Fanfic: ♥ Alguém especial ♥ los A ♥ Finalizada • | Tema: ponny

E por semanas ele inventou desculpas para ligar pra ela e para ir vê-la. Mas nada a fez mudar de idéia, e um pouco mais de dois meses depois, e com a barriga já aparecendo, Anahí entrou num vôo para Nova York, após se despedir de todos no aeroporto.
 Alfonso, por mais que soubesse que iria vê-la em breve, sentiu como se algo dentro de si houvesse se quebrado, algo que nunca mais poderia concertar.
Havia perdido Anahí e tudo o que lhe restava era aceitar.Sentado na varanda de casa, depois de se arrastar do aeroporto para lá, por fim, ele se deixou chorar. Ele não só havia afastado Anahí da sua vida, mas havia feito isso também com o seu filho, que crescia indefeso dentro dela. Alfonso pensou que se, por acaso, soubesse da gravidez dela, ele poderia ter evitado certas atitudes, mas depois reconheceu que não, que talvez, e muito provavelmente, ele teria feito tudo igual. Para ele, antes de perdê-la, Anahí era apenas mais uma namorada, embora ele já a considerasse a melhor de todas as que tivera, ela era apenas mais uma pra ele. Até ele estragar tudo.
E finalmente reconhecer que ela realmente havia sido a melhor, por que ele a amara. E ainda a amava.
Com as mãos no rosto, Alfonso tentou controlar o choro, e ficou ali por mais alguns minutos, até finalmente decidir agir. Se ele não tentasse nunca a teria de volta. E ele a queria, e ia conseguir. Que Deus o ajudasse.
Na manhã seguinte, Alfonso desembarcou na manhã gelada de Nova York, na sua mente ele já tinha planejado tudo o que vinha a seguir, bastava seguir a risca o que planejara e com uma pitada de sorte, ele conseguiria, pelo menos, aproximá-la de si.

Anahí entrou na produtora tão subitamente que se sentiu deslocada por semanas. As pessoas, os funcionários, todos a olhavam torto. Todos sabiam por que ela estava ali, fora um pedido de Renato, ela fora indicada para estar ali. Não entrara por méritos próprios... Foi o que eles pensaram.
Tudo ali estava sendo difícil. Ela não tinha amigos, seu apartamento era menor que uma ervilha e ela não podia nem se imaginar chegando em casa depois das nove horas da noite. Era pedir muito para quem morava no Brooklin. Olhando a rua pela janela, ela viu um grupo de rapazes passarem por ali, rindo e brincando uns com os outros. Ela sorriu, com a mão pressionada na barriga, era bom ver gente, ouvir risos. Ela suspirou, não podia se queixar, estava onde queria estar, mesmo tendo que adiar seus planos, o curso iria ter que ficar para uma próxima temporada.
Ela voltou a cabeça para a mesa apertada na sala, onde improvisara um escritório, e se lembrou do monte de coisas que tinha que revisar antes de poder se deitar.
Suas costas ardiam por ficar na mesma posição desconfortável, mas ela não podia mais adiar. Estava atolada de trabalho, preocupada com as contas, já que, por mais malabarismos que fizesse ela não conseguia encaixar todas as coisinhas para o bebê no seu orçamento, e para completar Poncho já não ligava a mais de duas semanas.
Talvez ele tivesse se cansado de bancar o “papai feliz”. Mas ela sabia que o dinheiro continuava caindo na poupança que eles haviam feito em nome do bebê. Mas aquele era um dinheiro que ela não queria mexer, anão ser que houvesse necessidade.
Massageando as costas ela continuou revisando o texto, até que seus olhos começaram a fechar devido ao cansaço. Ela chacoalhou a cabeça, mas a vista continuou turva de sono, desistindo, ela praticamente engatinhou até a cama, onde dormiu em instantes.

Batidas na porta a acordaram na manhã seguinte, tentando encaixar a informação na neblina que era seu cérebro, Anahí se sentou na cama, olhando o despertador ela quase chorou ao ver que não passava nem das nove da manhã. Caminhando devagar até a porta, Anahí quase caiu de costas quando ao abri-la deu de cara com Poncho. Ela tentou não imaginar como estava, com as cabelos desarrumados, o rosto todo amassado e roupa velha. Sem contar o bafo que, meu Deus. Ela queria fechar a porta, mas ele já a estava colocando de lado e fechando a porta atrás das suas costas

- Um lugar calmo e agradável? - perguntou ele acidamente. - Acho que suas palavras não descrevem fielmente este lugar!