Fanfics Brasil - Prólogo Parti 2 Querido Ucker (Vondy)

Fanfic: Querido Ucker (Vondy) | Tema: VONDY


Capítulo: Prólogo Parti 2

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Nas árvores ao meu redor, as folhas estão só começando a lentamente mudar pra cor de fogo,


reluzindo enquanto o sol espia sobre o horizonte. Os pássaros começaram seus cânticos matinais, e


o ar está perfumado com o aroma de pinho e terra; diferente do aroma de mar e sal da minha cidade


natal. Logo, a porta da frente se abre, e é aí que eu a vejo. Apesar da distância entre nós, eu me pego


prendendo a respiração enquanto ela caminha em direção ao amanhecer. Ela se espreguiça descendo


os degraus da frente e segue para o outro lado. Além dela, o pasto dos cavalos brilha como um


oceano verde, e ela passa pelo portão que leva até ele. Um cavalo solta um cumprimento, assim


como outro, e meu primeiro pensamento é que Dulce parece muito pequena para estar se


movendo tão facilmente entre eles. Mas ela sempre foi confortável com cavalos, e eles eram


confortáveis com ela. Meia dúzia deles mordiscam a grama perto da estaca da cerca, e Midas, o


Arabian whitesocked dela dispara para um lado. Eu cavalguei com ela uma vez, felizmente sem


danos, e eu estava me segurando como podia, lembro de pensar que ela parecia tão relaxada na sela


que poderia estar assistindo televisão. Dulce leva um tempo pra cumprimentar Midas agora. Ela


esfrega o nariz dele enquanto murmura algo, dá tapinhas nas coxas dele, e quando se vira, ele


empina as orelhas enquanto ela segue em direção ao celeiro.


Ela desaparece, então emerge mais uma vez, carregando dois sacos-grãos de aveia, eu acho. Ela


segura os sacos em cima de duas estacas da cerca, e alguns dos cavalos trotam em direção a elas.


Quando ela dá um passo atrás para dar espaço, eu vejo seu cabelo esvoaçar na brisa antes que ela


pegue uma sela e um freio. Enquanto Midas come, ela o prepara para a corrida, e alguns minutos


depois ela o está guiando para fora do pasto, em direção  às trilhas da floresta, com a mesma


aparência que ela tinha seis anos atrás. Eu sei que não é verdade- a vi de perto ano passado e notei as


primeiras linhas finas começando a se formar ao redor dos seus olhos- mas o prisma pelo qual eu a


enxergo permanece pra mim inalterado. Para mim, ela sempre terá 21 anos e eu sempre terei 23.


Minha estação fica na Alemanha; eu ainda tenho que ir à Fallujah ou a Bagdá ou receber a carta


dela, que eu li na estação da estrada de ferro de Samawah nas primeiras semanas da minha


campanha; eu ainda tenho que voltar pra casa depois dos eventos que mudaram o curso da minha


vida.


Agora, com 29 anos, eu às vezes me pergunto sobre as escolhas que fiz. O exército se tornou a


única vida que eu conheço. Não sei se eu deveria estar irritado ou contente com esse fato; na


maioria do tempo, eu me encontro alternando entre os dois sentimentos, dependendo do dia.


Quando as pessoas perguntam, digo a elas que sou um grunhido, e não estou mentindo. Ainda vivo


em uma base na Alemanha, tenho talvez cem mil dólares em economias e não tenho um encontro há


anos.


Eu não surfo mais, mesmo quando estou de licença, mas nos meus dias de folga eu dirijo minha


Harley para o norte ou para o sul, pra onde quer que o meu humor me levar. A Harley foi a única


coisa melhor que eu já comprei pra mim mesmo, embora tenha custado uma fortuna naquele tempo.


Combina comigo, desde que eu me tornei um tipo de solitário. A maioria dos meus amigos


deixaram o serviço, mas eu provavelmente vou ser mandado de volta para o Iraque nos próximos


meses. Pelo menos, estes são os rumores que circulam na base. Na primeira vez que eu encontrei


Dulce Maria Savinon-para mim, ela sempre será - Dulce Maria Savinon eu nunca poderia prever


que a minha vida iria terminar do jeito que está ou acreditar que faria do exército a minha carreira.


Mas eu a encontrei; isso é o que faz a minha vida atual ser tão estranha. Eu me apaixonei por ela


quando nós estávamos juntos, então me apaixonei mais profundamente por ela nos anos que nós


ficamos separados. Nossa estória tem três partes: um começo, um meio e um fim. E embora esse


seja o modo que todas as estória se desenrolam, eu ainda não acredito que a nossa não durou para


sempre.


Eu reflito essas coisas, e como sempre, nosso tempo juntos volta pra mim. Eu me acho lembrando


como começou, por enquanto essas memórias são tudo que me restaram.



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Autor(a): cristinahelena66gmail.com

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  • lovevondyeterno Postado em 21/12/2014 - 21:03:38

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