Fanfic: You belong with me - Você pertence a mim | Tema: amorzinho

11 capítulos

No sábado após fazer todos os deveres e estudar para prova, decidi que iria arrumar a passagem secreta.
- Isso aqui vai ficar ótimo - falei sozinha

Era pequeno o espaço. Tinha uma escada em caracol que levava até o quintal. Mas tinha uma parede que dividia o espaço. Mas era uma meia parede. Já tinha pintado e todas essas coisas de construção. Agora só falta decorar.
Coloquei colchões, uma mesa antiga que estava jogada na dispensa. Várias almofadas espalhadas. Adesivos dos meus ídolos na parede. E frases inspiradoras.

- Alô? - meu celular tocou, não consegui ver quem era.
- Oi, é o Dylan. Mudei de número porque perdi o outro.
- Ah, Oi, Dylan.
- Enfim, eu liguei pra saber se você gostaria de sair comigo hoje.
- Como um encontro? - falei devagar
- Como um encontro.
- hmmmmm - sorri sozinha - Claro. Qual nosso destino?
- Te pego às 7.
- Dylan? Alô? - ele desligou.

Subi e fui contar à minha mãe.

- Temos que escolher uma roupa imediatamente pra você.
- Mãe, eu vou com o que sempre uso.
- Você vai de tênis para seu primeiro encontro? - olhou com cara de reprovação.
- É o que eu gosto.
- Não importa.
Ela já foi abrindo meu guarda roupa e escolhendo a roupa mais menininha que tivesse. E um par de saltos.
- Mas de jeito nenhum que eu vou usar esses saltos. Vai ficar parecendo que passei horas me produzindo por causa dele.
- Ok, saltos não. - ela pegou um par de sapatos fofinhos. Revirei os olhos
- Se você faz tanta questão. Tá bom. Eu uso, Dona Cecília. - brinquei
- Amberly, senta aqui. - Ela parecia séria
- Oi?
- Eu sempre te criei assim, te deixando livre. Em troca você me contaria o que faz na rua, não é?
- Claro. Além de minha mãe, você é minha amiga.
- Eu sei, filha. Eu queria te pedir, mais uma vez, juízo. Porque se você começar a namorar e...
- Já entendi. Pode deixar, mãe. - sorri
- Mês que vem já é seu aniversário, vai querer festa?
- Não. Eu acho que prefiro passar o dia fora com você, Sierra e Alice.
- Tem certeza?
Assenti.

Ás 7 horas em ponto o Dylan chegou. Ele estava com uma roupa formal. "Ele sempre vai assim aos encontros?" pensei.
- Boa noite. - ele sorriu
- Boa noite. - cumprimentei ele com um beijo na bochecha.
- Vamos?
- Onde você vai me levar? - segurei na mão dele e saímos.
- Bom, vamos fazer um tour. Prepare a câmera. - eu ri e abracei ele
Estávamos esperando o ônibus.
- Eu amo o ônibus daqui. Todo vermelhinho, dois andares. Todo romântiquinho.
- Por isso que nós vamos de ônibus e não de táxi.
Sentamos no banco do segundo andar do ônibus. Ele pegou uma mecha de cabelo do meu rosto e passou pra trás. Dando um beijo perto do pescoço. Senti arrepio até onde não deveria. Encolhi o pescoço.
- Você tem cócegas? - Ele gargalhou
- Sim... - sorri
Ele me beijou. Beijou mesmo. Tipo beijo de cinema, beijo de histórias de amorzinho. Foi um beijo longo, e muito, muito bom.
- Vamos tirar uma foto? - Falou puxando a câmera.
- Ficou ótima. - Peguei o celular para conferir.
O ônibus parou. Olhei em volta.
- Regent`s Park?
- Piquenique à noite. - ele colocou o gorro em mim - Pra você não congelar. - sorriu
- Piquenique na neve. hmmmmmm. Criativo. Espero que eu não vire um picolé. - ri
- Você vai ficar bem agasalhada. - ele pegou a minha mão e caminhamos até o centro do Parque.
Ele tinha trazido um cesta com coisas típicas de piquenique. Nos sentamos e começamos a conversar. Ele falou dos pais, o pai dele era um médico muito renomado e a mãe advogada. E os pais queriam que ele fossem ou médico ou advogado.
- Mas eu quero mesmo é trabalhar com cinema.
- E seus pais não concordam?
- Não. Eles dizem que ninguém vive disso.
- Mas você tem que lutar pelo que você quer. - Peguei um pedaço de bolo de chocolate.
- Eu irei. E o que você quer ser?
- Eu quero ser jornalista. - eu ri.
- E sua mãe não diz nada? - ele pegou um suco
- Não. Ela me apoia.
- hmmm. - Ele largou o suco e pegou o pedaço de bolo da minha mão.
Fiquei séria e me ajeitei. Ele ficou ajoelhado e segurou com uma mão pela minha cintura, e a outra se apoiava no chão. Eu estava inclinada, e tensa. Então ele me deitou na grama e me beijou. Dessa vez foi mais caloroso. Ele soltou a mão do chão e passou pelo meus cabelos. O gorro já tinha caído, eu comecei a tremer de frio. Ele beijou meu pescoço. E eu ri.
- Acho melhor a gente ir. - falei séria
- Mas já?
- É. Tá muito frio, e tá ficando tarde.
- Tudo bem... Se você insiste. - Ele pareceu meio desconcertado.
Me sentei e ajeitei meu vestido.
- Amber, você aceita namorar comigo? - Assim na lata.
- Aceito. - Comecei a rir sozinha.
- O que foi?
- Nada. É só que eu tô feliz. - Abracei ele. Dessa vez estávamos em pé. Comportados
- Sei... - e me beijou de novo, eu poderia beijar o resto da minha vida. Não me canso. O beijo dele estava melhor. E tinha gosto de chiclete de melancia. E eu amo melancia.
Ele me levantou e me segurou no colo.
- Me solta. - Comecei a rir descontroladamente
- Não.
- Você vai se cansar mesmo. Porque eu sou gorda.
- Tudo bem, eu malhei muito pra isso.
- idiota. - dei uma murro de leve nele. E ele me deu um selinho. Vai ser fofo assim no inferno.
Ele me levou até a porta da minha casa e se despediu com vários beijinhos.
- Tchau. - Dei meu melhor sorriso.
- Tchau. - Os olhos dele brilhavam.

Fui pro quarto correndo e tranquei a porta, me joguei na cama e comecei a rir sozinha.
- Acho que estou apaixonada.