Fanfic: Inesperado Sentimento | Tema: Portiñon - RBD

Anahí não conseguia sorrir, não conseguia chorar, apenas sentia seu coração que palpitava cada vez mais rápido, suas mãos tremiam, mais não podia ser? Tudo era tão confuso, tudo era tão estranho. Então Anahí começou a ler novamente cada palavra daquela carta, afim de entender o que acabara de ver. Anahí leu e releu por diversas vezes, até que se deu por vencida, tudo estava claro e confuso. Ela se levantou guardou todas as coisas entro da caixa e colocou em um canto da sala, porem a suposta carta ficou em suas mãos, Anahí andava de um lado para o outro, tentando pensar no que poderia fazer, ela não era mais uma menina, não poderia correr para os braços de quem mais queria, seu pai. Então ela teve que colocar seus pensamentos e ideias no lugar, não poderia ficar parada ela tinha de fazer alguma coisa, e estava decidida a fazer, só precisa pensar em como, mais isso ficaria para depois, seu dia havia sido cheio e sua cabeça estava a mil.  Anahí foi até seu quarto, deixou a carta em baixo do travesseiro e resolveu sair um pouco, precisava de ar, precisava tomar suas decisões, precisava manter o pé no chão e seguir em frente. O dia estava frio, as nuvens pareciam carregadas, mais isso não ia impedi-la, a loirinha colocou uma calça de moletom, e uma camiseta de mangas compridas, apenas para sair e respirar, queria ficar sozinha.  Sem pensar duas vezes, Anahí saiu do prédio e foi caminhando sem rumo, apenas olhava ao redor observava as pessoas, e colocava seus pensamentos e suas ideias em ordem, a loirinha andava, virava ruas e mais ruas, o tempo estava ficando cada vez mais frio, e assim Anahí ficou, andava de um lado para o outro, até que se deu conta de onde estava, a loirinha olhou em volto e viu um grupo com 3 homens cercando uma menina próximo a um beco, Anahí assustada se escondeu atrás de uma arvore e ficou observando, com medo do que poderia acontecer, quem era, será que vão me ver? A loirinha apenas observou tudo de longe.

Na casa da Dulce. Ela pegou seu celular e tentou falar com Ucker.

-- Chora

-- Estou com tédio, esta afim de sair?

-- Dul nem vai dar, to meio ocupado sabe. Dulce começou a ri pois sabia que no mínimo Ucker estava com alguma garota.

-- Seu safado, não tem problema, vou dá uma volta sozinha então. Tchau.

-- Até mais.

Dulce ainda rindo do amigo resolveu dar uma volta e ir a um bar qualquer, resolveu ir a um bar bastante conhecido na cidade, só queria relaxar um pouco e curtir o final do domingo, pois a semana seria cheia, estavam próximo das provas e sabia que seria um saco aguentar isso. Dulce não era do tipo certinha, Dulce nunca demostrou a ninguém um ato de carinho ou afeto, ela era do tipo durona, gostava do fato que os amigos diziam que ela não tinha medo de nada, pra tudo Dul sempre dava um jeito, nunca se deixou levar ou abater por qualquer um, as coisas eram resolvidas da maneira que ela queria, na hora em que ela desejava. Então Dulce caminhou até o bar, se sentou no balcão e bebeu umas duas cervejas enquanto olhava a televisão noticiando que choveria a semana inteira, a ruiva ficou parada alguns minutos quando decidiu sair, já estava ameaçando chover e aquilo estava um tédio, Dulce só queria diversão e uma mulher para ficar e passar a noite, mais nada disso tinha acontecido. Dulce saiu do bar e caminhou, mais não conseguiu ir muito longe, ao chegar próximo a um beco, dois homens a abordaram fazendo com que ela parasse, antes mesmo de pensar em virar de costas e correr, um terceiro homem chega por trás.

-- Ta perdida gracinha?  Dulce ao reconhecer a voz sentiu sua espinha gelar inteira, mais manteve a postura de durona apesar do medo transparecer em seu rosto. Dulce se virou de pressa e viu Rick parada atrás dela.

-- Não eu já estou indo. Dulce tentou sair quando Rick a segurou pelo braço.

-- Vai pra onde, poxa acabei de chegar.  Sentiu saudades? Dulce não conseguia responder, apenas ficou se lembrando da última vez que havia visto Rick, ele havia prometido acabar com ela se não o pagasse. Então Rick continuou falando.

-- Estive ocupado recebendo, não quis te deixar com saudade. Rick ainda segurava o braço de Dulce. – Cadê meu dinheiro Dulce.

-- Eu, eu ainda não tenho. Dulce tentou não mostrar sinal de que estava nervosa, mais era impossível com o suor frio escorrendo em seu rosto.

-- Você não aprende mesmo, mais você tem sorte sabia?

-- Tenho é?

-- Tem, porque eu te acho uma delícia e podemos resolver essa sua dívida agora. Rick se aproximava colando o corpo de Dulce. Rick não se conteve e tentou beijar Dulce, que com nojo não pensou duas vezes e mordeu sua boca.

-- Você ta ficando louca? Rick apertava ainda mais o braço de Dulce.

-- Me solta você ta me machucando.

-- Você vai me dar o que eu quero por bem ou por mal Dulce, eu estou na sua cola. 

