Fanfic: Inesperado Sentimento | Tema: Portiñon - RBD

Dulce narrando.

Os dias eram únicos e perfeitos ao lado dela, mesmo diante de tudo ela se manteve forte, nunca conheci alguém que suportasse tudo e ainda sim sorrisse como nunca. Nunca fui de me apaixonar por ninguém, por medo, um sempre acaba se machucando e isso era algo que eu não permitia. Mais com Anahí foi diferente, não sei ao certo dizer, meu coração sabia desde o início que era ela, de alguma forma eu me tornei tudo aquilo que temia, submissa ao amor. Anahí me encantava, por ela eu fazia promessas a mim mesmo, qual nunca a deixaria sofrer, mais por uma única vez eu falhei, eu a deixei sofrer e quase a perdi e disso eu não poderia me perdoar, mais agora fiz outra promessa, a única lagrimas que eu queria ver em seu rosto era de felicidade, a mesma felicidade que me tomava por dentro e me fazia querer gritar aos quatro cantos que morreria por ela.   Anahí nasceu e viveu por anos naquela casa, e era lá que eu queria que tudo começasse. Então a reformei inteira e tinha algo em mente, mais estava nervosa e com medo, será mesmo que vai dar certo. Não me reconheço, não sei quem eu sou, estou totalmente entregue a um amor inacreditável. Anahí já estava em casa e totalmente recuperada, ver aquele sorriso me dava ainda mais vontade de tê-la pra mim. Lá estava eu a poucos dias de fazer tudo que planejava com Anahí, eu estava tomando banho com agua fria, o nervosismo tomava conta de mim de uma maneira inacreditável. Sai do banho me enrolei na toalha e sentei na cama, não demorou até que vesti uma saia e uma regata. Fui para a cozinha e lá estava ela, de mini saia, top todo rosado com uma bata branca por cima, cheguei a abraçando por trás.

-- Você está lindo assim sabia. Anahi suspirou sentindo Dulce a abraçar pela cintura. Anahi virou de frente para ela e a abraçou pelo pescoço.

-- Não eu não sabia. Anahi sorria.

-- Então agora está sabendo, você está linda assim. Dulce distribuiu vários beijos no rosto e no pescoço de Anahi. – O eu estava fazendo.

-- Nada amor, só terminei de lavar a louça e jaja tenho que sair.

-- E vai pra onde posso saber? Dulce se afastou e cruzou os braços.

-- Oumw ta birrenta tá. Anahi apertava a bochecha de Dulce.

-- Não to não. Dulce fazia um bico enorme de birra.

-- Vou sair com Maitê, amor nada de mais, ela disse que vai me levar comprar um vestido para o fim do ano, eu não queria mais ela insiste.  

Dulce abriu um enorme sorriso, o vestido de Anahi já havia sido escolhido por ela, Maitê apenas tinha de convence-la a compra-lo, tudo estava saindo conforme Dulce havia planejado e Anahi não desconfiava de nada.

-- Se é com Maitê eu deixo, até porque tenho que sair também.

-- E a onde você vai? Dulce pegou uma maça na fruteira deu uma mordida e foi caminhando pra sala enquanto respondeu.

-- Vou buscar uma encomenda, porque? Anahi a seguiu de braços cruzados e viu Dulce sentada no sofá comendo maça com um sorrisinho no rosto.

-- E que tipo de encomenda é essa?

-- Algo que encomendei ueh nada demais.

-- Dulce Maria, você não vai sair dessa casa, me entendeu? Dulce se ajeitou no sofá e indagou.

-- E porque não posso saber?

-- Você não me fala de que é a encomenda.

-- Meu amor é seu presente de natal só fiz a encomenda e tenho que ir buscar poxa gatinha. Dulce puxou Anahi pelo braço e a fez sentar ao lado dela no sofá. Então Anahi falou.

-- Dulce, aquela enfermeira a Luiza, você gosta dela? Dulce respirou fundo, sabia que mais cedo ou mais tarde Anahi perguntaria, mais respondeu com tranquilidade.

-- Não.

-- Então me conta que show foi aquele que ela deu no hospital. Anahi falava calmamente.

