Fanfic: Inesperado Sentimento | Tema: Portiñon - RBD

No aeroporto ....

Anahí observava da janela do avião a movimentação do lado de fora, tentava imaginar como seria quando estivesse perto de sua mãe, fria e calculista, e como iria lidar com a casa vazia sem seu pai.  A viajem foi tranquila, após milhares de pensamentos sem sentidos, e as inúmeras vezes que tentou não chorar, Anahí dormiu praticamente toda a viajem. Após sentir o avião pousar, Anahí tirou o sinto e se dirigiu a saída, não saberia tinha ideia de como agiria, mais sabia que não tinha mais volta.  Ela pegou a sua toda a sua bagagem e logo avistou Poncho no saguão a esperando, que logo que a viu foi correndo em sua direção para matar a saudade e ajudá-la com o carrinho das malas.

-- Meu amor. Poncho falou a abraçando. Anahí correspondeu o abraço e ficou aliviada por poncho estar com ela.

-- Meu amor, fico feliz em te ver. Pensei que minha mãe viria junto.

-- Não, ela resolveu ficar em casa, mais vamos deixa eu te ajudar você deve estar cansada. Ele lhe deu um beijo e foram em direção ao carro. Anahí correspondeu ao beijo e seguiu o namorado até o carro, a viajem foi silenciosa, ela estava nervosa por voltar a casa onde todos os seus sonhos haviam sido construídos, onde tudo havia começado. Poncho parou o carro em frente à casa, saiu e deu a volta no carro, pediu para os empregados retirarem as malas do carro e levarem ao quarto da namorada, ele abriu a porta para Anahí que ficou parada por alguns instantes olhando aquela casa, lembranças vinham em sua cabeça. Mais como ela mesma sabia, nem tudo seria um mar de rosas, seus pensamentos foram interrompidos quando ouvirá sua mãe a chamando e vindo eu sua direção.

-- Anahí, minha filha acorda. Disse abraçando a filha.  – Bom ter você aqui de novo, vamos entre, estamos te esperando.

-- Estamos? Como assim? Quem mais está ai mamãe?

Marichelo apenas a olhou, a puxando pela mãe foi adentrando sua casa.

-- Suas coisas já foram para seu quarto e já pedi para que guardassem tudo no lugar.

-- Não precisava, sei guardar minhas coisas. Anahí olhava aquela sala e ainda se lembrava daquela manhã de natal e da linda arvore em volta da lareira.

-- Querida sua mãe só está querendo te ajudar. Poncho se pronunciou percebendo que o clima iria começar a ficar estranho.

-- Bom, disse Marichelo. Va se arrumar e tomar um banho, descanse, precisamos nos preparar e conversar sobre segunda feira.

Anahí já subia as escadas em direção ao seu quarto quando parou e encarou a Marichelo.

-- E o que de tão importante vai acontecer segunda?

-- Não seja tola Anahí, segunda feira, o advogado virá para ler o testamento do seu pai, ou você já esqueceu?

Anahí não pode evitar os olhos marejados

 -- Eu acabei de chegar e você só pensa nisso não é. Pra você ele nunca foi nada além de um dossiê para sua ganancia. A loira subiu mais alguns degraus quando chegou ao todo da escada escutou sua mãe em um tom debochado.

-- Para de drama menina, eu amei seu pai, mais não tenho culpa de sua morte, e isso já faz um mês, você vai ter que supera.

Poncho observava tudo, e tentando evitar um turbilhão dentro de casa, por fim se pronunciou.

-- Por favor, Marichelo, Ela só está cansada e sente falta do pai, deixe-a descansar, amanhã será um novo dia.

-- Pois bem! Espero mesmo que seja, e espero que esteja pronta para segunda feira. Marichelo não podia esconder sua ansiedade para se apossar da fortuna do falecido marido. Ela realmente nunca o amou, mais se aproveitou do amor do marido para ter tudo que um dia ela almejou ter, e sabia que Anahí era um problema. Desde que soube que estava gravida, ela tentou abortar duas vezes, mais sem sucesso, com ela mesma dizia, parecia que a “praguinha” queria mesmo vir ao mundo. Marichelo nunca foi do tipo materno, Anahí sempre ficou com as empregadas, ou com o pai, nunca se quer teve um momento com a mãe, e os poucos que ficavam sozinhas, ela fazia questão de lembrar a menina que havia sido um erro, e que ela não atrapalharia sua vida.

Anahí se irritou ainda mais pelo comentário de poncho, bateu a porta e se fechou em seu quarto. Não pode evitar de chorar como um bebe, já havia segurado desde o início da viajem, mais não poderia aguentar, não naquela casa, e não naquele momento.  Suas roupas já estavam todas no Lugar, tudo parecia impecável, Anahí e não foi tomar um banho e se deitou, pegou algumas fotos do pai, e ficou ali olhando e sorrindo com as lembranças.

-- Não posso imaginar o que vou fazer sem você, Anahí beijou a foto do pai e pegou no sono abraçando.