Fanfic: Meu Pior Natal - Finalizada | Tema: Vondy [Mini Web]

Não podia entrar com acompanhantes para fazer a quimioterapia, são três horas com uma agulha enfiada na minha veia, sozinha.

Ao sair da sala, Christopher e minha mãe me esperavam do lado de fora.

─ Tudo bem, filha? – perguntou preocupada.

─ Quero vomitar. – respondi.

E ia ser o dia inteiro assim: passando mal. Essa é a reação que meu organismo tem com a quimio que é muito forte e abaixa minha imunidade.

─ Aguenta um pouco, pequena, você não pode vomitar agora.

Assenti.

─ Vamos pra casa. – pedi. – Preciso deitar.

─ Claro. – assentiu. – Blanca, a senhora vem junto?

─ Não, tenho que fazer alguns exames de rotina... Mais tarde eu ligo pra saber como ela está. – me deu um beijo na testa. – Se cuida.

***

O caminho para casa foi silencioso e enjoativo. A cada balançada que o carro dava eu sentia vontade de vomitar. Ao entrar fui direto para o banheiro com Christopher atrás segurando meu cabelo.

─ Tá melhor? – perguntou enquanto eu escovava os dentes.

Assenti.

─ Faz sopa?

─ Faço. – sorriu.

***

Acordei com o sol batendo na minha cara, olhei para o lado e Christopher ainda dormia, feito um bebê. Acariciei seus cabelos e sorri, como ele é lindo. E como eu o amo. Me aproximei mais e enchi seu rosto de beijos, aos poucos ele foi despertando.

─ Como é bom acordar assim. – abriu os olhos e sorriu.

Eu não disse nada, apenas o beijei como se dependesse daquilo pra viver. E na verdade, eu dependo.

Desci minhas mãos que estavam em seu cabelo, passando por sua barriga até chegar em sua cueca boxer e acariciei seu membro por cima do tecido fino, que já tinha um certo volume.

Agora meu cabelo já está grande de novo, mas nem quando fiquei careca ele deixou de me desejar.

Suas mãos subiram pelas minhas coxas desnudas e apertaram com força minha b/unda, mas ele interrompeu o beijo quando o ar faltou.

─ Acho melhor a gente parar. – disse ele ofegante.

─ Mas nem comecei ainda. – sorri.

─ Dul, você pode se sentir mal e...

─ Ei, - coloquei o indicador sobre seus lábios – não vai acontecer nada. Preciso de você, Chris... Já fazem dois meses...

Sim, faziam exatos dois meses que não fazíamos nada devido aos meus enjoos frequentes.

─ Também preciso de você.

Quando me dei conta Christopher já estava em cima de mim me beijando com fúria enquanto rasgava minha camisola.

─ Quero selvagem.

Christopher parou o que estava fazendo e me olhou sério.

─ Amor... não acho uma boa ideia.

Nosso sexo sempre foi calmo. Quando perdi minha virgindade aos dezessete foi tranquilo, poucos meses depois descobri da minha doença e como o médico disse que eu não poderia fazer muito esforço, nosso sexo tinha que ser lento e calmo. Eu só queria experimentar algo novo, nem que fosse pela última vez.

─ Chris... não vai acontecer nada comigo. Eu quero fazer.

Ele suspirou vencido e assentiu.

─ Sem preliminares?

─ Sem preliminares dessa vez.

Ele sorriu e voltou a me beijar, só que dessa vez com mais força.