-- Amor Luiza ... Dulce se levantou do sofá e pôs se em pé – Conheci Luiza ainda no início da faculdade, éramos muito amigas desde o começo, como sempre gostei de mulheres logo de início já senti algo diferente por ela, não demorou até que começamos a nos envolver, e tudo foi super legal até que, eu cheguei na casa dela e apeguei com outra em cima da cama, aquilo foi o fim pra mim e eu a odeio por isso. Anahi manteve-se sentada escutando Dulce, mais ao ver que Dulce olhava para o chão Anahi comentou.

-- Foi por culpa dela que você nunca mais quis se apaixonar?

-- Foi. Dulce ainda olhava para o chão. – Me fechei e nunca permiti que ninguém mais me fizesse mal, ela sempre foi do tipo de se fazer de vítima com alguma coisa.

-- Você ainda a ama?

-- Como?

-- Simples Dulce perguntei se você ainda a ama. Dulce andou até Anahí e se ajoelhou na sua frente.

-- Não eu não a amo, a muito tempo atrás deixei de amar, mais você me trouxe isso de volta, e ainda com mais força, com mais intensidade, com mais vontade. Hoje posso dizer segura que eu não me fechei para o amor, e sim esperei até que você chegasse. Anahi sorria como boba e não teve tempo de responder quando Dulce a tomou os lábios e lhe deu um beijo carinhoso. Elas se separaram com um selinho delicado e Anahi tomou o rosto de Dulce com as duas mãos e a olhou fixamente nos olhos.

-- Dul, desde que eu soube da morte do meu pai, meu mundo pareceu cair, quando voltei para cá e passei por tudo ao lado de Poncho e minha mãe, meu mundo simplesmente deixou de existir, eu não vivia, eu apenas sobrevivia durante todo dia. Sabe pensei em me matar, pensei em sumir, não queria esse dinheiro eu não queria nada disso, mais não poderia deixar o legado do meu pai acabar assim. Achei que tudo estava perdido até encontrar você, e esses seus olhos. Eles brilharam pra mim desde o dia em que te encontrei, nunca te confessei isso, mais perto de você eu me sentia outra, eu sentia que um dia a vida iria sorrir pra mim, me surpreendi quando descobri que o sorriso da vida estava em você. Me apaixonei de uma maneira que não sabia nem explicar. Dulce eu te amo, e não quero mais nada, largo tudo, abandono tudo, se você prometer sorrir pra mim amanha de novo.

Dulce já não continha as lagrimas que teimavam molhar todo seu rosto, Anahi delicadamente as limpava com as pontas dos dedos, Dulce se jogou nos braços de Anahi e as duas se abraçavam. Um abraço qual ninguém queria sair, um abraço confortável, um abraço seguro, tudo que aquele momento estava exigindo. A sala foi tomada pelo silencio, tudo que se ouvia era os corações batendo em sincronia.

Anahí Narrando.

Nunca imaginei me declarar assim, aliás nunca imaginei que pudesse passar por tudo isso. Eu a amo como nunca amei, eu superei tudo isso e por fim tenho ela em meus braços, não vou deixa-la sair daqui nunca mais, ela é tudo que eu preciso. (...) Papi sei que está me vendo ai de cima e obrigada, por acreditar em mim, obrigada por em mostrar que a felicidade viria, queria que estivesse aqui para ver o mesmo sorriso que eu vejo todos os dias, o da mulher que eu amo, mais sei que o senhor nos guiará e que daqui para frente, meu legado terá um sentido e o seu foi eternizado. (...)

As duas ficaram li abraçadas por um tempo, Dulce então se afastou e beijou Anahí, nada foi dito depois de tudo, nada precisava ser dito.

-- Agora tenho que ir, volto mais tarde. Estou com meu celular qualquer coisa me liga. Eu te amo. Falou Dulce antes de se levantar e pegar as chaves do carro. Ela foi buscar o presente que havia encomendado para Anahi, fazia parte da grande surpresa.

-- Pode deixar, vou ter um bom dia escolhendo roupas para o fim do ano. Anahi sorriu e piscou para Dulce enquanto a ruiva fechava a porta.

Anahi ficou em pé e foi se arrumar, teria um bom dia escolhendo roupas e mais roupas com Maitê, o que ela realmente não entendeu era a insistência de Maitê por uma única loja, poxa haviam tantas e porque justo aquela. Bom nada mais era importa, ela e Dulce finalmente estavam bem, e o final do ano seria algo inesquecível para ambas.

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