Fanfic: Inesperado Sentimento | Tema: Portiñon - RBD

Dulce acordou na manhã seguinte e olhou para o relógio eram 6 da manhã, observou que Anahí ainda dormia profundamente no sofá. Dul foi até a cozinha e preparou um chá para as duas, e um café com frutas e torradas. Dul ouviu Anahí respirando forte e se mexendo no sofá, voltou rapidamente para a sala, se aproximou de Any que por um impulso se sentou rapidamente no sofá, toda tremula, olhando para os lados. Dulce a abraçou

-- Eii calma Any, sou eu a Dul, calma está tudo bem.

Any fechou os olhos, sentiu Dul a abraçar por trás e respirou fundo.

-- Dul me desculpa, o que você faz aqui.

-- Não precisa pedir desculpas. Dul reparou que os braços de Any continuavam roxos, as olheiras pareciam maiores, e a tristeza estava mais do que visível em seu olhar.  – Eu estou aqui desde ontem, eu e Mai ficamos preocupas com você, mais Mai teve que sair então fiquei. Any se afastou um pouco de Dul.

-- Não queria tomar seu tempo, me desculpa.

-- Não tem porque me pedir desculpas, eu fiquei porque amigas são para isso.

-- Não sei o que faria sem vocês. Any abraçou Dulce e se afastou novamente.  – E a Mai porque teve que ir?

-- Ela teve que jantar na casa da sogra. Dulce fez uma careta tirando sorriso de Anahí

-- Fiz o café, você quer comer? Disse Dulce.

-- Agradeço Dulce, mais estou sem fome. Any baixa o olhar

-- Você precisa comer. Dulce se aproximou – Voce quer conversar.

-- Tem tanta coisa acontecendo Dulce, não sei por onde começar, não sei o que fazer e ontem, foi ...  Os olhos de Any já estavam marejados novamente.

-- Olha se você não quiser conversar agora, tudo bem, estarei aqui com você. Dulce tocou no rosto da amiga fazendo com que olhasse pra ela.  – Só quero que você fique bem.

-- Dul, preciso desabafar com alguém, mais estou com medo de contar, sinto medo de tudo. Any voltou a chorar.  – Minha vida virou de cabeça para baixo desde que meu pai se foi, e tudo parece conspirar contra mim.  Any sem perceber foi desabafando chorando, contou tudo que tinha acontecido e descoberto para Dul. Como sempre Any não aguenta pressão e tudo aquilo estava matando ela aos poucos, tinha de colocar pra fora, e mesmo sem querer mais uma vez ela fala demais e conta tudo para Dulce, que vai ficando incrédula a cada palavra da amiga, Dul sentia seu coração apertado, não sabia que tudo aquilo acontecia com Any e ela ainda suportava, a vontade de Dulce de cuidar, de proteger era ainda maior. A vontade de socar Poncho e matar sua mãe foi a consumindo, Dul prestava atenção a cada palavra da amiga, até que Any parou de falar e levantou rapidamente do sofá.

-- Ai Dul, desculpa acho que falei muito e eu não queria. Any passava a mão pelo cabelo, quando sentiu uma dor no braço. Dulce se levantou rapidamente e foi até ela, segurou seu rosto com as duas mãos e a olhou.

-- Não sei o que dizer com tudo isso que você me contou, mais Any você tem que fazer alguma coisa, você precisa tomar cuidado e olha o que ele te fez. Any tirou as mãos de Dulce do rosto.

-- Dul, mais eu não sei o que fazer e não sei por onde começar.

-- Voce só precisa pensar, você já começou terminou com ele, agora precisa fazer algo any ele te agrediu, olha como ele te deixou. Dul apontou para o braço da amiga.

-- Fazer o que Dulce, ele é policial, ninguém vai acreditar em mim, eu sou apenas uma mimada sem graça, que agora tem dinheiro e não sabe o que fazer, um ex namorado maluco e uma mãe doente.

-- Para com isso Anahí, você é mais do que isso e você sabe disso. Eu estou aqui eu te ajudo.

-- Você Dulce! Any exclamou já alterada.  – Me ajudar? Em que? Eu não sei de nada, só sei que por mim tudo acaba aqui. Ele se foi Dulce ele se foi e eu fiquei, olha como tudo está agora, você acha que consigo? Ela é louca e ele já me machucou, já me ameaçou, então pronto vou embora do país e viver longe daqui.

-- E você acha que isso é uma solução? Anahí não seja estupida, eles não querem você, querem seu dinheiro, querem tudo que seu pai deixou, você acha que ele está feliz em ver você desse jeito. Anahí você tem que lutar pelo que é seu, a maioria das coisas do seu pai estão naquela casa, fugindo e agindo dessa maneira mimada você não vai a lugar nenhum. E eu sim posso te ajudar porque eu não poderia.

-- Simples Dulce, eu não quero te meter nisso, quero ficar sozinha, e não consigo pensar em mais nada se não fugir e sumir, foda-se o dinheiro, eu dou tudo pra eles, que aproveitem tudo isso, minha vida acabou quando ele me deixou Dulce.

-- Não Anahí não, você não quer ficar sozinha, você precisa de alguém e quando tem esse alguém você tira tudo de perto de você por egoísmo. E não se trata de dinheiro e sim de sua vida, você me contou que tudo que seu pai queria era você se formando e feliz, ótimo você está quase se formando, mais está feliz?? Você quer continuar assim, sumir e sozinha, ótimo Anahí, ótimo.

Anahí ficou um tempo em silencio pensando no que Dulce tinha dito, sobre seu pai, sobre ela, sobre tudo. Anahí realmente nunca tinha tido tanta atenção, afeto, carinho. Anahí não sabia o que era o amor, ou a amizade. Pois tudo que tinha ou acreditava havia acabado no momento em que seu pai se foi. Mais como fazer? Por onde começar. Porque Dulce estava falando tudo aquilo, que diabos aconteceu?

-- Dulce, porque você ficou aqui ontem à noite? Foi pra falar assim comigo? Foi pra me dar lição de moral?

-- Eu fiquei porque sou sua amiga, me importo e me preocupo com você, eu só falei aquilo que você precisava ouvir de alguém Anahí, e me desculpa, foi um erro eu ter ficado aqui.

-- Tem razão Dulce, foi um erro, pois já tomei minha decisão.

Dulce pegou suas coisas e já próximo da porta do apartamento, virou e encarou Anahí que ainda estava parada a olhando sair.

-- Faça o que você achar melhor Anahí, mais você não precisa ficar sozinha, e toma cuidado, porque você vai afastar o pouco que ainda se importa com você, e quando você perceber vai ser tarde pra voltar atrás. Toma cuidado com suas decisões e com esses dois apenas isso.