foi atrás dela.

Enquanto isso, em Nova Orleans, Cordelia acordou suada, tremendo. Algo muito errado estava para acontecer. Na sua visão, pode ver um homem... Muito bonito, mas por dentro, um verdadeiro dragão. Ele estava com o mundo em suas mãos... E o mundo estava coberto de sangue... Isso não poderia acontecer tão cedo. Não! Ela sentia seus poderes se esvairem... Seu tempo como Suprema estava chegando ao fim. Porque mandaram essa visão justamente para ela? Mas ela sabia exatamente o que fazer.