Dulce tentava manter a pose de durona, mais ao ouvir as palavras de Rick, como impulso Dulce tentou se soltar e correr, mais Rick e seus capangas foram mais rápidos, e como um aviso, Rick a golpeou duas vezes em seu rosto e algumas outras pelo corpo.

-- Isso é só um aviso Dulce. As campanhas correram e deixaram Dulce deitada no chão que ainda sem ação do que acabará de acontecer, se sentou com dificuldade, e permaneceu pensando em como sairia dessa situação, sabia desde o início que o jogo era uma péssima opção, mais no começo tudo pareceu divertido e não achava que chegaria a tal ponto. Dulce tinha dinheiro, mais tudo era vigiado pelos seus pais, não saberia como pedir tal quantia, pensará em juntar todo mês a mesada até surgir o valor, mais isso levaria muito tempo, e ela não sabia quanto tempo mais teria.

Anahí se mantinha escondida atrás da árvore observou todos irem embora e deixando alguém caído no chão, a loira continuou escondida pensando no que poderia fazer, se fosse ajudar a tal pessoa e eles voltarem, poderiam machuca-la, mais se correr e deixar alguém ali, ficaria com culpa de não ter ajudado, mas, e se a pessoa também fosse um deles apenas levando uma lição.

-- Meu Deus o que eu faço !! Anahí se perguntava sozinha.

Não aguentando mais a loira resolveu dar mais uma olhada, será que a pessoa se levantou e foi, ou ainda estava lá. Anahí com cuidado observou a pessoa que se mexia e aos poucos foi se sentando, a loira respirou fundo e resolveu ir até lá. Anahí saiu de trás da árvore e foi se aproximando de vagar, percebia que a pessoa estava sentada porem tonta e com dificuldade, ao se aproximar mais o coração de Anahí disparou, era Dulce, mais como, porque?

-- Dulce !!! Anahí se aproximou e se abaixou próximo a Dulce, que ficou paralisada ao ver Anahí ali ao seu lado, como ela poderia estar ali, o quanto ela havia escutado.

-- Dulce, o que foi aquilo, Dulce!!!

-- Oi, o que .. Dulce tentou levantar, ainda com dificuldade gemeu de dor. Dulce se pós de pé, e começou a caminhar, ignorando toda a ajuda e a presença da loira.

-- Dulce, calma espera.

-- O que foi?

-- Você precisa de um médico e o que foi aquilo?

-- Não preciso de medico algum, e não foi nada, eles só. Dulce se engasgava cada vez mais tentando buscar alguma desculpa.

-- Eles o que Dulce.

-- Tentaram me assaltar, é isso, só, mais não conseguiram e foram embora.

-- Meu Deus, Dul mais te machucaram, vem.  Dizia Anahí pegando com cuidado em seu braço. – Vamos chamar um taxi e eu te levo pra minha casa.

-- Não, não precisa, eu posso ir sozinha.

-- E você ainda quer andar sozinha depois disso, vamos Dulce, não vai ser incomodo para mim, minha casa é perto, assim você não fica sozinha de novo. – Any sorria para convence-la. Dulce sabendo que se não aceitasse, teria de ficar respondendo milhões de perguntas, então resolveu aceitar o convite.

-- Tudo bem, vamos.

Com dificuldades elas andaram por algum tempo até que por mim acharam um taxi vazio. Dulce foi calada o caminho todo, ela estava se perguntando o quanto any havia escutado, saberia que se não arrumasse o dinheiro não teria muito tempo e Dulce sabia que seu tempo era curto. Chegaram até o condomínio any ajudou Dul até sua casa, que mesmo com elevador a ruiva ainda tinha dificuldades, pois havia levado alguns golpes na barriga o que tinha deixado muito dolorido.  Anahí abriu a porta e ajudou Dulce ir até o sofá, any então voltou e fechou a porta.

-- Você tem certeza que não quer ir ao médico.

-- Não, só estou dolorida mais nada grave.

-- Tudo bem, mais qualquer coisa me avisa que eu te levo ta bom? Anahí tirou uma mecha do cabelo de Dul e o colocou atrás da orelha, tirando um sorriso da ruiva.

-- Quer tomar um banho, exclamou Anahí.

-- Não tenho roupa, Dulce sorrisa, é melhor descansar e ir pra casa.

-- Nada disso, disse Anahí já levantando do sofá. Esta tarde e depois de hoje você merece tomar um banho e descansar. E não tem problema eu te empresto algo para dormir.

Dulce ficava sem jeito com toda essa atenção que Anahí tinha com ela, fazia tempo que não se sentia assim, segura. Dulce estava calma, sentia-se protegida, segura, e ao mesmo tempo incomoda, pois não sabia como agir diante disso.

-- Tudo bem, eu agradeço. Disse meio sem graça.

Anahí foi para a suíte preparou um banho para Dulce, pegou uma roupa confortável para dormir, devido as dores seria ótimo para ela. Any ajudou Dulce ir até o banheiro.

-- Pronto. Suas roupas estão aqui, e seu banho está pronto.

-- Obrigada, não sei como agradecer. Dulce sorria igual boba, e sentia seu coração bater mais rápido, Anahí por sua vez achou a coisa mais fofa Dulce mesmo com seu jeito durão, estar toda sem graça com sua presença. Anahí foi saindo do banheiro e deixando a ruiva mais confortável e com privacidade.