Fanfic: we found love. d&c | Tema: vondy

Christopher prosseguiu:

– A Mari que eu conheci era incrível, hoje é uma louca, ciumenta, possessiva e chata. Têm ciúme e desconfia de tudo e por isso eu me revoltei e comecei a dar em cima de outras mulheres, dar um motivo para ela desconfiar de verdade, entende? Ela me acusava quando eu não fazia nada, então eu comecei a fazer. Mas, nunca consegui trair ela, por uma questão de acho isso feio e não gostaria que acontecesse o mesmo comigo.

Dulce estava gostando dele estar se abrindo para ela, pois assim conseguia compreender muito melhor o que estava acontecendo com ele e a mulher. E a melhor parte é não precisar se esforçar para que ele faça isso, pois, as vezes, é obrigada a fazer isso com alguns pacientes, uma coisa exaustiva demais. Deu um sorriso amigável para ele o incentivado a contar mais.

– Ela me ligou tantas vezes e minha cabeça parecia estourar que eu não atendi e desliguei o celular. Eu fiz uma análise e percebi que eu não a amo e estava pensando em terminar, só não sabia como fazer isso. – suspirou. – Bebi um copo de whiskey e peguei no sono. Acordei com a campainha tocando enlouquecidamente e fui atender a porta. Era a Marina, ela chegou me batendo com a bolsa, cobrando explicações, brigando, gritando e foi então que eu simplesmente disse que queria terminar.

– E qual foi a reação dela? – estava com seu bloquinho de papéis em mão, escrevendo tudo que achava importante do que ele dizia.

– Ela parou, parecendo estar em choque. Sentou no sofá e disse que já esperava por isso. Foi triste ver que as coisas acabavam assim. Eu sentei do lado dela e depois de alguns minutos do nada ela vira pra mim e começa a me agredir e chorar, me xingar de tudo quanto era coisa e disse que me odiava, pegou a bolsa e foi embora aos prantos. Me senti o pior dos homens, me senti solitário, triste, um cara digno de pena e o quão humilhante é admitir isso.

Dulce sentiu pena dele.

– Ela ligou ou fez alguma coisa depois?

– Não. E eu me sinto aliviado por isso. – deu de ombros.

– Eu te entendo. – admitiu com pesar. – Eu acho que isso era o que faltava para você dar um ponta pé inicial em sua vida. O casamento não ia bem, mas, tudo pode ser arrumado se quisermos, não é mesmo? O problema é que não havia amor entre vocês, não de você, pelo menos, pelo que me disse. E isso piora as coisas, pois a Marina ela é louca por você e vendo que as coisas não vão bem ela se sente frustrada e achando que você tem outra por isso das brigas e de todas as inseguranças, porque te ama e sabe que as coisas não estão bem e tem medo de perdê-lo e a sua mente fica em um campo de defesa, de proteger o que ela quer. De fazer com que você fiquei preso num mundo ao redor dela. Só que ela não consegue perceber que isso que faz com que você se afaste e com que ela te perca. Quanto a você, só precisava ficar longe, esfriar a cabeça, sentir um pouco de liberdade para se encontrar e fazer o que quer por isso esse sentimento de pena, de solidão. Marina te prendia e você se viu sozinho. – deu uma pausa para continuar. – Não digo que terminem para sempre, mas, se você realmente não a ama isso é o melhor a fazer ou talvez seja só uma questão de esfriar a cabeça e as coisas e ver se você quer voltar e resolver tudo com ela ou terminar de fato.

– Acho que você tem razão em tudo que disse. – falou pensativo. – Mas, não acho que eu queria voltar.

Christopher olhou o relógio e constatou que seu tempo já estava acabando, infelizmente. Há muito tempos não se abria com ninguém, na verdade nunca fazia isso, pois não se sentia confortável. Mas, com ela surgia natural, ele sentia-se confortável para contar tudo para ela. Fazia-lhe bem. Dom dela de ser psicóloga, pensou.

– Nos vemos outra vez, Dulce? – mirou os olhos dela.

– Marque outra consulta quando quiser. – suspirou para ele. Havia gostado da consulta que tiveram, ajudou muito para esclarecer as coisas.